Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 9
Capítulo 9 - De brinde: faxineiras


Notas iniciais do capítulo

Boaaaaaaaa noite galera! Eu vim aqui colocar um bonus triplo em dois dias, já que semana que vem a produtividade vai diminuir.
ESTOU COM 27 REVIEWS, em media de três com review, e eu não pensei que chegaria a tanto isso em cada capítulo. Nossa muito feliz! :3
Quero agradecer a hans, Layla Uchiha e Claray (que com o review me deu essa idéia, obrigada) por comentar no cap. anterior, muito mesmo! *-*
Beijos e espero que gostem!



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Capítulo nove

De brinde: faxineiras

“Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento”

(Machado de Assis)

 

Depois de jantarem os três saíram da cadeira e iam para a sala, porém foram impedidos pela morena que tampava a porta com o corpo.

— Não estamos com vontade de brincar agora, Anne. — Max.

— Ninguém vai ver TV, não antes de limparem a bagunça que o Ethan fez. — declarou.

— Tem certeza que só fui? — duvidou o moreno.

— Não importa quem fez ou não fez aquilo, mas sim que vocês me desobedeceram ao trazerem as meninas para cá sem a minha permissão. — comentou com a mão na cintura.

James ficou um pouco meio afastado pelo constrangimento, mas logo ficou com uma expressão mais calma ao ouvir o que o gênio sussurrava. Max por outro lado agarrou a garota pela cintura, porém ela não mudara a sua posição, muito menos a carranca que fazia.

— Anne-chan, tu ficarias mais feliz e deixaria se nós tivéssemos pedido? — questionou.

— Nunca. E espero que não a traguem e muito menos conversem com elas em minha presença, menos o James que não permitirei nem chegar perto da vadia da Charlotte. Entendo que convivera com ela por muito tempo, mas só fale o necessário com minha prima durante, apenas isso. — urrou. — Agora vão limpar, anda! — finalizou.

Eles continuaram parados tentando entender o que ela falou.

— Vou contar até três. 1... — começou sem aos menos esperarem se recuperar. — 2... — e eles já começavam a sair do lugar. — 3. — Neste instante o moreno já estava lavando a louça.

O ruivo ficou encarregado de varrer e o loiro ficou arrumando a mesa. Anne estava vistoriando tudo o que faziam enquanto pensava no quanto era sortudo por os terem aqui, como escravos. Seria cansativo demais limpar essa mansão sozinha ou inventar uma desculpa quando seus pais chegarem de viagem.

— Ainda falta limpar aqui, Jam! — ordenou ao vê-lo parar o seu serviço.

Antes que ele pudesse se mexer o telefone toca, fazendo-a correr em direção ao som. Porém pode ouvir um “Jam” saindo da boca do companheiro antes de se afastar. Colocou o aparelho no ouvido de forma indiferente, já sabendo quem era.

— Alô. — começou.

— Isso é maneira de tratar a sua mãe que não vê há tanto tempo, Mary Anne Evans? — Sim! Esse era o seu nome, porém só sua família sabia seu primeiro nome, pois ela pagou ao diretor para que não proferisse o “Mary” em sala de aula.

— Boa noite, querida mamãe. — disse simplesmente o que tanto a mulher pedia.

— E como sua prima está? — questionou.

Está vendo? Esse era um dos motivos por odiar tanto a Charlotte.

— Bem. — comentou.

Neste instante um barulho de algo quebrando começou na cozinha, assustando a morena. Ela foi correndo ao chegar à escada, resultando em uma grande queda. Rolou com o telefone em mãos até o fim dela e se dirigiu até a cozinha para ver o que esta ocorrendo.

— O que esta acontecendo ai? — berrou a mulher do outro lado da linha.

— Nada. — comentou enquanto dava uma bronca no moreno e começava a lavar a louça no lugar dele.

— Sabe se a Charlotte terminou com o Liam? Eu vi que ela publicou uma coisa tão triste no facebook. — confessou.

— Ainda não aprendeu que às vezes ela dramatiza para ter um pouco de atenção, mãe? — rolou os olhos.

— Não fala assim dela, Mary Anne. Publicar algo como “Quero me matar, aconteceu algo que nunca imaginei” não parece ser algo insignificante. — declarou.

Bem... a morena pensou que talvez o James a rejeitou, só podia ser isso. Ela não dava a mínima para o tadinho do Liam, tanto que já foi em várias festas sem a sua permissão. Como sabia disso? É obvio, sua prima fazia questão de esfregar isso na sua cara quando se encontravam nos almoços de família.

— Esta ai ainda Anne? — perguntou.

— Adeus, mãe. — disse.

— Espe... — mas não deu tempo, pois a garota desligou na cara dela.

O motivo disso foi pelo cansaço que sentia ao ouvi-la só falar da Charlotte. Charlotte isso, Charlotte aquilo. Ela não aguentava mais essa atenção toda para quem não merecia. Alguém falsa, irritante e sem caráter. Se não tivesse tão concentrada no que fazia sabia que ia chorar.

Ela mordia os lábios, esfregava fortemente a esponja no prato, tudo com o intuito de impedir suas lágrimas. Só restavam ela e Ethan na cozinha, já que os dois estavam na TV agora.

— Não precisa fazer isso. É minha função lavar a louça, pois eu também trouxe uma mulher para cá. — declarou após se posicionar ao lado dela.

— Mas as que mais me preocupam são com a Charlotte e Penélope, apenas elas. — confessou com ódio.

— Entendo, mas espero também que não se abale com isso. Nós temos um tipo de ligação contigo, algo que nem de longe temos com elas. — declarou.

Quando ele a virou percebeu o porquê dela estar fazendo o trabalho em seu lugar, os olhos que estavam mais do que marejados agora. O moreno nada disse e a puxou de encontro ao seu peito, deixando que ela chorasse em silêncio.

— Que raiva. — rosnou simplesmente e se desvencilhou de seu abraço.

Não queria se mostrar frágil, vulnerável e muitos menos passar uma imagem de indefesa. Foi em direção ao banheiro e lavou seu rosto. Parecia uma chorona nesses dias, algo que não ocorria há anos. Acho que era por isso que o Wonka sentiu pena, já que não chegava a esse ponto por coisas bobas.

Foi até a sala e viu que os três já estavam ali, porém o moreno olhou em sua direção quando ouviu a porta se abrir. Anne apenas respondeu com um meneio de cabeça e se posicionou no puff mais próximo. E assim eles terminaram a noite com uma sessão de filmes, não antes de a garota pegar seu costumeiro pijama de vaquinhas.

Por vários motivos hoje era o dia que mais detestava:

1 – Era uma quarta-feira

2 – Tinha prova de geografia;

3 – Não havia mais testes para as oficinas isso significava ter aula até às 11h40;

4 – Aula de Xadrez;

5 – Seleção para a escolha de quem irá participar na competição de xadrez;

6 – Ficar mais de 1h ao lado da Penélope Moore;

7 – Não tem hambúrguer no cardápio desse dia;

8 – Aturar as conversas da Lindsay na aula de Geografia, que fala mais que a mulher da cobra em dias de prova;

9 – Ter que almoçar na escola por causa da oficina;

10 – Ver todas as pessoas daquele colégio, incluindo o diretor tarado e Charlotte.

Depois de fazer essa lista em sua mente ela teve vontade de se matar ou se atirar na frente do primeiro carro que aparecer na sua frente, mas infelizmente o primeiro veículo que notou era do seu motorista. O pior de tudo era estar acompanhada de três pessoas que não paravam de falar sobre o que fizeram ontem. Ah! Isso fez com que afundasse sua cara no banco pelo tédio que sentia.

Há melhor coisa que ser abandonada por seus escravos por causa de três vadias? Só melhor que isso ter prova no primeiro período de aula. E isso a deixava mais mal-humorado, pois se lembrava de que não teria tempo de dormir por causa da avaliação. Bem... esse era o único motivo por não matar os seus inquilinos.

Sentou-se na última cadeira do lado da janela e deitou sua cabeça em seguida. Ela não queria saber de revisar a matéria e muito menos ficar conversando com os outros sobre o que sabiam. Porém sua paz foi interrompida com uma enorme sombra a tampando, fazendo com que levantasse para ver quem era o próximo a morrer.

— Esse é meu lugar. — comentou o brutamonte com sua falsa voz de trovão.

— Agora não é mais. — disse simplesmente.

Ela não tinha medo. Ele era apenas um cordeiro com a pele de um lobo.

— M-mas... — balbuciou.

— Vaza! — berrou com toda a sua ira.

Ele gaguejou mais ainda e foi correndo a procura de outro lugar onde pudesse colar, sentando na última carteira do outro lado da sala. Eram nesses momentos que ela sentia orgulha de si mesmo e do que seu olhar provoca nos outros. Dormiu e só acordou quando alguém a cutucou, assustando-se quando viu que era a professora que estava ali.

As provas foram entregues e ela olhou para a Lindsay, se sentindo surpresa ao ver que ela estava quieta.

— Erguei as mãos e daí gloria a Deus! — começou a menina.

Anne sabia que tinha falado cedo demais. E depois de uns “que dia é a recuperação” e alguns gritos sendo proferidos por aquela garota a professora pediu silêncio para que todos pudessem se concentrar no teste. Depois de um momento Anne pode sair da sala e se dirigir a quadra que teria Educação física.

E o que vira não a deixou nada, nada feliz. 


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Notas finais do capítulo

E ai? O que eu acham que ela viu? Contem-me meninas! *-*
Será que mereço reviews? Não, não? Tá legal! :(
Beijinhos!



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