Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 6
Capítulo 6 - Sai desse telhado, idiota!


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Desculpa por não ter postado ontem e ante-ontem, já que eu estava oculpada com a escola e o trabalho. Foi bem corrido.
Digo que esperar não vai valer a pena, pois eu não gostei desse cap. Achei meio monotono e sem graça. Já que estou tentando fazer algo com um pouco mais de comédia.
Queria agradecer a Claray, Estela Hyuuga e hans por comentar no capítulo anterior, muito obrigada mesmo! *-*
Beijos e espero que gostem!



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Capítulo seis

Sai desse telhado, idiota!

“Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser”

(Autor Desconhecido)

 

Chorou muito, colocando as mãos no joelho por ter sido beijada por Max. Aquele canalha que não respeita nenhuma mulher. Mesmo o conhecendo há pouco tempo sabia que ele era assim. Ela odiava os homens e tinha mais certeza disso pelo que ocorreu. Olhou para a Bárbara de esguelha, lendo um “viu, sabia que era lésbica” de seus lábios. Mostrou o dedo do meio para ela e mirou o loiro.

— Eu tenho nojo de você, nojo! — berrou.

— Só quis te ajudar. — revidou.

— Mas não desse jeito, muito menos com você. Eu não queria ter meu primeiro beijo com alguém que trata as mulheres como um lixo. Principalmente porque nós não nos amamos. — confessou.

— É só um beijo caramba! Pare de fazer drama. — brabo.

— Mas era o primeiro. E foi justamente com o tipo de pessoa que mais odeio. Mas não vai ficar assim, vai provar do próprio veneno. — mirou-o com os olhos quase fechados.

Desesperada foi em direção a James, puxando-o pela nunca e colando seus lábios no dele. Sugou o beiço inferior do ruivo e pediu passagem com a língua, sendo logo correspondida. Não pensava direito, apenas na raiva que estava sentindo. Beijou-o de forma esfomeada, fazendo com que todos os olhassem de forma surpresa.

Era seu primeiro selo de verdade com o seu namorado, ficando feliz com isso. Percebeu que com Max não valera, pois não havia sentimento. Anne acariciou os cabelos dele de forma automática, mostrando o quanto estava satisfeita com isso. James movimentou a mão pelo corpo dela, parando na cintura.

Eles apenas se separam por falta de ar, para depois se olharem em consentimento. Estavam ofegantes, os lábios vermelhos e um sorriso brincando na boca deles. Anne se virou para o loiro, piscando para ele.

— Isso foi para você ver como é bom ser traído. — sussurrou, olhando em seguida para a Katy e Claire.

Max nada disse, ainda sorrindo.

A morena ouvia uns “eu sempre soube que era vadia, pegando dois de uma vez só” ou “eu que queria beijar primeiro os novatos, essa sortuda”, mas isso não a abalou, fazendo com que saísse de cabeça erguida da cantina. Estava sozinha, não esperando que os outros a seguissem.

Olhou para trás e notou que um integrante faltava.

Ela correu de forma desesperada procurando pelo gênio, não entendendo o porquê de estar preocupada. A verdade é que nunca agira assim, nem quando o seu coelho havia fugido quando era pequena. E olha que amava muito o seu bicho de estimação.

— Ethan! — berrou.

Quase caiu na grama, notando que estava chovendo, mas isso não a fez desistir. Olhou para todos os cantos, pensando no pior por não achá-lo.

— Ethan! — repetiu.

Sua face mostrava receio, enquanto seu cabelo colava em sua roupa e rosto. A saia batia na metade da coxa por estar molhada e sua blusa já estava transparente, fazendo com que ficasse irritada pela vestimenta ser branca. Quando estava para perder a esperança viu um ponto preto em cima do telhado, vendo que era ele que estava lá.

— Sai desse telhado, idiota. — gritou com todas as suas forças.

Ele a olhou neste instante, sentando no local de forma emburrada.

— Não mesmo. — respondeu simplesmente.

— Por quê? Deixe de ser imbecil e desce daí. — revidou.

A trovoada já estava se formando, já que os raios estavam saindo das nuvens. Anne ficou mais preocupada ainda, sabendo que ele tinha mais chance de ser eletrocutado. Queria subir lá e o tirar da forma, porém sem escada nada podia fazer.

— Não vai me responder? — questionou de forma afoito.

— Eu tenho que ficar longe de ti, com você por perto eu não consigo usar meus poderes. — declarou.

— E morrendo vai adiantar alguma coisa? — rolou os olhos, chegando mais perto dele.

— Vai para trás, por favor. — disse com temor.

— Não mesmo. Aliás, pensei que os gênios não podiam fazer nada depois de acharem seus donos. — duvidou.

— Com o consentimento dele sim, principalmente ficar transparente ou se teletransportar. Porém tu não acreditas em mim, fazendo com que tomasse a atitude de me distanciar de ti. — confessou.

— Por que quer se teletransportar ou ficar transparente? — questionou.

— Por causa das meninas. Da próxima vez que eu as ver é capaz de eu sair paralítico ou morto de lá. — explicou.

— Também será morto se não sair daí. — declarou.

— Não, só saio com meus poderes. — disse.

— Eu acredito em ti, agora sai desse telhado, por favor. — pediu.

Ele caminhou pelo lugar, parando perto da borda. Abaixou-se até ficar em posição de cocurutas, olhando-a de forma sacana.

— Mente muito mal, pirralha! — sussurrou.

Anne fechou as mãos em punho, olhando para baixo por não convencê-lo. Odiava fracassar em algo, partindo para outro plano.

— Tanto faz, apenas quero que saia daí. Eu sou sua mestra e peço que cumpra o meu mandato. — esbravejou.

— Nunca! — exclamou.

— Não vais sair mesmo? Então está bem. — finalizou, saindo dali de forma lenta.

Após entrar novamente na escola apertou todos os botões de emergência, vendo que todos os alunos já corriam pelo corredor. Os alunos estavam todos encharcados pela água que caia do teto, fazendo com as meninas gritassem por causa da chapinha. Deu um sorriso de orelha a orelha, sendo empurrada pelo diretor em seguida.

—Vamos menina, não está vendo que o colégio pode estar em chamas.

— Não há incêndio. — confessou.

— Como sabes disso? — questionou.

— Porque fui eu que apertei os botões de emergência. — respondeu.

— Pode me dizer o motivo de fazer isso, Senhorita? — perguntou de forma irritada.

O diretor mirou para baixo, tendo como alvo os seios da menina, que faziam com que o sutiã dela aparecesse por causa da camisa transparente. Mesmo que fossem pequenos ele a olhava com interesse, parecendo que ia comê-la em um instante.

— Porque há um aluno no telhado a ponto de se suicidar. E para de olhar para o meu sutiã! — contou meia verdade.

Então ele apenas correu até o pátio, envergonhado por ter sido pego em flagrante, constatando o que dissera. Voltou em um “pulo” e chamou o zelador. Pegando uma escada e indo em direção ao telhado. A multidão olhava para a cena de forma assustada enquanto as meninas choravam e descabelavam o cabelo.

Anne apenas ria por perceber que a maioria não tinham o cabelo liso natural e que pareciam um leão com aquelas jubas. Incrivel o quanto essas gurias prezam a beleza.

— Ethan, nós te amamos. Por favor, não morre. — já disse, são fãs.

O moreno apenas sussurrou um “Com elas falando desse jeito é melhor eu me suicidar mesmo”, de uma forma tão baixa que ninguém ouviu. O zelador subiu a escada, chegando perto do estudante.

— Vem garoto. — murmurou, dando a mão para que ele a pegasse.

Ele simplesmente fez o que o homem pediu, querendo acabar com essa história que mais parecia novela mexicana. Odiava toda essa atenção, fulminando a Annie enquanto estava descendo o telhado. Tentou ir em direção a mesma para lhe dar uns sopapos, mas foi impedido de fazê-lo por causa dos agarramentos das meninas.

E, pela primeira vez, agradeceu a elas por essa atitude. Enquanto percebia que a chuva já estava parando e que os raios não apareciam mais notou o que fizera. Poderia ter sido queimado ou até morto.

A festa rolava solta e agora suas vestimentas se tornavam mais molhadas pelas lágrimas das tietes em seu uniforme. James que olhava o que ocorria sorria enquanto pensava no que ocorrera mais cedo, lembrando-se do quão doce era o beijo da morena. Piscou para Anne ao perceber que ela o olhara, vendo que a menina corara com isso.

Aquilo estava começando a ficar estranho. Porém nada fizeram depois, só se encontrando quando foram embora.

Seus cabelos negros estavam molhados, porém ela tentava de forma falha fazer uma trança nele. Estava esparramada no sofá de maneira confortável, vestindo uma camisa do bob esponja e um shorts azul com franjas pequenas do mesmo tecido embaixo. Usava uma pantufa de gato, fazendo com que o Wonka ficasse fazendo carinho em seus pés, tentando em vão dominar o animal.

— Sai daqui, bichano! — exclamou, mexendo suas pernas para que o satanás saísse de lá.

Ele apenas se agarrou mais no sapato, fazendo com suas garras arranhassem a pele dela. Anne gritou fortemente, pegando-o no colo e o jogando para fora de casa. Mesmo que estivesse machucada nos braços e pernas por separá-lo de seu amor ela sabia que seria o melhor, já que queria ver a TV em paz.

Estava vendo o Bob esponja.

Bufou e desistiu de tentar fazer um penteado, pegando a barra de chocolate e comendo de uma vez só. Quando estava pronta para devorar um shot o falso gênio apareceu na porta da sala, sorrindo com escárnio pela cena que vira.

A imagem de uma Anne com os cabelos desarrumados, um brilho nos olhos e a face cheia de chocolate apareciam para ele. Aquilo era hilário, porém parou de rir ao ver como a garota o fitou.

— O que está fazendo aqui? — questionou.

— Eu moro aqui, não? Ou se esqueceu? — declarou.

— Tenho pesadelo com isso todos os dias. — murmurou.

— Sabe se tem comida aqui? Estou morto de fome. — comentou, passando a mão na barriga enquanto falava.

Ela olhou de forma tristonha para o chocolate e logo para ele, pensando se queria abandonar o último chocolate que tinha. Após se decidir ofereceu de forma temerosa a comida para ele, recendo uma negativa como resposta.

— Eu disse comida.

— Então vai fazer, porque eu não sirvo para cozinhar. — finalizou, voltando a assistir desenho.

Tentou até continuar a ver a animação, porém os barulhos que vinham da cozinha não a deixavam escutar as falas de Bob esponja. Correu em direção ao local, vendo o moreno com farinha no rosto enquanto várias panelas e alimentos estavam jogados no chão.

— O que tu fez? — rosnou.

— Quer que eu faça sua trança? — propôs, olhando-a com culpa.

— É o mínimo que pode fazer mesmo. — deu-se por vencida.

Ela se sentou na cadeira após pegar um rábico e escova. Ao ver que ele ia começou a mexer em seu cabelo olhou para as mãos dele, percebendo que ainda estava cheia de farinha.

— Vai lavar a mão primeiro! — esbravejou.

— Seu pedido é uma ordem. — comentou com tédio.

Anne sentiu algo acariciando seu cabelo, arrepiando-se com o toque dele. Notou que o penteado estava sendo feito de forma demorado, mas ela pouco se importava com isso. Por ela isso poderia durar para sempre. Depois o moreno encostou a boca no ouvido da garota, fazendo com que a morena engolisse em seco.

— Terminei. — declarou.

— Obrigada. — disse simplesmente e começou a rir dele.

— Por que está rindo? — perguntou de forma irritada.

— Confesso que está muito lindo com essa farinha na cara.

— E tu também com esse enfeite em seu rosto. — revidou.

— O quê? — curiosa.

— Chocolate. — respondeu.

Ela correu rapidamente até a torneira, lavando sua face com rapidez. Sentiu-se uma idiota por ter se melecado com o chocolate, mostrando o quão criança era. Quando olhou para trás viu que o garoto olhava para sua barriga com uma expressão desanimada, ficando triste por ter visto que ele fez um bonito penteado, mas nada fizera em troca. Em um segundo ela se abaixou e começou a pegar as panelas, lavando-as e começando a preparar um bolo.

— O que estais fazendo? — declarou.

— Um bolo. — comentou simplesmente.

— Mas por quê? — quis saber.

— Seria maldade deixar alguém com fome, não?

— Contudo de nada adianta comer bolo queimado. — reclamou.

— Cala a boca e apenas presencie a arte. — disse.

No final Ethan estava certo, além do bolo ter virado praticamente pó de tão cremado que estava, ficou pequeno pela falta de fermento. Desistindo de tentar fazer algo eles pegaram leite condensado com achocolatado, fazendo um prato de brigadeiro. Chamaram os outros meninos e ficaram a tarde toda assistindo desenho e conversando sobre as pessoas do colégio.

Já Anne não estava mais tão arrependida de ter os abrigado em sua casa, gargalhando enquanto via o Wonka arranhando a janela com o intuito de se juntar a sua gata.

 


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? E recomendação? Não né, eu sei.
O que acharam do beijo com o James?
E do Ethan e Max?
Beijos! *-*



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