Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho
Notas iniciais do capítulo
Bom dia, flores do dia! aeiuhae
Bem... para quem não sabe BV é "boca virgem" e tem, como dizem, o "BVL" quando é de língua. Arrrrrrg! Da-me nojo só de pensar em algumas coisas em relação a isso. aaeih
Queria agradecer a Claray, Estela Hyuuga e hans por comentarem no cap. passado, muito feliz com isso! *-*
Beijos e espero que gostem. :3
Capítulo cinco
Momento certo, cara errado
“Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz”
(Vinícius de Moraes)
Após pensar em seu plano nos mínimos detalhes, pediu a professora para sair mais cedo. Ela tinha muitas coisas a fazer e isso se resumia em ajudar três patetas a seguir as regras da escola. Correu até o 3-C, segurando a sua saia. Sua beleza era deslumbrante, porém o que estragava era a expressão irritada que mais parecia uma marca permanente em seu rosto.
Esperou dois minutos para que a porta se abrisse, afastando-se da entrada para que os selvagens pudessem sair. No meio da multidão ela viu o trio olhando de forma dispersa para os lados. Empurrou-os rapidamente pelas costas com os braços esticados, gargalhando quando percebeu que eles tremiam de medo.
— Quem é? — disse o loiro que ainda não tinha olhado para trás, a voz assustada.
— O namorado da Claire. — comentou o moreno.
Claire? O que será que Max fez com essa garota?
— E-eu não fiz nada. F-foi ela que me seduziu. — disse simplesmente.
— O que aconteceu? — pronunciou a morena, fazendo com que ele se virasse rapidamente.
O guri deu seu melhor sorriso ao olhar para a sua direção, mas logo murchando ao perceber quem era. Anne ficou confusa com isso, pensando que esses tipos de meninos nunca paravam de usar a sedução, seja para qual garota for.
— É apenas você. — disse com uma falsa tristeza.
— Ficou decepcionado, é? — questionou.
— Pelo menos não é pior que a resposta que o Ethan deu. — murmurou.
— Mas... o que tu fez com a Claire?
Ele engoliu em seco ao ouvir a pergunta, mas não desistiu de contar a verdade.
— Pedi para sair com ela. — disse.
— Assim como a Katherine também. — rebateu James.
— Mas não tem problema se for em dias diferentes, não é? — Anne.
— Sim, porém ele foi inventar de marcar um encontro na mesma data e hora também.
— Por que assim eu não vou precisar gastar mais dinheiro por levá-las a lugares distintos.
— O quê? Tu não tinhas nos contado que também é no mesmo local. — horrorizado.
—Se eu fosse tu desmarcava com alguma ou levar uma das duas em outro sítio. — opinou a morena.
— Nunca que eu vou dar um fora nas meninas, então o melhor seria conduzir uma das duas a outra localidade. — declarou, fazendo pose de inteligente.
Como se ele fosse o maior nerd da história, não é mesmo?
— Agora que decidimos, vamos à secretaria? — perguntou Anne.
— Como se tivéssemos mesmo opção. — murmurou o gênio.
— Aprendeu direitinho, em? Mas não espere que eu lhe dê um biscoito, pois isso não tem aqui. — sarcástica.
— Que mal me pergunte, porém o que nós iremos fazer lá mesmo? — Max.
— Por acaso vocês já decidiram em qual área vão participar? — rebateu.
— Futebol americano. — disse o loiro prontamente.
— Talvez eu faça basquete. — comentou James.
O outro integrante do grupo nada disse, enquanto ficara escorado na parede com as mãos no bolso e com apenas uma perna o sustentando, já que a segunda estava encostada no sólido atrás de si. Os olhos estavam fechados, entretanto ele ouvia a conversa atentamente.
— E tu, Ethan? — pronunciou a morena
— Nada. — disse simplesmente.
— Faça-me o favor, aqui na escola é obrigatório escolher alguma atividade extracurricular. Então, o que me diz? — sorrindo.
— Não tem algo que eu possa realizar para estar isento disso? — questionou.
— Eu também queria que houvesse uma maneira de não participar, mas não dá. Tanto que eu estou na equipe de xadrez desde sempre. — comentou.
— Já que é assim então eu escolho a oficina que tiver menor número de inscritos. — declarou.
— Então vamos. — deu de ombros.
Entraram na sala da secretaria, vendo que ela estava a ponto de fechar o local. Anne ficou na frente deles, dando de cara com a funcionária.
— Margo, por favor, atende-nos. — suplicou.
— Por que ainda pergunta? Você sabe muito bem o que dar para que eu os atenda. — declarou. O sorriso sacana brincando em seus lábios.
O Ethan dois em pessoa.
— Pegue. — disse simplesmente, deslizando uma nota de R$50,00 pelo balcão.
— É assim que se faz garota. — disse, abrindo a parta da sala.
Quando se sentou na cadeira ouviu um “Interesseira é fogo!” e “quantos favores ela já fez para ti, em?” da pessoa atrás de si, ou seja, o gênio. Sorriu com escarnio e respondeu um “cala boca” bem baixo para ele. O mesmo obedeceu de prontidão, voltando sua atenção para a mulher atrás da mesa.
— Vejo que são os alunos novos. Vieram se inscrever para alguma atividade? — começou a secretária.
— Sim! — exclamaram em coro.
— Um de cada vez vai me falando em qual oficina querem entrar, está bem? — doce.
— Futebol Americano. — começou Max.
— Amanhã, 7h30, teste no pátio principal. — disse simplesmente.
O loiro ficara parado, tentando decorar o que ela disse. Seriam 7h30 ou 7h? Ele nada sabia.
— Não vai anotar? — questionou a morena, rolando os olhos.
— Mas... — foi cortado.
— Toma aqui o lápis e o bloco de notas. — disse a morena, empurrando os dois objetos com brusquidão para o garoto.
Max tentara rabiscar algo no caderno, mas logo apagava. Sua língua chegava a ir para fora da tamanha concentração que fazia.
— Pode repetir, fazendo o favor? — perguntou depois de um tempo.
— Claro. Amanhã, 7h30, teste no pátio principal. — repetiu sem esforço.
Pegou o papel em mãos novamente para começar a escrever, mas logo parou.
— Como se escreve amanhã, junto ou separado? — questionou.
— Da maneira que quiser. — berrou Anne de forma irritada.
— Está bem.
E um “A manha, 7 e meia, testi no pátil principau” foi anotado no bloco.
— Como conseguiu entrar aqui, em? — quis saber a morena.
— Nós só dissemos que morávamos contigo e o diretor logo nos encaminhou para a sala. — disse James.
— Agora já foi, fazer o que! — declarou simplesmente.
— Já eu vou fazer basquete. — começou o ruivo.
— Segunda-feira, 8h20, teste na quadra III. — informou após ver que ele tinha pegado o papel e o lápis.
Ethan nada disse, olhando as listas que se encontravam na mesa da Margo. Notou que havia um grupo com apenas cinco pessoas, era naquele que ia entrar. Sentiu-se sortudo por não ser xadrez, pois ia ser difícil não brigar com a morena se convivesse com ela nas oficinas também.
— Eu vou querer entrar no atletismo, mas especificamente na corrida de 100m. — declarou, apontando para a ficha.
— Está bem. Então peço que compareça na terça-feira, às 9h, na pista. — declarou, já se levantando.
— Margo... nós podemos visitar a escola agora? É que eu preciso mostrar a escola para eles, já que amanhã o Max já fará o seu teste. — comentou.
—Já sabe o que fazer.
Anne bufou e entregou uma nota de R$20,00 para a mulher, saltitando em direção ao corredor. Ela parou ao ouvir um “Por favor, sobe mais um pouco para que eu veja a calcinha” de Max, fulminando-o logo em seguida. Fez um tour pelo colégio, mostrando cada local nos mínimos detalhes.
— Há quanto tempo tu és aluna daqui? Mais de 50 anos? — perguntou o moreno.
— Nada que te interesse, mas faz apenas 10 anos que eu estudo aqui. — declarou, querendo acabar com a conversa.
Pegou sua mochila de panda e tirou de lá um mapa, entregando-o diretamente para Ethan.
— Tens como tirar uma cópia disso para mim? É que eu estou muito cansada agora. Aproveita para comprar um suco também, só que tem que ser de laranja, e sem polpa. — mandou, dando para ele R$10,00.
Ele nada pode fazer, sabendo que poderia ser despejado da casa dela caso recusasse o pedido. Depois de uns 13 minutos o garoto chegou, a expressão abalada e estava ofegando.
— Demorou, em? — disse simplesmente, pegando o suco e o tomando.
Enquanto o fazia, Ethan olhava para o liquido. Estava com muita sede, mais tanta, que até poderia tomar 5 litros de água sem hesitar. Anne percebeu o que ele estava fazendo e sorriu de forma maldosa, terminando de beber em um gole. O moreno queria dizer umas verdades para ela, mas se “segurou”. Deu grandes passadas, andando na frente deles enquanto ouvia a escandalosa gargalhada dela.
☮
Era hora do recreio de uma sexta-feira e Anne tamborilava os dedos de forma rápida no banco do refeitório. Na verdade aquela mesa era velha e pouco usada, fazendo com que ninguém se atrevesse a ir até lá. Talvez com medo que a quebrasse com a tamanha gordura que tinham.
— Você já sabe o que fazer, não? — começou a morena, olhando para James.
— Sei sim. — declarou, um bolo se formava na garganta dele.
Junto deles estava o loiro e Ethan.
— Então vamos antes que a cantina fique vazia. — disse, vendo que a Bárbara ainda se encontrava no lugar.
Estava muito nervosa, era seu primeiro beijo. Mesmo que fosse em seu “namorado” tinha vergonha de fazer isso. Principalmente em um lugar tão cheio e nada especial. Eles se levantaram e o ruivo pegou na mão nela, olhando em seus olhos de forma carinhosa.
Nesse instante ela percebeu: Não é o ambiente que torna um beijo especial, mas sim a companhia. Sorriu com isso, estava pronta. Além do mais, era com ele que ia se casar não?
— O que estão esperando? — declarou Max.
A morena revirou os olhos e o fulminou, amaldiçoando-o por acabar com o clima. Nem cheiro de tinta tinha mais. Nada sobrara. Mas ela não ia desistir, não mesmo. Olhou ao redor e notou que a maioria os observavam, esperando pelo que ia acontecer.
Ela corou arduamente, querendo esconder seu rosto no ombro do companheiro. Seus olhos verdes continuaram a fitando, a mesma doçura, mesma expressão. Não precisa temer, era só chegar mais perto e fechar os olhos, só isso.
— Não aguento mais! — berrou alguém e a selou em seguida.
Anne notou que as mãos de James não estavam mais lá, nem seu calor. O toque dos lábios do menino que a beijara era quente, algo que a deixava desconfortável. Percebera que essa pessoa não tentara nada, apenas a beijou de boca aberta. Sem sentimento e muito menos tentou meter a língua no contato.
Abriu os olhos e viu que Max estava na sua frente, empurrando-o em seguida. Ele no mesmo instante caiu, pois ainda estava com as pálpebras fechadas. A guria da mochila de dalmátas se assustou, ficando deveras horrorizada. Ela ouvia as palmas dos outros alunos, porém não queria que tivesse sido desse jeito, nem com essa pessoa.
Então a ficha caiu e ela chorou.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E ai, o que acharam?
Ficaram surpresas com o final? Eu ri demais com isso, sério. AEIUHEAIAEHEAEHIAE
Mesmo que não fosse de língua, é beijo né?
Piiiiif! Nada a ver.
Sei que não mereço, mas se quiser deixarem reviews... Recomendação também aceito (: