Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 4
Capítulo 4 - Eu não sou lésbica!


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, pessoarrrr! :3
Mais um capítulo para vocês lerem.
Quero agradecer a Claray, Estela Hyuuga, Iasmin Guimarães, Hans e MarianaDS por me mandarem os reviews. Muito mesmo, não sabem o quanto fiquei feliz! *-*
Espero que gostem.



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Capítulo quatro

Eu não sou lésbica!

 

“A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.”

(Roger Bussy – Rabutin)

 

Matemática, guerra de bolinhas de papel, física, meninos indo para a detenção, mais aulas, manada se pisoteando para chegar à cantina, Anne sozinha. Estava tudo muito bom, tudo muito bem, se não fosse às meninas se atirando em cima dos novatos.

— Anne, nos ajude, por favor! — gritou o moreno, correndo ao estilo ligeirinho em sua direção.

As meninas pareciam àquelas tietes ou fãs enlouquecidas atrás de seu ídolo. O que elas não fazem para serem as primeiras a ficar com um dos novatos, em? Popularidade, enlouquecendo as pessoas desde o tempo das cavernas.

— Não ouve o que ele diz, esse é o melhor dia da minha vida e tenho certeza que a dele também. — revidou o loiro.

— Eu não ia ajudar mesmo. — deu de ombros.

Ethan no mesmo instante chegou perto da morena, escondendo-se atrás dela. A garota se tornou seu escudo, fazendo com que umas vinte oferecidas esperassem a reação dela.

— Cai fora. — berrou assustada ao senti-lo tocar em sua costa.

Empurrou-o para o lado pela cosquinha que sentira, tendo como resultado um bolo de meninas agarrando o gênio. Pareciam leoas disputando sua presa. Quando saíram só deu de ver um moreno com marcas de unhadas. O que sobrou da vestimenta? Apenas as calças e uma parte da blusa.

Notando que nada conseguiriam ali, partiram em busca de outra vítima. O loiro que ficou feliz com isso.

— Droga! Vou ter que comprar novas roupas. — resmungou enquanto passava a mão no mato já crescido.

Mirou a sua frente, notando um moreno a olhando de forma emburrada. Rolou os olhos e mostrou a língua para ele, tendo o mesmo gesto em troca. Estendeu sua visão e percebeu que James não estava no pátio. Anne não queria admitir, mas ficou preocupada com ele.

Levantou-se rapidamente e puxou-o pela mão, mas logo se afastou ao notar a confusão nos olhos dele. A garota se sentiu uma pervertida neste momento, corando enquanto andava ao seu lado. Seus passos eram pesados e sua respiração profunda, olhava para qualquer ponto, tentando esconder o seu constrangimento.

— Para onde está me levando? — questionou, fazendo com que ela parasse subitamente.

— Enfermaria. — direta!

A verdade que até a sua voz denunciava a sua vergonha.

— O que está esperando então? — sorriu enquanto a guiava, segurando-a pela mão.

Os pensamentos da morena funcionavam a mil. Será que ele estava imitando seu ato anterior para que se acalmasse? Mesmo que não fosse esse o motivo ela se sentiu menos desconfortável.

— Para qual caminho está indo? A enfermaria é para lá. — apontou a menina enquanto mordia os lábios, tentando ao máximo não rir disso.

— O que esperava? Eu nem conheço essa escola direito. — retrucou enquanto lançava os braços para o alto, fazendo com que ela fizesse o mesmo, já que o gênio não soltara sua mão.

— Está bom, já que insiste, eu mostro o colégio para vocês depois. — divertida.

— Eu nem pedi isso para ti, Anne! — raivoso.

Ele odiava quando tiravam palavras de sua boca.

— Mesmo assim irei fazê-lo, seria muito ruim precisar de um mapa quando precisar ir a algum lugar. Sendo que às vezes pedirei algo que tem que fazer com pressa e não conhecer a instituição será um problema nesse caso.

— O quê? Não sou seu escravo. — gritou, mas ela já estava longe de si.

Logo viu que Anne o chamava para dentro de uma sala, rolando os olhos por ter sido ignorado e se dirigindo com raiva para o local. Quando apareceu na porta percebeu que era a enfermaria. Havia algumas pessoas enfermas ali, porém uma chamou sua atenção. James estava deitado em uma maca, enfeitado com alguns curativos em sua bochecha e testa.

A expressão do ruivo era de pura agonia enquanto abria os olhos, mirando a menina que estava ao seu lado. Ethan notou de longe que o seu parceiro ficou feliz com isso, percebendo que talvez ele já estivesse começando a amá-la. O pior seria fazê-la corresponder, já que era a garota mais sem sentimentos que já teve o desprazer de conhecer.

— Quem foi o covarde que te machucou, James? — questionou a garota, a raiva em sua voz.

— As meninas. —disse simplesmente, ficando vermelho em seguida.

— Não se preocupe, pois elas apenas não aceitam e muito menos entendam uma rejeição, mas logo pararam de correr atrás. — respondeu.

— Sim, mas é que eu também disse que tinha u-uma namorada. — sussurrou no ouvido dela, o hálito quente fez com que ela ficasse arrepiada.

— Você é louco ou o quê? É pedir para morrer fazendo isso. Sinto em dizer, porém elas te seguirão até que traia a sua companheira. — comentou de forma inocente.

— Ou seja, você, não é? — perguntou aos risos.

— Por que tu disseste que é meu namorado, James? Por quê? Eu vou te assassinar, seu miserável! — urrou, enquanto o acertava com sua bolsa do urso panda.

Ela sabia que o ruivo estava com sorte, pois se estivesse com sua mochila de porco, com enormes chaveiros de metal, ele ia adquirir enormes sequelas.

— Para! Já chega! Eu não disse nada, apenas que era comprometido. — confessou.

Anne parou no mesmo instante, abraçando-o por isso e agradecendo por ele não ter um parafuso a menos na cabeça. Uma peça a mais faz uma enorme diferença para algumas pessoas.

— Obrigada. — sussurrou, colocando novamente sua pasta nas costas.

— De nada. — revidou no mesmo tom.

Então a morena foi dando passos para trás, ainda olhando para o garoto. O sorriso não saia de seu rosto, contente por não ter sido entregue. Antes que passasse pela porta esbarrou em algo duro e forte, notando que era o Ethan.

— O que ainda está fazendo aqui? Deite-se e espere, porque tenho a certeza de que a enfermeira chegará! — brigou, levando-o pelas mãos até a cama.

Mesmo que tentasse não entenderia a necessidade que tem de tocá-lo, principalmente com a desculpa de guia-lo para algum lugar. Isso era doentio e nada educado de sua parte. Soltou-se com rapidez, com o coração disparado com medo de sua reação. Errar uma vez é humano, mas duas é burrice.

— Posso falar uma coisa? — perguntou.

— Sim. — balbuciou.

— Até que tu tens uma coxa bonita, Senhorita Anna. — sussurrou para que os outros não ouvissem.

— É Anne, já é terceira vez que eu te corrijo! — exclamou.

Será que ela só ouviu essa parte? Melhor para o Ethan que não precisava explicar o porquê de ter dito aquilo depois.

— Anna, Anne, tanto faz. — revidou.

Depois disso ela teve que sair, senão faria mais arranhões nele. Suas bochechas estavam coradas pela raiva, somente isso. Foi em direção à sala, porém parou ao ver que a sala estava fechada e o professor já estava explicando a matéria.

Saltitou até a secretaria, xingando o moreno por fazê-la perder aula. Justo a de literatura, a matéria que mais tinha dificuldade. Não tinha a menor afinidade com simbolismo, e mais não sei o que termina com “ismo”. Sem falar em ter que citar as características de um texto escrito “amor e humor” – sim, são apenas três palavras.

Sentou-se em uma das cadeiras estufadas, querendo a todo custo afastar as pernas, mas sabia que isso daria em detenção por falta de juízo. Sentiu uma cutucada em seu ombro, deparando-se com uma menina de cabelo rosa e olho azul lançando um sorriso em sua direção. Sem falar que ela parecia uma Barbie moderna.

— Oi. — tímida, olhando para baixo com o resto vermelho.

— Se é ajuda com os meninos que veio pedir, eu não o farei. — grossa.

— N-não é isso... é que... — gaguejou.

— É quê? — incentivou.

— Podemos conversar em outro lugar? É que é um assunto meio constrangedor para se falar na frente de uma secretaria. — propôs.

— Sem problema. — disse apenas, nem ligando se ia dar mal por não registrar seu atraso para a secretária.

Estava ficando preocupada com esse mistério. Será que havia acontecido alguma coisa? Sabia que o nome dessa menina é Bárbara e que pouco se enturma na escola.

— Pode ser no ginásio de natação? — pronunciou a rosada.

Apenas assentiu com a cabeça, seguindo-a. Passaram pelos corredores em silêncio e Anne ainda pode notar que os meninos foram parar na 3-C, que por sorte era longe da dela. Claro que a morena nada estranhara eles estarem na classe, já que os professores perdoam os novatos que chegam atrasados no primeiro dia. Só percebeu que já estavam no local combinado quando a porta foi fechada atrás de si.

— Você se chama Anne, não é? — começou.

— Sem dúvida. — respondeu.

Assustar-se-ia se a menina não a conhecesse. Apenas de sempre andar sozinha todos sabiam seu nome, principalmente por causa da empresa de seu pai.

—E-eu queria saber se...

— Desembucha garota! — berrou, acordando-a.

— Se você quer ficar comigo. É isso. — confessou, abaixando a cabeça de novo.

— O quê? Nunca. — disse.

— Por quê? Não há o que esconder, eu sei que tu és lésbica. — sussurrou, chegando perto da morena. — Anda, fica comigo, por favor. — finalizou, acariciando o braço dela.

— Tu entendeste errado, eu gosto de homem. — claro que Anne nunca havia beijado para ter certeza, mas nunca sequer pensou em namorar uma mulher.

— Mas eu vi você afastando o novato de perto de ti, vi que o rejeitaste. — comentou, aproximando seu rosto da outra.

— Foi porque ele me assustou. — explicou.

— Só fica comigo, por favor. Não tem como escapar, pois sei que também gosta de mim. — verbalizou, agora afagando o rosto da morena.

— Eu não sou lésbica! Vê se entende agora. — exclamou, empurrando a garota com força.

O impacto foi tão forte que Anne ouviu o som do tombo mesmo correndo, olhou para trás e viu que a menina caiu de perna aberta, fazendo com que a peça intima aparecesse. Ela só pensou que isso era nojento. Muito.

— Então prova o que disse, prova! — berrou Bárbara.

Evans escutou isso muito bem, tão bem que decidiu mostrar para ela que não fazia parte desse time. Esperou o sinal bater para ir em direção a quinta e última aula, arquitetando um plano que mudaria a sua reputação naquele maldito colégio.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam da Bárbara? Será que ela vai roubar a Anne?
Mereço reviews? Diz que sim! Pode ser até xingando.
E do Ethan, James e Max? hihi
As garotas vão pirar!
Beijos.



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