Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 22
Capítulo 22 - O outro lado do bad boy.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galeraaaaaa!

Vim aqui depois da minha mensagem para avisar que mesmo sem os comentários vou postar por causa da Claray, Sparkly Dark Angel e hans e porque eu não irei desistir dessa história que faltam poucos capítulos para terminar (pelo menos é o que estou planejando), muito obrigada meninas, muito mesmo.

Beijos e aproveitem um cap. uma pouquinho maior que o normal, mas não é GIGANTE! UAHUAHA



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Capítulo vinte e dois

O outro lado do bad boy

“Besteira alguém te magoar e você colocar a culpa no amor. A culpa não é dele. A culpa é de quem não soube te amar; ou sua, por ter enxergado o que não existia.”

(Autor desconhecido)

— O que esse marginal está fazendo aqui? — comentou o James, o rosto vermelho, quando a morena estava no último degrau da escada.

Era nítido que o ruivo estava com ciúmes, até porque ela era sua noiva.

— Você o conhece por acaso para julgá-lo desta maneira? Ou apenas está dizendo isso por causa de sua aparência? O que eu faço não é da sua conta. — rebateu enquanto se aproximava dele de maneira rápida.

Mas ela se arrependeu ao se lembrar do relacionamento dos dois.

— Vamos nos casar. Ou se esqueceu? — questionou de maneira zombeteira, mas ao mesmo tempo triste.

— Apenas perdi uma aposta e vou sair com ele. — sussurrou.

— Está bem, não vou te privar disso. — finalizou ao dar um beijo demorado em seu rosto e piscar.

Anne se surpreendeu, tanto com o seu ato quanto suas palavras. Ela sorriu por um momento e se virou para Cold como se esperasse algo dele, até porque ele não deixava as coisas em vão.

— Vamos. — disse simplesmente.

Então a garota simplesmente se posicionou ao lado dele e foi indo em direção a porta, mas não antes de olhar para trás e perceber a expressão não gentil de Ethan e James nervoso no sofá enquanto o loiro o amparava.

— São seus primos? — questionou Justine quando chegaram perto da moto.

— Sim. — mentiu.

Ele pareceu desconfiado.

— E por que estão na sua casa?

— Uma pergunta por vez, lembra? — revidou enquanto ria.

Aquilo realmente a fazia se recordar quando o viu no portão de casa depois do plano com a Robertha.

— Claro. Responda a minha então. — retrucou com escarnio enquanto sorria de canto.

“Esperto!” Pensou a morena.

— É que eles moravam longe e meus pais pediram que morassem comigo para que estudassem na escola que foram matriculados. — explicou rapidamente.

— A Charlotte nunca me contou deles, não que eu me lembre. São mesmo seus primos? — questionou.

— Repetindo, eles moravam longe. — declarou já sem paciência para brincadeiras.

— Entendi. — finalizou enquanto subia na moto e me estendia o capacete rosa de florzinha.

— De quem é essa coisa? — com desdém.

— Comprei para a Char andar comigo na moto que era do meu tio, antes de eu ter essa.

— Mas vocês terminaram há dois anos, com 15. — estava surpresa.

— O que não me impede de pilotar. Já que sanei sua curiosidade suba na garupa e ponha o capacete antes que eu mesmo o faça. — rosnou.

A conversa estava civilizada até ele começar a dar uma de bad boy e estragar o momento.

— Agora que eu não monto. — contrariou.

— Mas não mesmo.

Após dizer isso pegou Anne pela perna e com um braço e na outra mão pegou o capacete dela, como neste instante os outros meninos estavam a observando não fez um escândalo e ao estar na garupa colocou o objeto na cabeça e segurou firma nele, obedecendo-o por fim.

— Você é um grosseirão, Cold Justine. — xingou quando passou pelo portão da mansão.

— Na minha circunstância não pode ser gentil e muito menos confiar em alguém, mas nunca entenderia, pois é uma mimada que apenas tem que se preocupar com qual roupa usar no dia seguinte.

— Não me conhece para dizer isso! — exclamou de forma irritada enquanto se segurava nele com mais força.

— E nem você. — rebateu.

A morena então ficou em silencio para não dar uma reposta a altura. Não se rebaixe, ele não merece, repetiu em sua mente.

— Para onde vamos? — questionou depois de um tempo.

— Já disse que é surpresa. — resmungou.

Calou-se e quando chegou um local que parecia uma boate, deixando-a extremamente nervosa. Não poderia ser, será que ele vai a querer em uma cama como disse naquele dia?

— É esse o lugar? — gaguejou.

— Sim, é onde eu trabalho, mas estou de folga hoje. — não a olhou enquanto falava.

Anne então percebeu que ele estava progredindo, porque antes não respondia sem alfinetá-la primeiro. Os dois seguiram para dentro do local e ela percebeu que havia várias pessoas dançando, mas, por incrível que pareça, não havia nenhum mulher pelada ou cenas eróticas.

— Aqui não é uma boate? — questionou com horror.

Ele apenas riu de forma escancarada antes de dizer.

— É uma danceteria Anne, mais conhecida como balada ou barzinho, se preferir.

A morena então ficou aliviada e se sentou enquanto olhava o movimento, ao redor do salão a maioria eram adultos, mas ainda havia jovens se divertindo e bebendo no meio deles.

— Quer uma bebida? — sussurrou após sentar e se aproximar do ouvido dela de forma lenta, mas como estava distraída se assustou.

— Primeiramente pare com isso, entretanto eu aceito um refrigerante, fazendo o favor. 

Cold andou até o balcão enquanto fazia caras e bocas e era parado por meninas no caminho, mas ele apenas ignorou. A garota se surpreendeu ao notar que não era tão canalha assim.

— Aqui está o que pediu. — disse o bad boy após se sentar.

— Obrigada. — dando um gole na bebida.

— Então a patricinha é educada? — questionou.

— Não te interessa. — rude.

O silencio reinou novamente, algo que a deixou incomodada. Isso não ocorreria se estivesse com os três, pois lá mais parece uma creche do que uma mansão.

— Quer dançar, Mary Anne Evans? — a voz rouca e sedutora enquanto estendia a mão em sua direção.

— Eu não... — começou, mas foi interrompida.

— Vem, eu te ensino. — declarou enquanto a pegava rapidamente, fazendo com que desse tempo apenas da morena deixar a lata na mesa.

Ele a agarrou pela cintura enquanto dançava no ritmo do vanerão, aquela música fazia com que seus ouvidos e cabeça doessem, assim como o ambiente. Cold parecia animado e ela percebeu que havia sorrido verdadeiramente pela primeira vez naquela momento, algo que a encantou.

A garota acompanhava de forma desajeitada enquanto ele segurava de maneira mais forte o seu corpo e as vezes apertava quando pisava em seu pé.

— É um caso perdido cópia mal feita da Charlotte. — riu em deboche.

Anne quis chorar, se descabelar, mas apenas apertou com força seu ombro.

— E você é um alcoólatra, metido a besta e que nunca vencerá na vida. — rebateu da forma mais maldosa que podia.

— Ai, essa doeu! — exclamou ao tentar transparecer não estar magoado.

— E é pouco. — revidou.

— Sabe, ficas muito mais linda braba e é por esse motivo que eu gosto tanto de irritar. — sussurrou em seu ouvido enquanto eles dançavam lentamente, para depois beijar o lóbulo de forma lenta e morder por fim.

— E você é um péssimo mentiroso. — respondeu depois de se recuperar do seu choque e constrangimento.

— Apenas digo a verdade.

— Depois de dizer que sou parecida com minha prima ainda fala que eu sou bonita, claro que não é falso. — ironizou.

— Não entendo porque te deram esse apelido, já que eu te acho muito mais linda que a Charlotte, até quando namorava ela. — confessou enquanto me embalava em seus braços.

Com essa fala eu escondi meu rosto em seu pescoço e continuei a dançar com ele.

— Você é um imbecil. — rosnou enquanto se afastava dele e ia até a saída da boate.

— Pelo menos pague a conta. — gritou.

Anne voltou o fulminando com o olhar e jogou o dinheiro quando estava perto dele para depois correr até porta enquanto discava algo no seu celular. Quando percebeu alguém a puxou pelo braço e a enlaçou pela cintura após a virar, fazendo com que notasse que era Justine.

Ele se aproximou mais e a encurralou na parede e quando ela virou seu rosto para o lado o bad boy mordiscou e deu beijos em seu pescoço. A morena apenas se debatia, mas em segundos ele estava atacando sua boca, enfiando a língua, e explorando todos os cantos de forma insaciável.

— O taxi está chegando. — sussurrou após pararem para depois correr quando chegou na rua.

Ela tentou escapar, mas Cold a alcançou em pouco tempo e pegou em seu braço.

— Anne, por favor, espera. Eu não quis fazer isso, mas você está tão sexy que não resisti. — declarou com dificuldade pela corrida.

— Mas isso não te dá o direito de me beijar! — exclamou com irritação.

— Desculpe-me, eu faltei com o respeito, admito. — sussurrou enquanto sentava no meio-fio e abaixava a cabeça de forma arrependida.

A morena não sabia o porquê de tê-lo feito, mas cancelou a carona com o taxi e sentou-se ao lado dele para depois acariciar suas costas como forma de consolo.

— Está tudo bem, que tal irmos embora? — questionou quando ele levantou a cabeça para olhá-la.

— O que acha de um fast food? — rebateu.

Apenas confirmou ao ver que eram 9h e o acompanhou até o veiculo e se acomodou na garupa. Tinha saído daquele local com cheiro de maconha, pessoas taradas e bêbados. Pela terceira vez o silencio reinava e ela notou que ele lambia os lábios e o mordia pela retrovisor, fazendo com que se lembrasse do beijo. Era a quinta pessoa com a qual fazia aquilo, se contar com o selinho do Ethan, em um pouco mais de um mês e se sentia uma vadia por isso.

— Eu quero um x duplo com muito queijo e um x burguer sem alface, dois refris médio e batata frita. — anunciou para a atendente após perguntar a acompanhante, e foi neste instante que notou que tinha perdido muito tempo pensando na sua situação.

Depois que o lanche chegou ficaram sem nada dizer, mas ela via o quanto Cold estava mal pelo que tinha feito. Depois do que ocorreu não sabia o que dizer e queria muito que aquilo não tivesse acontecido.

— Sinto muito, é tão parecida com a Charlotte que... deixa para lá. Só não quero que fique estranha comigo. — sussurrou.

— Que o quê? Pensou ser ela e resolveu me beijar, é isso? — questionou em um tom alto.

— Não, mas que se eu te agarrasse poderia esquecê-la. — confessou.

— Você me enoja, como pode. — respondeu estando ao ponto de quase chorar.

— Por favor, não quero que fique magoada. — falou enquanto tocava no rosto da menina de pele branca.

— Eu sou diferente dela, meus gestos, roupas e gostos. Por favor, não me compare a ela. — estava inconformada.

— Sim, mas sua pele, seu cabelo e corpo são muito parecidos, apenas não resisti.

— Você ainda a ama? — perguntou, aquilo estava entalado em sua garganta desde sua confissão.

— Não, apenas me bateu uma saudade ao me encontrar contigo. — estava nervoso, o que não passou verdade para a moça, mas deu de ombros.

— E ao dizer que eu era mais bonita, é verdade?

— Sim, seus olhos transbordam mais sinceridade e são magníficos e é isso que te faz mais linda do que muitas pessoas que conheci.

— Mas eu não acredito nisso. — jogou as cartas na mesa.

— Entendo, até porque passou a vida inteira com as pessoas falando que sua prima é melhor que você, mas eu sei que não é a verdade. Você é linda, guerreira, mesmo que mimada, e é isso que me fez mostrar aqueles documentos depois de perceber suas qualidades. — confidenciou.

Anne então abaixou a cabeça e quase desabou.

— Vamos embora. — sussurrou depois de pensar no assunto.

Não queria responder ou agradecer, queria apenas mentalizar sobre suas palavras em casa, no seu quarto, e sozinha.

— Okay. — respondeu sem exigir explicação para o comportamento.

Entraram na moto e logo chegaram na casa, se despediu dela com um beijo no rosto e partiu em seguida.

— Nunca mais me chame para sair. — alertou, esperando que ouvisse.

Aquela noite foi um baque para a morena, porque mesmo não crendo nele completamente parecia, no fundo, um pouco sincero.

Passou pela sala e subiu as escadas sem ao menos parar para dar boa noite aos meninos que a chamavam e ao chegar no quarto pulou na cama, deixando finalmente que suas lágrimas caíssem livremente pelo rosto. Chorou por instantes e se sentiu aliviada por não abrirem a porta para falar com ela.

Ao se recompor pegou seu celular e viu duas mensagens que diziam:

“Eu estou ralada! Cinco dias de suspensão, vou rodar. :( — Fuinha.

“E quem disse que eu quero sair contigo novamente? Ah, sonhe comigo, e de preferência daqueles bem eróticos”— bad boy.

Ela nada respondeu e dormiu, sabia que provavelmente não esbarraria mais com o Justine e responderia a Robertha amanhã, pois já eram 22h30.

Queria muito esquecer as palavras,mas era o que mais se repetia em sua mente. Saber que alguém tinha uma opinião contrária do qual sempre ouvira a assustava, e muito, ao ponto de deixa-la sem sono.


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Notas finais do capítulo

A imagem não me pertence, nem a frase (que eu não achei o autor) e me desculpem pelos erros de português ou algum equívoco.

O que acharam do capítulo? O ":(" eu sei que não pode colocar em textos, mas acho que se for em mensagens pode.

Eu mereço review? Por favor, mandem para me animar nessa volta, pois eu sou meio revoltada, e uma recomendação também cairia muito bem. UAHUAUAUAHUAH

Beijos e obrigada!



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