Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 21
Capítulo 21 - Suspensão por dois dias? Não!


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAAAAAAAA!

Desculpa a demora, visitas, praia, festas, não deu tempo nem de entrar direito no meu login.

Obrigada a Claray, muito mesmo, mesmo, mesmo.

16 VIRAM O CAPÍTULO? Ameeei, obrigada gente.

Obrigada e curtem!



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Capítulo vinte e um

Suspensão por dois dias? Não!

“Respiro o vento, e vivo de perfumes

no murmúrio das folhas de mangueira;

nas noites de luar aqui descanso e a lua enche de amor a minha esteira”

(Álvares de Azevedo)

 

Socos, chutes, pontapés e tapas aconteciam na sua frente, isso era tudo o que Robertha dava no garoto que a desvirginara. Seu rosto estava vermelho e parecia muito cansada, Alex não revidara, até porque sabia o que tinha feito. Quando ele simplesmente agarrou o braço da fuinha com força Cold ficou inquieto ao lado da morena da qual sabia que logo entraria em ação.

— Eu sei que quer fazer a mesma coisa que eu, mas não seria bom arrumarmos mais confusão neste instante. — sussurrou após ficar na ponta dos pés e segurar em seus ombros para se equilibrar.

Surpreendentemente o bad boy se acalmou com isso e afrouxou os punhos, aproveitando para abraçar Anne de lado. Ela nada fez e nem mexeu um dedo para ajudar a parceira de xadrez, apesar de sua vontade ser o contrário, mas isso era algo que apenas sua amiga poderia lidar.

Logo o diretor chegou e levou os dois no corredor e se assustou ao ver cadeiras e carteiras reviradas na sala enquanto alguns alunos estavam no fundo encarando a briga de forma assustada. Ao perceber os culpados pela baderna pediu licença a professora e pegou os dois e ao passar por Justine e a Evans falou “sigam-nos”.

— Podem começar a se explicar. — foi a primeira frase que o homem declarou ao se sentar no gabinete.

Anne então olhou para a “amiga” de forma repreendedora, avisando-a para que não contasse a verdade. Mas quem disse que ela entendeu?

— Esse garoto tirou o meu bem mais precioso e desapareceu no outro dia. — respondeu.

— Isso é verdade Parker? — questionou após fulmina-lo por um tempo.

Quando a morena olhou para o Alex se assustou, sua boca estava sangrando, assim como seu nariz e o olho inchado, já manchas roxas e algumas vermelhas se encontravam em sua perna por causa dos pontapés que recebeu.

— Sim senhor, mas isso é normal para dois adolescente, com os hormônios a flor da pele, embriagados naquela noite. — rebateu.

— Realmente, mas não devemos fazer vista grossa para o que ocorreu. — comentou. — terão muito tempo para refletir sobre o que fizeram nos cinco dias que ficarão em casa.

— Está bem senhor. — respondeu o aluno com escarnio.

— Parker, faça o favor de se dirigir a enfermaria antes de ir para a casa e Jones, retire-se daqui também enquanto ligo para seus pais. — finalizou, fazendo com que o menino ficasse em diferente e ela desesperada, mas logo saíram.

“Ela é Jones então? Da família que é a segunda mais rica do Estado? Então foi sua falta de beleza que a fez ficar tão solitária”. Anne após constatar isso engoliu em seco quando o dono da escola os olhou de forma maldosa, mas ao mesmo tempo com malicia – da qual nunca saia de sua íris.

— Sabem que é proibido pelo manual escolar namorar nos corredores dessa instituição? — a voz saiu como um trovão aos ouvidos da garota.

— Temos conhecimento disso. — declararam juntos.

— Que lindo, os dois namorados falando ao mesmo tempo. — verbalizou com acidez. — Pena que terei de penalizá-los com suspensão de dois dias. Agora façam o favor de sair, pois tenho muitos afazeres para realizar ainda.

"E isso inclui tarar as líderes de torcida e ver filmes impróprios", quis revidar Anne, mas resolveu por não fazê-lo.

— Por favor não, teremos prova final amanhã, já que está perto do baile de formatura. — declarou a garota.

Já Cold ficou calado.

— Eu aceito isso com uma condição, que façam parte do comitê de organização do baile. — ralhou.

— Não podemos apenas varrer a biblioteca? — perguntou de forma esperançosa.

— Boa opção, mas não.

E Justine continua sem abrir a boca.

— Então não tenho mais nada a fazer do que aceitar o que propôs. — comentou.

O que o bad boy está fazendo com aquele celular que não fala nada? Ah! Ouvindo música. Ele não consegue ficar sem quebrar as regras, nunca mesmo.

— E você rapaz, o que me diz? — questionou o diretor após ignorar os modos dele.

— Sim. — respondeu de forma indiferente, como se não tivesse prestado atenção a conversa, o que não deixava de ser verdade.

E então se retiraram após o careca os olhar com uma expressão carrancuda, mas ao passar pelo portão foi parado pelo ser de olhos verdes que avisou para a Evans ficar pronta que ele iria passar em sua casa às 20h.

Quando chegou em casa após pegar algo na biblioteca e comer um sanduiche natural na cantina ela viu algo que a assustou:

a) Seus pais chegaram mais cedo;

b) Charlotte está seminua na frente de seu ainda noivo;

c) Max tentando comer um bolo e Ethan o parando.

Anne ficou aliviada por não ser as primeiras alternativas e ficou ainda mais admirada ao ver que estava escrito, em letras redondas, “sorry Anne Evans, please”. A morena quase se emocionou porque fazia tempo que não recebera isso como presente. Quase.

— Dez palavras. — declarou.

— O quê? — questionou o garoto de olhos azuis.

— Agora são oito para se explicar. — comentou se segurando para não rir.

— Não foi minha culpa, mas é a realidade. — declarou sem pestanejar.

Ela então sorriu e deu um tapa nele para ver se ela atravessava seu corpo, nunca tinha pesquisado sobre coisas sobre coisas sobrenaturais. Nem ao menos leu o best seller crepúsculo enquanto a maioria dos integrantes da escola faziam um escândalo quando ganhavam a continuação, até teatro fizeram naquela época. E se assustou quando conseguiu o acertar e, claro, que isso ocorrer, até porque já tinha tocado nele.

Correu até a cozinha e pegou um alho para colocar perto dele e apenas ouviu a risada do gênio, que mesmo estando longe dela a aterrorizou.

— Anne... — começou, mas foi interrompido.

— Cala a boca seu monstro! — declarou como um bicho acuado enquanto ele se aproximava.

Ethan ficou a centímetros dela em segundos – tanto que dava para sentir a respiração um do outro - e a prendeu de forma bruta entre a parede e seu corpo, parando ao segurar o rosto da morena com uma das mãos e a outra segurando seus braços, fazendo com que o alho caísse por causa do ato. Por fim sentiu-se aliviado pela garota ser pequena.

— Nada disso me afeta pequena, meu único ponto fraco você nunca mais poderá encontrar. — sussurrou.

— O que você faz sendo isso? — questionou ainda tentando se recuperar do nervosismo que sentia.

— Isso? Eu sou um gênio e minha natureza me permite flutuar de forma rápida e realizar apenas um desejo que sinto ser o mais necessário para a pessoa, mas não três como as histórias contam. — explicou.

— Agora que não sinto mais medo, pode fazer o favor de me soltar? — mentiu.

— Eu vejo em seus olhos que ainda me teme e isso por um lado é bom ao saber o quão durona é, no entanto não é meu objetivo que me queira longe.. —falou de forma rouca.

— Por-por que me quer por perto? — questionou, gaguejando pela proximidade e por ele ser tão direto.

— É minha mestra e as coisas ficarão pior se não estiver acreditando em mim, porque o pedido vira o contrário, seu noivo vai fazer da sua vida um inferno e com você sentindo raiva do que sou isso ficará mais danoso. — declarou enquanto se afastava dela para depois virar de costas.

Ela pensou, pensou e pensou por um tempo enquanto dobrava uma perna de cada vez e mordia a unha. O que sabia era que já acreditava no poder que ele tinha se não medo nunca sentiria.

— Eu desculpo só se me cortar um pedaço do bolo. — declarou.

Isso fez com que o moreno a mirasse com um brilho no olhar, algo que muito a admirou. Nunca tinha visto algo assim, parecia tão... puro.

— É todo seu Anne. — declarou de forma doce, mas ao mesmo sensual, algo que a surpreendeu novamente, pois ele demonstrou duas coisas que sempre achou impossível de ocorrer.

Ele disse seu nome e não aquele apelido que ele tanto dizia para irritá-la.

Depois de muito se olharem ele pegou a faca apropriada e cortou o pedaço que ela queria, depois de sacudir a cabeça disfarçadamente para “acordar”, o que significava quase a metade da torta.

— Está envenenado? — questionou antes de comer o primeiro pedaço.

Ele não disse nada, apenas pegou seu braço levando o garfo com a comida até sua boca e o mastigou sem fazer careta.

— Isso responde sua pergunta? — respondeu com uma pergunta.

A morena esperou uma meia hora até que fizesse efeito em um gênio e atacou o bolo rapidamente, comeu todo o pedaço e deixou o resto da torta. Quando estava subindo a escada avisou que ia ler um livro, mas que tinha sobrado bolo na geladeira.

Ela ficou lendo “Noite na taverna” de Álvares de Azevedo, um romance gótico, que fazia parte da leitura obrigatória da escola. Anne já tinha experimentado “moreninha” e “Dom casmurro”, fazendo com que esteja acostumada com esses tipos de livros.

O bipe tocou informando que era sete e sua primeira ação foi se levantar da cama e tomar banho, já que sua roupa já tinha sido escolhido. Enquanto se lavava pensou no que ocorreu mais cedo, as sensação que tinha ao estar com Ethan, Cold e James e que ia ver muito o segundo nesses dias.

O gênio a fazia ter calafrios enquanto ficava admirada pelo que mostrava de novo e algo que nunca conhecia, Justine a fazia querer aventura e a ajudou como ninguém o fez, mas ao mesmo tempo está estampado na testa o perigo, já o ruivo era seu noivo e queria ter maior intimidade com ele e poder ser feliz ao seu lado como prometera.

Faltava um mês e pouco para o final das aulas e tinha a certeza que era esse o motivo de seus pais terem vindo. Ao sair do banheiro soltou seus cabelos que ficaram cacheados na ponta por causa do bobes que colocara com o cabelo molhado mais cedo, colocou uma calça de couro preta, blusa branca com estampa azul que aparecia um pouco da barriga e pegou uma jaqueta para quando sentisse frio, por fim colocou uma maquiagem leve e uma bota.

Olhou no celular e notou que haviam mensagem da Robertha que dizia às 17h12:

“Minha mãe descobriu por causa do direitor e me obrigou a ir na farmácia de a pé comprar pílula do dia seguinte porque não queria ter netos com trinta e sete anos. E se não der certo e eu ficar grávida?” — Fuinha.

Evans então respondeu que é cientificamente impossível ela ficar grávida tomando até quatro dias depois do relacionamento um bebê ser gerado e ela se calou. Já o cara que ia sair com a de olhos pretos nada disse.

Desceu e se preparou para esperar o Justine na sala, pois passou das oito, mas ao chegar no ambiente ele já estava lá sendo fuzilado pelos garotos que estavam assistindo tevê com o bad boy.

O que direi agora? Pensou enquanto via que todos a miravam esperando uma explicação.


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Notas finais do capítulo

Obrigada, beijos, por acompanhar a história. Quem quiser comentar ou recomendar agradeço muito?

A imagem não é minha, claro.

Espero que tenham gostado e desculpem os erros de português!



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