Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 20
Capítulo 20 - Gênio da pedra?


Notas iniciais do capítulo

DEEEEEEEESCULPA GENTE, nossa, pensei que não ia demorar tanto, mas as coisas ficaram pior do que imaginava. Deu um pane no meu computador e enquanto isso escrevia no caderno e antes teve uma época ralada, mesmo, na minha faculdade (nem sei como passei) e ainda tinha as aulas de direção (que eu passei no teste). E teve, claro, o que ocorreu no nyah. Tive que correr muito, até porque ocorreram umas coisas.

EU NÃO VOU E NÃO QUERO ABANDONAR, tudo está ocorrendo como quero na história e dando tudo certo. EU ESTRAGO OS PERSONAGENS, caraca! "Tô ficando decepcionada comigo", desculpa gente.

Quero agradecer a claray e Priscila Nascimento, apesar de não ter os quatro comentário que pedi, eu não vou fazer maldade com vocês.

Bom proveito.



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Capítulo vinte

Gênio da pedra?

“Ela demonstrou tanto prazer de estar em minha companhia, que eu experimentei uma sensação que até em tão não conhecia de se querer bem, de se querer quem se tem. E ele me faz tão bem.

(Lulu Santos)

 

Quando Anne chegou a mansão e abriu a porta presenciou uma cena que a deixou abismada: Ethan estava flutuando e quando a viram ele caiu no mesmo instante e começou a balbuciar palavras indecifráveis pela morena.

— Algum de vocês pode me contar o que acabou de ocorrer aqui? — começou a garota depois de minutos de silêncio.

Não poderia ser verdade. Pensou.

— Já te avisei que eu era um gênio. — respondeu o de olhos cinzentos com escarnio.

Ele não é, não mesmo! Repetiu sem crer.

— Chega mais perto. — comentou a garota enquanto o ruivo e o loiro os olhavam com atenção.

O moreno prontamente a atendeu e ela pulou, colocando a mão em cima de sua cabeça, para ver se tinha algum fio transparente ali, mas ao nada achar ficou mais embasbacada ainda.

— É mentira? Diga-me que sim. — temerosa.

— Não, e eu sei que no fundo acreditas, já que conseguiu me ver naquele estado. — rebateu ao chegar perto dela a passos lentos.

— Afaste-se de mim! — exclamou ao mesmo tempo em que se esquivava dele, para depois ir de forma rápida até seu quarto.

Eles a chamaram, porém ela não respondeu. Sua mente estava entrando em confronto ao tentar entender o que era certo e errado. Aquilo era como um baque para Anne, já que não acreditara mais em papai noel, coelhinho da páscoa ou fada dos dentes depois que descobriu sobre o primeiro, tanto que brigou com várias crianças por causa disso em sua infância.

Enquanto se arrependia por ter encontrado esses três guris chorava pela raiva e medo que sentia. Seu corpo todo estava tremendo e em sua cabeça fica se questionando se existiam seres sobrenaturais em sua escola. Pensou que se Saulo – vulgo fofão— fosse bonito poderia ser um vampiro, já que pálido e inteligente era. Por fim suas lágrimas deram lugar a risos ao imaginar a sua prima como uma bruxa que comia as criancinhas a noite.

De tão distraída que estava não notou quando uma pessoa entrou e só percebeu ao ouvir um pigarro perto de si.

— James? O que... — mas fora cortada antes de terminar, isso a fez matutar o quão chata era essa mania dos meninos.

— Primeiramente ele nunca ia fazer aquilo por querer, mas peço desculpa pelo que está sentindo. Confesso que no começo também não acreditava nele, porém depois ele me convenceu. — aconselhou enquanto passava a mão pelos cabelos da pequena.

A morena só ouviu um “blá, blá, blá” enquanto a pessoa falava, já que o toque que sentia estava a deixando desconcertada.

— Por favor, quero ficar sozinha. — disse ao constatar que estava esperando uma resposta.

— Você nos perdoa? — questionou com uma careta de cachorro pidão.

Ele só faz esse gesto porque não conhece a inflexibilidade da Evans.

— Não, agora saí. — berrou sem dó.

— Mas... — fora interrompido.

— Se não sair desse quarto agora eu vou os expulsar de casa. — revidou, fazendo com que o ruivo a obedecesse ligeiramente.

“Só não faço isso porque alimentam meu pônei enquanto a veterinária está de férias (e porque não sei o que Ethan é capaz de fazer se eu fizer isso)”. Novamente as lembranças voltaram, fazendo com que o pavor reaparecesse. Com isso veio um singelo detalhe que percebeu ao estar perto do moreno, que as borboletas no estomago já não apareciam mais, nem a perna bamba, dando lugar ao desapontamento e a intimidação.

Com isso sua única saída fora dormir com a roupa que estava, tentando deixar para depois suas dúvidas. A primeira coisa que fez quando acordou foi pegar seu celular, notando que havia duas mensagens da fuinha, que fora mandado as 8h da manhã:

“Anne, eu perdi minha virgindade com um cara desconhecido. SOCORRO! E ele me deixou sozinha e foi embora, acredita?” — Fuinha.

A morena apenas riu, não crendo na burrice de Robertha, e abriu o próximo e último recado.

“Meu dia só ficou feliz porque tinha chocolate no motel e eu encontrei um garoto lindo na recepção, mas eu ainda vou achar essa garoto que tirou minha pureza e estraçalhar ele, me ajuda?” — Fuinha.

A de olhos pretos só pensou o quanto a colega de xadrez estava violenta, constatando que o motivo era por andar com ela.

“Desgraça, hoje é domingo, por favor me esquece e deixa para lembrar de mim só segunda.” — Anne

Poucos segundos depois veio a resposta:

“Vai me ajudar ou não? Ele provavelmente estuda na nossa escola.”— Fuinha

“É o Alex Parker da 305, agora me deixa em paz!”— Anne.

“Sério?”— Fuinha.

“Vai lavar a louça, carpir, desentupir o vaso, aparar o bigode, mas não manda mais mensagem até amanhã, tchau”.— Anne.

A morena ficou arrependida por não receber mais SMS dela, já que teria de enfrentar os galãs que moravam no mesmo teto. Quando chegou na cozinha viu o gato arranhando o sofá, mas nada fez, e ao ver o Ethan cozinhando com o avental da hello kitty não esboçou nenhuma gargalhada, depois do que descobriu ontem não tinha condições de ser a mesma.

— E-ethan, cadê sua lâmpada? — questionou em baixo som, entranhando-se por estar gaguejando.

Com isso todos que estavam presentes gargalharam, menos o loiro que estava falando com alguém no celular, mas ela tinha uma leve impressão que mesmo prestando atenção na conversa não entenderia sua pergunta.

— Eu não sou um gênio da lâmpada, mas da pedra, você me despertou ao jogar ela no rio. — respondeu após minutos de risos.

— Então há como prendê-los? — perguntou com um resquício de esperança.

— Mesmo que achasse a pedra certa deve estar em pedacinhos agora. — revidou.

— Então ficarei com vocês para sempre? — desesperada.

— Até que o pedido se realize sim. — declarou.

Ela nada disse e saiu de casa com o pijama mesmo, mal se importando com os protestos para que viesse almoçar. Estava começando a irritar o rumo em que sua vida estava tomando, já que tinha que se casar forçadamente, aguentar um trio de marmanjos em sua mansão, ter que conviver com seus pais a partir do final da semana que vem (não que odiasse seu pai, porém sua mãe era o problema) e aguentar Charlotte, Penélope, Robertha e Lindsay.

Pegou seu pônei no estábulo e começou a andar pelo pátio, parou no lago e teve a ideia de procurar a pedra por ali, mas parou ao notar que eram todos e não ter certeza da correta. Então voltou e se alojou em seu quarto, ficando o resto do dia comendo umas guloseimas que tinha na cômoda do local vendo os documentos que Cold lhe dera, fazendo com que o primeiro sorriso do dia se instalasse ao seu rosto por perceber que tinha uma chance de algo mudar.

☮ 

— Anne, será que é ele mesmo? — perguntou Robertha enquanto estavam andando pelo corredor, a morena cabulando a aula de artes e a outra a de filosofia.

— Eu já disse que saberá quando vê-lo. — comentou já irritada por ser a milésima vez que a garota questionava aquilo, lembrando-se do burro. Será que a de olhos pretos era o Shrek?

Quando estavam quase chegando ao destino sentiram passos atrás delas, fazendo com que corressem para que não fossem percebidas. Poderia ser um monitor pronto para leva-las a diretoria por estarem fora de horário de classe, por isso não poderiam continuar o que estavam fazendo. Ao chegar atrás da escola notaram um moreno escorado na parede.

Esse com toda a certeza era Justine, Cold Justine.

— Quer casar comigo? — começou a fuinha a ver o belo rapaz a sua frente, parecia hipnotizada.

“Como ainda ando com essa atirada em trajes de nerd?” Perguntou Anne em pensamento ao rolar os olhos.

— Por que não me disseste que o seu verdadeiro noivo é esse Deus grego? Ainda se julga minha amiga, estou decepcionada. — esbravejou, fazendo com que a morena despertasse de seus devaneios.

Ao cair a ficha da pequena primeiro ficou irritada, depois corada, para no fim fitar o garoto de expressão marota de maneira surpresa e envergonhada. E a pobre Robertha, que exigia explicações, foi esquecida.

— O que você disse a ela? — berrou enquanto chegava perto dele.

Ele em nada ficou acanhado, pelo contrário, deu um sorriso torto enquanto se aproximava dela, e só parou ao puxá-la pela cintura e encostar seus lábios próximo ao ouvi da Evans.

— Que você é a mulher da minha vida, Mary. — Sussurrou de forma rouca, o que soou um pouco sexy.

Queria gritar, pedir para que nunca mais repetisse esse nome, chutar seu ponto fraco, seu peitoral, mas isso fora deixado de lado ao ouvir um suspiro. Será que fora ela que o soltou? Não! Apesar de Anne ter ficado um pouco encantada com o que saiu de sua boca, este som veio de outro lugar, mas especificamente da garganta da fuinha.

— Sou team Coldanne, e não Janne. — escandalizou uma criança de bigode.

Justine apenas deu seu melhor sorriso, achando graça do que ouvira no momento.

— Fica quieta. — verbalizou. — E você, eu não sou sua vadia. — apontou para o bad boy.

Ele apenas se alegrou mais por ouvir mais uma das alfinetadas da guria, achando-a até fofa quando está desse jeito.

— Então por que ainda está agarrada em mim como se fosse minha fã? — questionou de forma maliciosa.

Então a garota apenas deu um pontapé na parte baixa dele, fazendo com que a vítima fosse para trás por causa da dor. Mas logo arrumou a postura, tentando disfarçar o que sentia. Essa Evans não tinha medo do perigo, o que o fazia querer descobrir até onde ela chegaria.

— Queria saber porque estão aqui. Sabem que ainda tem aula, não?

— Eu também tenho curiosidade de saber onde esconde suas garrafas de álcool, mas eu não sou enxerida ou faço perguntas impróprias e idiotas. — rebateu.

Os dois ficaram se encarando em forma de desafio, tanto que poderia se ver as faíscas que saiam dos olhos deles. O silêncio fora quebrado instantes depois com um som de um bipe, do celular da Anne.

Não o despreze assim, ele pode nos ajudar a descobrir se aquele tal de Alex é realmente o menino da festa.” Fuinha.

— Justine, você poder- — fora cortada, não por outra pessoa, mas pelo que escutara.

— Claro gostosa, pode ser no motel paraíso*? — falava no aparelho.

— Desliga isso ai já. — por não ser ouvida pegou o objeto dele e finalizou a ligação.

Aquilo para ela era um desrespeito, um atentado ao pudor e aos seus ouvidos.

— Eu estava falando para você nos ajudar a encontrar um tal de Alex Parker da 305. — declarou de forma irritada.

Nem a morena sabia o porquê de estar tão mal-humorada.

— Só se ir em um encontro comigo, no lugar dessa garota, que eu perdi por sua culpa. — comentou de forma galanteadora.

Ela ia dizer não, claro que ia, mas ao olhar a expressão triste de sua “amiga” aceitou com um meneio de cabeça. Ou estava virando manteiga derretida ou uma das bonecas do Cold.

— Mas nada de motel, casa de prostituição ou coisas desse gênero. — limitou.

— Não estrague a surpresa. Vamos a procura daquele cara. — finalizou pegando-as pela mão e arrastando-as até o pátio, para logo ir até a porta do quinto terceirão.

Anne não sabia o motivo, a causa cientifica, psicológica, química, mas seu corpo estava queimando e a sua mão formigando. Seu coração estava acelerado e tudo corria em câmera lenta, ela exigia saber o que era isso e onde ele iria levá-la quando saírem juntos.

Caraca, como eu vim parar em um ringue de luta? Alguém chama o diretor por favor? Pensou Anne após ver o que estava ocorrendo em sua frente, parecendo até ter sido teletransportada.


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Notas finais do capítulo

* - Inventei o nome desse estabelecimento.

Obrigado, quem mandar recomendação ou comentário ou os dois ficaria muito FELIZ, mesmo. *-*

BJS, lindas, tentarei ser mais breve, se der, férias é um saco para adiantar isso.



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