Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 18
Capítulo 18 - O homem do pônei rosa


Notas iniciais do capítulo

DEEEEEEEESCULPA A DEMORA, mas é que tive uma cirurgia e passei pelo pós, além de outras coisas que me impossibilitaram de postar mais cedo.

QUERO AGRADECER A Laladhu, Claray, hans e Anne Mayle por comentarem no cap. anterior, muito mesmo. *-*

BEIJOS, ESPERO QUE CURTEM.



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Capítulo Dezoito

O homem do pônei rosa

"Dialética
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste..."

(Vinicius de Moraes)

 

— Ninguém mais virá contigo? — questionou Zacky.

— Não, pode seguir. — declarou indiferente.

Quando o motorista acelerou para dar partida algo o fez parar, na verdade alguém. Robertha entrou na frente do carro e foi para o lado de trás rapidamente.

— Eu disse para partimos, vamos. — repetiu a garota aos prantos para o homem.

E ele apenas seguiu a ordem dela, deixando a sua colega de xadrez para trás. A morena antes de se dirigir ao seu local olhou para a parte dianteira do carro e riu ao notar que ela ficou cheia de fuligem por causa da fumaça soltada pelo cano do veículo, então a rica agradeceu por seu pai não ter trocado por um mais ecológico quando pedira.

Depois disso Anne ligou o celular e percebeu que haviam 23 ligações perdidas da fuinha e 2 mensagens, uma em que perguntou se iria a festa e outra em que avisava que estava se dirigindo para pegar carona. O que a pequena não sabia, era como sabia que iria se não havia respondido nenhum dos recados.

— Zacky? — perguntou de imediato ao lembrar-se de algo.

— Ao seu dispor. — atendeu.

— Por favor, eu te peço, ignore aquela menina, ela não sabe o que quer da vida. — compartilhou.

— Sim senhorita. — finalizou com fraqueza.

Depois de minutos de silêncio chegaram a festa e o motorista prontamente abriu a porta do carro para que a patroa saísse dele de forma elegante. Muitas a olharam de forma boquiaberta, não notando quem era a jovem naqueles trajes. Enquanto esperava na fila para entrar, alguns vieram paquerá-la, mas ela não ligava, até porque agora era comprometida.

— Sai da frente. — rosnou.

Alguns obedeceram, porém um ficou a sua frente, mirando-a de maneira abobada.

— Que foi? Perdeu a língua ou o juízo? — questionou de grossa maneira a moça.

— Estou doido para perder com você, boneca. — cantou-a.

— Vaza, seu lixo! — gritou enquanto dava um soco no olho do garoto.

O garoto então se afastou pela dor que sentira, fazendo com que entrasse depois de falar com o segurança. Milagrosamente seu nome estava na lista e ela pode entrar.

— Que festa mais horrível, nem balão tem. — exclamou emburrada a morena.

Penélope que estava perto começou a comentar sobre o que ela havia falado para todos, fazendo com que rissem. Logo a loira se aproximou de Anne e questionou há quanto tempo ela não ia a uma festa e teve como resposta um "não te interessa" da garota. O fato é que desde os 12 anos nem se quer pisara em uma comemoração de aniversário, sendo que o dos seus pais passavam viajando.

Detalhe: para a morena todos os filmes adolescentes de romance eram utópicos, assim como as festas dada neles.

Anne então fez uma nota mental para se lembrar de riscar de sua lista do que não existe naquele gênero. Com isso na cabeça vagou até o balcão, pedindo por fim um suco de uva natural, mas apenas obteve como resposta uma risada do garçom.

— Tenho cara de palhaça? Pois acho que não. — desdenhou.

— Aqui não é uma festa de criança guria, apenas temos bebidas alcoólicas e refrigerantes aqui. — respondeu da mesma maneira.

— Então quero aquela ali. — apontou para uma garrafa.

— Boa festa. — finalizou após entregar o que foi pedido.

Ela então andou pela festa reclamando por não ter mais aqueles chapeis de cone maravilhosas ou pinhatas*, então notou que ir em festas não tinha tanta graça assim. Por fim concluiu que poderia ser porque não era uma de aniversário, mas de comemoração.

Mais ao fundo notou que Ethan e Max já tinham vindo, entretanto James não. Com uma rápida cumprimentada olhou para o outro lado e notou que muitas pessoas batiam fotos com placas em cima com os dizeres: "eu curto", "gata, se você fosse o face eu te cutucava agora" e outros com esse mesmo tema.

E o pior, muitas ”vadias" beijavam os que tinham o letreiro da cantada. E não, eles não eram considerados galãs pela morena. Quando notou que um deles era o Ethan bebeu um enorme gole da bebida que desceu queimando por sua garganta, combinando com a cólera que sentia neste momento. Max também estava entre eles, entretanto isso em nada surpreendia Anne. Depois disso apenas jogou a bebida no chão, fazendo com que a garrafa se espatifasse e o liquido se espalhasse por ele.

— Oi gata. — sussurrou uma pessoa em seu ouvido.

Quando ela virou percebeu que aquela placa estava em suas mãos e que o garoto tinha nota zero de beleza, porém o que comprometeu foi ele colocar aquele objeto em sua frente como se pudesse ganhar um beijo por aquilo. Sua aparência era de um gordo que bebia cerveja, daquelas 360º, tinha várias espinhas pelo rosto, um bigode estilo mexicano, cabelo de "miojo" - até na cor - e fedia a bacon.

— Já te disseram que é ridículo? Pois é! — exclamou.

— Você não é nenhuma miss também. — rebateu.

Como pode esse ser falar isso?

— Pelo seu bem é melhor se afastar. — berrou irritada.

Ele não fez o que foi solicitado, pelo contrário, se aproximou mais ainda para abraça-la. Anne então sentiu aquele cheiro de banha de porco e tampou o nariz, vendo que Bárbara estava indo em sua direção. A morena fechou os olhos e só abriu quando percebeu que nada mais a tocava, porém a lésbica estava a centímetros de distância de si.

— O que está fazendo? — questionou de maneira desesperada.

— Selar-te, não está óbvio? _declarou, mostrando a placa com a frase.

— E quem te dá esse direito? — retrucou.

—Não sabe que é obrigada a beijar a pessoa que te mostra esse letreiro? — abismada.

— Nunca irei fazer isso. — respondeu lentamente.

— Ou eu ou ele, escolhe Ann. — sussurrou apontando para o cara que estava com ela antes.

— E o que ocorre se eu não o fizer?

— Apenas entrará na lista das pessoas que serão castigadas no fim da festa. — comentou.

Ter a certeza de ser bissexual ou beijar aquilo? Além de trair meu noivo, mas isso seria apenas um troco por ter visto ele enfiar sua língua na boca de Charlotte. Pensou rapidamente e escolheu a opção dois, e com isso foi em direção ao garoto, que para ela seria a mesma coisa que o inferno.

— Olá. — começou de forma baixa ao chegar perto dele.

— Sim? — comentou ao virar-se para ela.

A morena teve a leve impressão de que o chão deu tremeu um pouco quando ele deu aqueles passos. É agora ou nunca, mentalizou ela antes de levá-lo até o canto da casa.

— Eu vou te beijar, mas por favor, não coloque essa língua imunda para fora.

— OK. — respondeu.

Por que ele não facilita e diz que "não"?

Então ela se aproximou o mais rápido e o selou, notando que tinha gosto de bacon estragado com cerveja barata, dando uma péssima combinação. A garota então rapidamente se afastou, despedindo-se com um aceno antes de se misturar com a multidão. E o garoto ficou desolado por não pegar o número dela.

E nada de James chegar.

Anne percebeu que em meios a agarrações de Ethan, Max e Bárbara, surgia uma silhueta na porta. E quando reparou bem notou que era alguém coberto de algo marrom, folhas e parecia enorme. Antes que pudesse sequer avisar uma pessoa gritou pedindo para que saíssem, já que um "monstro" havia invadindo a festa.

Anne também correu para a porta dos fundos e foi para o quintal enquanto ligava para o Zacky, mas sempre dava na caixa postal. Logo notou uma figura ruiva em cima de um pônei rosa, o da morena, a olhando. O sorriso dele fora o mais lindo que vira, porque tinha conhecimento de que iria para a mansão.

Com isso em mente mandou uma mensagem para o motorista.

"Estou indo para a casa, e espero que esteja lá quando eu chegar." — Anne

Não havia sinal de monstro, nem dos dois companheiros de residência. A garota rica então se aproximou dele, vendo-o se atrapalhar um pouco com as rédeas, mas nada que incomodasse o animal. Quando estava a poucos metros de distância Charlotte apareceu na frente dele, parando-o, para depois montar no pônei. Passaram por Anne e nada fizeram, entretanto James a encarou com pena antes de se afastar.

— Malditos. — gritou, recebendo um dedo do meio como resposta da prima.

A morena queria ver se ela ia fazer isso quando seus pais chegassem.

Eu não acredito nisso! Berrou em pensamento, porém ao mesmo queria matar James e Ethan - por ter prometido que o ruivo ia a fazer feliz. Porém ela não sabia se isso seria depois do casamento, porque até agora ele só deu dor de cabeça.

Eram 23h e não havia quase ninguém no local, na verdade haviam alguns pinguços desmaiados na frente da casa. E ela se arrependeu por ter beijado o gordo. A morena insistiu em ligar para Zacky e na terceira vez foi atendida.

— Alô. — começou uma mulher. Dava-se para escutar gemidos masculinos ao fundo.

— Passa para o Zacky, agora. — Isso não irá ficar assim.

— Que foi? — questionou ele.

— Vem me buscar! — exclamou.

— Mas me mandou uma mensagem dizendo que estava indo embora, senhorita. — gaguejou, porém era notável o motivo disso.

— Quando estiver mais disposto me ligue. — Dava de ouvir um "é sua esposa?" no fundo antes de desligar, fazendo Anne gargalhar.

Depois de muito esperar e nenhum retorno sentiu alguém a cutucar, notando que era o "monstro" se afastou com o susto. E quanto mais se distanciava o outro se aproximava, quando encostou na parede concluiu que não tinha saída. Teria que encarar a silhueta cheia de galhos.


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Notas finais do capítulo

*Aqueles balões que a criança estoura e vem cheio de bala.

Troquei a capa, gostaram? Achei tão linda, ia colocá-la nesse capítulo, mas não deu, como sempre. AEUI

Não tenho preconceito de nada, só quis colocar para enrolar do gordo. kkkkk

Quero reviews, pelo menos quatro, sendo que UMA recomendação eu posto sem os quatro comentários ok? Obrigada, demais.

Imagem não é minha

Desculpem os erros.



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