Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 13
Capítulo 13 - Faltou um solo do guitarrista Slash


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores,
Primeira queria desculpar e agradecer a hans e Claray por comentarem no capítulo anterior. Mesmo.
Quero dizer que ia parar de postar e até deletar, pois me sinto triste por demorar tanto para aparecer. Mas estou aqui e peço que torçam para que eu consiga criar outro capítulo, que vocês talvez saberão qual é.



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Capítulo treze

Faltou um solo do guitarrista Slash

"E agora eu não sei por quê

Ela não diria adeus

Mas então parece que eu

Vi isso nos olhos dela

E poderia não ser sensato

Eu ainda ter que tentar

Com todo o amor que eu tenho aqui dentro

Que não posso negar

Eu simplesmente não posso deixar isso morrer

Porque o coração dela é como o meu

E ela guarda suas mágoas por dentro

Então, se você me perguntar por quê

Ela não me diria adeus

Eu sei que em algum lugar por dentro

Há uma luz especial

Ainda brilhando intensamente

E mesmo nas noites mais escuras

Ela não pode negar

Então, se ela está em algum lugar perto de mim

Eu peço a Deus que ela me ouça

Não há ninguém

Que poderia me fazer

Sentir-se tão vivo

Eu esperava que ela nunca me deixasse

Por favor, Deus, você tem que acreditar em mim

Eu procurei em todo o universo

E me achei

Dentro dos olhos dela

Não importa a forma que eu tente

Eles dizem que é tudo mentira

Então, qual é o papel das minhas

Confissões de um crime

De paixões que não morrerão

Em meu coração

Então, se ela está em algum lugar perto de mim

Eu peço a Deus que ela me ouça

Não há ninguém

Que poderia me fazer

Sentir-se tão vivo

Eu esperava que ela nunca me deixasse

Por favor, Deus, você tem que acreditar em mim

Eu procurei em todo o universo

E me achei

Dentro dos olhos dela

Então, se ela está em algum lugar perto de mim

Eu peço a Deus que ela me ouça

Não há ninguém

Que poderia me fazer

Sentir-se tão vivo

Eu esperava que ela nunca me deixasse

Por favor, Deus, você tem que acreditar em mim

Eu procurei em todo o universo

E me achei dentro dos olhos dela

E agora eu não sei por quê

Ela não diria adeus

Mas então parece que eu

Vi isso nos olhos dela

E agora parece que eu

Sacrifiquei o fantasma do meu orgulho

Eu jamais direi adeus"

(Tradução de “This is Love” – Guns N’Roses)

 

— Ethan! — gritou.

Ou melhor, cacarejou Anne.

— Que foi? Está engasgada? — questionou de forma preocupada.

— Chega mais perto. — sussurrou.

— O quê? — não havia entendido.

— Chega mais perto! — berrou.

E então quando o moreno chegou com o rosto perto dela, bem perto, deu um cascudo nele. Daqueles que deixavam a raiz do cabelo vermelha.

— Não é para tentar me beijar. — assustada.

— Eu nunca ia fazer isso contigo, apenas obedeci. — retrucou.

Anne então ergueu a mão até sua mochila e tirou o estojo de lá. O outro já estava com as mãos no rosto temendo pelo pior, mas ela apenas riu e estendeu um papel que continha no objeto.

— Não sabia que era tão medroso assim. — declarou antes de dar o bilhete a ele.

E então o moreno pegou, folheou-o com calma para ver se tinha algo explosivo lá dentro. A garota estava pregando muitas peças esses dias e não queria cair mais uma vez em sua armadilha. Mas quando o abriu teve uma surpresa. E Anne gargalhou, até que sua barriga doesse e caisse com o ocorrido.

“2423536242252552242.

Espero que guarde o meu número, pois quero muito conversar contigo. Sempre te observei e confesso que te amo, de verdade. – Robertha”.

— Conhece-a? — foi à primeira coisa que verbalizou após puxá-la para que se recompor.

— Não, eu que resolvi escrever isso para tirar uma com a sua cara. — ironizou.

— Então se é só isso vou indo. — finalizou de maneira cansada enquanto largava o papel no colo dela.

“Fale a verdade, ou vai querer desapontar a menina que comprou um lanche para você? Talvez ela possa ser sua amiga um dia.” Disse o anjinho em sua cabeça.

“Apenas não diga algo, nada melhor do que ver a expressão triste daquela fuinha.” Revidou o diabinho.

— Ethan, não fui eu que escrevi. — berrei.

E então ele deu meia volta e sentou ao seu lado. As pessoas já estavam se acumulando no pátio, afirmando que logo o sinal ia tocar. O vento ressonava de uma maneira tão forte que a árvore se movimentava para o lado e enquanto algumas folhas caiam ela pensava se ia ou não contar sobre o bilhete.

— Quem é essa Robertha? — quebrou o silêncio.

— É aquela ali. — sussurrou, apontando para a pessoa que os olhava com uma cara-de-ratazana-curiosa. Seu nariz até se mexia de forma rápida.

O moreno só a mirava com uma expressão inquieta, parecendo transtornado com o que vira. Será que havia se apaixonado?

— Diz para ela que eu agradeço pela declaração, mas eu não vou irei ligar. — respondeu enquanto amassava o bilhete.

Não, havia ficado enojado. Também, a menina tinha um buço tão enorme que parecia até um bigode de rato. Mas Anne não se importava, estava confusa em relação a que decisão tomar a seguir.

— Vai ligar sim. — berrou.

O que ela está fazendo?

— Eu já falei sobre isso. — urrou.

— Se você não ligar para a Robertha eu vou mostrar essa foto para todos da escola. — comentou ao mostrar seu celular.

Sim, a imagem em que ele estava chupando o dedo.

E neste momento o diabinho empata com o anjo, dando 1x1.

Só faltava um solo do guitarrista Slash no fundo.

— Você é incrível, garota. Quando vai parar de infernizar os outros, em? Mas eu sei o porquê. Tu és uma mimada, egocêntrica, que quer chamar a atenção. Pena que só é uma pessoa sem nenhum atrativo e que nem os seus pais se importam. — esbravejou.

Isso fez com que ela abaixasse a cabeça, como se fosse chorar. Mas em outro momento já estava o olhando como se fosse o matar.

— Só liga e eu não irei mostrá-la. — comentou de forma baixa.

Neste instante ele pegou o celular e digitou o número da garota.

— Pode até ter vencido a batalha, mas não a guerra. — raivoso.

E Anne apenas ouviu um “oi”, “Ethan, é você?” e um “tchau”. Só espero que isso tenha sido o bastante. Em um segundo depois a morena percebeu que seu celular tinha sumido, para ser devolvido com o arquivo apagado.

— Já disse que te odeio? — perguntou.

— Que bom, não queria ter uma criança como você sendo minha amiga mesmo. — deu de ombros.

Então um barulho ocorreu, algo como uma surra, um tapa, rugido e a mão arranhando um braço. Ao chegar mais perto notou que Charlotte estava brigando com seu namorado, fazendo com que seus olhos brilhassem com essa afirmação. Com seu pensamento o diabinho gritou “gol”, anunciando uma virada. Algo como um 2x1 veio ao placar. Sim, Anne pegou o celular e começou a filmar o acontecimento.

— Uma vadia como você não merece ter um namorado, mas sim se apresentar em um cabaré. — comentou ele ao se referir a sua prima.

—Não fale comigo deste jeito.

O caso é que ele sempre citava isso quando via uma menina rebolando até o chão com uma saia minúscula na balada, mas nunca havia dito a companheira. E isso mostrou o quanto estava irritado.

— Falo como quiser, pois é uma estranha para mim agora. Eu não te reconheço mais, Charlotte. — declarou.

Não sabia que era puta? Realmente é verdade a história em que o corno é o último a saber.

Anne olhou para a pessoa ao lado e questionou sobre o motivo da discussão e disseram algo como ela estar beijando o ruivo novato. E realmente o corno é o último a saber, no caso, a morena. E foi em direção ao centro da roda, para chegar ao outro lado, já que as pessoas não a deixavam sair de lá.

— E você também é uma vadia. — berrou o garoto ao apontar em sua direção.

— O quê? Repete se é homem. — gritou, o rosto se tornando vermelho.

— É uma puta sim. Beijou o loiro, depois o ruivo e agora fica se engraçando com essa tal de Robertha. Você a fez ficar desse jeito. — esbravejou.

É traído e ainda defende?

— Concordo meu amor. — mugiu a Char... vaca.

— Amor? Nem te conheço. — fingiu que era desconhecida.

E em um momento de distração Anne deu uma voadora nele, fazendo com que caísse no chão. Agora não a reconhecera de verdade. Essa ladainha já estava a cansando. E foi então que notou que ainda estava com a câmera ligada, desligando-a em seguida.

— Anne, eu... — soou uma voz ao seu lado.

— Ainda não sou do seu nível para entender linguagem de traidor. — rosnou.

— Ela que me beijou. — declarou.

— Quer saber de uma coisa? Eu deveria ter escolhido o Max ao invés de você, porque está fazendo tudo o contrário do que o Ethan me prometeu que iria me fazer feliz. Antes dos três aparecerem pelo menos ninguém me incomodava! — ralhou rapidamente.

— Não tive culpa de ela ter se jogado em cima de mim, eu tentei segurá-la para que não caísse e em um quando vi já estávamos nos beijando. Eu amo você. — arrependido.

Péssima hora para uma declaração.

— Eu só continuo contigo porque não posso voltar atrás, mas não espere que eu seja educada. — direta, mal se importando com o que escutou.

— Por favor... — foi cortado.

— Chega! Eu não aguento mais ouvir sua voz. — gritou enquanto lágrimas de raiva saiam de seus olhos.

Sua visão estava tão embasada que viu alguém ser erguido pela enfermeira enquanto era levada por alguém. A dor em seu peito era tão grande que mal conseguia respirar. Será que o que o Ethan disse sobre ela havia a deixado dessa maneira? Mas em um vão percebeu que também poderia ser por estar se apaixonando pelo James.

E agora? O que faria?

— Ethan, amanhã eu vou aos encontros... — começou Max.

“De onde ele apareceu?” Questionou Anne em pensamento. Porém nada mais ouviu, deitando-se no sofá ao chegar a casa. Ela não queria acreditar no que constatou e apenas esperava que não fosse verdade. Sendo que também não queria escutar o gênio.

E agora mais do que nunca sentia falta de um solo de guitarra do Slash.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Eu sei que sempre peço, mas queria muito que tivesse pelo menos três reviews nesse capítulo.
Não mereço, claro, mas é que me esforço muito para escrevê-lo e tem muitos leitores. É pela quantidade que dois não é nem um quarto dos leitores. Agradeceria muito. Se quiserem comentar o que querem que eu faça para melhorar a fic eu também receberia, qualquer coisa.
Quero agradecer novamente a Claray e hans por comentarem, não sabem o quanto fico feliz por acompanharem.



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