Faça-me Um Pedido! escrita por Apiolho


Capítulo 12
Capítulo 12 - Cala a boca, Lindsay!


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI, VOLTEI, E MAIS RÁPIDO DO QUE NUNCA.
Na verdade eu fiquei com a consciência pesada de ter demorado dois meses e um dia para postar que eu resolvi postar um nesse dia. Sim, eu fiz hoje mesmo e resolvi enviar no dia primeiro.
QUERO DESEJAR UM FELIZ ANO NOVO, PORQUE HOJE É O PRIMEIRA DIA DE MUITAS ESSE ANO DE 2013!

Muito obrigada Claray, como sempre amei seu review e vim te presentear. Já que ninguém quis me dar o segundo comentário. Obrigada mesmo.



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Capítulo doze

Cala a boca Lindsay!

"Amor quando é amor não definha

E até o final das eras há de aumentar.

Mas se o que eu digo for erro

E o meu engano for provado

Então eu nunca terei escrito

Ou nunca ninguém terá amado"

(William Shakespeare)

Não tem coisa melhor do que acordar com a música “Florentina” do Tiririca? Tem sim, e o que Anne queria fazer nesse momento era matar o Ethan por ter colocado essa música no despertador. Mas não podia culpá-lo, era essa ou o da “galinha pintadinha”, já que são os únicos sons vindos com o objeto que comprara recentemente.

Porém seu pensamento com guilhotinas, forcas e cadeira elétrica foi interrompido por um miado. E ela ficou surpresa de ver que seu gato entrara em seu quarto sem que tivesse que chantagea-lo. Os olhos dele estavam de uma cor avermelhada, fazendo com que saltasse da cama ao perceber esse fato e fosse direto ao escritório de sua “querida” mãe.

— Vermelho ou azul? — pensou ao olhar os vários sprays a sua frente.

Após algum tempo decidiu pelo primeiro, já que combinaria com sua íris. Passou pelo corredor e antes de subir a escada percebeu uma movimentação na sala, notando que Ethan estava dormindo no sofá. Seu sorriso maléfico foi esboçado antes de ir ao banheiro e encher uma caneca com água. Pegou o objeto e colocou no chão perto do moreno, colocando seus dedos dentro deles.

Olhou o relógio e percebeu que faltava uma hora para a aula começar, suspirando por saber que não poderia andar em seu pônei hoje. Como se num estralo ela se lembrou de algo. Ethan ia urinar com aquela brincadeira. Não se importava se isso ocorresse, mas não no seu sofá. Não no sofá de couro branco. Seus pais iam matá-la.

Correu até o garoto e pegou a caneca, mas não antes de empurrá-lo do local e deixá-lo cair no tapete. O barulho foi tão grande que ficou com pena, mas isso logo passou. O diabinho sempre vence em sua mente, ou quase sempre.

— Bem na hora que eu estava sonhando com o vaso sanitário, mãe. — resmungou ele com o dedão na boca.

Delirando. Ele realmente estava delirando, ainda com os olhos fechados.

Anne aproveitou para tirar uma foto com o celular, tendo vontade de mostrar para todos da escola.

— Acorde bebezão. — disse aos risos.

Então despertou.

— A-Anna? — questionou.

— Eu já disse que meu nome é Anne, mas isso não importa, e sim o que tu está fazendo aqui. Eu não disse que vocês só podem dormir no estábulo? — gritou, acordando-o na hora.

— Não posso fazer nada se dormi vendo filme. — declarou.

E então ela olhou para o lado e viu que o barulho vindo da sala vinha da televisão. Neste instante estava passando um documentário sobre os romanos, porém estava mais para um romance de Cleópatra. Quando viu que a guria estava animada quando viu Marco Antonio e ela se beijando na cama o Ethan desligou o aparelho, fazendo-a soltar um muxoxo em desaprovação.

— Pirralhas não podem ver isso. — comentou enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro.

Mas logo deu um sorriso de matar o fôlego, principalmente da garota ao lado.

— Eu não sou criança, apenas pequena verticalmente. — sussurrou.

Logo foram se vestir, ela com a sua saia que da de ver o útero e o outro com o costumeiro uniforme de colégio, mesmo se recusando a usar a gravata e o palitó. Provavelmente vai levar uma advertência do monitor quando o ver.

Quando estava chamando o Zacky percebeu que Max e James não estavam em casa e foi até o estábulo procurá-los, mas também não se encontravam lá. Será que dormiram na escola? Deu de ombros e resolveu descobrir isso depois, já que faltava pouco tempo para as aulas começarem e ela nunca chegava atrasada, pelo menos no primeiro tempo.

Aula de Química. Bicarbonato de sódio. Etanol. Benzeno. Anne dormindo. Alguém jogando algo na cabeça dela. Ela acordando extremamente irritada. Derrubando seu caderno. Deu de ombros. Pegou o papel e leu:

“Estais muito linda, até babando. Quer sair comigo? – seu fofão.”

Olhou para o lado e viu o gay a observando, e ela apenas mostrou o dedo do meio em resposta. Quando foi pegar o objeto percebeu que ele não estava mais lá, ficando desesperada. Porém um papel estava no chão, o com o número da Robertha. Mas alguém fez o favor de fisgá-lo antes dela e lê-lo, para depois rir escandalosamente. Ao ver que era a Lindsay seu olhar se desesperou.

— É seu Ann? — Que apelido é esse? Digam-me.

Ela nada disse, tendo pegar em vão o papel com brutalidade.

— Que bruta. — berrou ainda com o bilhete.

Continuou calada.

— Ei, por que desse número? Por acaso essa Robertha é sua namorada? — questionou.

— Nada e não. — revidou com o intuito de terminar a conversa.

— Já que é lésbica, porque tu não fica com ela? Coitada, ela se declarou para você e tudo. — estava escrito “eu te amo” na folha, porém a anta não colocou o nome do seu amado.

Onde será que ela estava naquele dia da cantina? Talvez “tagalerando” o bastante para não ver o ocorrido.

Olhou para frente e mirou o professor, implorando para que ele a parasse.

— Ann, não vai responder? — perguntou.

— Não vou ficar com ela. E eu me chamo Anne, nem Anna e muito menos Ann. — respondeu de forma impaciente.

— Mas eu acho que tu tens que ficar, até porque o que ela escreveu foi bem fofo...

— Cala a boca, Lindsay. — berrou a maioria da turma, fazendo-a se calar rapidamente e devolver o papel para mim.

Bem... melhor para o educador que pode continuar a aula.

☮ 

No intervalo as pessoas se acumularam perto do palco, sabendo que estava ocorrendo um show ali. Porém reconheceu que estava errada ao ver a Penélope Moore gritando que tinha ganhado e que seu campeonato ia ser neste domingo. E ainda teve o desprazer de dizer que todos estavam convidados. Anne tinha a certeza que não ia.

— Anne! — gritou alguém.

— Chora. — respondeu sem a mínima vontade.

“Eu que vou”. Pensou ao ver quem se aproximava.

— Por que chora? — disse a loira. Sim, a vencedora no xadrez.

— É modo de dizer. — revidou.

— A ta, só te chamei para avisar que tu também estás convidada. — comentou.

— Eu...

— Ela vai sim. — disse o Max, piscando para ela.

— Até porque eu ia ficar muito triste se tu não fosses lindo. — comentou, fazendo uma careta de cachorro molhado.

E então Anne entendeu que ele não poderia sem sua permissão.

— Mas... — foi interrompida de novo, agora sem dó.

— Adeus. — despediu-se depois de dar um selinho no loiro.

A morena só pensava em como isso foi nojento.

— Que foi? Também quer um beijo? — perguntou, aproximando-se dela.

— Se não quer outro tapa é melhor se afastar. — urrou.

Ele não pode provocá-la novamente, pois os alunos começaram a berrar loucamente. E então pode notar que era um show, mas não um qualquer. Charlotte estava dançando no palco enquanto os jogadores estavam manuseando a bola no ritmo da música. Em instantes soltavam uma fumaça, fazendo com que James aparecesse nela.

O ruivo estava acanhado, porém era obrigada a fazê-lo. Tanto que Max tem que fazer seu show outro dia, assim como o Ethan. Até a morena teve que dançar quando entrou no clube de xadrez, isso há dez anos. E ela nunca mais esqueceu o quão desastroso foi. Dois integrantes machucados, parte do palco quebrado e um tombo seu na entrada.

Seu pensamento foi interrompido quando Charlotte começou a rebolar na frente do James. Do acanhado ruivo. Do seu NAMORADO. Após constatar o que ocorria seu rosto ficou vermelho e muitos até declararam que ficara roxo. O diretor pensou que a morena estava se afogando, correu em sua direção e pegou-a no colo para levá-la na enfermaria, mas não antes de olhar o seu sutiã de gatinho.

— Eu estou bem, seu tarado. — sussurrou.

Ele não parou, mas ela conseguiu se desvencilhar dele e se dirigir até o palco. Quando constatou que a prima ainda não havia parado a empurrou. Todos começaram a gritar “briga, briga” para as duas, mas Anne estava reclamando com o James para se preocupar com isso. Charlotte ao perceber que a outra estava distraída, levantou-se com um sorriso sacana no rosto e a empurrou para fora do local.

Se não fossem os alunos da frente, Anne tinha certeza de que ia se machucar, e feio.

— Pare de atrapalhar nossa apresentação, garota. — disse a menina no microfone.

— Sai daí, cópia mal feita da Charlie. — uivaram.

E então ela fez o que mandaram, indo até o pátio em câmera lenta. Não antes de mandar o gesto conhecido como “banana para ti”. Ao passar pela densa grama ela desabou, de uma forma que nunca ocorreu. Sabia que não era azar, mas um dos muitos casos em que vira a sombra da prima.

A morena não tinha o que fazer, era sempre vencida pela outra.

Até no quesito ego. E mesmo que fosse mais rica que ela, sua mãe gastava mais com a sobrinha do que com a filha. E isso fazia com que todos pensassem o contrário.

— Anne? É você? — começou uma voz conhecida.

— Não, a Charlotte. — ironizou para a cara de fuinha.

— Já deu o número para o Ethan? — questionou.

— Ainda não, por quê? — perguntou ainda com o rosto abaixado.

Não queriam que vissem suas lágrimas, mas era difícil quando elas caiam em sua coxa.

— Melhor, pois eu queria que fizesse isso com todos vendo, pois estão espalhando que eu você tem um caso. — declarou.

Ah, Lindsay! Bonita, mas burra – ou cega.

— Sim, agora acho melhor tu ires, antes que tenham certeza disso. — revidou de forma amarga.

— Ei, está chorando? — questionou, mas com um sorriso de escárnio.

— Sai daqui! — berrou e só se acalmou quando viu passos se afastando pela grama.

Você é muito mais linda que ela, muito mais. Imaginou antes de limpar os resquícios lacrimosos de seu rosto.

— Concordo. — disse uma pessoa atrás de si.

Será que ele leu sua mente?

— Você realmente fez bem em empurrá-la. — continuou.

— Mas os outros não acham fofão— revidou.

— Por que tu me chama deste jeito? — emburrado.

— Pois tu tens uma bochecha enorme e eu não sei seu nome.

— Como assim? Eu estudei contigo por seis anos e tu nem sabe o meu nome? Eu até já fui sua dupla. — assustado.

— Não posso fazer.

— Meu nome é Saulo. — comentou.

— E o meu é... — droga! Ela e sua educação.

— Eu sei, mas agora que tu sabes como me chamo, quer sair comigo? — questionou.

— Eu estou namorando, Saulo. — declarou.

— Desculpa se te incomodei então. — finalizou, saindo em seguida.

E em segundos ela riu ao ver que ele estava tarando outra. Esses nerds são piores que mulherengos. Pelo menos nessa escola. E depois que viu o tapa que o garoto levou gargalhou mais, até se esquecendo de que estava chorando a minutos atrás. Parou com tudo ao ver o Ethan saindo do colégio e indo a sua direção, sabendo que teria que fazer o que prometeu a Robertha.

Mas o que ela não sabia era o porquê de não querer fazê-lo. 


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Notas finais do capítulo

E AI, O QUE ACHARAM? AHUE

MUITO DRAMA E LOUCURA, ISSO ME OCORREU DO NADA. E EU IMAGINEI TANTAS CENAS, MAS SÃO SEMPRE NO FINAL E EU SEI QUE LOGO EU VOU ESQUECÊ-LAS. MAS ISSO SAIU.

BEIJOS E OBRIGADA.



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