Nossos lábios se tocaram e eu senti suas mãos me envolvendo-o a mim pela cintura.

Eu o empurrei, por impulso, eu já estava vermelha e sem ar.

–Eu... Eu... Eu não posso fazer isso!

Eu corri para casa e me joguei no sofá, onde fiquei observando o teto por um bom tempo.

Depois de algum tempo eu caí no sono.

Eram três e vinte da manhã quando eu despertei e fui para o quarto, pus um pijama de oncinha e me deitei, apesar de ser obvio que eu não conseguiria dormir de novo então me levantei e fui desenhar meus projetos atrasados.

Louis P.O.V.

Já eram três e meia da manhã, os meninos dormiam e eu estava acordado, sentado no sofá da sala abraçado ao uma almofada vermelha aveludada.

–Ainda acordado? –perguntou Harry, me dando um susto e me tirando de meus devaneios e de minha fértil imaginação sobre como seria beijá-la novamente.

–Ah, é você, Curly! –suspirei. –Eu não consegui dormir, então vim para cá! É menos solitário! –expliquei.

–O que aconteceu? Ta pensando na Lu? –ele perguntou e depois de um riso malicioso ele continuou: –Ou no beijo?

–Nos dois! –eu ri. –Eu não consigo entender por que gosto dela.

–Amanhã iremos à praia, veremos algumas garotas e quem sabe não ficamos com umas. –ele brincou. –Agora vai dormir! –ele disse bagunçando meu cabelo.

Eu enrolei um pouco no sofá, mas eu fui para cama poucos minutos depois. Demorou, mas eu acabei conseguindo pegar no sono.

Na manhã seguinte, ao contrário do que eu esperava, os meninos me acordaram com um balde d’água.

Luiza P.O.V.

Eu acordei exausta e com sono e com marcas da pulseira do Champion em meu rosto e só então me lembrei do que acontecera na noite anterior e toquei, com a ponta dos meus dedos, os meus lábios, onde há menos de 24 horas os lábios dele estiveram. Eu tentava me lembrar do como era essa sensação, a sensação de ter seu corpo colado ao meu, mas nada me veio à mente.

Eu terminei de comer, guardei as coisas e me arrumei para a faculdade. Só quando eu estava saindo eu me lembrei de que teria a prova hoje e ainda faltavam três croquis.

Eu saí de casa, tranquei a porta e chamei o elevador. Ele chegou, eu abri a porta e dei de cara com os cinco meninos com o qual eu estive há poucas horas atrás.

–Lu! –Harry disse, animado, mas eu não dei muita atenção, eu apenas olhava atentamente para Louis.

–Eu acho que vou de escadas! –eu concluí.

–Espera! –Louis disse, me seguindo pelas escadas.

–Me deixa, Louis! –eu disse aumentando a velocidade, mas não muito, afinal, eu estava com um vestido lilás e uma bota de salto preta (ERA REALMENTE ALTA!). Ele me puxou e eu me virei, furiosa.

–Você quer que eu diga o que eu estou pensando não é? Então me dá um espaço para pensar nisso! –eu disse, tentando conter o olhar voraz que eu sentia se formar em meu rosto. Ele me soltou lentamente e tudo o que disse foi:

–Boa sorte com as provas! Eu tenho certeza de que seus croquis iram arrasar. –ele disse e eu desci as escadas em disparada abraçada à pasta com os milhares de desenhos que eu já tinha prontos e os que eu fizera durante a madrugada.