The Diary escrita por Maria


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hey girls, nem demorei taaaaaaaaaaaaanto assim não é?
Bem, obrigada a todos os reviews.
Esse capítulo ficou pequeno, mas era só pra não passar de hoje, prometo fazer o próximo maior.
Boa Leitura ^-^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260550/chapter/23

P.O.V Vênus

Semanas se passaram após a morte da Rafa, e eu ainda não conseguia acreditar, Justin voltou a sua vida normal, mas uma coisa mudou muito nele, além de ser aquela pessoa escrota, chata, insuportável de antes, ele agora estava mais amigo, não sei, apesar dele ainda andar com aqueles amiguinhos bestas dele, ele não provoca mais ninguém, agora fica mais na dele, acho que a Rafa de alguma forma mudou ele, e muito. Está até se interessando mais pelo bebê, e não tocou mais no assunto “aborto” pra mim, o que me deixa até feliz.

Minha barriga depois dessas semanas cresceu, agora estou com três meses, está bem redondinha e ainda dá pra esconder, não que eu preciso, porque todo mundo já sabe, mas é porque eu não gosto me expor dessa forma. Os enjôos passaram um pouco, mas mesmo assim continuo sentindo.

Pensei em visitar os avós da Rafa, mas soube que eles se mudaram pra antiga cidade onde moravam. Pensei em ir no velório e no enterro da Rafa, mas senhora Wilson falou que preferiu carbonizar o corpo dela, o que me deixou muito triste, mas foi a vontade deles então...

As aulas se passaram muito lentas, mas finalmente chegaram ao fim. Estávamos quase no fim do ano, a turma inteira esperava ansiosos para a formatura, era nosso último ano do colegial, e mesmo eu sendo caloura , as pessoas me considera veterana. Eu poderia até está animada pra essa formatura, mas não conseguia me expressar de forma alguma depois do acontecido com a Rafa.

_Vênus, espera aí. –Justin me chamou, também nos tornamos mais íntimos ultimamente. Me virei olhando -o correr em minha direção tentando ajeitar a mochila que estava escorregando pelo braço. _Eu vou com você até o ponto de ônibus. –Saímos andando até chegarmos no ponto de ônibus, nos sentamos no banco enquanto esperávamos.

_Então... você vai no médico hoje? –Ele disse encarando o chão. Suspirei olhando pra frente.

_Não, só mês que vem, talvez já vai dar pra saber o sexo do bebê.

_Hm. –Ouve um breve silêncio, por fim ele resolve quebrá-lo._E- eu posso ir com... você, na próxima... consulta? –Falou agora olhando pra mim.

Sorri pra ele que retribuiu, assenti em seguida abaixando a cabeça. E mais uma vez ouve um silêncio.

_Você acredita em Deus? –Não entendi o propósito de sua pergunta, mas lhe respondi:

_Acredito, por que? Você não? –Ele negou.

_Acho que Deus não existe, quero dizer, por que ele sempre tira as pessoas que mais amamos? De uma hora pra outra? Por que muitas vezes as coisas sempre dão erradas? Por que muitas vezes imploramos para ele nos ajudarmos e ele nunca está lá?

_Bom... isso eu não sei, mas... você ver o vento? –Ele me olhou confuso.

_Hã? Que tipo de pergunta é essa?

_Vou repetir, você ver o vento? –Falei olhando pra rua.

_Não, mas...

_Mas você sente não é? –Olhei pra ele que assentiu, ainda com a expressão confusa estampada no rosto. _Então... não podemos ver Deus, mas ele está sempre perto da gente. Deus é simplesmente a pessoa mais incrível que existe, se você não consegue ver isso é porque a sua fé está muito pouca, então... Deus não tira a vida de uma pessoa por motivos banais. Por exemplo a Rafa, ela estava com aquela doença horrível, se ela sobrevivesse iria sofrer mais do que estava sofrendo, então Deus a ajudou. E Deus só te dar a dor que você consegue suportar, por isso não adianta espernear, xingar e julgar Deus, porque ele sabe o que está fazendo. –Justin ficou em silêncio, apenas assentindo. Cheguei mais perto dele e passei a mão nas suas costas. _Por que você me perguntou isso?

_Não sei... mas acho que no fundo você tem razão. –Sorri torto e ele correspondeu. _Acha que ela está num lugar melhor?

_Com certeza. –Sorri e ele retribuiu mais uma vez. Mudamos de assunto e falamos de outra coisa até que avistei meu ônibus se aproximando. Adentrei no mesmo e fiquei esperando até chegar em casa.

...

P.O.V Justin

Depois dessas semanas sem a Rafa, voltei a minha antiga vida, tentando esquecer mas a tristeza que me consumia depois da morte da minha nerd. “Minha nerd” hunf, nem sei se tenho o direito de chamá-la assim depois do que eu fiz com ela. Queria só ter a oportunidade de voltar no tempo de dizer o quão apaixonado eu estou por ela.

Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, liguei o computador por enquanto eu entrava no banho. Me despi e tomei um banho gelado. Saí do banheiro e nem vesti uma roupa, fiquei apenas com a toalha enrolada na minha cintura (imagina a cena, eita perfeição), baguncei meus cabelos com as mãos e voltei pro computador. Pela twitcam conversei com o Ryan.

_E aí cara, como tu ta mano?

_Indo. –Respondi sem ânimo.

_Vamo numa festa que vai ter hoje brother? Tu precisa sair pra se animar. –Ele disse todo animado, eu ri pelo nariz.

_Não posso, hoje eu vou visitar a Vênus. –Sorri torto.

_Como é? Tu ta na da Vênus cara? A Vênus é uma pu...

_Não fala assim da mãe do meu filho. –Ele levantou as mãos.

_Como é que é Justin? –Me virei temendo pelo pior, olhei pra minha mãe que me encarava com pura raiva, não era só nos olhos, era no rosto todo mesmo.

Desliguei o computador incorretamente, ainda encarando a minha mãe.

_Mãe, eu posso...

_EXPLICAR O QUE JUSTIN? QUE VOCÊ ENGRAVIDOU UMA GAROTA? –Disse me interrompendo.

_Eu ia te falar...

_IA? IA QUANDO JUSTIN? VOCÊ É UM INRRESPONSÁVEL, UM MOLEQUE, COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO INÚTIL? –Mamãe começou a me surrar. _EU ME MATO TENTANDO TE DAR UMA VIDA HONESTA, CORRETA, E VOCÊ ME VEM COM UM FILHO PRA CRIAR? HÃN? –Ela continuava me batendo, eu não queria fazer nada, apesar dela está certa.  _EU DEVIA ERA ARRANCAR SEU PÊNIS COM MINHAS PRÓPRIAS UNHAS VAGABUNDO. –Ela acertou um tapa na minha cara, eu sem pensar segurei em seus pulsos, olhei em seus olhos e vi que ela estava chorando. _Eu não acredito no que você falou Justin.

_Desculpa mãe, aconteceu.  –Ela se soltou bruscamente limpando suas lágrimas.

_Agora eu quero ver como você vai sustentar essa criança, do meu bolso você não arranca um centavo. –Falou e saiu do quarto batendo a porta com força.

Suspirei e me joguei na cama.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu achei bem sem graça, mas me digam, na opinião de vocês, o que acharam.
Até o próximo meninas.
Kisses ^-^ E mandem-me muitos reviews :D