Some Secrets Never Die escrita por APrettyLittleLiar


Capítulo 11
I spy a Liar


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :) Boa leitura!



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Eram em torno de 3 horas da tarde e Ali já estava quase pronta para sair de casa. Jason ainda estava trancado em seu quarto, ouvindo música alta e provavelmente bebendo sozinho. Seus pais ainda estavam na Filadélfia, em horário de trabalho. O sol da tarde estava iluminando o céu de Rosewood, com seus raios dourados refletindo na janela do quarto de Ali. O dia estaria perfeito, se não fosse a preocupação com o assunto de Courtney voltar para casa.

Alison saiu de seu quarto e foi até a cozinha tomar um copo d'água. Assim que desceu as escadas, Ali se assustou ao ver sua mãe debruçada sobre a bancada da cozinha.

- Ma-Mamãe? - Alison engoliu em seco. - O que você está fazendo aqui? Pensei que estivesse trabalhando.

A sra DiLaurentis estava com uma cara de quem não dormia há três dias. Ali nunca vira sua mãe naquele estado.

- Vá para o seu quarto. - disse sua mãe. - E não saía de lá.  - Ela fez uma pausa, mirando os olhos de Ali com frieza. - Tranque a porta.

Alison estava parada, perplexa. Seu corpo inteiro tremia. Ela deu meia volta, quase tropeçando em seus próprios pés, e foi correndo para o quarto de Jason. Ela bateu na porta freneticamente, mas a música estava tão alta que ele não podia ouvi-la. Os olhos de Ali se encheram de lágrimas. Por um momento, ela se sentiu sozinha.

Alison correu para o seu quarto e pegou seu iPhone dentro da bolsa. Ela pensou duas ou talvez  três vezes, mas decidiu que essa era a coisa certa a fazer. Ela não podia mais esperar. Com seus dedos tremulos, Ali discou o número de CeCe. O telefone chamou, chamou... Mas ninguém atendeu. Alison deixou uma mensagem na caixa postal, dizendo "eu preciso de você" e se jogou em sua cama. Tudo que ela queria agora era Jason ao seu lado. Pelo menos ela teria alguém para confortá-la. Com a ponta dos dedos, ela tocou seus lábios delicadamente, se lembrando do beijo que recebera mais cedo. Ali queria aquilo de novo, e no fundo ela sabia que Jason pensava o mesmo.

Alison ouviu um carro parando em frente da sua casa, e logo em seguida alguém tocou a campainha. Ela se levantou e trancou a porta do quarto, fechou as janelas e se encolheu em cima da cama.  Passaram-se cerca de 15 minutos e Ali não ouvira mais nada. Com seu corpo tremulo, ela calçou suas sapatilhas confortáveis cor-de-rosa e abriu a porta. Seu coração estava quase saindo pela boca, mas ela precisava ver de perto o que estava acontecendo. Ali notou que Jason havia desligado a música, e nenhum barulho vinha de seu quarto. Com passos silenciosos, Alison desceu as escadas, se preparando para correr de volta para seu quarto a qualquer segundo.

A sala de estar estava vazia, assim como a sala de jantar. A medida que Ali ia se aproximando da cozinha, seu coração ia batendo cada vez mais forte. Até que... Ela ouviu uma voz. Uma voz que ela conhecia muito bem.

- Eu aceito um pouco de cereal, mamãe. - dizia Courtney, como se ainda tivesse cinco anos de idade.

Jéssica DiLaurentis estava calada, mas Ali conseguia ouvir seus passos na cozinha. Ela pensou se deveria se esconder na sala, ou se iria até lá só para olhar na cara de Courtney. Era como olhar no espelho, mas a diferença era que a imagem a sua frente era uma versão perversa de você mesma, que poderia ser capaz de te machucar em poucos segundos. Ela podia te ferir com o olhar.

- Ali? É você? - perguntou Courtney, sorridente.

O coração de Alison parou bruscamente, e por um segundo ela se perguntou se ainda podia respirar. Como Courtney sabia que ela estava escondida atrás da parede? Ela devia continuar lá, como se fosse invisível, ou responder sua irmã? Ali saiu de trás da parede, tentando parecer confiante. Ela não podia se mostrar fraca, não hoje. Não agora.

- Oi. - disse Alison, com a voz mais fria que ela pode encontrar.

Sua mãe olhou para ela, horrorizada. Era como se ela fosse infartar a qualquer segundo.

- Que saudades de você, irmãzinha. - disse Courtney, com ironia, olhando por cima do ombro.

Para a surpresa de Ali, sua irmã continuava bonita. Não tão bonita como ela, mas até bem demais, considerando o fato de que ela está internada em um hospício. Seus cabelos estavam tão lindos e hidratados como nunca, e seu sorriso brilhava como um diamente recém polido. Além disso, Courtney parecia mais magra.

- Olha só para você. - continuou ela. - Parece que faz um ano que não a vejo. - Courtney se levantou, se esquecendo completamente de sua tigela de cereais, e foi caminhando até Alison. Sua mãe não sabia o que fazer. Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas acabou desistindo. Ela se virou e fingiu lavar a louça.

Alison deu um passo para trás, mas Courtney já estava bem na sua frente. As janelas da casa estavam todas abertas, assim como as cortinas. A rua estava completamente vazia. Era como se tudo lá fora estivesse morto, e Ali não tivesse ninguém para salva-la.

O relógio de pulso marcava três e meia da tarde, e Aria Montgomery mostrava ser uma garota muito pontual. Como nunca fora de ter amigos, ela não podia deixar essa oportunidade passar. Ela iria ao shopping com a garota mais bonita de Rosewood Day, e em breve seria tão bonita quanto ela. Após deixar Mike no treino, Aria seguiu com seu carro até o endereço que Ali entregara a ela. Estacionou seu carro uma quadra antes, e seguiu o resto do caminho a pé. Ela não queria parecer tão patética estacionando bem na porta da casa de Alison.

Aria caminhou pelo jardim da casa de Spencer Hastings, até chegar na porta de Alison DiLaurentis. Aria estava quase tocando a campainha, mas algo chamou a sua atenção. Vozes vinham de dentro da casa. Duas vozes parecidas. Era como se duas Ali's estivessem lá dentro, conversando. Aria andou até o canto da casa e viu que as janelas estavam abertas, com as cortinas balançando para fora da casa. Aria se escondeu atrás de um arbusto, cautelosa para que ninguém a visse. Quando olhou para dentro da casa, ela levou um dos maiores choques da sua vida. Ela estava vendo duas meninas loiras idênticas, de olhos azuis, de frente uma para outra. Aria sabia que uma delas era Alison, mas e a outra? Será que ela estava ficando louca, vendo tudo duplicado? O coração de Aria começou a disparar, e ela não sabia se devia voltar para sua casa, ou tocar a campainha. Como nenhuma das duas opções lhe agradava nesse momento, ela resolveu continuar espionando mais um pouco.

- Não toque em mim. - disse Alison, olhando bem nos olhos de sua irmã.

Courtney se aproximou e andou em volta de Ali, examinando sua roupa, seu corpo.

- Ali, Ali...  - dizia ela. - Continua escondendo segredos, não é? - Courtney deu uma risada sarcástica. - Você é feita de mentiras.

- E você não existe! - Alison explodiu contra Courtney. - Ninguém aqui sabe quem você é! Ninguém sabe que tenho uma irmã, e jamais irão saber!

A expressão no rosto de Courtney se fechou, mas em seguida ela sorriu como se tivesse recebido o maior elogio do mundo.

- Você não sabe de nada. - Courtney sorriu, se aproximando do rosto de Ali. - Eu sei de muita coisa que você jamais sonharia em descobrir.

O corpo de Ali estremeceu. O que Courtney queria dizer com isso, afinal?

- Eu estava com tantas saudades que não pude deixar de vir. Vamos, Ali, me de um abraço. - disse Courtney, dando um pequeno passo para trás e abrindo seus braços.

- Nem que você me mate. - disse Ali, com arrogância e frieza.

- Então vou precisar matar você, para ganhar um simples abraço? - Courtney fez um biquinho. - Vai ser um pouco difícil, mas não quer dizer que seja impossível. - Ela riu. - Ali, uma hora você vai ter que me aceitar. Por bem ou por mal.

- Já chega! - gritou a sra DiLaurentis, puxando Courtney pelo braço. - Você vai ficar no seu quarto até as enfermeiras de Radley virem te buscar!

Alison deu um passo para trás, ainda com seu corpo tremulo. Courtney estava olhando bem em seus olhos, com frieza. Era como se seu olhar dissesse "você ainda vai ter o que merece".

Ali virou seu rosto, e jurou ver uma sombra do lado de fora da casa. Ela se aproximou da janela e olhou, não vira ninguém. Por sorte, Aria conseguiu se esconder antes que Ali pudesse notar sua presença. Assim que Ali se afastou da janela, Aria foi se arrastando até a porta da frente. Seu coração estava batendo tão forte que seus passos estavam em ziguezague. Seu cérebro ainda estava tentando processar tudo aquilo que ela tinha acabado de ver. Será que ela deveria contar que estava espionando pela janela de Ali? Que vira sua irmã gêmea a ameaçando no meio da cozinha? Aria sabia que não seria o certo. Ali não iria querer ser sua amiga se soubesse que ela estava espionando sua casa. Aria arrumou sua blusa, colocou sua bolsa de volta no ombro e tocou a campainha com a melhor postura que pode conseguir. Ali abriu a porta e forçou um sorriso. Era como se nada tivesse acontecido.


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Notas finais do capítulo

Continuem mandando reviews que em breve postarei um novo capítulo :) Eu amo vocês ♥ Agradeço por acompanharem a história :) xo