Quando O Amor Fala Mais Alto escrita por Samyy


Capítulo 19
Capítulo 18 - I Like Kisses And Horses


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não morri, ainda, porque acho que tem gente querendo me matar! Pelo menos eu escrevi, estou sem inspiração... Minhas aulas voltam essa Quinta, então acho que os capítulos não demorarão tanto, amém.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260475/chapter/19

Snape não queria se gabar, mas tinha uma mente brilhante ao se tratar de traçar planos. Talvez por isto tivesse sido requisitado na Bulgária, na época da guerra. Por causa dele o país fora a vitória. Sua mente estava sempre em trabalho, pensando em possibilidades, hipóteses e coisas do tipo. E isso era muito oportuno, principalmente naquele momento.
Já que o plano A não serviria mais um plano B lhe nasceu, sem mais nem menos, em uma manha. Por que deixar as coisas para segundos e terceiros se ele mesmo podia estreá-lo? Tinha um novo objetivo, mas aguardaria até surgir outra oportunidade. Por sorte, ela surgiu na tarde do mesmo dia. Quando fazia uma visita de rotina ao castelo, e se deparou com Annelize procurando algo entre vários papéis.
— Posso ser útil em algo, alteza? - ela se sobressaltou.
— Severo, assustou-me.
Snape notou que seus olhos estavam ligeiramente vermelhos, como se andasse chorando ou não tivesse dormido.
— Há algo errado acontecendo? - tentou se mostrar o mais solidário que pode, e não esperava a reação que ela teve.
Annelize o abraçou. Mas não foi isso que o deixou surpreso. Ele se viu sem ação diante de uma mulher aos prantos.
— Eu sinto tanta falta dela. Penso que não deveria ter sido tão severa.
— Deve se lembrar, minha rainha, que a garota foi sequestrada.
— Sim, eu sei... - respirando fundo ele se recompôs um pouco. - Mas é que já faz tantas semanas... E nenhuma notícia. Eu só gostaria de saber que ela está viva... Eu... Estava procurando um grupo de busca mais eficiente, sabe... - apontou para os papéis que olhava antes.
— Hum... Se me permite, eu conheço algumas pessoas que fazem este tipo de serviço, e eles são bem eficientes, e requisitados. Posso conversar! Não irá lhe custar nada...
— Você faria isto?
— Qualquer coisa para devolver o brilho ao seu olhar...
O que Annelize não sabia, e não ficaria sabendo tão cedo, é que essas pessoas não eram exatamente confiáveis. Faziam qualquer tipo de serviço. Algo parecido como matadores de aluguel. Liderados por um sujeito mal encarado, que tivera parte do nariz arrancado em um plano mal sucedido, de nome Tom Riddle, ou como gostava de ser chamado: Lord Voldemort, os Comensais da Morte passavam medo a toda população. Voldemort devia um favor a Snape, e estava na hora de cumprir. Pobre Annelize que desconhecia as reais intenções daquele que se mostrava ser um grande apoiador. Caso encontrassem Hermione (e eles nunca falhavam), ela nem saberia...
...
Molly andava cantarolando e pulando mais que o normal pela casa. Tinha motivos de sobra para estar comemorando. Considerava Mione uma garota adorável, e quando Rony e ela contaram a novidade de que estavam juntos, seu coração dançara de felicidade. Formavam um belo par, e tudo o que queria é que fossem felizes. Mas aquele não era o único motivo. No dia seguinte ela e Arthur completariam trinta anos juntos, e aquilo era mais que maravilhoso.
Hermione acompanhava a animação toda de Molly com um sorriso maroto nos lábios. Tinha um pensamento em mente, só precisava que Rony retornasse logo. Ela costumava ser um desastre na cozinha, mas aquela temporada na Toca estava melhorando seus conhecimentos. Por mais que sentisse falta de casa, isso tudo estava se mostrando ser bom.
Sentada ao pé da escada que dava acesso aos andares superiores, observou Rony chegar pela porta aberta.
— Acho que nunca vi sua mãe tão feliz. - seus sorriso aumentara.
— Ela fica assim todo ano! - ele sentou-se ao seu lado. - Então, o que queria me contar?
— Ah, sim. Eu achei muito legal da parte de vocês para com o meu aniversário, então estava pensando em fazer um jantar, nada muito grandioso, para comemorar o aniversário de casamento deles.
Rony ponderou.
— Você sabe cozinhar?
— Sei fazer algumas coisa, serve? - ele fez uma careta de indeciso e Hermione revirou os olhos. - Como eu ia dizendo, amanha Luna vai distrai-la, levá-la em algum lugar e nós vamos fazer comida! Mas eu precisava comprar algumas coisas, e não queria abusar...
— Tudo bem, nós podíamos ir ao vilarejo, e você precisa ter cuidado, se parece com a princesa, lembra?
— Claro! Podemos ir agora?
— Pegue um casaco e eu estarei lhe esperando!
— Obrigada! - ela lhe deu um rápido selinho e levantou-se subindo escada acima.
Rony se sentia com bastante sorte, e quem não estaria namorando a princesa? Mas não era por isso. Ela o deixava feliz, uma companhia agradável, e adoraria ficar ao seu lado para sempre, contudo, Rony, acima de qualquer coisa, era realista, e algo lhe dizia que talvez não fosse tão fácil ficar com ela. Hermione era, e não deixaria de ser, uma princesa, e ele, um camponês de família humilde que não tinha muito dinheiro. Não poderia lhe dar presentes caros e luxuosos, apenas seu amor e carinho.
— Avise a sua mãe que estamos saindo! - pediu Hermione.
— Mãe, Mione e eu já voltamos!
— Tudo bem, se cuidem!
Eles saíra embaixo de um sol escaldante de sábado. Provavelmente choveria mais tarde.
Se Hermione já estivesse estado lá, fora duas ou três vezes em toda sua vida, acompanhada do pai e quando comprou Bichento. Tinha muitas pessoas passando, crianças correndo, uma agitação contagiante!
— Eu gosto deste lugar! - ela exclamou feliz. - É tão cheio de vida, sabe? Sinto-me bem. - um ar satisfeito iluminava seu rosto. - Certo, vamos começar! Toma essa listinha. São frutas, legumes e verduras, você compra para mim na feira, enquanto eu irei à floricultura.
— Mas as flores não murcharão?
— Não se forem bem cuidadas! Agora vai, nos encontramos depois!
Ela seguiu por um lado e ele pelo contrário. A feira estava apinhada de gente. As mulheres aproveitavam o final de semana para repor o estoque de comida em casa, e levavam as crianças. Ele pegou uma das cestas e se sentiu um estranho no ninho. Quase não se viam homens ali, sem contar os vendedores. E as mulheres o observavam como se fossem leoas e ele um pedaço de carne. Tentou ignorá-las, mas não podia negar que a maioria era muito bela.
— Uva sem semente. - leu no papel que Hermione lhe entregara. Caminhou uns instante por entre várias tendas até encontrá-las. Após se informar com o vendedor, pegou o primeiro cacho em sua frente. Estava quase na metade da lista, alho, cebola, tomate...
— Olá! - uma moça morena se aproximou. Ao falar colocou uma mexa de cabelo atrás da orelha, e deu um sorriso quase vacilante. Algo reconhecido como timidez. Ela o olhava pelo canto do olho mordendo o lábio, como se segurasse para não dizer o que não devia.
— Ah, oi! - respondeu o ruivo achando aquilo desconfortante. Ela sorrira um pouco mais confiante.
— Estranho ver um homem por aqui.
— Ah, deve ser mesmo, mas, sabe, estou ajudando minha namorada! - por mais que aquilo aumentasse seu ego, ter alguém lhe paquerando por mais indiretamente que fosse, precisava mostrar que era comprometido.
— Prestativo! - ela riu visivelmente decepcionada. Depois disso não trocarem mais nenhuma palavras.
Uma amiga da tal moça chegou, e quando Rony estava prestes a sair, entreouviu a conversa...
— Lembra que a rainha contratou um grupo de busca, né? Então, eles estão passando lá fora agora, revistando todo o vilarejo...
Rony ficou estático. Precisava achar Hermione. Pegou suas compras e saiu como se nada tivesse acontecido. O tempo tinha mudado drasticamente, nuvens nubladas no céu, teria uma chuva e tanto...
Encontrou Hermione encantada com as flores, parecia indecisa...
— Precisamos ir embora! - ele sussurrou em seu ouvido.
— Por quê?
— Apenas confie em mim!
Os primeiros pingos de água começaram a cair formando um chuvisco fraco.
— E agora mais essa! Se abaixe, não deixe que te vejam! - falou com a voz baixa.
— Rony, o que está acontecendo? - ele não respondeu, mas Hermione obedeceu.
Além de a chuva estar engrossando, bem ali, próximo a eles dois soldados em cavalos interrogavam um jovem e lhe mostrava imagens. Só podiam ser do castelo, e perguntavam a respeito de Hermione.
— Está vendo aquelas caras? - ela assentiu. - Estão te procurando.
Os soldados continuaram o caminho deixando o rapaz seguir o dele. Rony puxou Hermione pelo caminho oposto.
— Conheço um lugar por aqui...
Eles desceram a rua ficando molhados ao ponto de bater os dentes um no outro.
Entraram em um lugar cheirando a adubo. Rony a abraçou, pois estava tremendo de frio, e beijou sua testa em sinal de proteção. Ela se aconchegou melhor em seus braços, deitando a cabeça seu ombro. O cabelo de ambos estava colado no rosto e as roupas ligeiramente ensopadas. Rony estava adorando aquele contato, poderia morrer assim. Então ele a beijou e ela retribuiu com entusiasmo. Ele deixou as compras caírem no chão e eles andaram até encostarem a uma parede.
Aquilo não estava certo, pelo menos Hermione pensou. Não que ela não achasse certo, só, estava naquele lugar um tanto macabro com Rony a beijando de um jeito que nunca tinha feito antes, e ela estava correspondendo à altura... Não conseguia soltá-lo, e nem tinha certeza se queria...
Ouviram um estrondo pra lá de alto e estranho, obrigando-os a se separar. Rony andou em direção ao barulho, voltando logo depois com um sorriso de que iria aprontar.
— Que tal andar de cavalo na chuva? - ele voltou trazendo um cavalo de pelos escuros e uma crina de dar inveja. Isto explicava o cheiro de adubo...
— Uau! - ela exclamou, ia andando em direção a eles, mas ficou receosa.
— Pode vir, estou o segurando, ele não fará nada. Só seja cautelosa, acaricie seu nariz...
Ela se aproximou empolgada. O cavalo era charmoso, ela pensou. Nunca estivera tão perto de um cavalo daquele porte. Seu pai não deixava.
— É lindo!
— Sim, e nós vamos dar uma volta!
— Não, não podemos!
— Não se preocupe, estes cavalos são de aluguel. Deixarei o dinheiro aqui, não estamos fazendo nada fora das regras!
— Tudo bem, então, mas eu nunca montei... Quer dizer, uma vez, com meu pai, mas foi tão legal!
— Bom sorte a sua, pois eu serei seu professor.
A chuva continuava a cair lá fora, bem mais forte, e o vento soprava alto. Rony prendeu as compras na bolsa acoplada ao cavalo, fez Hermione subir primeiro, e logo ele a acompanhou.
A chuva não atrapalharia aquele momento! Era uma sensação prazerosa. À medida que o animal ganhava velocidade o vento batia forte em seus rostos, e a chuva ia diminuindo. Se Hermione fechasse os olhos e abrisse os braços seria como estar voando. Queria que aquilo durasse mais tempo! O cavalo foi diminuindo a velocidade até parar. Rony desceu primeiro, ajudou Hermione a descer. Amarrou o animal para que ele não fugisse. Estava com frio, ele, molhado.
— Não devíamos fazer algo? - ela questionou.
— Acho que sim, deixa comigo. Vá se trocar!
Ela foi, com uma sensação de leveza, como se pudesse alcançar os céus. Sentira uma presença forte enquanto cavalgavam, e sabia quem era...
— Pai! - disse com um leve sorriso no rosto, um sorriso de saudade.
Era como se aquele simples ato a deixasse mais perto dele...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Digam o que acharam, o que precisa melhorar, qualquer coisa! Até mais!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando O Amor Fala Mais Alto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.