Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 5
Capítulo 4




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      Harry havia marcado o treino de quadribol para o domingo, Hermione resolveu assistir. Como Harry previra, os testes ocuparam a maior parte da manhã. Metade dos alunos da Grifinoria parecia ter comparecido.

- Olá Hermione – disse uma vozinha sonhadora;

      Hermione estava sentada na arquibancada, se virou para ver quem era e viu Luna sorrindo para ela.

- Ola Luna. Como esta?

- Bem obrigada, e você?

- Também. – elas sorriram uma para outra – Olha vai começar.

      Depois de Harry expulsar os alunos que não eram da Grifinoria, os testes começaram. O time já tinha três artilheiros: Catia Bell, Demelza Robins e para a surpresa de Hermione, Gina Weasley. Quando o estádio estava quase vazio, foi à vez dos goleiros. Cormac Mclaggem voou para as balizas enfrente de Luna e Hermione.

- Confundus. – sussurrou Luna.

- Luna! – disse Hermione chocada.

      E McLaggem perdeu o ultimo lançamento. Ele voou na direção oposta, Hermione riu e a multidão vaiou. Ron parecia prestes a desmaiar, quando montou na sua Cleansweep Onze.

- Boa sorte! – gritaram Hermione e Luna.

      Ron sorriu para elas e pareceu mais confiante. Defendeu uma, duas, três, quatro, cinco penalidades seguidas. Hermione e Luna gritaram felizes e correram para o campo. Quando Hermione se virou a procura de Harry viu-o discutindo com Mclaggem.

- Ela facilitou para o irmão – dizia ele aos berros.

- Besteira – replicou Harry friamente.

      Depois da quase briga, Harry marcou o primeiro treino para a quinta-feira seguinte. Os três se despediram do resto da equipe e se dirigiram a casa de Hagrid, antes Hermione deu uma piscadela para Luna que sorriu corada.

- Pensei que ia perder o quarto pênalti – comentou Ron contente. – Fui melhor que o Mclaggem. Vocês o viram saindo na direção oposta no quinto? Parecia ter sido confundido.

      Hermione soltou um risinho que disfarçou rapidamente por um falso acesso de tosse, Ron não percebeu, mas Harry sim.

      O enorme hipógrifo cinzento, Bicuço, estava amarrado à frente da cabana de Hagrid.

- Nossa! – exclamou Hermione nervosa se agarrando no braço de Ron– Ele ainda da medo não acham?

- Fala sério, você já montou nele! – disse Ron.

- Como vai indo? – perguntou Harry fazendo uma profunda reverencia – Sente falta dele? Mas você esta bem aqui com o Hagrid, não é verdade?

- Oi! – gritou uma voz.

      Hagrid saíra de um canto da cabana usando um grande avental florido  trazendo um saco de batatas na mão. Canino seu enorme cão, deu um tremendo latido e avançou para os garotos.

- Para trás! Ele vai comer seus dedos... Ah, são vocês.

      Canino cumprimentava Hermione e Ron aos pulos. Hagrid parou, olhou-os por uma fração de segundo, e depois virou as costas e entrou  na cabana batendo a porta.

- Ah, não! – exclamou Hermione, apreensiva se soltando finalmente do braço de Ron.

- Não se preocupem. – disse Harry mal-humorado, indo até a porta e batendo com força. – Hagrid! Abre, queremos falar com você!

      Não houve resposta.

- Se você não abrir a porta, vamos arrombá-la! – gritou o garoto puxando a varinha.

- Harry! – exclamaram Hermione e Ron chocados – Não é possível...

- É sim! Cheguem para trás...

      Mas, antes que pudesse continuar a falar, a porta se escancarou e Hagrid surgiu com um ar agressivo.

- Sou um professor! – urrou – Um professor Potter! Como se atreve a ameaçar arrombar minha porta!

- Peço desculpas, senhor – disse Harry enquanto guardava a varinha no bolso das vestes.

      Hagrid pareceu confuso.

- Desde quando você me chama de “senhor”?

- Desde quando você me chama de “Potter”?

- Ah, muito esperto – rosnou Hagrid – Muito engraçado. Ganhou, não é? Muito bem, então entrem, seus ingratinhos....

      Resmungando sombriamente, ele recuou para deixá-los passar. Hermione agarrou  o braço de Ron de novo e entrou depressa atrás de Harry.

- Então – disse Hagrid rabugento, enquanto o trio se sentava a sua enorme mesa de madeira – Que foi? Sentiram pena de mim? Concluíram que eu estava solitário ou outra coisa qualquer?

- Não – retorquiu Harry – Queríamos ver você.

- Sentimos saudades de você – disse Hermione, tremula.

- Sentiram, foi? – perguntou o meio gigante bufando – Tá. Ta bem.

      Ele andou pisando forte pela casa, preparando o chá em sua enorme chaleira de cobre, entre resmungos. Por fim, bateu na mesa, diante dos garotos. Três canecas, verdadeiros baldes, cheias de chá escuro, e um prato de bolinhos duros com frutas frescas. Harry parecia estar com fome, pois se serviu logo.

- Hagrid – arriscou Hermione timidamente, quando ele veio se sentar a mesa e começou a descascar batatas com uma baita violência – nós queríamos continuar a estudar Trato das Criaturas Mágicas, sabe.

      Hagrid deu outro enorme bufo pelo nariz.

- Queríamos, sim! – insistiu Hermione – Mas não conseguimos encaixar sua matéria nos nossos horários!

- É. Sei – concordou Hagrid.

      Depois de um tempo, eles conseguiram fazer Hagrid os perdoar.

- É o Aragogue, ele...

      Antes dos garotos saberem o motivo, uma coruja entrou pela janela da cabana e parou perto de Hermione. A garota desamarrou um pedaço de pergaminho da pata da coruja e abriu.

"Srta Granger, venha ao meu escritorio  assim que receber esta mensagem.

Alvo Dumbledore.

P.S Sorvete de Limão."

- É Dumbledore! – exclamou a garota – aqui diz para eu ir la agora, tenho que ir. Vejo vocês depois. Tchau Hagrid.

- Tchau Mione. – disse o meio gigante.

      A garota correu para o castelo e de la para a sala do diretor. Passou pela gárgula de pedra (Sorvete de Limão) e bateu na porta.

- Entre. – disse uma voz lá de dentro.

- Professor? – Hermione entrou – Me chamou?

- Sim Srta Granger, sente-se, por favor. – ela se sentou – Antes de qualquer coisa queria lhe dizer que Draco Malfoy já esta avisado. Vocês já podem começar a estudar juntos.

- Tudo bem professor.

- Hoje eu quero lhe mostrar uma coisa. – ele pegou uma bacia prata e pois em cima da mesa – Você sabe o que é isso?

- Uma penseira?

- Exato. Hoje, você vai conhecer um pouco de sua avó. Elisabeth Jean Ross.

      Ele pegou um frasquinho com um liquido prateado dentro.

- Isto – disse mostrando-a o frasco – é uma memória, ela mostra sua avó com a sua idade, no sexto ano em Hogwarts.

      Ele abriu o frasco e jogou o liquido dentro da penseira.

- Por favor. – disse.

      Hermione se inclinou, inspirou fundo e mergulhou de cara na substancia prateada. Sentiu seus pés deixarem o piso do escritório, foi caindo, caindo, por um túnel escuro, e então, inesperadamente, se viu piscando sobre um sol ofuscante. Logo reconheceu como teto mágico do Salão Principal. 

Ela estava no meio do salão, mas ninguém notara sua presença. Olhou ao redor e reconheceu sua avó pela foto que havia visto. Os cabelos castanhos claros, quase loiros, olhos verdes e um sorriso que Hermione conhecia muito bem. Estava ela sentada ao lado de um garoto loiro com aparência arrogante, um Malfoy, sem duvidas. Em frente aos dois uma garota de cabelos negros e curtos na altura da orelha, e um garoto de cabelos também negros, bem arrumado e bem bonito. Tom Riddle reconheceu Hermione também pela foto. Eles conversavam e davam gargalhadas.

- Tom – disse Elizabeth, Hermione ainda estava boquiaberta, era como ver a si mesma.

- Sim? – respondeu o garoto.

- Sabe que não devia ter feito isso! Por que nunca me contou?

- Ora Lizzie. Eu não podia contar.

- Como você fez isso com o coitado do Hagrid? Não foi ele que abriu a Câmara Secreta e matou aquela garota.

- A murta-que-geme? – perguntou a garota de cabelos negros – a do banheiro?

- Sim Eileen, a própria.

- Por que você não me contou nada Sr. Riddle? – perguntou Lizzie com a testa franzida.

- Desculpe sim? Eu não podia contar.

- É Lizzie, desencana fofa, já passou. O professor Dumbledore não permitiu que ele fosse embora – disse o loiro.

- Abraxas , meu querido loiro aguado – disse a garota com uma expressão assassina, que Hermione reconheceu como sua. – CALA A BOCA!

      Eileen e Tom riram.

- Ta bom baby.

- Você é um idiota sabia? – disse ela, atacando um pedaço de torrada nele.

- Eu sei que sou demais. – disse levantando fazendo pose de galã e então, ficou sério de repente – Lizzie tenho que te dizer uma coisa.

- Diga – disse ela com azedume.

- Eu te amo. – falou e se abaixou.

      Antes que ela pudesse fazer algo, ele grudou seus lábios num selinho, levantou-se e saiu correndo para fora do salão principal.

- Seu canalha!

      Elizabeth se levantou e correu atrás dele. Tom e Eileen se olharam e correram atrás dos dois, antes que Lizzie matasse Abraxas. Hermione se viu agora na beira do lago. Lizzie batia em Abraxas em baixo de uma arvore.

- Lizzie! Não! – Eileen gritou se aproximando deles com Tom.

      Tom pegou-a pela cintura, e a afastou de Abraxas que já tinha marcas roxas nos braços. Ele fechou seus braços protetoramente sobre a barriga de Lizzie, e esta se acalmou automaticamente.

- Ficou louca mulher? – perguntou o loiro.

- Você que é louco! Palhaço! – retrucou ela.

- Hey, se acalmem os dois! Hoje é domingo, estamos de folga dos estudos, vamos só relaxar.

      Os quatro se sentaram abaixo da arvore. Lizzie se sentou entre as pernas de Tom, e apoiou sua cabeça no abdômen dele. Hermione olhou boquiaberta para os dois. Nunca imaginaria Voldemort assim, tão carinhoso. Quando Abraxas a beijou, Hermione notara talvez uma pontinha de ciúmes no olhar de Riddle. Seria imaginação?  A cena mudou novamente e Hermione se viu agora em frente cabana de Hagrid, Elizabeth batia na grande porta. Hagrid apareceu na porta visivelmente surpreso por alguém bater àquela hora, afinal era horário de aula.

- Sim? – perguntou o meio-gigante surpreso - Elizabeth Ross?

- Ola Hagrid.  –disse a garota sorrindo – Podemos falar?

- Claro, entre. Sente-se.

      Ele se afastou e deu passagem a garota. Ela entrou e se sentou diante a grande mesa.

- Hagrid. Tom me contou sobre a Câmara Secreta. Não foi culpa sua. Desculpe-me por julgá-lo mal.

- Do que... ? O que... ? – ele balbuciou confuso.

- A Câmara Secreta. No banheiro, A garota que morreu.

      Hagrid ficou em silêncio.

- Me desculpe, serio. Sinto-me horrível por te ter julgado mal. Sabe, o Tom é meu amigo, você também era.

- Você era minha única amiga, Lizzie. – disse o meu gigante.

- Me desculpe Hagrid. – disse ela com lagrimas nos olhos. – Quero que seja meu amigo de novo.

- É claro que sim Lizzie.

      Eles se levantaram e Hagrid deu um abraço de urso em Elizabeth, quase quebrando suas costelas.

- Acho que já chega – sussurrou uma voz ao seu lado.

      Ela se virou e viu Dumbledore parado ali.

- Vamos. – disse o diretor.

      No momento seguinte, os dois estavam voando imponderáveis pela escuridão. Por fim, aterrissaram de pé no escritório de Dumbledore. Ele caminhou calmamente e se sentou em sua cadeira.

- Professor? – perguntou – Minha avó era amiga de Tom Riddle?

- Era. Ela, ele, Eileen Prince e Abraxas Malfoy, eram muito amigos. Um quarteto fantástico.

- Professor? Eileen Prince era a mãe de Sn... Professor Snape?

- Sim, ela mesma. E Abraxas Malfoy, o avô de Draco Malfoy.

- Professor, porque eu tenho que ver isso? – questionou Hermione – Quero dizer, para que essas lembranças vão me servir?

- Ainda não Srta Granger. Ainda não é hora de saber. Mas logo será. Esta dispensada. Siga para o Salão Principal, já esta na hora do almoço.

- Sim professor. Com licença.

      E saiu escritório ao fora. Encontrou com Harry e Ron na porta do salão principal. Ron sorriu para ela, e entrou no salão, a morena ia segui-lo, mas Harry pegou Hermione pelo braço e a fez parar.

- Que foi? – perguntou ela.

- Sabe, se alguém me perguntasse – disse ele em voz baixa – eu diria que pelo visto Mclaggen foi confundido. – ele apontou para Cormac que passava por eles agora – E ele estava bem diante do lugar em que você se sentou com a Luna.

      Hermione corou.

- Ah tudo bem, ele foi realmente confundido, mas não fui eu – sussurrou na defensiva. – Foi a Luna.  Nem me pergunte o porquê, eu realmente não sei, ela só fez. De qualquer modo, ele mereceu você viu a reação dele quando não entrou para a equipe? Você realmente não ia querer um jogador assim.

- Suponho que não. Mas não foi uma desonestidade? Quero dizer, você é monitora, não é?

- Ah, calado! – protestou ela, fazendo-o rir. – Vamos logo, estou com fome.

      Eles se apressaram e entraram no salão, o cheiro de rosbife fez os estômagos de Harry e Hermione doerem de fome. Eles caminharam para a mesa da Grifinoria, mas foram parados pelo professor Slughorn.

- Harry, Harry, exatamente a pessoa que eu queria ver – disse ele – Eu estava na esperança de encontrá-lo antes do jantar! Que é que você me diz de fazer uma pequena ceia nos meus aposentos? Gostaria muito que a Srta. Granger me desse o prazer de comparecer também.

- Não posso ir – disse Harry – Tenho que cumprir uma detenção com o professor Snape.

- E eu tenho um trabalho enorme para terminar, é para amanhã. Desculpe professor – disse Hermione com um falso descontentamento.

- É uma pena, marcaremos outro dia então. – e saiu em direção às portas do Grande Salão.

- Trabalho? – perguntou Harry divertido.

- Ah não enche! Não quero que o Mclaggem fique me secando outra vez.

      Eles terminaram de almoçar e seguiram para o salão comunal da Grifinoria. Ficaram o resto da tarde fazendo deveres e trabalhos para o dia seguinte. E foram dormir. 

•••

Hermione acordou no dia seguinte, fez sua higiene matinal, vestiu seu uniforme, pegou seu material e caminhou para a biblioteca, se sentou em uma mesa afastada do resto e pegou alguns livros. Seus amigos tinham três tempos de Adivinhação agora, ou seja, só se veriam na hora do almoço. Esperou pacientemente Draco. 05, 10, 15, 20 minutos se passaram e ele não apareceu.

- Idiota – murmurou para um Draco invisível.

- Quem é idiota? – perguntou ma voz rouca em seu ouvido.

- AREE! – Hermione pulou da cadeira e viu Malfoy ao seu lado – Quer me matar do coração garoto? Esta atrasado! Ora, vamos acabar logo com isso.

      E se sentou na cadeira que estava a pouco, Malfoy sentou-se ao seu lado e largou a mochila em sua cadeira. Abriram os livros e começaram a estudar. Cada explicação de Hermione era pontuada por uma discussão. A morena já imaginava isso, então tentou não ligar. Mas era uma tarefa difícil, muito difícil. Quando o sinal que anunciava o almoço tocou. Eles guardaram seus materiais e caminharam lado a lado até as portas da biblioteca. Draco virou para um lado e Hermione para o outro. Chegou ao salão principal e se sentou ao lado de Harry, Ron e Gina.


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