Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles
Nas demais aulas de poções da semana, Harry continuou a seguir as instruções do Príncipe Mestiço – um livro que ele encontrara - , Hermione não estava nada feliz com isso, sabia o risco que seu amigo poderá estar correndo. No sábado à noite, os três se encontravam no salão comunal fazendo alguns trabalhos. Harry consultou seu relógio e guardou depressa seus livros na mochila.
- São cinco para as oito, é melhor e ir andando, ou vou chegar atrasado no Dumbledore.
- Ooooh! – exclamou Hermione se levantando imediatamente – Boa Sorte, as nove eu vou.
- Espero que ocorra tudo bem. –disse Ron e os dois ficaram observando Harry passar pelo buraco do retrato.
Quando faltaram cinco minutos para as nove, Hermione se despediu de Ron e saiu pelo buraco do retrato, ela andou depressa e quando chegou à gárgula de pedra, encontrou Harry saindo de lá.
- Boa Sorte. – disse o garoto e se foi.
- Acidinhas. – disse.
A gárgula saltou para o lado, a parede oculta se abriu, e surgiu uma escada circular de pedra, na qual Hermione pôs os pés para ser levada até a porta com a aldrava de latão que dava acesso ao escritório de Dumbledore.
Hermione bateu.
- Entre. – ouviu-se a voz do diretor.
- Boa noite, senhor – disse Hermione timidamente entrando do escritório.
- Boa noite. Sente-se. – ele apontou uma cadeira a sua frente sorrindo.
Ela se sentou.
- Srta. Granger, antes de começarmos tenho um enorme favor a lhe pedir, queria que ficasse de olho em Draco Malfoy, queria que se aproximasse dele.
- Draco? – perguntou – Mas porque professor?
- A senhorita sabe que seus pais servem Lord Voldemort, não sabe? – ela assentiu – Não posso deixar que ele faça o mesmo, ele não é uma má pessoa, só sofre certas “mas” influencias.
- Posso até tentar professor, mas ele nunca aceitaria, nem chegaria perto de mim! Porque sou filha de trouxas, é claro. E ele é um sangue-puro.
- Ele só age assim, porque foi criado assim, a senhorita sabe.
- Sei. Mas professor, como eu iria ajudá-lo? E ainda mais depois...
- Depois? – perguntou curioso.
- Tivemos uma pequena discussão no trem, por isso não dormimos no castelo, Harry e eu.
- Ah sim – Dumbledore sorriu - Hagrid me contou que vocês dormiram juntos na cabana dele. Hermione tenho algo a perguntar.
- Sim professor?
- A senhorita sempre foi uma aluna exemplar, suas atividades na escola sempre foram ótimas, mas e fora da escola?
- Professor? – Hermione pendeu a cabeça um pouco para o lado em sinal de curiosidade.
- Bom, nos últimos cinco anos de seu aprendizado, percebi que a senhorita passa muito tempo com o Sr. Potter, então pensei que talvez os dois...
- AHH! Não, - disse Hermione visivelmente constrangida – Ele é brilhante, meu melhor amigo, eu o amo como irmão, e ele também me ama como irmã. Só isso, nada mais.
- Ah sim, bom peço desculpas pela minha intromição. Realmente fiquei curioso. Mas voltando ao assunto, a senhorita ajudara Draco Malfoy?
- Sim professor, vou tentar prometo. Mas o senhor terá que falar com ele.
- Sim, pode ficar tranqüila, eu falarei. O Sr. Malfoy tem umas dificuldades em algumas matérias, poderemos usar isso ao nosso favor. E vocês dois não fazem Adivinhação, podem estudar na hora dessa matéria.
- Sim professor, perfeito.
Dumbledore parou, encarou a face da garota a sua frente, suspirou pesadamente e seguiu.
- Imagino que a senhorita não saiba o motivo de estar aqui. – Hermione assentiu – Bom, no final do ano passado, a senhorita, o Sr. Potter, os Weasleys mais novos, a Srta. Lovegood e o Sr. Longbotton foram ao ministério para resgatar Sirius Black. E Lord Voldemort a levou para algum lugar. Poderia me dizer, a onde?
- Nós desaparatamos na mansão dos Malfoy. –disse Hermione – Eles estão com Olivaras, o fabricante de varinhas, esta preso lá faz um tempo. Esta horrível, eles o maltrataram muito. V-Voldemort... Desculpe.
- Não se sinta temerosa em dizer o nome.
- Tudo bem, então – ela retomou a historia – Voldemort perguntou a ele sobre a minha varinha, ele disse algo sobre ser interessante a seus olhos. Olivaras me reconheceu como a amiga de Harry Potter, e falou sobre a minha varinha. Ele disse algo sobre minha avó – Hermione franziu a testa se lembrando – disse que eu tenho uma marquinha no pescoço igual à dela. Voldemort me disse que ela estudou aqui, e que era da Sonserina, ele disse que a conheceu.
Ela fez uma pausa.
- Seu nome era... – fechou os olhos revendo a cena para se lembrar – Elizabeth Ross, algo assim.
- Elizabeth Jean Ross. – disse Dumbledore.
- Exato isso mesmo! Professor realmente, minha avó era uma bruxa?
- Sim, era muito inteligente, uma das melhores na época, e a senhorita a puxou nisso.
- Porque minha mãe nunca me disse?
- Porque sua mãe não sabe. – disse ele serio – Sua avó morreu quando sua mãe não tinha nem dois anos, ela foi criada por trouxas, nunca soube, embora tenha suspeitado de algo quando Hagrid foi a sua casa antes do seu primeiro ano em Hogwarts. Depois pensou que era loucura e esqueceu.
- Mas professor, como minha avó era da Sonserina e eu sou da Grifinoria?
- Hermione – disse – Sua avó era descendente direta de Rowena Ravenclaw.
- Como?
- Exatamente, todos os seus antepassados foram da Corvinal, menos ela. Lizzie, com gostava de ser chamada, acabou indo para a Sonserina, ela era inteligente, mas muito ambiciosa e tinha um gênio forte, muito forte. Por isso Sonserina. E seu avô, era trouxa. Você acabou indo para Grifinoria. Lizzie era uma garota doce, meiga e gentil. Se não fosse pelo gênio e pelo sangue corvino, com certeza iria para Grifinoria. – ele olhou em seu relógio – Por Merlin! Já passam das dez horas. Vá dormir Srta. Granger. Enviarei-lhe um bilhete com a data da nossa próxima “aula”, assim digamos. Boa noite.
- Boa noite professor. – disse caminhando ate a porta- Ah, professor?
- Sim?
- Posso contar ao Ron e ao Harry o que me contou hoje?
- Lamento Srta. Granger, mas não pode – ele suspirou – Isso deve ficar entre eu e a senhorita, ninguém mais, por enquanto, entendeu?
- Sim professor. Boa noite.
Caminhou escritório a fora. Andou rapidamente pelos corredores e chegou ao retrato da Mulher Gorda.
- Senha? – perguntou o quadro.
- Dente-de-Leão.
- Certamente.
Entrou pelo buraco e para sua sorte Harry e Ron não estavam mais ali. Correu para seu dormitório, tomou um banho e dormiu.
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