Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 3
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/260463/chapter/3

      Hermione sentiu uma luz forte nos olhos e os abriu calmamente, o sol já nascera. Sentiu a almofada se movimentar num ritmo tranqüilo como uma respiração. Levou um tempo para ver que estava deitada sobre o peito de Harry. Sentiu sua face esquentar e se levantou rápido, Harry acordou assustado com o movimento.

- Mione? – perguntou pondo os óculos – O que houve?

- Nada, desculpe Harry, dormi sobre você, não foi minha intenção.

- Hey, calma! Não foi nada – disse o garoto ficando sentado – Você chorou e caiu no sono, só isso.

      Hermione olhou no alto de uma estante cheia de xícaras do tamanho de baldes, um relógio dizia que eram sete da manhã. Filch provavelmente já abrira as portas do castelo. Eles desamassaram as roupas, pegaram suas varinhas e a capa da Invisibilidade e saíram da cabana de Hagrid, o encontrando cuidando de uns bichinhos feios perto de sua horta.

- Bom Dia! – exclamou o meio gigante quando os viu.

- Bom dia Hagrid – disseram Harry e Hermione juntos.

- Acho melhor vocês subirem, esta quase na hora do café.

- Sim, já vamos. Obrigada Hagrid por nos deixar passar a noite aqui. – disse Harry.

- É obrigada. – repetiu Hermione.

- Disponham, vejo vocês na aula, a primeira aula logo depois do almoço. Se chegarem mais cedo poderão dar um alo a Bic... Quero dizer ao Asafugaz!

      Harry tirou a capa do bolso da jaqueta e cobriu a Hermione, depois a si mesmo. Debaixo, se entreolharam.

- Você não se matriculou em Trato das Criaturas Mágicas, não é? – perguntou Hermione enquanto eles iam em direção ao castelo.

- Não, nem você, né?.

- E o Ron também não, não é?

      Hermione tornou a sacudir a cabeça. Nem queria penar no que diria Hagrid quando percebesse que seus três alunos favoritos tinham desistido da sua matéria. Os dois caminharam debaixo da capa até chegarem ao saguão de entrada. Depois subiram as escadas e foram em direção a torre da Grifinoria.

- Harry, a senha! – sibilou Hermione – Não sabemos a senha! Como entrar?

- A gente devia ir direto para o Salão Principal.

- Sim, mas com essas roupas? – disse Hermione – Já sei. – ela parou por um segundo e pegou sua varinha – Accio uniformes!

      Eles esperaram um pouco e viram duas bombas vindas em sua direção, eram pretas. Eles não colidiram com eles por pouco. As supostas bombas eram os uniformes, enrolados pela capa preta. Harry saiu debaixo da capa e deixou Hermione se trocar, depois ela saiu e ele se trocou. Quando terminaram, Harry guardou a capa nas vestes e eles foram em direção ao Salão Principal. Ao chegarem, todos os olhares foram para os dois, caminharam em silencio e se sentaram à mesa de sua casa, ao lado de Ron e Gina. Hermione olhou de relance para a mesa da Sonserina e viu Draco Malfoy de cabeça baixa, sozinho, num canto afastado de todos, sentiu uma fisgada de pena no coração.

- Onde vocês se meteram ontem? – perguntou Ron quando Hermione se virou para eles.

- Tivemos um probleminha com Draco Malfoy. – sussurrou Harry. – E quando chegamos já estava tudo trancado, então dormimos na cabana de Hagrid.

- Pelo menos vocês perderam a seleção – disse Gina.

- O que o chapéu disse? - Perguntou Hermione.

- Nada que ainda não tenha dito... Aconselhou a nos unirmos frente aos nossos inimigos, você sabe.

- E Dumbledore mencionou V-Voldemort? – sussurrou Hermione vendo Neville e Dino olhando para eles.

- Sim – disse Gina – e vocês tinham que ver a mão dele, a direita estava escura e parecia sem vida. Há lesões sem cura, feitiços antigos, e venenos sem antídoto. Ele proibiu os logros e brincadeiras da loja de Fred e Jorge. Apresentou o professor Sloghorn , ele vai dar aula de poções.

- Poções? – perguntou Hermione se  virando para Harry – Mas você disse que era DCAT.

- Pensei que fosse, oras! – replicou o garoto.

- Sabe quem assumiu DCAT? – perguntou Ron – Snape.

- Não! – exclamaram Harry e Hermione tão alto que muitas cabeças se viraram em sua direção.

      Hermione correu os olhos pela mesa dos professores à procura dele e o viu, com os olhos fixos em Harry, para variar e um meio sorriso triunfal no rosto sombrio.

•••

      No dia seguinte Hermione se encontrou com Harry e Ron no salão comunal, antes do café da manhã e Harry contou para Ron, com a ajuda da garota, o que ouvira e o que acontecera naquele vagão de trem.

- Ele poderia estar se exibindo para a Parkinson, não é? – perguntou Ron.

- Acho que não, ele pode ser um canalha sem vergonha e exibido – disse Hermione semicerrando os olhos com raiva – mas assim é exagero.

      Eles caminharam ao salão principal e comeram tranqüilamente, quando terminaram ficaram esperando a professora McGonagall para confirmar que cada aluno tivesse obtido as notas mínimas no N.O.M.s. Hermione foi liberada em todas as matérias e  partiu correndo para assistir ao primeiro período de Runas antigas. Uma hora depois, eles se encontraram para assistir a aula de Defesa contra as Artes das Trevas.

- Para dentro. – disse Snape aparecendo do nada do outro lado da porta, assustando a todos.

      Sem demora os alunos entraram, Hermione olhou a toda volta. A sala estava bastante sombria – estilo Snape -, as cortinas estavam fechadas e velas iluminavam o local. Eles se sentaram e apanharam seus livros.

- Não pedi a vocês para pegarem os livros – começou Snape, fechando a porta e virando-se para encarar a turma. Hermione devolveu seu livro depressa a mochila e os outros fizeram o mesmo – Quero conversar com os senhores e exijo muita atenção. Creio que já tiveram cinco professores nesta matéria. Cada um deles teve suas prioridades, então, é uma surpresa que tantos tenham obtido nota para passar nessa matéria. – Hermione olhou para Harry que estava do seu lado e sorriu ele retribuiu com uma picadela de olho.

      Ele começou a andar pela sala.

- Alguém sabe me dizer, qual é a vantagem de um feitiço mudo? – perguntou sombriamente.

      A mão de Hermione coçou para se erguer, mas ela resistiu e fitou o chão. Todos olharam para ela abismados, nunca Hermione deixara de responder uma pergunta antes.

- Hermione? – sussurrou Harry do seu lado – Você sabe não é? Porque não responde?

- Ele nunca quis que eu respondesse, não vou bancar a idiota, Harry. – sussurrou ela de volta.

- Ninguém? – ele revirou os olhos – Srta. Granger poderia me responder?

      Hermione e o resto da sala arregalaram os olhos, visivelmente surpresa, Hermione assentiu.

- O adversário, não pode prever que tipo de feitiço a pessoa vai realizar – respondeu meio tremula -, o que lhe da uma fração de segundo de vantagem.

- Uma resposta decorada quase palavra por palavra do Livro – comentou Snape com menosprezo (no canto Malfoy riu) -  mas correta, então 5 pontos para Grifinoria.

      Um borbulho de vozes soou na sala. Snape? Dando pontos a Grifinoria?  Ele os mandou praticar feitiços não verbais em duplas. Quando a aula acabou o trio saiu junto da sala.

- Não acredito! – exclamou Ron – Ele te deu cinco pontos Hermione! Eu nunca vi, Snape dar pontos a um grifinorio antes!

- Eu também não – concordou Harry, Hermione corou.

- Vai ver ele estava de bom humor – disse a garota.

- Snape? De bom humor? – Ron deu uma gargalhada – Impossível!

- Ron, não...

- Harry! Ei, Hermione!

      Os três pararam, Juca Sloper, um dos batedores da equipe de Quabribol da Grifinoria no ano anterior, vinha correndo em direção deles com dois pergaminhos na mão.

- Para vocês – ele ofegou e entregou uma para Harry e outro para Hermione – Escute Harry, soube que é o novo capitão. Quando vai fazer os testes?

- Ainda não tenho certeza – respondeu Harry – Aviso você.

- Certo, então tchau.

      E correu para longe deles. Harry abriu seu pergaminho primeiro.

- É de Dumbledore! – disse o garoto – E o seu?

- Também. – disse Hermione abrindo seu pergaminho e lendo em voz alta para Ron e Harry.

" Srta Granger, gostaria que você viesse ao meu escritório as nove da noite, no sábado.

Atenciosamente, professor Dumbledore.

PS: Gosto de Acidinhas.”

- Ele gosta de acidinhas? – repetiu Hermione.

- É a senha para passar pela gárgula na porta. – respondeu Harry – Ah! Snape não vai gostar... Não vou poder cumprir a detenção dele! Espera, você vai as nove? Eu vou às oito. O que será que ele quer com você?

- Não tenho idéia. – disse Hermione sincera.

      Harry, Ron e Hermione passaram todo o recreio especulando o que Dumbledore ia ensinar a Harry e o que ele queria com Hermione. Quando se deram, conta estava na hora da aula de Poções.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unidos pelo Destino 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.