Unidos pelo Destino 1 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 2
Capítulo 1




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No final das férias seguintes, Hermione preferiu não ir mais cedo para a Toca, e sim ficar em casa sozinha. O material estava comprado, o uniforme passado, tudo pronto para o Primeiro de setembro que a ingressaria no sexto ano. Adorava a Toca do fundo do coração, mas sabia que teria que falar com Ron, e sabia que ele iria perguntar o que aconteceu com ela quando fora levada por Voldemort. E aquele era um assunto que ela definitivamente não gostaria de falar.

Hermione evitara pensar nisso durante todas as suas férias, mas, agora que estava voltando para Hogwarts era meio que inevitável não pensar. A caixa que Voldemort lhe dera estava no fundo de seu malão, exatamente no mesmo lugar que estivera desde que ela saíra de Hogwarts no ano anterior.


•••


Na manhã de primeiro de setembro, Hermione pegou uma taxi trouxa até a estação Kings Cross. O trem estava quase vazio quando ela o adentrou. E então, foi para o vagão dos monitores, sentou-se, pegou um livro, e começou a ler para o tempo passar. Até que Ron chegou.

– Mione! – exclamou o ruivo.

– Ola Ron.

– O que houve? Porque não foi para a Toca? – perguntou se sentando ao lado dela.

Hermione tratou de contar tudo para o ruivo, a briga com os pais e todo o resto. E Ron não se atrasou em contar para Hermione as suspeitas de Harry contra Draco Malfoy. Quando a reunião terminou, Ron e Hermione caminharam pelo trem a procura de Harry, o encontraram com Luna e Neville.

– Gostaria que o carrinho do lanche viesse logo, estou faminto – anunciou Ron ansioso, largando-se no banco ao lado de Harry esfregando a barriga – Oi Nevile, oi Luna. Querem saber da novidade? – acrescentou virando para Harry – Malfoy não esta cumprindo as tarefas de monitor. Esta sentado com seus colegas da Sonserina. Vimos quando passamos.

Para Hermione, Harry pareceu muito interessado. Qual era o problema com Malfoy a final?

– O que foi que ele fez quando viu vocês?

– O de sempre – respondeu Ron com indiferença – Mas não é do feitio dele, não é? Bem, porque não esta nos corredores intimidando os alunos do primeiro ano?

– Vai ver ele preferia a Brigada Inquisitorial – sugeriu Hermione – Vai ver que depois daquilo, não tem mis graça em ser monitor. Acho que ele...

Mas antes de continuar, a porta do compartimento tornou a se abrir e uma garota do terceiro ano entrou.

– Mandaram entregar isso a Neville Longbottom e Harry P-Potter – gaguejou corando.

Entregou dois rolos de pergaminho presos por uma fita violeta e saiu correndo do compartimento.

– O que é? – perguntou Luna.

– Um convite.


"Harry, seria um grande prazer se você me fizesse companhia ao almoço no compartimento C.

Sinceramente, Horário Slughorn"


Harry e Neville saíram do compartimento, deixando Hermione com Ron e Luna. Tempos depois, Neville entrou acompanhado de Gina, eles contaram como havia sido o tal almoço, e muito tempo depois – quando já estavam em Hogwarts - Ron percebeu que faltava alguém.

– E o Harry? – perguntou Ron já pegando seu malão.

– Ele disse que nos encontraria depois, foi em direção ao compartimento da Sonserina. – Neville deu os ombros.

– O QUE? – gritou Hermione – Ele foi atrás de Draco Malfoy. Levem meu malão, por favor? Vou atrás dele, antes que faça alguma besteira!

Hermione se levantou e correu, demorou um século para chegar ao compartimento, porque todos queriam sair, era estava indo ao lado oposto. Quando chegou a porta escutou um barulho, algo muito pesado caira com tudo no chão, encostou o ouvido na porta a tempo de escutar Malfoy falando algo.

– Foi o que pensei – disse eufórico – Ouvi o malão de Goyle bater em você. E pensei ter visto uma coisa branca riscar o ar quando Zabini voltou... Suponho que tenha sido você quem travou a porta quando Zabini entrou não?

Hermione abriu um pouco da cortina e espiou, Draco falava com Harry que estava estatelado e duro no chão, o loiro meteu o pé na cara de Harry, Hermione arregalou os olhos.

– Acho você me paga, Potter! Isso é pelo meu pai. Cru...

– Expelliarmus! – uma voz feminina gritou e a varinha de Malfoy voou longe.

– Granger? – perguntou.

– Ela mesma Malfoy! Não se atreva a por um dos seus dedos sujos no meu irmão – ela apontou para Harry – Ou eu não responderei pelos meus atos.

– E o que você vai fazer? – perguntou ele com a varinha já em punho – Me estuporar?

– Se for preciso, SIM!

– Vejamos Granger. – disse o garoto num tom desafiador – Locomotor Mortis!

– Protego! – pensou Hermione um feitiço não verbal - Rictusempra!

– Protego!

– Estupefaça.

Malfoy foi arremessado para o outro lado do compartimento, ficando parcialmente desacordado. Hermione passou por cima de Harry no chão e ficou de joelhos ao lado de Malfoy. Tocou seu rosto frio com a ponta dos dedos.

– Me desculpe, mas ninguém meche com o Harry na minha presença. – disse mordendo o lábio.

Levantou-se e caminhou até Harry murmurando um feitiço para solta-lo. O garoto se levantou rapidamente meio tonto.

– Hermione o que você?

– Depois, - disse ainda fitando Malfoy – vamos.

Ela se abaixou, pegou a capa da invisibilidade de Harry e eles caminharam para fora do trem.

– O que houve? Como descobriu que eu estava com o Malfoy? – perguntou Harry já andando.

– Neville, e Gina nos contaram que você se separou deles, e Ron me contou sobre a ida de vocês ao Beco Diagonal, e sobre o Malfoy na Borgin & Burkes. – disse Hermione – ele também me contou sobre suas suspeitas. Harry como diabos Draco Malfoy é um Comensal da Morte?

– Hermione, pensa bem – disse Harry – O braço esquerdo dele esta intocável, a marca foi passada a fogo ali.

– Ai Harry. – disse revirando os olhos – E Dumbledore? Ron me contou que ele foi à casa dos seus tios trouxas, o que ele foi fazer lá?

– Ele foi... – e Harry contou pacientemente a historia para Hermione, a ida ao povoado de Budleigh Babberton e a suposta volta de Horacio Slughorn.

– HARRY! – berrou a garota – Seu nariz, meu DEUS!

– O que tem? – perguntou apalpando o nariz, mas parou ao sentir uma dor tremenda.

– Malfoy o quebrou. – disse Hermione – Posso concertar se quiser.

Harry assentiu temeroso.

– Só, fique parado – murmurou Hermione tirando a varinha das vestes – Episkey.

O nariz dele ficou muito quente e, em seguida, muito frio. Ele ergueu a mão e apalpou-o desajeitado. Parecia inteiro.

– Obrigada, Mione!

– Disponha. E Harry...

Mas o que ela ia dizer não se soube, eles escutaram barulhos, uma pessoa caminhava por ali, sacaram as varinhas rapidamente. O som dos passos foi se aproximando, foi ficando cada vez mais forte, Harry prontamente se postou a frente de Hermione, temendo que fosse Malfoy. O barulho foi ficando cada vez mais próximo e do nada, parou.

– E ai, Harry, beleza? - disse uma voz atrás de Hermione, eles se viraram assustados – Tudo bem Hermione?

– Tonks! – sibilou ela – Quem nos matar do coração?

– Desculpe. – sorriu sem graça – O houve com o seu rosto Harry? Esta cheio de sangue! Tergeo!

O sangue sumiu do rosto de Harry.

– Obrigada. – disse o garoto.

– É melhor vocês usarem a Capa da Invisibilidade para podermos andar até a escola – disse Tonks seria. Quando Harry cobriu a si mesmo e a Hermione com a capa, ela agitou a varinha fazendo surgir um enorme quadrúpede, que voou pela escuridão.

– Aquilo era um Patrono? – perguntou Harry.

– Era, mandei avisar no castelo que vocês estão comigo, para não se preocuparem. Andem, não podemos perder tempo.

Eles saíram em direção à estrada que levava a escola, Hermione andava com a testa franzida.

– O que? – perguntou Harry.

– O Patrono dela – disse em voz baixa – Me lembrou de algum jeito o Lupin.

Harry franziu a testa junto, realmente o tal quadrúpede lembrava o lobisomem.

– Então, Tonks – perguntou Hermione – O que você esta fazendo por aqui?

– Estou baseada em Hogsmeade, para reforçar a proteção a escola.

– Você esta sozinha? - perguntou Harry.

– Não, Proudfoot, Savage e Dawlish estão comigo.

– Dawlish, aquele auror que Dumbledore atacou no ano passado? – perguntou Harry.

– O próprio.

Eles caminharam pela estrada, debaixo da capa, Harry e Hermione olhavam de esguelha para Tonks. Ela parecia mais velha e muito mais seria, (no ano passado era bem animada, fazia brincadeiras e ria sem esforço). Seus cabelos antes cada dia de uma cor, agora estavam castanho-escuro, mortos, sem vida. Será que isso era reflexo do que acontecera no ministério?

Andaram por um tempo, e com grande alivio chegaram aos portões de Hogwarts.

– Alohomorra! – ordenou Harry confiante, apontando a varinha para o cadeado, mas nada aconteceu.

– Será possível? – implicou Hermione – Você nunca leu Hogwarts, uma historia? Depois de fechados, os portões não se abrem com um simples Alohomorra, Harry.

– Ela tem razão. Não faz efeito nesses portões. Dumbledore os enfeitiçou pessoalmente.

– Hum – disse o garoto – Eu poderia pular o muro.

– Não poderia não – disse Hermione – Tem feitiços antintrusos em todos os muros.

– É, a segurança esta cem vezes mais rigorosa este verão. – refletiu Tonks.

– O.K – disse Harry farto – Parece que vamos ter que dormir aqui fora Mione. Olha lá, - ele apontou para o castelo – Já apagaram todas as luzes, se entrarmos la agora, vão nos tirar uns 200 pontos cada um, pelo atraso, e Filch vai nos fazer ajoelhar no milho.

– Relaxa Harry! Mandei um recado para Hagrid, se vocês não puderem entrar no castelo, poderiam dormir na cabana dele. Ele com certeza não vai recusar. – disse Tonks pondo uma das mãos no ombro do garoto (que já tirara a capa).

– Olhem vem vindo alguém! – sussurrou Hermione com os olhos fixos num ponto atrás dos portões de Hogwarts.

Uma figura enorme vinha até eles. Hagrid recebera o recado. Ele apontou seu guarda-chuva para o portão e abriu, Harry e Hermione entraram rapidamente e ele fechou o portão.

– Obrigada por trazê-los, Tonks. – disse o meio gigante.

– Cuide deles Hagrid.

– Pode deixar.

Hagrig se virou e começou a andar, Harry e Hermione correram para acompanhá-lo.

– O que houve? Fiquei preocupado quando não os vi na mesa da Grifinoria. – disse.

– Tivemos uns problemas no trem. – disse Harry.

– Filch já fechou as portas, não tem como vocês entrarem hoje. Passem a noite na minha casa e amanhã cedo, vocês entram no castelo.

Harry e Hermione se entreolharam. Sem opções caminharam com Hagrid para sua casa. Ao entrarem, Canino os veio receber com muita alegria, ele pulava sem parar tentando lambe-los no rosto.

– Bom, sintam-se em casa. – Exclamou Hagrid enquanto pegava folhar para fazer um chá.

Hermione conjurou almofadas grandes, alguns cobertores, e com a ajuda de Harry eles as puseram num canto da pequena cabana, perto de uma pequena janela e ajeitaram para os dois caberem.

– Venham – disse Hagrid – tomem um chá. E assim vocês aproveitam e me contam o porquê do atraso

Os garotos se entreolharam e sentaram para tomar chá, então Harry contou para Hagrid com a ajuda de Hermione, tudo o que acontecera.

– Bom Harry – disse o gigante – é meio improvável Draco Malfoy ser um Comensal da Morte, mas é bem provável que ele possa estar espiando as coisas por aqui. Afinal o pai dele é um Comensal.

– O pai? – perguntou Hermione – E a mãe?

– Dumbledore me disse que ela é somente uma seguidora de vocês-sabem-quem, Narcisa Black Malfoy, não tem a marca negra nem nada.

Eles olharam para Hagrid desconfiados, mas não disseram nada. Depois de tomarem o chá, eles desejaram boa noite para Hagrid, e foram se deitar. Mas o por mais incrível que pareça, depois de um dia daqueles, não estavam com sono. Ficaram deitados, olhando as estrelas pela pequena janela da cabana.

- Harry? – perguntou a morena olhando para a janela.

– Sim?

– Porque será que o Patrono da Tonks mudou? – perguntou a garota.

– Perguntei a Dumbledore sobre isso, ele disse que o Patrono de uma pessoa pode mudar, dependendo da suas emoções. Tipo, - disse ele – ela sofreu muito com a morte de S... Sirius, afinal, ele era primo dela.

– Você também sofreu. – disse a morena, mas ao ver a expressão de Harry se arrependeu – Desculpe. Mas seu patrono não mudou, ou mudou?

– Não, continua sendo um cervo.

– Então talvez seja outra coisa. – disse Hermione refletindo.


Depois de um longo tempo em silencio.

– Harry? – disse hesitante – Vai haver uma guerra não é?

– É bem provável. – disse se virando para encará-la.

– Harry, estou com medo.

– Medo?

– Será que vamos viver? - perguntou e sem se conter uma lagrima caiu de seu olho – Será que vamos morrer?

– Não sei Mione, não sei.

– Nossos amigos, nossos familiares. O que poderá acontecer com todos?

– Não sei Mi, não sei.

Harry se aproximou e abraçou protetoramente Hermione, que já se derramava em lagrimas. Logo o garoto sentiu que ela parara de chorar, e respirava tranquilamente, então pensou ele, ela finalmente dormira. Sem mais alternativas, Harry fechou os olhos e caiu no sono.



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