Palladia escrita por Cara Sem Nome


Capítulo 3
Capítulo Três.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura. :)



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Helena ( P.O.V )

As anormalidades do dia já haviam passado da conta! Primeiro, um possível presente de aniversário explode e vira cristal, em segundo,  descubro que é algo totalmente estranho mais parecido com alguma tecnologia avançada, e em terceiro lugar, eu entendo as palavras estranhas e comando a tal peça de cristal! Sinceramente, pensei que estava sonhando.
No instante que Iorran terminou de falar, bateram na porta, e uma voz masculina conhecida disse :
- Helena, sou eu, Jared. Posso entrar?
Jared é um amigo de Sofia, havia falado comigo aquelas semanas, fazendo um pouco de amizade. Eu sei que Sofia tem uma queda por ele, e não é pra tanto, ele é bem bonito.
- Já vai. - Eu disse,  enfiando o pingente no bolso da minha calça. Iorran sismou em se esconder, e entrou no armário.
Abri a porta, e Jared entrou no quarto, conferindo se não tinha ninguém.
- Você estava sozinha? Ouvi um barulho vindo daqui, alguma coisa quebrando. Tudo bem?
- T-tudo bem... - Comentei, sentando-me na cama. - Eu só derrubei minha luminária, só isso.
Jared se aproximou e sentou-se na cama, perto de mim, até perto demais.
- Ahm... Helena, eu queria falar com você, mas parece que está me evitando. - Disse, tocando meu queixo. Eu me afastei na mesma hora, e Jared deu um risinho bobo. - Calma, eu não mordo. Quer ir comigo ao cinema algum dia? Quem sabe na minha casa? Meus pais vão passar a noite fora depois de amanhã.
- Não vou poder... Eu tenho... muito dever de casa. - Eu disse, tocando o pingente só por precaução. 
- Não seja boba. - Disse ele se aproximando mais um pouco, apertando meu pulso. O que eu faria agora?
Até que a porta do armário se abriu e Iorran gritou, irritado :
- Não encoste um dedo sequer nela! 
Jared riu, murmurando:
- Olha quem saiu do armário... o queridinho da Helena. 
Iorran pareceu ainda mais brabo. Se aproximou, cerrando os punhos. Fui obrigada a me colocar no meio dos dois, se não com certeza daria em uma briga nada agradável. Meu pingente parecia querer fugir do bolso, vibrando cada vez mais. Não daria mais para escondê-lo.
O pingente voou de meu bolso, e começou a flutuar no ar, sem gravidade alguma. Emitia um zumbido agudo que parecia cada vez mais intenso. Jared, surpreso, perguntou:
- O que é isso? É algum truque? 
A peça de cristal flutuou até a luminária, parando no ar. O reflexo de pirâmide se formou novamente no teto, mas dessa vez, havia algo diferente. Uma única palavra se formou no centro da pirâmide, as palavras tremeluziam, apagavam, e logo em seguida retornavam. Eu conseguia entender a palavra, era o nome de um lugar. Espere... eu conheço esse lugar! Mas de onde
- Ninguém vai me responder o que é isso? - Insistiu Jared, mas eu já estava indo em direção do meu armário, pegando uma mochila qualquer. Coloquei uma lanterna que achei no fundo da caixa de sapatos, meu caderno de anotações, alguns lápis, e um casaco qualquer.
- Vou explorar um lugar que provavelmente não existe, mas eu simplesmente sei onde fica. Quem topa ir comigo? - Os dois garotos me observaram como se eu estivesse loca, mas levantaram a mão ao mesmo tempo. - Então vamos.
Quando tentei pegar o pingente, que ainda flutuava, não consegui. Era como se um imã não o deixasse se mover. Após parar para pensar, eu disse o mais calma e concretamente possível :
- Me leve até a localização da peça.
A palavra em meio da pirâmide reluziu, e a peça de cristal começou a se mover no ar rapidamente, até rápido demais. Corremos, a acompanhando. Ela desceu as escadas, e por sorte os convidados da festa não estavam no hall de entrada, todos riam e escutavam música alta na piscina, então ninguém nos viu ou deu atenção. Coloquei a mochila e segurei no cordão do pingente, o que não deu muito certo, pois ele me puxava com toda a sua força para a frente, atravessando a rua e adentrando as árvores que se aglomeravam. Corríamos tão rápido que eu só via o vulto dos galhos à minha volta, a noite ficava cada vez mais fria e o vento cortante tocava meu rosto. O pingente reluzia uma luz azul intensa, que iluminava tudo à nossa volta como um tubo neon. 
Adentramos um vale, descendo a grama orvalhada. No centro, em meio à gigantescos pinheiros, havia uma fonte. Três bancos de pedra bruta cheios de musgo cercavam a fonte que não funcionava mais. O pingente parou de se mover, parando em frente à fonte.
Agora reparando melhor, percebi vinte colunas de pedra que rodeavam o vale, em um círculo, e estávamos no centro. Na ponta da fonte havia uma pirâmide igualmente danificada pelo tempo. 
- Esse lugar é assustador. - Comentou Jared. - Não sabia que existia, sempre andava pelos arredores dos pinheiros, e nunca o achei.
Eu me aproximei da pirâmide, tocando sua superfície úmida. No mesmo instante toda a sua estrutura tremeu, e a pirâmide de rocha se abriu. Dentro, uma peça do mesmo cristal que o pingente reluzia, intacta, intocada. Eu a peguei, mas uma força maior a puxou da palma de minha mão. Como um imã, a peça se acoplou dentro do pingente de cristal. Flutuava no centro do triângulo, e agora percebí que se tratava de um desenho de olho cravado no cristal. Ambos flutuaram até a palma da minha mão, e o tremor parou.
Percebi que dentro da pirâmide havia um pequeno suporte, onde provavelmente iria o triângulo inteiro, e abaixo, um espaço cilíndrico. Coloquei a joia no suporte, mas nada aconteceu.
Iorran pigarreou, e tirou a lanterna da mochila. A encaixou no espaço cilíndrico logo abaixo do suporte, e a ligou. A luz atravessou novamente o cristal. A pirâmide não precisou de nenhuma superfície para aparecer desta vez, e agora o desenho de um olho reluzia em seu centro, no azul ciano mais intenso. Uma frase foi gerada aos poucos.
- Iniciar... projeção... - Eu comecei a ler, mas não houve tempo. O suporte do cristal clareou na mesma luz ciano. A fonte inteira se iluminou em gigantescos símbolos que reluziam intensamente na mesma corte. Linhas no chão começaram a reluzir, ligando-se como num labirinto. Símbolos e desenhos se formavam à medida que a luz se espalhava, e o chão começou a tremer. Em cada coluna do círculo um desenho da pirâmide acendia, brilhando intensamente. Me segurei na fonte, e Iorran e Jared se seguraram em mim. 
Todas as colunas começaram a se mover no sentido anti-horário, e um som metálico ecoava alto, seguido de um zumbido forte. O "holograma" da pirâmide soltou raios que eram puxados para cada coluna, formando uma teia da intensa luz azul. 
As colunas giravam cada vez mais rápido, o vento forte fazia as folhas secas voarem no ar, descontroladas. Eu não sentia mais meus pés no ar, estava sendo puxada por outra gravidade.
Iorran gritou algo, mas eu não conseguí ouvir. As colunas giravam na velocidade máxima, os raios de luz dobraram de intensidade, e a luz ciano cobriu tudo.  Minhas mãos soltaram da fonte, e nós três fomos levado pela grande força que nos puxava. Tudo que consegui ver eram os raios de luz que saíam descontroladamente da pirâmide, cobrindo tudo com sua luz, como uma super-nova.
Para onde iríamosQue será de nós?  Tudo que eu sabia era que algo extraordinário estaria para acontecer, e aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, mande Reviews! :D



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