Sai do avião em Nova York. Até o aeroporto daquele lugar era mágico.

Já tinha passado por ele varias vezes, quando era pequena e depois de grande também.

Vi aquelas pessoas indo e vindo em direções opostas e me lembrei que depois daquilo, depois de duas horas eu iria conhecer melhor aquelas pessoas da foto do email.

Ali mesmo no aeroporto, abri meu computador e mandei um email pros meus pais...

“ De: jujupipoca@hotmail.com

Para: claudiaclibbs@hotmail.com

Assunto: Como aqui e lindo né gente?

Mãe e pai, estou num lugar onde nos três já passamos.

No aeroporto de NY.

Lembra daqui pai quando vooc me mostrou a primeira rosquinha da minha vida?

Lembra mãe das nossas malas sendo extraviadas?

Claro que devem lembrar... E gostaria também que parassem de chorar pelo ao menos enquanto eu não estou ai.

Parem de entrar dentro do meu quarto só pra se lembrarem de mim...

Quero que lembrem de mim sorrindo no quintal da vovó... Ou ate mesmo comendo chocolate que hoje em dia eu DETESTO.

Mas só pra lembrar... Como aqui e lindo né gente?

Ixiii vou ter que parar de escrever... meu voo chamou...

Beijooos Belos Pais”

Terminei de escrever aquele email e tinha uma menina com a mesma blusa que eu se aproximando. E eu perguntei:

- Olá vooc também é intercambista?

E ela respondeu rindo:

- Sou sim, e vejo que vooc também é. Acertei?

E fomos interrompidas pelo sinal do nosso voo.

Ela perguntou pra onde eu ia e eu respondi Suíça.

Ela ficou surpresa pois iria pra lá também.

E ela era minha companheira de poltrona.

Como a coincidência existe mesmo não é?

Pois bem. Entramos no vôo, apertamos o cinto e viajamos por um dia...

Um dia depois dentro de um avião...

Cheguei no aeroporto, me despedi da Lauria, que era o nome da menina que eu havia conhecido. E avistei duas pessoas que eu já conhecia mas não sabia de onde.

Três segundo depois eu me lembrei de onde...

E sim de uma foto do email... Eram meus pais da Suíça.

Kemilla e Rojer.

Eles me abraçaram e no caminho fomos conversando sobre a minha viagem, sobre meus irmãos, sobre tudo. Até que chegamos em casa.

Pensei comigo mesma:

“No final dá tudo certo.”

***