Uma Viagem...uma Nova Vida.... escrita por my world
Quando chegámos ao quarto de Max ele estava sentado numa poltrona. Tinha Jay, Nathan e Tom ao lado como é obvio.
– Olá gente!- comprimentou Siva ao entrar á minha frente.
– Oi, tudo bem meu?- respondeu Max, depois olhando para mim acrescentou- já vi que trouxeste uma visita....
– Olá- disse eu sorrindo no final
– Olá pequena- disse-me Max de resposta
Depois todos decidiram sair, queriam que eu e Max falassemos sem eles por perto de maneira a termos mais privacidade.
Observavos eles a sairem e quando Nathan, que fora o último, fechou a porta eu olhei para Max.
– Como te sentes Grande?- perguntei.
– Eu acho que estou bem...mas eles insistem que eu tenho de ter cuidado, e tu?
– Eu estou bem...
– Olha...sobre...tu sabes, não te culpes por nada. Eu não me arrependi e faria tudo outra vez. Só quero que sigas em frente e o esqueças, pode ser mocinha?
– Não sei se consigo...- disse eu olhando pela janela.
– Fá-lo...por mim...
Aquilo fez-me ficar em silêncio, sentia que Max estava a olhar para a mim á espera de uma resposta mas os pensamentos estavam a mil á hora na minha cabeça. Por fim cheguei a uma conclusão.
– Não te prometo nada...mas vou tentar- disse virando-me para ele.
–Pelo menos sei que vais tentar...
Apenas sorri, escondendo a vontade de o abraçar. vê-lo naquele estado, embora estivesse igual para quem não soubesse de nada, estava a deixar-me demasiado sentimental.
– E a escola? Começa depois de amanhã...- Max interrompeu os meus pensamentos.
– Nem me tinha lembrado...- sorri lembrando-me de que o tinha esquecido
– Estás preparada?
– Para quê? Para estudar? Não sei...eu acho que sim.
– Tu és inteligente, e alguma coisa nós damos-te explicações de inglês- gozou-me ele pelo meu inglês não ser perfeito.
– Pois, tenho de o aperfeiçoar...- comentei
– Estás demasiado pensativa hoje. - disse-me ele.
– Não...porque perguntas?
– Estás aeria e além do mais nota-se que pensas em algo enquanto falas.
– Tens razão...Mas eu não quero falar....
– Como queiras. Agora anda cá.- disse-me fazendo gestos para que eu me sentasse no seu colo.
– De certeza?
– Sim, não tenho dores. E além do mais sempre quis dar colo a uma maninha.
Sentei-me no colo dele e ele deu-me um beijo na testa. Depois ficamos assim a olhar para lado nenhum envolvidos naquela mutua amizade.
– Gostas-te da casa?- perguntou-me.
– Sim, é um pouco interessante, então as revistas..- comentei rindo-me.
– Pois, vou dizer-lhes para terem mais cuidado...
– Até parece que tu não és como eles!- disse eu dando-lhe um soco bem leve no ombro.
– Até sou...mas isso não era para se dizer.- riu-se ele.
– Não precisam de mudar a vossa forma de ser. Sois rapazes eu entendo esse tipo de....necessidades?...- ri-me e depois continuei- eu sei que vou adorar viver convosco.
– Eu sei que vais pequena.
Depois ouvimos alguém a bater á porta e logo entrou. Era Jay.
– Sarah, Siva está a chamar-te. Disse que está na hora.
– Já vou. obrigado.- respondi.
Depois ele foi-se embora e eu tive de me despedir do Max.
– Vai lá Sarah. Voltas amanhã...- disse-me ele
– Amanhã não...- vendo a cara dele, expliquei- amanhã eu vou buscar os livros e o material escolar.
– Ah, sendo assim...mas depois eles ainda te trazem, eu quero-o.
– Ok Max. Eu virei...
Depois levantei-me do colo dele e abracei-o. Quando me ía a afastar ele disse: - Adoro-te pequena.- ao que eu respondi- Adoro-te Grande.- depois sorrimos um para o outro e eu saí.
Quando cheguei cá fora vi Tom e Jay a conversarem a um canto e Nathan a outro sozinho.Decidi ir ter com ele.
– Siva?- perguntei.
– Já foi para baixo. Disse que esperava por ti lá- disse ele distraído com o telemovel.
– Obrigado.- depois comecei a olhar em todas as direcções.
– Ainda aqui estás?- disse Tom vindo ter comigo.
– Ya, saí agora do quarto e sinceramente não faço a menor ideia de como se sai daqui- confessei.
– Anda, eu levo-te até á saida- Jay que tinha chegado ao meu lado direito ofereceu-se.
– Adoraria, obrigado.- agradeci.
Depois despedi-me com um beijo de Tom e Nathan. Quando ía a sair de perto deles Nathan chama-me e vem ate mim. Pegou no meu braço esquerdo e colocou-me o seu relógio ao lado do meu.
– Quando chegares a casa, guarda-o por favor.- disse-me.
Apenas disse que o faria e então Jay conduziu-me á saida, que era um piso abaixo. Pelo caminho não falamos nada de interessante, tentei saber o porquê da cor de quarto dele mas ele não me disse nada esclarecedor. Quando finalmente chegamos á saída vi que Siva estava encostado ao carro a falar ao telémovel.
– Obrigado Jay.
– De nada rapariga..
– Bem, encontramo-nos logo, ou hoje também ficas com Max?
– Não, eu e Nathan hoje vamos para casa.- esclareceu-me.
– Vou adorar ter-vos de companhia.
– Também nós.- disse ele dando-me um piscar de olhos bastante sedutor.
Depois ele abraçou-me. Um abraço como só ele mesmo sabe dar. E eu dirigi-me ao carro.
– Desculpa, reparei que estavas a meter conversa por eu estar a meio de um telefonema.- disse Siva abrindo-me a porta e não dando tempo de eu falar nada.
– Não tem mal. Só te quis dar privacidade- disse vendo Jay a desaparecer no interior das portas de entrada do hospital.
– Vamos para casa?- Siva estava contente.
– Claro.. queres ir a outro sitio?
– Por acaso, importas-te de ir jantar com a minha namorada?
– E servir de vela?- disse eu fazendo uma cara de desagrado.
– Não é para ser romântico mas sim para a conheceres.
– Bem, acho que pode ser. Mas podemos passar por casa? Queria falar com a Larah ainda hoje, desde que vim que ela não atende os meus telefonemas nem nada...esta seriamente zangada. - deixei escapar.
– Zangada? Então porquê?- perguntou-me com ar de quem gostava de ajudar.
– Oh, sabes como é...eu não a preparei para a despedida, sinceramente nem eu estava preparada...
– Ela não deve estar zangada mas sim triste, dependendo da pessoa esses sentimentos podem se confundir.- disse-me.
– Talvez tenhas razão...-suspirei
– Olha, liga pelo meu numero, ela irá atender por ser estranho e logo saberás como ela se sente em relação a esta distância...
– Obrigado.
O resto do caminho foi em silêncio.
Quando chegamos a casa eu fui para o meu quarto, preparar a roupa para o jantar e depois pedi a Siva o telémovel. Liguei mas mais uma vez ninguém atendeu. Depois decidi com o meu numero ligar para a casa dela e não para o seu telémovel.
Como ninguém atendeu Seev quis manter-me ocupada a ensinar-me a tocar viola. Aquilo era bastante divertido e sempre que eu errava numa nota ele não gozava, ria-se e dizia coisas como: "Não te preocupes, se me ouvisses quando estava a aprender hoje consideravas-te profissional" o que me fazia rir também.
No meio de todo o divertimento o meu telémovel tocou, atendi.
– Alô?- perguntei
– Olá Sarah, é a mãe da Lara.
– Ah sim.. como tem passado?- perguntei, falando em português e reparando que o Siva estava com uma cara super fofa a olhar para mim, e com um sorriso curioso.
– Bem, obrigado e tu?
– Sinceramente? Teria passado melhor se a Larah me falasse...- suspirei baixinho.
– A Larah está aqui, eu já a convenci a falar contigo. Bem, foi um prazer.- disse-me a senhora afastando-se do telefone.
– Olá.- ouvi a voz da Larah.
– Olá, obrigado por aceitares falar comigo- respondi, com as lágrimas a pedir para correr pelo meu rosto.
– Acho que já te fiz sofrer demais com este tempo em silêncio- foi a sua resposta
– Eu entendo... juro que entendo. Mas a verdade é que nem eu estava preparada para a despedida...
– Eu sei, agora entendo....olha eu estava de saída, mas podemos falar amanhã na web?
– Eu acho que sim...as minhas aulas começam amanhã- respondi.
– As minhas começam para a semana.. mas depois dizes-me algo por favor?
– Claro, eu mando sms.- respondi.
– Adoro-te parvinha.
– Também eu...também eu....
– Adeus Sarah.
– Adeus Larah.
Quando ela desligou a chamada corri para o colo de Siva e abracei-o com toda a força que naquele momento eu tinha...
– Tão? Porquê tanta alegria?- disse ele depois de se soltar dos meus braços
–EU E A LARA ESTAMOS BEM!!!- gritei correndo pelo pelo jardim...
– Boa, mas acalma-te pareces uma maluca fugida de um manicómio!
– Tens razão, desculpa- reconheci eu.
– Agora vai-te arranjar. Tens duas horas, tempo suficiente para mudares de roupa se precisares...
– Oh, és tão querido...- brinquei
– Eu sei que sim... Alguma coisa estou ali- respondeu-me apontando para uma pequena mesa com 2 cadeiras, ao lado de uma árvore gigantesca e da piscina.
– OK.
Depois subi cantanto "Glad You Came" o que o fez rir das minhas figuras, mas não me importei, estava feliz e as figurinhas tristes que fazia tinham vindo por acréscimo
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