Penny Jackson E O Vaso De Pandora escrita por Redbird


Capítulo 3
Mitologia ou realidade?


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo e espero que gostem. Esse é dedicado a LuhJackson pelos reviews lindos. Bjuus



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Sinto o cheiro de terra úmida, o barulho do vento nas folhas das árvores e a presença dos animais na floresta. Há uma luz e vindo da parte mais profunda e minha curiosidade me impele a ir verificar. Quando chego há uma fogueira e o calor penetra em cada parte da minha pele e é uma sensação tão boa.

– Olá filha de heróis.

Me viro e percebo uma menina de mais ou menos uns oito anos. Ela tem os cabelos ruivos, naturais, não como os meus, encaracolados e os olhos bem azuis. E um sorriso que me lembrava coisas boas como uma lareira em uma noite de natal, com a família toda reunida. Algo que eu nunca conheci.

–Quem é você?

–Sou Hestia, a deusa do lar.

Anui, sentido que tio Leo teria uma baita problema para pagar todas as prestações do hospício que ele teria que me internar.

–Você realmente é a cópia exata dos seus pais. Percy também teve sérios problemas em acreditar que eu era uma deusa.

Bom, pensei, o cara pelo menos ainda tinha alguma noção de realidade.

–Eu estou aqui para lhe avisar pequena heroína, lembre-se de quem é sua verdadeira família quando sua jornada começar.

–O que? Que jornada? Que tipo de aviso é esse. Minha única família é o tio Leo- E eu tinha tido Tia Thalia. Mas era doloroso demais pensar nela. Mesmo em sonho.

–Você vai descobrir minha pequena heroína. Mas lembre-se, o ressentimento não é um bom conselheiro. Você precisa aprender a perdoar. As coisas nem sempre são o que parecem.

E então assim como surgiu, a deusa sumiu. Percebi que a floresta também tinha ficado muito mais fria. Mas quando olhei em volta eu não estava mais na floresta. Estava em uma cabana velha. O lugar cheirava a mofo e coisa antiga. E eu não sei como explicar, mas senti algo como uma energia maléfica no local.

Uma mulher estava com um vaso na mão, em uma espécie de circulo. Ela parecia muito jovem. Mas estava falando em uma língua antiga. E não me pergunte como, mas consegui entender tudo.

– Que os mortos se levantem, o segredo dos deuses revelado seja. Nós que por anos nos escondemos, com a benção da discórdia libertos sejamos.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa a mulher jogou o vazo no chão o quebrando em pedacinhos. Senti medo, fúria, infelicidade todos esses sentimentos se apoderando de mim. Eu tentava gritar mas não conseguia. Senti minha pele queimando. Quando olhei no espelho no lugar dos meus olhos verdes eu vi um castanho ensandecido, todo ele tomado por fúria.

Me dirigi ao fogo que estava aceso dentro da pequena lareira e com apenas um movimento penetrei nele e deixei que as chamas queimassem tudo o que restava de mim.

Acordei gritando. Minha cabeça doía muito. A primeira coisa que percebi foi que eu deveria estar em uma espécie de enfermaria. Havia um homem do meu lado. O reconheci na hora. Era o homem que estava na escola quando desmaiei.

–Ai -disse minha cabeça estava fisgando demais.

–Tome, isso vai te ajudar- Disse o cara me passando o que achei que fosse suco de maçã. Mas assim que bebi senti o gosto do bolo de chocolate que Tio Leo fazia todos os meus aniversários.

–Caramba, o que é isso?

–Néctar. Você vai te ajudar a se recuperar mais rápido.

Bebi um longo gole e o desconhecido tirou o frasquinho de mim com uma cara assustada.

–Calma ai garota. Você pode morrer se beber demais. Deuses, você é tão parecida com Percy.

Aquilo estava começando a me irritar. Primeiro foram os monstros, depois a estranha menina do sonho e agora esse homem. Por que todos diziam que eu era parecida com esse tal de Percy? Se ele fosse realmente o meu pai eu não queria ser parecida com ele. Não quando ele me abandonou.

–Olha só. Eu não sei que lugar é esse. Sei que devo estar encrencada, mas eu não tive culpa de nada.

–Não se preocupe. Foram os monstros. Nós sabemos disso. Nós temos muita coisa para te explicar. Mas por enquanto, me diga, o quanto você sabe sobre mitologia grega?

–Mitologia grega? Bom, o suficiente para saber que Hera não era a mãe do Hércules como naquele desenho animado.

Bom isso era mentira. Eu era fascinada por tudo que dizia respeito a Grécia. Eu sabia inclusive o nome das nove musas de cor. Eu não era uma aluna ruim, pelo contrário, era uma das melhores. Só era um pouco inquieta.

–Ok, então você tem que entender que os deuses, tudo, mas tudo mesmo é real. E o monte Olimpo fica agora no Empire State. Você está aqui por que é descendente desses deuses. Você tem sangue divino Penélope.

–Primeiro não me chame de Penélope. Detesto esse nome. É Penny. Segundo, não acredito em nada do que você está dizendo. Isso é ridículo, não faz sentido.

– Ah é. Então como você explica o fato de ter sido seguida por monstros a vida inteira? E isso?

Então ele começou a tirar as calças. Entrei em pânico e comecei a gritar. Mas quando olhei para ele de novo no lugar das pernas tinham duas, ou meu deus, duas pernas de bode.

–Você é um sátiro?- Eu disse numa voz fininha, me controlando para não gritar.

–Sou sim. Você é como a sua mãe sabia. Ela foi a única que disse o nome da minha espécie corretamente. E ela só tinha sete anos.

–Grover! Eu já disse para você não ser tão abrupto nas suas explicações- Disse uma voz grave atrás de mim.- Bem vinda Penelo... Penny.

Quando me virei dou de cara com um homem que parece ter uns 40 anos. Ele está em uma cadeira de rodas. Não sei por que. Mas ele me passava uma sensação de segurança.

–Obrigada- Digo tentando me recompor- Mas alguém pode me explicar que lugar é esse e quem é você?

Eu sei, eu fui rude. Mas não me culpe. Era muita coisa para assimilar em um só dia.

–Eu sou Quiron criança. E seja bem vinda ao acampamento meio-sangue.



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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Bjuus



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