Penny Jackson E O Vaso De Pandora escrita por Redbird


Capítulo 25
A Deusa da discórdia me faz uma proposta


Notas iniciais do capítulo

Olá, olha eu aqui de novo. Espero que gostem desse capítulo. Boa leitura.



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Estou numa sala pequena, onde há apenas uma pintura exótica de Nero tocando sua lira enquanto Roma é incendiada. Percebo um homem extremamente parecido com o Imperador Romano sentado em uma escrivaninha, admirando o quadro. Há uma cicatriz recente em seu rosto e tenho que sorrir ao vê-la. Um dos capangas entra com um garoto da minha idade. O garoto é Dylan.

–Senhor- diz um dos capangas que eu me lembro se chamar Brutus- Um dos nossos informantes está aqui.

Octavian levanta os olhos para Dylan.

–Ah que bom que você conseguiu fugir antes de ser pego. Então, aqueles dois pestinhas conseguiram descobrir que você era o informante.

–É, eu sei senhor, aqueles dois podem ser extremamente irritantes e inconvenientes de vez em quando.

–De fato. Mas você pode me dizer como andam as coisas no acampamento? Você já foi substituído é claro, mas adoraria ouvir o que você tem a dizer.

– Sinto informar senhor. Mas a missão dos filhos dos heróis foi um sucesso. Penélope conseguiu voltar e entregar o vaso ao Olímpo. Mas pelo que sei, ela está indo para o mundo inferior tentar resgatar dois meio sangues.

–Típico. Mas não se preocupe. Se ela sobreviver ao ataque das Myrmecos, planejado pelo nosso novo espião no acampamento grego, teremos o cuidado de não deixar que ela sobreviva ao mundo inferior.

–Sim senhor.

– E é claro, enquanto Penélope se distrai no mundo inferior nos iremos atacar os dois acampamentos. Será tão bom finalmente colocar aqueles idiotas no lugar.

–Acalme-se Octavian! – diz uma voz sombria entrando na sala.

–Eris minha querida. Como você está?

Tive que parar um minuto para observar a figura de uma mulher com o cabelo curto e os olhos delineados de preto. Ela vestia uma Jaqueta de couro e usava jeans rasgado. Parecia uma deusa do Rock. Uma deusa do Rock muito má.

–Nós não devemos atacar os acampamentos ainda. Não é o que o chefe quer. Está muito cedo. Você precisa reorganizar as tropas. Além do mais a menina pode ser útil. Vamos esperar ela voltar de sua missão. Se ela não voltar, melhor. Estarão em Luto.

–Acredito que esteja enganada Eris. Ela não passa de uma garotinha boba. Boa em arranjar encrenca é verdade, mas sem muitos talentos. E acredito que se ela estivesse aqui diria como aqueles heróis patéticos “Eu nunca vou me juntar a vocês”

–Ah Octavian, você sempre se engana com as pessoas não é? Ela é poderosa. E sim, ela se juntará a nós. Ela vai estar conosco, assim que perceber que essa é a única chance de salvar o mundo Greco-romano e principalmente sua família.

Ela me olha intensamente de volta.

–Você tem uma escolha Penélope, Vamos dar a você um mês. Você ainda pode salvá-los. Mas só se nos ajudar a ter poder. Você descobrirá como. Use o presente de Sócrates. Ou, veja o que pode acontecer ao seu precioso mundo grego.

Assim que ela falou isso o sonho mudou. Eu estava numa Arena. Me senti congelar ao ver minha família presa. Meus pais, Tio Leo, Hazel, Frank, Piper e Jason estavam presos em uma espécie de jaula.

Do outro lado, meus amigos, Reyna, Thalia, e Nico lutavam com monstros sem sucesso. Eles iriam morrer em pouco tempo. Estavam todos sem os seus poderes, eu podia sentir isso. Olhei para cima e vi Octavian ladeado por Eris e o que pareciam ser fantasmas. Ele estava vestido como um imperador. Ele abaixou o polegar e num segundo a jaula onde eles estavam explodiu.

Gritei, assim como os outros. Mas ao olhar para trás percebi que eles também estavam presos. Novamente Octavian baixou o polegar.

– Minha vingança está completa agora.

Olho para Alex. Ele parece estar gritando meu nome. Tento correr em desespero mas antes que eu chegue lá eles somem.

–Não!!

Eris se vira para mim

–Você pode evitar isso, junte-se a nós. Você tem uma escolha, lembre-se Penélope.

Ela começa a repetir meu nome, mas a voz dela está ficando diferente, mais doce e começo a reconhecer ela.

–Penny, acorde.

Abro os olhos com um enorme esforço. Percebo que estou na enfermaria e sinto suspiros de alivio e olho para sala. Meus pais estão do meu lado, enquanto Piper tenta falar comigo. Sinto um arrepio passar pelo meu corpo vendo todos eles ali. Me lembro do sonho e começo a tremer.

–Penny, você está bem?- Pergunta minha mãe segurando a minha mão.

–Octavian... ele ... vai atacar os acampamentos... Em um mês... ele...

–Penny, está tudo bem. O que aconteceu? Nós só ouvimos os seus gritos, então quando chegamos lá, havia myrmecos sumindo e você estava desmaiada.

–Eu estava falando com Psique, ela me disse como encontrar o mundo inferior e o que eu teria que fazer, então ela sumiu... e as formigas apareceram. Elas eram muitas, então eu... eu não sabia o que fazer. Eu usei toda minha força então elas se foram.

–Ok, você está a salvo agora- diz meu pai me acalmando.

Lembrei-me do sonho e estremeci novamente. Eu não estava a salvo. Nem eles.

–Não! Octavian vai atacar os acampamentos. Ele está com Eris, eles tem um chefe. Eu não sei o quem é, mas vai ser terrível.

–Nós vamos nos preparar Penny, fique tranquila.

–Huum pessoal, receio que vocês precisem sair agora. O tumulto aqui na enfermaria já está chamando atenção de todos. Penny é melhor você descansar. Não esqueça que terá uma grande missão daqui a dois dias- diz Quiron entrando com a cadeira de rodas na enfermaria.

Eles se retiram. Todos dão sorrisos para mim. Alex me olha como se soubesse que estou escondendo algo, então eu desvio o olhar. Tio Leo faz firulas com as mãos como se estivesse segurando uma arma e dispara sua 38 imaginária em mim. Sou obrigada a rir. Meus pais ficam na sala.

–Ué, vocês não tem que sair?

–Eu não vou sair daqui. Vai que formigas querem atacar minha filha de novo? E se um garoto com más intenções entra pela janela?

–Percy!- ralha minha mãe, mas percebo por sua expressão que ela está morrendo de vontade de rir.

–Vocês são estranhos sabiam? – pergunto rindo.

–É de família- diz meu pai me fazendo rir.

Demoro um pouco para dormir. Ficamos ali conversando. Como se nunca tivéssemos sido separados. Era fácil ficar com eles, de um jeito que eu nunca imaginei que seria. Acabei descobrindo coisas interessantes sobre eles. Eles se casaram em janeiro, já que entre os gregos esse é um mês considerado favorável para se casar. Meu pai morre de medo da minha avó (Não o culpo, Atena pode ser osso duro, por isso é minha avó, oras).

Já minha mãe tem uma queda por filmes antigos. E quando nós começamos a falar sobre livros meu pai ficou nos olhando como se estivesse ouvindo alguém falar em uma língua desconhecida. Eu e minha mãe tínhamos um gosto extremamente parecido. É claro que ela ficou decepcionada quando eu disse que não entendia muita coisa de arquitetura. Meu pai começou a rir da cara dela.

–Eu disse que ela ia fazer biologia marinha como eu.

–Não, eu vou estudar filosofia e cultura clássica.

Agora é a vez da minha mãe rir da cara do meu pai.

E sem perceber adormeço, como se estivesse sendo embalada por uma cantiga de ninar. Por incrível que pareça, me sentindo mais segura do que já estive em toda minha vida.


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No outro dia acordo melhor. Ainda pensando nos pesadelos e nos misteriosos avisos de Eris. Vejo que tem alguém sentado do meu lado.

–Ah que bom dorminhoca. Bom dia-Alex diz sorrindo.

–Oi, o que você está fazendo aqui?

–Geralmente as pessoas educadas dizem bom dia

–Bom dia. O que você está fazendo aqui?

– Eu vim ver como você estava e também conversar. Penny, eu sei que você está escondendo algo. O que você viu no seu sonho?

Fico olhando para ele, revendo a cena em que ele simplesmente desaparece no meu sonho. Estremeço. Mas ainda assim sou teimosa o suficiente para dizer.

–Por que você se importa?

– Penny, você precisa me contar.

–Não, eu não estou escondendo nada. E mesmo que estivesse, não seria da sua conta

–É claro que seria.

– Não vejo como.

– Esse acampamento é meu lar também. E se for algo sobre você se machucando eu...

– Por que você se importa?

–Penny não me diga que é por causa da Petúnia? Eu juro, não temos nada. Quer dizer, eu estou muito confuso no momento, mas ela e eu não temos nada.

–Sinceramente Alex, tenho coisas mais importantes com que me preocupar do que com seus namoricos. Eu entendo, tudo bem. Você estava carente, eu também. Ok. Passou. Foi só um beijo e nada mais- digo repetindo um discurso idiota de um filme bobo que tinha visto com Tio Leo.

– Isso não é verdade. Penny, você não pode acreditar que aquele beijo não significou nada.

–Bom, é meio obvio não? Afinal, dois dias depois você já está atracado com a fulaninha lá.

–Penny você não entende!

– O que eu não entendo Alex? Que ela é linda? Que ela é doce como todo homem sonha? Que ela é importante? Inteligente e segura de si? Que vocês tem uma história? E que provavelmente eu não sou nem a metade do que ela é?

Alex fica parado me olhando. E percebo pelo olhar dele que tudo isso é verdade.

–Viu, você nem nega. Eu sinceramente não me importo Alex. Agora, dá próxima vez, por favor, não tente me usar como estepe.

–Penny, eu..- Ele tenta falar mas não deixo

– Tchau Alex, vou para meu chalé me arrumar.

Saio antes que ele consiga dizer mais alguma coisa. Não sem antes perceber a expressão desolada de Alex.

No meio do caminho escuto ele gritar:

–Ok Penélope, mas eu vou descobrir o que você está escondendo, custe o que custar.




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Notas finais do capítulo

Here we go....Não esqueçam de me dizer o que acharam. Beijos!!!!



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