Penny Jackson E O Vaso De Pandora escrita por Redbird


Capítulo 19
O plano de Alex funciona...quase.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, mais um capitulo espero que gostem. Obrigada pelos reviews gente. Adoro saber o que vocês estão achando da história. Enfim.. enjoy it.



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Para falar a verdade o plano de Alex era muito bom. Envolvia alguns riscos é claro, mas era em sua grande parte...brilhante. E eu tinha de admitir, estava morrendo de raiva por isso. E é claro o romano sabia. Depois que ele nos contou o plano que tinha bolado, e depois que eu ajudei com algumas ideias, evitamos falar um com o outro.

A primeira parte do plano envolvia o interrogatório de Pandora. A garota iria afirmar finalmente cooperar com os Menelaus. Quando a menina fosse levada para ser interrogada eu emprestaria meu boné para Mirna que, usando da invisibilidade, iria deixar as coisas um pouco quentes.

Depois com a confusão causada com o incêndio, nos resgataríamos a família de Pandora e fugiríamos levando o vaso para o Monte Olimpo. Simples, rápido e eficiente. Mas é claro, os planos de semideuses geralmente não funcionam como o planejado.

Assim que os guardas chegaram para levar Pandora, Mirna esperou um tempo para ser vista e colocou o boné. Não sabíamos como, mas assim que a porta improvisada da tenda foi fechada, de alguma forma ou outra sabíamos que ela tinha conseguido sair.

Dez minutos. Esse era o tempo que Mirna iria esperar para começar a incendiar as tendas. Asseguramos-nos de que ninguém seria ferido desnecessariamente. É claro que isso foi ideia de Alex, por mim, o acampamento dos Menelaus poderia queimar inteirinho. Eu sei, não é uma coisa legal de se dizer.

Assim que ouvimos o grito soubemos que o plano estava dando certo. Mirna nocauteou os dois guardas da entrada ainda invisível e abriu a porta para que saíssemos. Havia uma confusão terrível do lado de fora. Guardas tentando apagar o incêndio, uns gritando com os outros.

–Eu sabia. Foi um romano eu tenho certeza- disse um dos Menelaus que parecia ser grego.

–Claro né, sempre a culpa é nossa. Eu sei que foram vocês seus gregos. Não conseguem fazer nada direito- disse um dos ex-campistas do Acampamento Júpiter.

Os dois homens começaram a brigar. E eles não eram exceção. Em todo lugar para que eu olhava haviam brigas, fogo e confusão. Nesse momento percebi que todos eles tinham a tatuagem de um pomo de ouro no pulso.

–Vão resgatar a família da Pandora, eu vou pegar o vaso- disse indo em direção à tenda principal.

Tales, Lara e Mirna imediatamente se viram para onde Pandora disse que sua família estava. Alex, no entanto, resolve me seguir. Ótimo ele sabe que eu não vou discutir agora por que não temos tempo. Por que afinal de contas, ele não pode ser disciplinado como um soldado romano? Eu o olho de cara feia. Ele sorri.

–Se você pular de um trem eu vou junto, já disse.

Me limito a rolar os olhos. Chegamos à tenda e começo a ouvir os gritos de Pandora. Alex faz menção de entrar, mas seguro o braço dele.

– Ainda não. Precisamos ter certeza de que ela está com o vaso. Temos que agir com cautela.

Ele ergue uma sobrancelha.

–Cautela Penny? Você?

Dou o meu pior olhar assassino. Isso funciona por que ele se encolhe na hora. Acho que o olhar maligno foi algo que herdei da minha mãe e aperfeiçoei com tia Thalia. Prestamos atenção nas vozes.

–Então Pandora, você vai abrir o vaso ou não? Lembre-se, sua família pode virar pó. Ter uma viagem com tudo pago só de ida para o mundo inferior.

–Eu ... vou... abrir... por favor, não façam nada com eles.

A voz de Pandora estava tão fininha. Acho que nunca senti tanta pena de alguém como naquele momento.

–Ótimo, perfeito. Kamily traga o vaso.

Olhei mais para dentro e uma Equidna, uma mulher com pernas de cobra, estava andando bem feliz em direção ao vaso. Estremeci. Se os Menelaus contavam com monstros como esses, eles estavam ficando cada vez mais perigosos.

– Vamos Pandorinha, abra o vaso- Kamily estava a beira de soltar gritinhos de felicidade.

–Mas afinal de contas que barulheira é essa lá fora? – Perguntou Octavian- Brutos, vá ver o que está acontecendo.

Pandora pegou o vaso. Eu olhei para Alex ele entendeu. Assim que Brutos botou o pé para fora, Alex deu com o cabo da espada no seu estômago o que fez com que o soldado caísse no chão gemendo. Aproveitamos e atacamos.

Enquanto Alex cuidava de alguns monstros, eu parti para cima de Octavian. O acertei com um soco que o deixou um pouco tonto. Logo ele se recuperou e começamos a lutar com nossas espadas.

Lutar com Octavian foi duro. Quem diria que o cara dos ursinhos era bom em combate? Ele era bem mais experiente que eu, bem melhor treinado. E não era tão velho para ter perdido sua agilidade. Ele usava bem sua faca. E na primeira vez que me distrai, olhando para o lado para ver se Alex estava bem (ele estava envolvido no que parecia ser uma luta de judô com uma dracaenae) acabei com um corte no braço esquerdo.

–Você é tão boba Penny, tão parecida com seus pais. Mas infelizmente você não é tão talentosa garota – diz Octavian me acertando no queixo com o cabo da sua faca. Eu cambaleio um pouco- Eu vi o jeito que você olha para o garoto. Você não vai conseguir salvá-lo.

Não sei se é a raiva. Mas parto para cima dele, conseguindo lhe dar um corte no rosto. Ele parece enraivecido. Isso vai dar uma baita cicatriz. Aproveito seu momento de hesitação e lhe dou uma estocada no estômago. Ele fica sem ar e cai inconsciente no chão.

Corro para onde Alex está. Pandora está lutando com uma das Equidnas, enquanto Alex já está lutando com outra dracaenae. Gelo ao perceber que outra dracaenae está vindo para lhe dar um golpe por trás. Sem pensar, atiro contracorrente que para bem na garganta do monstro. Alex me olha espantado, mas continua prestando atenção na sua luta e acaba com um golpe certeiro no peito do monstro.

Alex pega a mão de Pandora e eu agarro o vaso que estava caído no chão.  Antes que eu possa sair da tenda escuto Octavian.

–Você não pode salvá-los Penny, não a todos. Você ainda vai voltar para os Menelaus.

Tenho vontade de gritar com ele, mas eu sei que isso é perda de tempo então apenas sigo os outros. Saímos correndo em direção aos nossos amigos. Eles já estão saindo do acampamento com a família de Pandora. Tales tem cinco pégasos com ele, provavelmente roubados dos Menelaus.

–Mãe, mãe- Pandora corre para uma mulher que era extremamente parecida com ela- Você está bem?

–Estou sim minha filha. Estou sim.

E a menina começa a abraçar a mãe e todo o resto da sua família.

De repente fogos começam a cair do cêu e percebo que Octavian tinha seu próprio arsenal de monstros realmente estranhos. Várias mulheres com corpo de dragão, a cabeça de mulher e cabelos de serpente estavam atirando fogo grego bem em cima de nós.

Campes– Lara gritou

–Droga, temos que sair daqui rápido –digo.

–Penny eu as garotas vamos cuidar de Pandora. Vá com Alex e devolva o vaso para o Olimpo- diz Tales.

–Não, eu não vou deixar vocês aqui.

–Penny é o único jeito. Pegue um dos pégasos. Nos viramos com esses quatro.

–Tales...

– Penny, ele tem razão. Vamos, não podemos ficar aqui. As Campes estão ficando cada vez mais furiosas.

Sem esperar minha resposta Alex me puxa e me coloca em cima de um dos pégasos. Ele dá um impulso e saímos voando. Começo a gritar para voltar, meus amigos estão lá embaixo. A voz de Octavian ecoa na minha cabeça “Você não poderá salvá-los, não a todos”.

–Eles vão ficar bem- diz Alex- Eles vão ficar bem.

Sem pensar, me encosto no peito dele e fecho meus olhos. A outra opção é chorar. Não posso chorar, não agora. Então eu adormeço.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :).
Beijoos



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