Penny Jackson E O Vaso De Pandora escrita por Redbird


Capítulo 15
A vida nada fácil de um meio-sangue


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Espero que novamente me perdoem a demora e me desculpem por não responder os reviews. Estou lendo a Marca de Atena e voltei a ter inspiração. Ah quero pedir desculpa se alguém não leu a série e acabei soltando spoiler, mas enfim... é inevitável. Mas nem esquentem, a maioria das coisas saíram da minha mente doentia ahaha. Bom aproveitem...



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Acordo com um gosto amargo na boca e minha cabeça girando. Mas uma coisa é certa, pelo menos, dessa vez, eu não tive pesadelos.

–Pessoal ela acordou!- escuto a Voz de Mirna.

–Graças aos Deuses- diz Lara correndo para onde estou deitada- Essa foi por pouco. Você poderia estar no mundo inferior à uma hora dessas.

–Lara, deixa ela respirar, por favor- Diz Tales.

–Ei – diz Alex do meu lado- como você está se sentindo?

– Como se uma bomba estivesse explodindo na minha cabeça- digo tentando focar a visão.

–Ótimo! Isso é completamente normal para um semideus, então você está perfeitamente bem.

Eu dou um tapa em seu braço, o que só faz com que ele ria ainda mais. Então me lembro que não sei por quanto tempo fiquei deitada e que temos uma missão para cumprir.

–Pessoal, por quanto tempo fiquei apagada?

–Hum, um dia e meio- Diz Mirna me olhando preocupada.

– O que? Essa hora já deveríamos estar em Quebec.

Os quatro me olham preocupados. Sei que a culpa de estarmos atrasados é minha. Eu tive a ideia de distrair a Quimera. Além disso, se não completarmos a missão em 5 dias nunca chegaremos na reunião do solstício de verão dos deuses e não conseguiremos salvar Nina.

– Bom vamos lá. Temos que achar algum transporte que nos leve para Quebec- digo levantando, sem me importar com minha fraqueza.

Eles trocam olhares como se dissessem “Ok, ela está louca, mas vamos segui-la mesmo assim” e começam a pegar suas coisas. Mas antes que possamos sair dali, uma voz chama o nome de Tales. É impressão minha ou a voz vem de uma poça d’água?

–Hum, Tales, a poça d’água está falando com você- digo apontando o montinho de água perto de mim.

Me aproximo mais e percebo que é a mesma mulher que veio se despedir de Tales quando partimos em missão.

–Mãe?- pergunta ele para o pequeno montinho. Ah sim, isso é a tal mensagem de Iris que meu pai falou.

–Oi querido. Como estão as coisas por ai?

– Hum, estão bem. Até agora só fomos atacados por uma górgona, pela Quimera e quase incendiamos um trem. Está tudo indo uma maravilha.

É, eu gosto do sarcasmo quando vejo um. Hazel não parece abalada.

–Bom, podia ser pior. O importante é que vocês estão bem. Tenham cuidado, cinco semideuses chamam muita atenção.

–Pode deixar- diz Tales um pouco mais relaxado.

–Meninos soubemos dos Menelaus. Por favor, tenham cuidado com eles.

–Atena nos avisou- digo observando atentamente Hazel.

–Atena? Isso não é bom. Quando um deus visita semideuses em missão nunca é um bom sinal.

Apesar de o que ela disse me deixar ainda mais para baixo, não a critico e nem falo nada. De alguma forma sei que ela está genuinamente preocupada conosco. O mesmo pensamento parece atravessar a mente dos meus companheiros de missão porque ninguém fala nada.

– Bom, tenho que ir. As coisas nos dois acampamentos não estão nada fáceis. Parece que temos espiões. Tchau querido. Alex e Penny seus pais também mandaram lembranças. Tenham cuidado meninos.

–Espiões?- Pergunta Lara- Como?

–Não faço ideia. Mas temos problemas maiores para nos preocuparmos agora. Vamos?- falo tentando não pensar muito no que Hazel disse.

Percebo que Tales ainda está com uma expressão dura. Não deve ser fácil para ele conversar com a mãe. Continuamos na estrada até chegar em uma pequena estação de ônibus. Eu tinha medo que algo fosse nos atacar enquanto estivéssemos viajando. Sinceramente, eu já estava ficando acostumada com isso, mas não tínhamos opções. Eu já tinha entendido que para semideuses não há lugar seguro.

Compramos a passagem e sentamos em um banco esperando o ônibus chegar. Pelos meus cálculos, ainda temos três horas até Quebec. A conversa com Hazel ainda estava na minha cabeça. Então aproveitei para fazer uma pergunta que há muito tempo estava me deixando curiosa.

–Hum, garotos, eu sei que eu deveria ter feito essa pergunta antes, mas, por que exatamente os sete heróis não puderam ficar com os filhos?

Tales e Alex se entreolham, Lara e Mirna de repente acharam a vista da rodoviária muito atraente.

–Bom, é por causa de uma profecia – diz Alex- Na verdade nenhum deles gosta de falar disso, nem Quiron. Mas pelo que sei, ali está escrito que as crianças não estariam seguras no mundo meio- sangue. Também são mencionadas coisas como uma morte dolorosa, guerra entre os acampamentos e outros detalhes que fazem até as parcas chorarem de medo.

–E qual é essa profecia?-pergunto interessada.

– Algo como o sangue dos inimigos derramado, como um último sacrifício final. Mas nenhum de nós sabe. Pelo que sei, esse é um segredo muito bem guardado pelos sete- diz Tales sombriamente.  

Um gosto metálico invade minha boca. Morte lenta dolorosa, profecias, por que tudo no mundo meio-sangue tem que ser tão macabro?

O ônibus chega e entramos rapidamente. Alex faz questão de sentar do meu lado. O olho desconfiada.

–É para ter certeza que você não vai fazer nenhuma loucura dessa vez- Ele apenas se ajeita na cadeira e parece bem confortável - E no caso de pensar em pular de um ônibus em movimento, é bom me avisar por que vou com você.

O olho envergonhada. Era obvio que ele estava com me culpando pelo atraso. Ele achou que eu tivesse me esquecido da promessa de tentar salvar Nina.

–Olha Alex me desculpa. Eu sei que fui burra. Não deveria ter nos atrasado.

Ele levanta uma sobrancelha para mim.

–Você acha que eu estou falando isso por causa da missão? Penny, enquanto você corria perigo de vida eu..

Mas ele é interrompido por Mirna.

– Pessoal acho bom vocês verem isso.

Olho para janela onde ela está apontando. Dá para ver alguns monstros andando. De todos os tipos, dracnaes, fúrias, ciclopes. Não pensei que pudessem existir monstros desse tipo no Canadá.

–Para onde eles estão indo? Eles parecem andar numa direção certa- observo.

– Acho que para o acampamento dos Menelaus- diz Alex.

–Será que eles conseguem sentir nosso cheiro? Será que há algum no ônibus?- Pergunta Tales olhando para os lados.

–Acho que não. Mas vamos tentar ser os mais discretos o possível- Digo.

Eles assentem e voltam a se sentar.

–Então, o que há entre você e os Menelaus? – Eu sei que esse é um assunto doloroso para ele, mas mesmo assim não estou me aguentando de curiosidade.

–Penny eu sou o que eles mais odeiam. Para eles sou uma aberração, alguém que nunca deveria ter nascido. Um mestiço Greco-romano. Para eles, eu sou uma ofensa.

–Alex isso é estupidez, você não é uma ofensa, quer dizer, de vez em quando você até que é irritante, mas pode ser bem charmoso quando quer.

Ele me olha com um sorrisinho vitorioso.

–Ei, eu não quis dizer desse jeito – digo sentindo minhas bochechas esquentarem- Além do mais como você conheceu eles?

– Foi há alguns meses. Estava fugindo do acampamento Romano. Quer dizer, eu não odiava o acampamento Júpiter, até tinha alguns amigos lá, mas a verdade é que a maioria deles me via como “o grego”- Parecia que era a primeira vez que ele falava tão abertamente sobre vida, então procurei não interromper- Eu vivi lá desde os oito anos, quando minha tia Reyna resolveu voltar a morar lá. Foi ela quem me criou. Eles sempre davam um jeito de lutar comigo nos treinamentos, só que nunca lutavam limpo. Nenhuma das legiões me aceitou. Então eu finalmente decidi que era hora de ganhar algum respeito próprio e fugir.

–Sinto muito Alex. Como você foi pego pelos Menelaus?

–Eu estava quase chegando no acampamento quando eles me encontraram. Me prenderam em uma cela em que não podia falar com ninguém, mas havia mais cinco prisioneiros comigo. Um deles era a Nina. Um dia um dos guardas veio nos dar comida e eu consegui convencê-lo a nos deixar sair. Os outros voltaram para o acampamento Júpiter, eu decidi levar Nina para o grego, onde era o lugar dela.

– Tenho que admitir, você foi brilhante.

– Impressionada?- ele me lança aquele olhar de “Eu estou jogando o charme para você, vamos lá se apaixone por mim”. Eu rio da cara dele.

–Você é bobo Alex. Aliás, o que você estava querendo me dizer quando a Mirna veio aqui?

Ele apenas me dá um sorriso e vira para o lado para dormir.

–Nada demais, boa noite Domadora.

Ele vira para o lado e quase instantaneamente adormece. Infelizmente eu tenho dificuldade de dormir e fico ali, nervosa, esperando um monstro atacar a qualquer momento. Depois de uma eternidade chegamos a Quebec.

Assim que chego percebo uma cidade linda. Quase uma Paris no meio da América do Norte.

–E agora?- Pergunta Lara.

–Agora, vamos procurar o sinal de Atena. Vamos lá pessoal, temos um vaso para recuperar.



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Notas finais do capítulo

E ai? gostaram? Não esqueçam de me dizer o que acharam hein? Faz um bem danado para a história. Bjuuuus Espero que tenham curtido.



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