Penny Jackson E O Vaso De Pandora escrita por Redbird


Capítulo 10
Eu ganho presentes dos meus pais


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. Espero que gostem. Afrodite ataca novamente ehehehe



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Percy e Annabeth me observam um pouco cautelosos antes de começarem a falar.

– Penny eu sei que é muita coisa para assimilar nesses últimos dias, mas você tem se saído realmente muito bem.

– É, o que foi aquilo com a água, muito legal e...

–Percy!- Annabeth dá um leve tapa no braço do marido.

–O que é? Não posso elogiar minha filha?

– O que seu pai quer dizer Penélope

–Penny -Digo revirando os olhos.

–Ok, teremos que conversar sobre isso depois, mas enfim, Penny, o que seu pai quer dizer é que estamos muito orgulhosos.

–Ah- digo involuntariamente corando, vamos combinar, eu não estava acostumada a ser elogiada-Obrigada.

–Agora, o que queremos dizer é que você vai ter que tomar muito cuidado nessa missão- Diz Annabeth visivelmente preocupada – Achamos que a última parte da profecia se refere a você.

– É, infelizmente eu também estou achando- Eu não queria admitir mas essa era a parte da profecia que mais me preocupava.

–Então seja muito cuidadosa. Não confie nos seus olhos, nem em nada que pareça ser bom demais para ser verdade, apenas nos seus instintos – Diz Annabeth.

– Seja cuidadosa com as mensagens de Iris. Às vezes os monstros podem interceptar facilmente elas- diz Percy sério.

–Não esqueça, nunca, mas nunca mesmo, se separe dos seus companheiros de missão- Diz Annabeth.

–Você é neta de Poseidon evite o ar. Se for viajar o melhor caminho é pela água- Percy me instrui.

– E principalmente é bom tomar cuidado redobrado quando estiver perto de mortais. Os monstros não se preocupam em matar pessoas inocentes e costumam atacar em locais com bastante mortais por perto. Isso pode te trazer muita encrenca no mundo mortal - Aconselha Annabeth.

Era primeira vez que nos tínhamos um diálogo. E aqui estavam eles, me aconselhando. Eu sabia que eram conselhos preciosos, afinal eles eram os maiores heróis do olimpo, mas secretamente eu não pensava nisso. Era como se estivesse indo viajar e meus pais estivessem me dando os últimos conselhos. “Não esqueça o casaco”, “Não fale com nenhum estranho”. Eu sinceramente não sabia se amava ou odiava isso.

–Ok, ok. Esperem. Não se preocupem. Eu já entendi tudo direitinho. Então posso ir agora?

–Penny, antes de você ir, preciso lhe dar uma coisa. Acho que você merece.

Percy colocou a mão no bolso e me atirou uma caneta.

–Ou legal. Agora eu vou poder furar os olhos dos monstros com essa caneta- Digo sarcástica.

–Penny essa não é uma caneta comum. Tire a tampa.

Assim que eu tiro ela vira uma espada. E quando eu digo espada, quero dizer “A” espada.

–Uoou!!- Agora eu realmente estou surpresa- Nossa essa espada é...

– Maravilhosa- Percy completa sorrindo- Eu sei. O nome dela é Anaklusmos

–Contracorrente- Espere, como eu sabia o que significa essa palavra?

–Use-a bem. Mate alguns monstros por mim- Diz Percy piscando cúmplice para mim.

– Penny, eu também quero que fique com algo. É um presente que sua avó meu deu um pouco antes de conhecer seu pai.

Ela me entrega um boné dos Yankess. Não sei para que ele servirá, mas assim que coloco no cabeça e olho o resto do meu corpo percebo que ele sumiu.

–Uaaaaau! Agora eu tenho minha própria capa da invisibilidade. Toma essa Harry Potter!- Digo feliz- Obrigada. Esses presentes vão ser realmente úteis.

–É o que esperamos Penny- Diz Percy me dando um olhar estranho.

Então antes que eu diga qualquer coisa, Annabeth me abraça

–Fique segura está bem? – Ele me diz com a voz embargada- Vamos ficar aqui no acampamento caso você precise de nós.

Percy também me abraça.

–Confiamos em você Penny – Percy me olha nos olhos- Eu sei que você não acredita. Mas sempre quisemos ficar com você. Espero que um dia você consiga entender isso.

A única coisa que faço é assentir. Estou um pouco tonta. Esses três dias foram demais. E agora eu finalmente estou conversando com meus pais.

–Hum, obrigada. Eu preciso ir. Vejo vocês amanhã- Digo o mais firme que posso.

Sai antes que as lágrimas me viessem aos olhos. Eu não sabia como reagir a tudo isso. Para falar a verdade nem o que sentir. Eu sempre achei que eles tinham me abandonado. Meio que aprendi a odiá-los. Mas hoje, hoje foi como se eles realmente se importassem comigo. E uma parte de mim acreditava realmente nisso. Mas havia outra que me dizia que eu não deveria confiar tanto assim. Eles foram embora uma vez, podem ir de novo.

Eu comecei a chorar copiosamente. Lembrei-me de Tia Thalia. Como eu queria que ela estivesse aqui. Eu ia falar com Tio Leo. Mas decidi que também não queria que ele me visse naquele estado, não seria justo com ele. Então fui para a floresta.

Eu sei, não era um lugar seguro. Mas era onde eu poderia ficar sozinha. Eu precisava chorar e não queria que ninguém me visse fazendo isso. Aprendi isso da maneira difícil. Deixar que alguém te veja chorando é a maior prova de fraqueza. E aqui eu não posso ser fraca.

Fui para perto da clareira e do lago, onde eu havia encontrado Alex e Nina. Fiquei ali sentando em uma pedra esperando me acalmar. Mas antes que eu pudesse parar de chorar ou sequer esconder as lágrimas alguém aparece do nada.

– Penny- A voz de Alex parece preocupada. Não parece nada com o garoto convencido que estava na reunião do conselho do acampamento esta tarde.

– O que você está fazendo aqui? – Pergunto com um pouco de raiva. A última pessoa que eu queria que me visse nesse estado era ele- Se você veio me zoar, ou falar sobre a missão eu não estou com cabeça agora.

– Penny eu não vim fazer nenhuma dessas coisas. Por que você é tão desconfiada?

– Então o que veio fazer aqui?

–Vim ver como você estava. Eu estava na arena e vi você passando. Percebi que estava chorando, então te segui. Eu, queria, eu ...

Ele não sabe o que dizer.

– O que você queria Alex? – Pergunto entre as lágrimas.

–Eu, eu só queria ver se você estava bem, sei lá.

– Obrigado agora pode ir.

– Penny

–Já chega Alex. Pode voltar para sua vida perfeita. O queridinho dos dois acampamentos, o filho de heróis. Aposto que você vai contar para todo mundo que a Penny é uma fraca, uma bebezinha chorona.

–Penny- diz ele agora com uma voz dura- olhe para mim- Ele puxa meu queixo e me olha nos olhos- Eu nunca tive a vida perfeita. Mal consigo falar com meus pais, eu fui rejeitado no acampamento romano por ser metade grego. Me obriguei a ser o melhor para que os outros me deixassem em paz. Eu Fugi de lá e quando cheguei aqui me obriguei a ser perfeito também, para que pudesse ter algum respeito. E aquilo que você fez, quando cheguei,ninguém nunca me protegeu daquela forma. Nem meus pais.

–Alex isso é verdade? – Pergunto e quando o encaro sei que ele é extremamente sincero.

–Sim, mas não me importo mais. Mas e você- ele pergunta enxugando uma lágrima dos meus olhos- Por que você está assim?

–Eu não quero que você me veja chorando- digo o afastanto por que ainda não confio totalmente nele.

–Penny isso é estupidez sabia. Chorar não te faz fraca. Vamos, o que aconteceu? Seja o que for você é forte. Vai ficar bem

Eu o encaro. Ele me olha intensamente de volta. De repente ele abre os braços e antes que eu perceba estou aninhada neles chorando como uma criança. Nem sei por quanto tempo ficamos assim. Mas estava tão bom. Pela primeira eu admiti em voz alta a falta que sentia dos meus pais e como esses dias tinham sido difíceis para mim. Depois de um tempo acabei adormecendo. Acho que fazia tanto tempo que não me sentia tão segura assim.

–Ei- diz Alex me acordando delicadamente- Temos que voltar antes que as Harpias venham.

E então seguimos de volta para os dormitórios. Incrivelmente de mãos dadas. Eu realmente não sei o que acontece entre nós por que, numa hora estamos tentando nos matar, na outra estamos nos consolando e voltando de mãos dadas para nossos dormitórios.

Alex me deixa na porta do dormitório de Hermes.

–Então- diz ele meio corado- Boa noite. Amanhã teremos um dia cheio.

–Boa noite- minha voz soa um pouco estranha.

Antes que ele se vá no entanto eu seguro a mão dele

–Obrigada- digo.

Ele sorri e me dá um abraço.

–Nada mal para um primeiro encontro- diz ele com um sorriso maroto

Eu o olho mal humorada.

– Brincadeira. Amigos? – Ele me estende a mão.

Eu a pego instantaneamente. Agora somos parceiros de missão, e depois do que aconteceu hoje, agora também somos amigos. E eu não sei por que, mas estou sorrindo enquanto observo Alex se afastar para seu dormitório.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Abraços e não esqueçam de me dizer o que acharam da fic. Abraços



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