You make my heart race! escrita por Nandychan


Capítulo 2
Encontros estranhos.


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meus queridos lindos e sensuais!
Nem acreditei quando ví que tinha conseguido reviews no primeiro capítulo!
Muuuuuuuuuuuuuuito obrigada por tudo e por terem me feito uma autora mais feliz! *-*
Vou atualizar essa história o mais constante possível porque vocês me incentivaram.
Ah, tenho que me desculpar para os fãs de Larry... Larry vai demorar um pouco... Claro que vão ter coisas sutis que sugerem algumas coisas, mas vai demorar...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/259630/chapter/2

POV: Niall


                Primeiro dia de aula do terceiro ano. Minha mente estava confusa e minhas mãos tremiam constantemente. Eu nem mesmo conseguia pensar em nada, pois ao mesmo tempo estava pensando em tudo e isso confundia constantemente minha mente. Eu estava com aquele uniforme estranho que só deveria ser usado em cerimônias especiais e não conseguia me sentir confortável.


                Eu não estou no meu país e ainda estou vestido como um palhaço.


                Passei as mãos pelos meus cabelos que estavam duros e levemente umedecidos graças a grande quantidade de gel que eu tinha passado. Mesmo não conseguindo vê-lo, eu sabia que eles estavam ainda mais loiros que o natural. Eu tinha tingido ele inteiro há pouco tempo como uma forma de pagar a promessa que eu tinha feito. Se eu conseguisse me mudar para Londres, pintaria os cabelos de loiro.


                Eu estava começando a me arrepender de estar ali. Eu gostava da Irlanda, na verdade, eu a amava, mas eu precisava de uma experiência nova e longe dos meus pais. Eu precisava de mais liberdade e queria viver enquanto ainda sou jovem.


                Meus pais tinham me dado uma belíssima rasteira.


                Em vez de deixar que eu me mudasse para um apartamento em Londres e vivesse minha vida como eu queria, tinham feito minha transferência para um colégio interno. E o pior: UM COLÉGIO INTERNO MASCULINO.


                Eu decididamente não vou “viver” aqui.


                Comecei a dar pequenos pulinhos no chão e a sacudir minhas mãos. Eu decididamente não era uma pessoa quieta. Meu estômago roncou de fome, o que não era algo muito incomum, e eu procurei, com olhos inquietos, algo que indicasse que tinha uma cantina por perto.


                O salão que eu estava era gigantesco. Cheio de alunos que se reuniam em pequenos grupos e conversavam da forma mais barulhenta que eles conseguiam. Poucos estavam na mesma situação que eu, sozinhos e sem nada pra fazer enquanto esperavam a cerimônia de inicio de ano começar. Meus olhos pararam em um dos garotos que estava em um grupo de amigos rindo. Seus olhos eram de um azul profundo e parecia conseguir ver minha alma.


                Na verdade ele parecia estar tentando ver minha alma, pois ele me encarava sem o menor pudor. Eu tentei disfarçar o olhar, mas não conseguia evitar de olhar na direção do grupo de amigos que ele estava presente e notar que ele ainda olhava pra mim. No momento em que achei que ele tinha, finalmente, desviado os olhos, ele na verdade estava apontando pra mim e gerando uma onda de risadas em seus amigos.


                Perfeito, eu mal tinha chegado a escola e já tinha me tornado a grande piada da escola.


                Tentei evitar ao máximo que lágrimas se formassem em meus olhos, mas foi inevitável. Eu estava tão nervoso que qualquer coisa era motivo pra que eu começasse uma crise de choro. Eu nunca tinha sido alguém muito forte para chorar e, em momentos como esse, era normal que eu chorasse em casa antes ou em algum lugar escondido. Eu tinha minhas lágrimas para amortecer meus sentimentos. Até nisso eu era hiperativo.


                Os olhos azuis estavam focados nos meus novamente e ele talvez tenha percebido que minhas lágrimas estavam se formando, embora eu duvidasse disso devido a distância. Comecei a fitar o chão e tentei parecer entretido com o piso. Eu não queria sofrer bullying no primeiro dia de aula da escola nova sem nem mesmo saber com quem eu dividiria o quarto.


                Eu estava tão interessado em olhar para as manchas do chão que nem reparei que tinha alguém perto de mim. Só pude reparar quando uma mão se estendeu como uma forma de cumprimento na minha direção.


                Meus olhos subiram vagarosamente, eu estava receoso que fosse alguma forma de pegadinha ou algo do tipo, mas ao fixar seu rosto, não consegui segurar a expressão de espanto que apareceu em meu rosto. Era o garoto dos belos olhos azuis.


                - Olá? – Ele parecia confuso e sua mão ainda estava estendida em minha direção. Talvez ele estivesse receoso que eu fosse ignorá-lo, mas fui ágil e apertei sua mão com força. Pude notar que sua mão era delicada e não parecia ser de alguém que já tivesse pelo menos lavado a louça alguma vez.


                - Opa! Desculpe a demora – ri um pouco e abri um sorriso ao ver que ele retribuía a risada. Talvez ele não fosse tão mal quanto eu achava. – Niall Horan.


                - Louis Tomlison. – Ele abriu um grande sorriso e largou minha mão. Ele era um rapaz tão bonito que me parecia gay. Eu tinha isso de achar que não existia homem bonito demais.  – É um prazer conhecê-lo, seu primeiro ano na escola, certo? Não lembro de ter te visto por aqui alguma vez. Terceiro ano, certo? Espero que fiquemos na mesma turma...


                Tentei acompanhar o ritmo de suas perguntas e não pude evitar de arquear uma sobrancelha enquanto ele não parava de falar. Ao perceber minha cara de espanto, ele simplesmente gargalhou alto.


                - Bom, sou novato sim e estou no terceiro ano – Respondi quando ele finalmente conseguira controlar sua risada. – Sou da Irlanda e vim morar aqui por algum tempo.


- Irlanda! – Ele deu um tapinha na testa, como se tivesse feito uma grande descoberta – Eu sabia que seu sotaque era diferente. Bem, eu e meus amigos estávamos falando de você há alguns minutos atrás – Eu fingi surpresa.  – e queríamos saber se você não quer almoçar com a gente depois da cerimônia de início das aulas.


                - Bom, pode ser. – Respondi meio sem jeito, pois ainda estava achando aquilo meio suspeito. – Mas o que vocês estavam falando sobre mim?


                - Nada de mais. – Ele virou os olhos para o teto com um visível desinteresse – Eles estavam dizendo que você parecia uma criança de tanta fofura e duvidaram que eu viesse falar aqui com você.


                Confesso que aquilo era bem diferente do que eu esperava. Com certeza não era bullying, mas era relativamente suspeito. Eu sorri e senti meu rosto corar violentamente. Eu provavelmente estava tão vermelho quanto uma pimenta madura. Louis com certeza tinha notado e já tinha começado a gargalhar outra vez.


                - O-obrigado, eu acho.


                - Não há de quê. – Ele piscou um olho – Vou voltar para o pessoal e se prepare. A cerimônia já já vai começar.


                Acenei como forma de despedida e voltei minha atenção para o restante dos alunos. Alguns, que estavam mais perto de mim e provavelmente tinham ouvido minha conversa com o veterano, me olhavam com curiosidade e, eu posso estar enganado, certa inveja. Não era qualquer um que conseguia simpatia de veteranos naquela escola, isso eu já tinha sido informado e, aquele fato, tinha me feito subir no patamar de “popularidade”. Pela primeira vez na vida eu estava sendo invejado!


                Um sorriso abriu em meus lábios. Tudo estava diferente do que eu pensei. Eu tinha sido o grande demônio da minha escola na Irlanda e até mesmo sido suspenso algumas vezes, graças a isso, as pessoas tinham um certo receio em ficar perto de mim. Na Irlanda eu não tinha amigos.


                Enfim eu estava começando minha vida nova. Podia não ser do jeito que eu esperava, mas eu com certeza desejava o melhor. Eu finalmente podia estar em uma turma e, se não estragasse tudo, poderia conseguir amigos de verdade. Meus olhos se encheram de lágrimas outra vez e eu tive que olhar para o chão novamente.


                Ao olhar para o grupo de amigos de Louis, todos me acenaram para mim e deram piscadelas, pude ver o sorriso de Louis se abrir e ele acenou positivamente a cabeça, como em uma forma de confirmar nosso almoço mais tarde. Nunca pensei que uma besteira daquelas pudesse me fazer sorrir.


                - Bom dia


                A voz soava de um microfone no alto do auditório. Era o diretor. Enfim estava começando a cerimônia de inicio e, conseqüentemente o início da minha vida nova.


                E eu estava preparado para o que viesse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Espero realmente que sim!
Por favor, continuem me apoiando e mandando esses reviews lindos!
É por vocês que eu estou tão focada nessa história e me empolgando tanto ao escrever!
Muito obrigada e lembrem-se, caso queiram pedir alguma coisa, é só mandar um review dizendo o que vocês querem que eu faço de tudo pra melhorar!