Filha De Hermes escrita por Fran Marques


Capítulo 15
O lago dos namorados




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De noite fui pro Chalé 11. Não pensava em nada, não havia mais nada a pensar. Já sabia o que iamos enfrentar, apesar de não ter contado a Finn e Rachel. Não tinha como se preparar para o Leão. Entenda que não é um Leão normal que com um tiro você pode mata-lo. Suas garras são venenozas, seu couro é impossível de atravessar com qualquer arma, sua força de 5 elefantes e agilidade de um guepardo. Eu não estava exatamente com medo, estava apenas nervosa. Eu já tinha visto ele matar turistas na última vez que tinha ido ao Tennesee. Tinha visto ele matar minha mãe. Eu procurava vingança, mas ao mesmo tempo me contentaria em fugir dali e salvar Finn e Rachel. "A morte esperava" aquela era a única frase que pendurava em minha cabeça. A morte do montro? Minha morte? Morte de Finn? De Rachel? Aquilo batia um disispero que me arrebatava toda a vez que eu pensava em perder pessoas que eu amava. Eu não suportaria isso novamente.

Quando cheguei ao Chalé tinha tantos campistas fazendo aquelas perguntas infinitas sobre a missão e sobre minha preparação. Eu me enrolava com as respostas e no final consegui a desculpa que iria tomar um ar, e que estava me sentindo mal. Peguei minha ropa de banho e saí.

Fui para a floresta, onde eu esperava que ninguém me acharia. Era realmente algo para malucos, pois a floresta estava cheia de mosntros, mas eu não ligava. Fui para o lago, me despi ali e troquei pela ropa de banho. Estava uma noite extremamente quente e a água gelada exterminou a réstia de pensamentos que me perturbavam.

Eu nadei por um bom tempo e depois fui para a beira, ali eu centei e observei o céu recheado de estrelas. Estava muito lindo, e lentamente eu fechei os olhos, até ouvir um barulho.

Eu sempre levava minha espada em caso de qualquer surpresa desagradável, mas desta vez eu a deixara no chalé. Uma pessoa saiu das sompras e eu congelei.

–Está linda- falou a voz de Finn-

Ele estava com um short, chinelos e uma camiseta azul. Ele estava muito bonito. Seu cabelo moreno estava extremamente bagunçado e seus olhos azuis reluziam á luz da Lua.

–A quanto tempo está aqui?

–Não se preocupe, fechei os olhos quando você trocou de roupa.

Eu choguei água nele.

–Brincadeira, estou brincando. Cheguei depois disso.

Ele sentou na beira do lago e eu molhei meus pés na água.

–Já sabe o que vamos enfrentar? -perguntou ele tentando esconderum nervosismo que eu percebera-

–Sim.

–O que é?- a ansiedade estava total em sua voz-

–Leão de Nemeia. Garras afiadas, força incrível, total agilidade e pele impossível de atravessar com qualquer arma. -Uma lembrança muito boa me correu á mente e eu sorri- Apenas um pouco acima do estômago do animal você pode perfurar. -falei mais para mim mesma do que para Finn-

–Por que ficou tão apavorada quando soube que iriamo para o Tennesee?

Eu encarei ele com um olhar de sensura. "Pergunta errada no momento errado". Eu voltei para a água e mergulhei até o meio do lago.

–Não fuja de mim.- ele falou com um tom que no fundo gozava.-

Eu fiquei encarando ele com apenas os olhos e o nariz para fora.

–Adorável como sempre, não é?

Ele retiou sua camisa e entrou no lago, nadando até mim. E naquele exato momento uma raiva e um desespero repentínuo me combriram. Assim que ele emergiu a minha frente seus olhos azuis me encararam, e eu percebi que chorava.

–Estou com medo.- Aquilo tinha se acumulado dentro de mim e agora se estourava- Muito medo. Não quero voltar para lá. Minha mãe morreu no Tennesee, Finn, pelo memso montro que vamos ter de matar. Ele me envolveu em seus braços e eu senti seu calor. Um filho de Apolo sempre tinha mais calor que os outros e sua pele sempre estava quente. Ele beijou minha testa e depois me hipnotizou com aqueles imensos olhos azuis.

–Vamos dormir, temos um longo dia amanhã.

Voltamos para a beira e nos centamos.

–Não quero voltar para o Chalé. -susurrei para mim mesma, mas quando me virei Finn estava deitado na grama úmida que envolvia o lago, sendo banhado pela luz da lua.

Eu me sentei ao seu lado, e ficamos nos encarando no silêncio da floresta. As únicas coisas que pendiam no ar eram nossas respirações. Ele chegou mais perto e eu deixei ele me beijar. Ele beijou meus lábios frios e sua boca correu beijando meu pescoço. Seu corpo aquecia o meu me fazendo sentir totalmente protegida em seus abraços e beijos. O medo tinha passado. Abri os olhos e ele me encarava, meu corpo estava mole como se eu tivesse acabado de acordar de um sonho perfeito.

Ele molhou minhas pernas que estavam sujas de terra e com um último beijo nós nos olhamos e falamos ao mesmo tempo:


–Nada disso nunca acontesceu.

Ele sorriu para mim e eu retribui, nos viramos e voltamos ao caminho de nossos chalés, ainda com a noite mergulhada entre as árvores e montanhas.


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