Eu passei o dia com Lynch a minha volta me ajudando a fazer os exercícios e outros movimentos. Ele é um cara muito legal, mas parecia estar mais nervoso que eu, o que eu entendia bem. Eu era sua melhor amiga, além de Rachel, pois todos sabiam que ele estava gostando de Verstilli. Nós duas estavamos indo com Finn, o garoto que ele considerava maluco por tentar me matar em um jogo. Eu não tinha razões para saber que não tinha sido ele, eu apenas sabia. Após um tempo, Lynch me deixou em paz e eu fui para o campo de treino. Minha espada na na bainha balançava com meu caminhar torto mas depois de metade do dia com isso eu consegui fazer com que meus passos fossem mais quietos e sorrateiros. Isso fora uma das minhas maiores abilidades mas agora estava mais complicado, mas sabia que quando me curasse eu iria voltar com o meu silencioso caminhar. Cheguei ao campo e me deparei com um garoto sem camisa, com o peito suado e cabelos molhados. Uma pilha de bonecos destroçados estavam estendidos no chão, flechas já tinham atingido o centro do alvo e a ponta dos dedos do garoto estava quase em carne viva de tanto treinar com o arco. Finn continuava até as flechas da aljava acabarem e ele ir buscar outra no canto das armas. Eu me lembrei que ele estava me devendo a aula. Eu realmente queria ficar boa no arco e flecha, imaginando que me facilitaria muito na captura a bandeira. Cada flecha que ele atirava me lembrava da garotinha de Atena que destruira o urso de metal dos filhos de Hefesto com apenas uma flecha. Uma flecha no lugar certo e o montro estaria morto. Simples assim. Eu imaginava o Leão de Medeia morrendo com uma flechada na boca. Esse era o meu plano e assim eu iria precisar de Finn. Ele olhou para mim assim que atirei minha espada a arquibancada. Ele me encarou com um sorriso no rosto e eu sorri de volta, mas comessei a treinar sozinha. Eu acertei uma flecha no alvo, sendo que não foi no centro, foi na ponta, eu tive uma imensa sorte de ela não ter escapado.

–Você é muito ruim- falou ele mostrando seus grandes músculos-

–Obrigada- falei em um tom sarcástico- Mas não fui eu que fui derrubada por uma garota três anos mais nova na captura a bandeira, sem contar que você perdeu pra ela.

Ele sorriu.

–Em esgrima você é realmente boa, mas em arco e flecha, como posso dizer...minha avó tem mais abilidade que você.- Eu me virei, não gostava que falassem que eu era ruim em algo que eu realmente me esforçava- Cauma. Fica tranquila filinha dos viajantes.

–Cala boca, solzinho.

Nós dois rimos mas depois de um tempo a arena se silenciou novamente. Eu foquei no alvo mas mesmo assim não consegui, senti ele seu respirar ás minhas costas.

–Você não está segurando certo.

Ele mudou meus braços que estavam posicionados de modo errado. Era como se ele tivesse me abraçado pelas costas e assim que eu virei minha cara para ele com uma feição como "Oque você pensa que está fazendo?" mas acabei chegando extremamente perto de seus lábios e...me afastei. Me desprendi de seus braços e sai do transe que sempre entrava ao olhar para seus olhos.

–Obrigada- falei em um tom seco, guardei as aljavas e saí-

Assim que saí Rachel se encontrava na porta

–POR QUE VOCÊ NÃO BEIJOU ELE?-perguntou el com um olhar extremamente faminto, eu impurrei ela e ri. Realmente não sabia porque tinha feito aquilo, mas eu fiz, e agora a única coisa que poderia fazer era me lamentar.