Se Houver O Amanhã escrita por Lelê Masen


Capítulo 3
Briga e Acidente


Notas iniciais do capítulo

"Heey povo o/
Ó aqui nós, aqui está mais um super capítulo, nos desculpem a demora, mas como diz o ditado, antes tarde do que nunca hahahaha'
Esperamos que gostem, muito obrigada a todas que comentaram, suas lindas queridas e quem nao comenta, seus feios lindo u.u
FELIZ NATAL!
Que o menino Jesus traga muita felicidade pra todos nós.
Beijo beijo
Suzye



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POV Bella Cullen

Ballet.
Minha vida se resumia completa e incondicionalmente nisso. Logo que completei seis anos, minha mãe me colocou pra fazer aula de ballet. Por quê? Porque esse sempre foi o sonho dela. Mas minha vó, sempre foi rígida com essas coisas, e disse que sua filha mesmo não seria bailarina. Sobrou pra mim.
Não que eu reclame, adoro isso tudo. E depois de um tempo vira até rotina.
Hoje eu tinha que ensaiar bastante pois, dali há uns dias teria uma grande apresentação. Eu estava contente e entusiasmada. Afinal, nada melhor do que deixar meu maridinho orgulhoso de mim.
Eu girava pelo salão.
O rosto de Edward em minha mente. Meu marido. Como eu queria que sentisse orgulho em estar comigo! Ah como eu queria! Quando eu ouvia que ele se orgulhava ou somente seu olhar brilhante a me olhar depois de uma apresentação era o suficiente para me convencer de que eu estava fazendo a coisa certa.
Certo que nós não somos mais os mesmos, nossa relação mudou, e muito. Mas isso não quer dizer que não nos amemos mais. Será?
Nunca parei e creio que nunca pararemos para pensar nisto.
Continuei meu treino, senti uma leve tontura.
- Bella? Sente-se bem? – perguntou Gianna preocupada.
Ela dançava também.
- Estou eu... vai passar, Gianna. Vai passar. – eu disse.
- Nada disso, é a quinta vez na semana! Vou te levar á um médico, é disso que precisa. – disse me ajudando a ficar de pé.
- Não, você tem que ensaiar. Deixa que eu vou sozinha. Prometo. – eu disse.
Eu iria, somente para não fazer desfeita.
- Tudo bem, mas se eu souber que não foi, te dou uns belos de uns tabefes. – rimos.
- Combinado.
Voltamos a ensaiar.
Sabe quando sente que a música comanda você? Quando nada mais parece existir? Era assim que me sentia.
Quando sair de casa hoje pela manhã, Edward estava inquieto, eu queria confrontá-lo e perguntar qual era a crise que se apoderava dele no momento, mas não pude.Na hora do almoço de hoje, ele não atendeu o celular, o que julguei muito suspeito. Mas não dei ênfase á isso. Eu precisava treinar o máximo possível.
Isso sem contar que eu tinha a leve impressão de ter esquecido algo.. Mas o que? Não deve ser tão importante já que eu não lembro.
Agora que estava ali, ensaiando mais do que nunca.
Eu girava sem parar pelo salão, lembrando da primeira vez que dancei com minha mãe, da minha primeira apresentação e do lindo olhar de orgulho que Edward me lançou quando tudo estava terminado.
Minha família nunca foi das melhores, meu pai era uma tábua. Não servia de nada em casa, era só um encosto. Vivia lendo jornal, nunca dizia nada, ficava calado e via jogos de basebol pela na plana. Minha mãe já era forte, decidida e de personalidade forte, conviver com Renée não é uma coisa pra qualquer ser humano, tem que ter paciência. Acho que Charlie, meu pai, teve. Mas depois de uns anos, ela jogou na cara dele que não o amava e que ele era um fraco, ele levantou a voz pela primeira vez e disse que ela era um ser repulsivo. Isso rendeu uma grande e longa briga. Nesse dia eles se separaram.
Hoje não se falam. Quando estão juntos no mesmo ambiente, mandam recados pelas pessoas como se o outro não pudesse ouvir. Não é o tipo de cena romântica e nem do tipo que se espera ver todo o santo dia.
Definitivamente, juntar meus pais não é uma boa ideia.
No meu casamento, foi uma confusão só, tudo porque Edward queria todos presentes. Nem preciso dizer o desastre que foi. Olhei para o relógio e me assustei.
Era final de tarde, resolvi ir até o hospital como a Gianna me recomendou.
Andei até meu lindo carro, e segui para o hospital.
- Com licença. Eu gostaria de falar com a Dr. Zafrina? – falei para a recepcionista.
Zafrina sempre me atendeu, ela logo diria o que eu tinha. Ela era minha médica afinal, teria que me atender.
- A senhora tem hora marcada? – me perguntou a moça.
- Não. – respondi.
- Sinto muito, mas a Doutora só atende com hora marcada.
- Diga á ela que a Sr. Cullen deseja falar com ela. – eu disse.
- Certo. – ela pegou o telefone e falou com Zafrina. – Perdão, Senhora, pode entrar por favor. Quarta porta a direita. – ela indicou sorrindo amarelo.
Assenti e fui até minha médica.
(...)
Eu não podia crer que ela tinha me pedido aquele exame!
Tudo bem, ela explicou, mas não necessitava disso tudo. Necessitava? Definitivamente, eu não sei.
Afastei o pensamento, afinal eu estava com o exame em mãos, mas quão ruim isso podia ser? Ah sim, eu não posso estragar meu futuro! Eu deveria acabar com isso de vez. Mas deixei pra depois.
Voltei para o estúdio deixando aquela coisa de exame no carro lá pelo porta-luvas e continuei ensaiando.
Não sei quanto tempo repeti a mesma sequência, eu estava altamente cansada, mas eu ainda não me sentia pronta o bastante. Então continuei.
Quando olhei o relógio, pela segunda vez no dia, vi que eram duas da madrugada.
Isso era natural, eu passar o dia fora de casa.
Dirigi tranquilamente pelas ruas da cidade, o apartamento estava com as luzes acesas. Teria ele me esperado? Por que diabos ele me esperaria? Nunca esperava. Eu que ia até o quarto e me deitava ao seu lado, depois disso, nós transávamos, nada demais, pra falar a verdade, acho que o sexo é a única coisa que ainda tem de vivo entre nós.
Bufei com o pensamento.
Sim, hoje eu o queria.
Muito.
Precisava aliviar essa tensão, esquecer as coisas, e ele tem um jeito único de me fazer esquecer.
Retirei minha bolsa do carro e pensei umas trinta vezes antes de pegar aquele exame no porta-luvas. Mas, eu teria que saber logo de uma vez. Depois eu me livraria disse de qualquer forma.
Peguei tudo e travei meu carro ao sai.
O carro deixei em frente ao prédio, pra de manha não ter que sair de novo.
Andei até o prédio e peguei o elevador.
Morar na cobertura era bom, eu não tinha porque mentir. Era ótimo mesmo.
Procurei pro minhas chaves, quando as encontrei prontamente abri a porta do apartamento, me virei e fechei a porta novamente. Quando virei congelei no lugar.
Edward estava sentado no sofá assistindo TV. Mas não fora isso que me deixou besta, sim as flores, as velas, o enorme cartiçal, a comida demasiada e os enfeites.
Pra que isso?
Quando me virei novamente, meu olhar surpreso se cruza com o de furioso de Edward.
Castanho no verde.
E foi o que ele disse que me deixou em fúria.
Se levantou abruptamente e disse com nojo.
- Nem sei porque me casei com você. – disse com desdém e caminhou indo até o quarto, suponho.
- O que? Edward, o que significa isso? Ei, eu estou falando com você! – eu chamei puxando seu braço.
Fiz muito mal, o encarei de perto assim. Seus olhos faiscavam. Seu semblante sério e seu maxilar travado, as mãos em punho e os braços duros como se fosse atacar a qualquer momento ou se segurasse pra não atacar.
- Lembra-se que dia é hoje? – perguntou fechando os olhos com força.
- Dia 18 de agosto. O que que tem? – perguntei confusa.
- E esse dia, não te lembra absolutamente nada? – perguntou.
- Deveria? – perguntei.
- Sim, foi o dia em que eu cometi a pior burrada da minha vida. Me casei com você! – cuspiu as palavras.
Meus olhos se arregalaram. Hoje era nosso aniversário de casamento.
Mas por que dar tanta importância á isso? Era só um pedaço de papel.
- Não tem nada a declarar? – perguntou visivelmente irritado.
- Feliz... Aniversário de casamento? – saiu como uma pergunta.
- Tarde demais. Você estragou tudo. – ele disse.
- Ah fala sério, Edward! Casamento é só... um pedaço de papel, nada demais. Pare de se preocupar quanto á isso. – eu disse dando de ombros.
Sentei-me no sofá relaxando.
- Não me preocupar? Você acabou de esquecer a data mais importante de nossas vidas e quer que eu não me preocupe? – ele parecia que ia explodir. O olhei confusa. Só por isso ele precisa dar chilique?
- Só por isso vai dar um de seus chiliques? – perguntei risonha.
- EU TE COMPREI FLORES! – seu olho tremeu.. aí vinha. – EU FIZ COMIDA PRA VOCÊ! EU COZINHEI, ISABELLA! EU SOZINHO COZINHEI! EU ARRUMEI TUDO ISSO! PERDI UMA TARDE AQUI NESSA PORRA DE JANTAR! EU ARRUMEI CADA MÍLIMETRO DESSA SALA! EU COLOQUEI CADA PÉTALA DE ROSA EM CIMA DA NOSSA CAMA! PORQUE EU ACHEI QUE VOCÊ IA GOSTAR! EU FIZ TUDO ISSO POR VOCÊ, E É ISSO QUE EU RECEBO EM TROCA? – ele berrou tudo.
Me levantei.
- Eu não te pedi pra fazer nada! EU SÓ QUERIA DORMIR, CARAMBA!- gritei.
- Dormir? É só isso que quer? VOCÊ PASSA A DROGA DO DIA TODO ENFURNADA AQUELE TROÇO DE ESTÚDIO , NÃO ME VER DURANTE TODO ESSE TEMPO, E QUANDO NOS VEMOS VOCÊ QUER DORMIR? – perguntou alterado. – É ISSO ISABELLA? QUER DORMIR? – perguntou.
- Sim eu quero,estou exausta. Passei o dia todo ensaiando para a droga de uma apresentação esperando QUE MEU BELO MARIDO SE ORGULHE DE MIM QUANDO FOSSE ME VER E QUANDO CHEGO EM CASA ELE COMEÇA UMA DISCURSSÃO POR NADA! – berrei também.
- Pra me orgulhar? – perguntou descrente. – Eu só queria que você fosse a mesma de antes.
- MAS SOU EU CARAMBA!
- Não. Não é! EU DARIA TUDO! TUDO! QUALQUER COISA PRA QUE VOCÊ FOSSE A MESMA! MAS NÃO, VOCÊ NÃO É E NEM NUNCA SERÁ!
- Deixa de ser paranoico! – eu disse.
- Paranoico? Eu? AH CLARO! MAS ESSA É A VERDADE, EU PREFERIA QUE VOCÊ FOSSE UMA INCAPAZ, MAS QUE ME AMASSE, QUE ME DESSE AMOR! QUE QUANDO EU CHEGASSE EM CASA PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA EU TE VISSE VENDO NOVELA E VOCÊ ME RECEBESSE COM UM BEIJO COMO QUALQUER CASAL COMUM! – ele gritou e eu me descontrolei.
- EU SINTO MUITO NÃO SER QUEM VOCÊ QUER QUE EU SEJA! EU SINTO EM INFORMAR QUE SUA ESPOSA TEM UMA COISA CHAMADA VONTADE PRÓPRIA! – berrei.
- VONTADE PRÓPRIA? NÃO ISSO SE CHAMA EGOÍSMO! VOCÊ SÓ PENSE EM SI MESMA! NÃO SE IMPORTA COM NADA, EU AQUI TENTANDO SER GENTIL E VOCÊ SIMPLESMENTE SE ESQUECE O DIA EM QUE SE CASA! – gritou.
- SABE QUE NÃO SOU BOA COM DATAS, NÃO TENHO CULPA DISSO.
- NÃO, VOCÊ É A VÍTIMA!
- SOU MESMO, VÍTIMA DA SUA LOUCURA! – berrei.
- MINHA? MINHA LOUCURA? VOCÊ CHEGA EM CASA TODOS OS DIAS DEPOIS DAS UMA DA MANHÃ, EU TENTO NÃO TE ESPERAR MINHA CONSCIÊNCIA NÃO DEIXA! NÃO DEIXA! – ele passava a mão pelo cabelo. Só aí percebi que tanto ele quanto eu chorávamos. – Tudo o que eu queria era que você ainda me amasse como quando nos casamos, aquele ano foi o mais feliz da minha vida. Não sabe o quanto eu sinto sua falta, não dessa Isabella e sim da minha Bella, aquela garotinha doce e amorosa, a que me beijava e que dizia que me amava. SABE QUANTO TEMPO FAZ QUE VOCÊ NÃO DIZ QUE ME AMA? SABE QUANTO? – ele falou.
- SE EU NÃO AMASSE VOCÊ NÃO AGUENTARIA TODO ESSE SEU CHILIQUE TODOS OS DIAS! – berrei.
- MENTIRAA! VOCÊ TEM OUTRO QUE EU SEI, SENÃO, ONDE VOCÊ ESTAVA ATÉ AGORA? HEIN SWAN? – perguntou.
Eu estava descrente.
- EU ESTAVA NO ESTÚDIO! – ele bufou. – É VERDADE! EU FUI NO HOSPITAL, E LOGO DEPOIS VOLTEI PRA LÁ. – eu disse.
- Não acredito em você. – ele disse.
- QUE SE DANE! EU ESTAVA NO HOSPITAL, FUI FAZER UM EXAME, NÃO SEI O QUE DEU PORQUE NÃO TIVE VONTADE DE ABRIR! – gritei.
- DANE-SE VOCÊ! AH! Quer saber Bella, pra mim já deu. – ele disse aparentemente cansado.
- Ótimo. – eu concordei.
- Esse casamento já deu o que tinha que dar. Não da mais, eu não aguento mais e nem você. Já seguramos demais, acho que agora o mais certo a se fazer é... nos divorciarmos. – ele falou.
Eu a vida toda fiquei com medo de um dia ouvir isso de sua boca. Só não esperava que fosse acontecer tão cedo.
- Di-di-divórcio? - perguntei gaguejando.
- Sim. Eu não suporto mais tudo isso Bella, já não está dando mais pra aguentar! Não vamos mentir, nosso casamento já era há mais de um ano. – ele disse respirando fundo.
- Então... é isso? É assim que tudo vai acabar? Aí um dia quando nos encontrarmos vamos nos odiar assim como meus pais? – perguntei.
- Provavelmente. – respondeu seco, mas vi tristeza em seus olhos esmeraldas.
- EU NÃO ACREDITO NISSO, EDWARD CULLEN! – gritei.
- NEM EU ISABELLA SWAN! MAS NÃO TEM JEITO, NÃO DÁ MAIS PRA VIVER ASSIM! NÃO DÁ! CHEGA DISSO! CHEGA! – gritava e eu.. chorava. – Você me dizia.. – ele começou olhando para o nada. – Que nunca esqueceria a data do nosso casamento, e que me acordaria com beijinhos e café na cama, acompanhado de muito cafuné. Dizia que nunca esqueceria de dizer que me amava, que sempre seria companheira e que sempre estaria do meu lado quando eu precisasse. Dizia que nunca deixaria que nada se metesse entre nós, que nunca nos separaríamos. Dizia que nós nos amaríamos para sempre. Pelo visto, o para sempre não é tanto quanto imaginávamos. – ele disse e me olhou.
Nosso olhar só tinha mágoa, tristeza e dor. Tudo o que não conseguimos cumprir, tudo o que faltou e tudo que não teve. Era isso que aquele olhar simbolizava.
- Sinto muito em dizer isso Bella, mas... você me desapontou muito. – ele disse e foi como se meu mundo caísse sobre minha cabeça. Tudo o que tanto lutei... se acabara com aquelas palavras. – Você não cumpriu com nada. Você mentiu.
Quando ele terminou, olhei em seus olhos, os meus nublados pelo choro.
Ele não chorava, mas haviam lágrimas ali. Sei que tinham.
- Eu... eu... – eu tentava, mas nada coerente e convincente saía. – Me perdoa, Edward. – eu pedi e corri dali o máximo que pude.
Corri para fora daquele lugar, minha bolsa e o papel do exame caíram por algum lugar que não lembro onde foi, mas não parei. Corri mais.
Quando avistei meu carro do outro lado da rua, onde eu tinha deixado, corri sem ver nada, sentia Edward em meu encalço e tudo que eu menos queria era vê-lo, corri o máximo que minhas pernas permitiam, minha visão embaraçada pelo choro e pelas lágrimas que saíam me impossibilitavam de enxergar corretamente.
- BELLA! – ouvi Edward gritar. – CUIDADO!
- O QUE... – quando me virei vi do que se tratava.
Uma forte luz atingiu meus olhos, os tapei, ouvi Edward gritar mais uma vez e em seguida não me lembro de nada...
Senti-me afundando, lembrei somente com os olhos verdes de Edward em minha mente, era só disso que eu lembrava. Seu olhar de desaprovação.
E foi assim, que deixei a escuridão me tomar...


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Notas finais do capítulo

Então gatinhas e gatinhos o que acharam do capitulo ?
Merecemos recomendação ?
E que tal muitos e muitos comentários ?
E claro leitoras novas suas lindas sejam bem vindas .
Quem tiver face por favor curte essa
pagina da Alice Complicada
https://www.facebook.com/pages/Alice-Complicada/301889539916040
Até a proxima beijos de morango .