Shadow of the Colossus - A Lenda de Wander escrita por Kampos
Notas iniciais do capítulo
Valus - Minotaurus colossus
Cada passo que o colosso dava criava um grande tremor no chão. Wander correu atrás da criatura sem exitar. Valus ainda não tinha percebido a presença do jovem. Ele tinha certa de vinte metros e possuía uma aparência similar a de um minotauro. Carregava em sua mão direita uma clava gigante.
Wander não sabia o que fazer diante de tal situação. Ao se aproximar, pegou seu arco e atirou uma flecha nas costas do animal. Valus soltou um rugido e virou-se para o garoto, avistando-o pela primeira vez. O gigante não entendia, não via um ser humano há vários anos. Ele ficou parado observando-o por um tempo, até que Wander flechou seu rosto.
Os olhos de Valus, outrora azuis, tornaram-se vermelhos, e em um movimento brusco levantou sua clava e tentou acertar Wander. O garoto conseguiu desviar do ataque, mas o impacto da clava no chão foi tão grande que o impulsionou para longe.
“Eu vou ter que escalá-lo e matá-lo atacando sua cabeça, mas como vou chegar até lá?” pensou Wander.
Ele se levantou e correu até a clava que ainda estava em contato com o chão, tentando subi-la. Valus então começou a sacudi-la e lançou Wander para a parede. O jovem deslocou o braço com o impacto e gritou de dor ao colocá-lo no lugar. Apesar do ombro dolorido ele não iria desistir agora.
“Eu vou ter que escalá-lo e matá-lo atacando sua cabeça, mas como vou chegar até lá?” pensou Wander.
De repente a voz de Dormin ecoou na montanha:
— Levante tua espada para refletir a luz em direção ao colosso. Seu ponto vital deverá ser revelado.
Após ouvir isso, Wander levantou a espada sob a luz do sol e os feixes de luz se encontraram em direção à para esquerda do animal. Valus parecia não se importar muito com a presença de Wander. Ele já tinha voltado a andar sob a companhia de águias.
Wander correu até a pata do colosso e agarrou seu pelo. Lá havia um pequeno ferimento. Valus começou a sacudir sua pata, tentando tirar o pequeno humano de si, mas Wander conseguiu se segurar até o fim e cravou sua espada na ferida do gigante.
Valus rugiu de dor e caiu de joelhos, possibilitando que Wander escalasse o resto de sua perna. O colosso possuía três estranhas plataformas em suas costas. Wander subiu até a primeira e quase se desequilibrou. Valus começou a se agitar para retirar o garoto de suas costas. Ele tentou alcançá-lo com sua mão esquerda, mas não sabia onde exatamente Wander estava. O jovem voltou a escalar as costas até chegar à altura dos ombros.
Algumas águias o atacaram, fazendo cortes profundos em seus braços. Logo depois de Wander as espantá-las, a enorme clava do colosso estava prestes a o atingir. Wander se abaixou rapidamente, desviando do ataque.
Wander foi cuidadosamente até o topo da cabeça do animal, temendo com que caísse. O colosso começou a ficar mais irritado e não parava de sacudir a cabeça. Wander levantou sua espada e cravou-a o mais forte possível no crânio. Valus gritou de dor e usou sua mão esquerda para bater em Wander.
O jovem se segurou no rosto do colosso, de frente para um de seus olhos. Ele conseguia ver seu ódio, e também sua dor. Havia lágrimas caindo de seus olhos. Wander tentou não se sentir tocado e escalou de volta ao topo da cabeça do animal. Sua espada ainda estava presa no crânio do gigante. Ele retirou-a e atacou novamente.
Silêncio.
Os olhos de Valus escureceram-se e tornaram-se totalmente pretos e sem vida.
O colosso caiu no chão e o impacto impulsionou Wander para longe. Ele se levantou e observou o gigante caído. Valus começou a escurecer. De seu corpo saíram fios negros e começaram a seguir Wander. Ele tentou escapar, mas foi em vão. Ao ser alcançado pelos fios, Wander desmaiou.
Ao acordar, Wander se viu de volta ao Templo e ao seu lado viu um rápido vulto, parecido com uma das sombras que havia visto mais cedo.
Wander se levantou e percebeu que não possuía nenhum arranhão. Estava totalmente curado e sem dor. Ele então andou em direção à Mono e embainhou sua espada. De repente a primeira estátua começou a brilhar e se despedaçou em vários pedaços.
Ouviu-se então a voz de Dormin.
—Teu próximo inimigo é... Na caverna à beira-mar... Ele se move lentamente... Eleve tua coragem para derrotá-lo...
A voz se calou.
Wander espantou uma pomba branca que estava perto do altar de Mono e a beijou no rosto. Chamou Agro e foi para fora do Templo.
Ao olhar para o céu percebeu que o sol estava no mesmo lugar onde estivera quando chegou às Terras Proibidas. O tempo havia parado desde o momento que ele chegou ali.
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