Shadow of the Colossus - A Lenda de Wander escrita por Kampos


Capítulo 3
Capítulo II - The Farthest Land




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Só havia dois guardas protegendo o santuário.

Saia daqui garoto, a entrada está proibida. — disse um deles para Wander.

Wander se distanciou sem hesitar. Ele esperou ficar a uma boa distância e então deu a volta no santuário. Escalando uma das paredes, ele alcançou uma das janelas e se infiltrou por ela. Tomou cuidado para não fazer barulho e atrair a atenção dos guardas enquanto descia do segundo andar.

Ao olhar para o altar, Wander quase entrou em desespero. Lá estava Mono, fria e sem vida. Ela estava toda vestida de branco, roupa típica para rituais de sacrifício. Do lado dela estava a espada que foi usada para tirar a vida da garota. Wander se ajoelhou ao lado do altar e chorou sobre o corpo de Mono.

Por que você teve que ser sacrificada? — disse em voz baixa — Se ao menos eu pudesse ouvir sua voz pelo menos mais uma vez... Maldito Lorde Emon.

Nesse instante Wander se lembrou da conversa que tivera mais cedo com seus pais.

As Terras Proibidas...

Apesar de cético, Wander resolveu se abraçar à lenda, sendo o único modo possível de trazer Mono de volta. Ele a pôs em seus ombros e subiu para o segundo andar em direção à janela por onde havia entrado. Antes de sair, deu outra olhada para o altar e viu a espada de Lorde Emon. Ele colocou Mono sentada de costas para a parede e foi pegar a espada.

Se as lendas forem reais, espero que essa realmente seja a Espada Ancestral.

Wander voltou para a janela e fugiu com Mono. A essa hora o vilarejo inteiro já estava dormindo, o que facilitou a fuga. O jovem voltou em direção à casa a fim de se preparar para a longa viagem. Chegando lá, viu seu pai acordado.

— Tem certeza de que quer fazer isso, filho?

Wander não soube o que dizer.

— Eu não irei impedi-lo, filho. Mas também não aprovo o que você está fazendo.

O silêncio permaneceu.

— Siga para o sul. Deve ser lá que você irá encontrar o que deseja. Há dois caminhos, porém um deles é tão rápido quanto perigoso... — deu um suspiro — Sua mãe vai ficar muito triste.

— Me desculpe, pai. Eu preciso fazer isso.

— Então vá, meu filho...

Wander pegou suas coisas e cobriu Mono com uma coberta. A pôs em Agro e logo em seguida montou também, e na escuridão da noite seguiu para o sul.

Sua viagem levou alguns dias, e já estava perdendo as esperanças quando viu uma enorme muralha distante com duas grandes pilastras. Seguiu seu caminho até aproximar da muralha.

Chegando lá havia apenas uma passagem estreita. Wander resolveu passar por ela.

Ao atravessá-la se viu em um enorme abismo, e em sua frente uma longa ponte que levava até um grandioso templo.

— Finalmente... As Terras Proibidas!

Wander atravessou a ponte e abriu a porta de pedra no fim da mesma. Agro ficou com medo, mas entrou pela porta após seu dono tê-la acalmado.

Após entrarem, a porta misteriosamente fechou-se sozinha, impedindo que Wander pudesse sair de lá. O jovem então se encontrou no alto de uma sala circular. Havia um buraco redondo no teto, e logo abaixo um poço. Wander desceu a rampa até a altura do poço. Chegando lá ele entrou em um corredor extremamente largo. Havia oito estátuas em cada lado, e mais a frente um altar levemente iluminado por outro buraco redondo no teto.

Wander desceu de Agro e levou Mono até ao altar, removendo a coberta que a enrolava. Abaixo do grande buraco do teto surgiram cinco silhuetas de homens e começaram a andar em direção a Wander. Elas pareciam ser formadas de sombra. O jovem então retirou a espada da bainha e apontou para as sombras, fazendo-as desaparecerem.

Momentos depois ecoou uma voz feminina e masculina do teto.

— Hmm? Tu possuis a Espada Ancestral? Então, tu és mortal...

— Você é Dormin? — houve silêncio — Me disseram que nesse lugar, no fim do mundo, existe um ser que pode controlar as almas dos mortos. — disse embainhando a espada.

— Tu estás correto... Nós somos aquele conhecido como Dormin...

— Ela foi sacrificada por ter um destino amaldiçoado. — olhou para Mono — Por favor... Eu preciso que você traga de volta a alma dela...

Dormin riu.

— A alma desta donzela? Almas uma vez perdidas não podem ser recuperadas... Não é essa a lei dos mortais?

Wander se desanimou.

— Com essa espada, porém... Pode não ser impossível.

— Sério?!

— Isso, é claro, se tu conseguires realizar o que nós pedirmos.

— O que eu tenho que fazer?

— Observe os ídolos que se destacam ao longo da parede... Tu tens que destruir todos eles. Mas esses ídolos não podem ser destruídos– pelas meras mãos de um mortal...

— Então, o que eu devo fazer?

— Nesta terra, existem colossos que são encarnações desses ídolos. Se você derrotar estes colossos– os ídolos cairão.

— Entendo.

— Mas preste atenção a isso, o preço que você pagará pode ser pesado de fato.

— Não importa.

Dormin calou-se por um momento.

— Muito bem... Levante tua espada sob a luz... E vá para o lugar onde a luz da espada se encontra... Lá, tu acharás os colossos que tens que derrotar.

Então a voz calou-se de vez.

Wander foi para baixo da luz do sol e levantou sua espada. A luz refletida se reunia diretamente em um monte em frente ao Templo. Chamou Agro e cavalgou até seu destino.

Ao chegar no pé da montanha desceu de Agro e olhou em volta.

— Não há nada aqui! O que devo fazer, Dormin? — perguntou, sem obter resposta.

Então ele viu algumas vinhas que levavam a uma parte superior e resolveu escalá-las. Seguiu então um caminho que levava a umas pequenas construções antigas de pedra. Sendo o único obstáculo à sua frente, escalou-as também. Lá havia uma larga planície dentro da montanha.

Wander foi explorar a planície, no entanto ouviu um enorme rugido e a poucos metros de si apareceu uma grande pata semelhante a uma de touro.

— Mas o que é isso?!


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Notas finais do capítulo

Art by rah-bop
http://rah-bop.deviantart.com/
(Art modified)



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