Shadow of the Colossus - A Lenda de Wander escrita por Kampos


Capítulo 2
Capítulo I - Prohibited Art


Notas iniciais do capítulo

Eu excluí todos os nomes que eu havia criado anteriormente, deixando apenas os nomes oficiais do jogo, não parecia estar muito certo. Também alterei um pouco a história que tinha criado.



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Vem cá, garota! — chamou Wander.

Agro pôs-se a correr em direção ao seu dono. Era uma égua negra e saudável. Uma das mais rápidas do vilarejo. Ela e seu dono eram praticamente inseparáveis. Todo dia Wander dava um passeio pelo bosque com ela.

Nessa manhã, após o passeio, Wander começou a treinar tiro ao alvo de cima de Agro com seu arco. Ele era um exímio arqueiro, dificilmente errava. Vinha treinando durante anos para ajudar nas caças do vilarejo.

Após alguns tiros certeiros, sua pontaria começou a ficar instável e parou de galopar, havia se distraído.

Desculpe, estou atrapalhando? Se quiser eu posso voltar mais tarde. — disse Mono, com uma voz suave.

Não, não se preocupe! Pode ficar. — respondeu pegando outra flecha de sua aljava.

Mono morava perto de sua casa. Os dois se conheceram há alguns anos, mas ultimamente têm criado uma relação mais forte. Ela possuía longos cabelos escuros, em contraste com sua pele e olhos, cujos eram bem claros.

Você é um excelente arqueiro, Wander! — disse Mono após outro tiro certeiro — Provavelmente o melhor do vilarejo.

Obrigado. — respondeu meio sem graça — Quer tentar?

— Eu não acho que vou conseguir...

— Vamos, eu te ajudo!

—Tudo bem... Vou tentar.

Wander desceu de Agro e pôs o arco com uma flecha nas mãos de Mono.

— Apenas puxe, mire, e atire.

O tiro de Mono não foi tão distante como o esperado, a flecha caiu a alguns metros dela.

— Caramba, que tiro terrível! — disse Mono entristecida.

— Calma! A primeira vez sempre é assim. — Wander colocou seus braços em volta de Mono, segurando suas mãos e fazendo o movimento certo. — Vamos lá, tente outra vez.

Ao soltar a corda, a flecha voou longe e acertou uma árvore bem distante de lá.

Viu? Foi um bom tiro agora. — disse sorrindo.

Os dois se entreolharam por um tempo.

— Eu tenho que voltar para casa agora...

— Eu posso te acompanhar se você quiser. Agro pode te levar. — apontou dando um carinho na égua.

— Obrigada, mas eu posso ir sozinha.

— Não, eu insisto! Você já veio andando até aqui, deve estar cansada, suba!

Mono subiu sem contestar.

Wander guiou Agro pelo bosque até a casa de Mono. Os dois ficaram em um silêncio quase absoluto durante o passeio. Observavam as plantas e animais do local, e de vez em quando seus olhares se cruzavam. Após alguns minutos, finalmente chegaram ao seu destino.

— Obrigada, Wander.

— De nad... — o jovem foi interrompido por um rápido beijo dado por Mono. Wander ficou imóvel.

— Podemos nos encontrar hoje mais tarde no bosque. Até mais! — se despediu já entrando em casa.

Wander sorriu.

Ele montou em Agro e foi direto para casa. Sua mãe não gostava quando ele se atrasava para o almoço.

Chegando em casa já conseguia sentir o cheiro delicioso da comida de sua mãe.

— Wander, é você? Chegou na hora certa! Ajude o seu pai a vir à mesa. — disse ela enquanto preparava os pratos.

Seu pai havia sido pego por uma doença rara que vinha o enfraquecendo. No passado era um ótimo guerreiro e arqueiro, chegando a ensinar a Wander algumas de suas técnicas. Agora, porém, ele mal consegue se levantar direito.

Wander ajudou seu pai a chegar até a mesa e começaram a comer.

— Como eu queria viver na terra de Dormin... — pensou o pai de Wander, dizendo em voz alta após uma pontada de dor.

— Não diga essas coisas! Aquele lugar é maldito! — disse a mãe.

— Mas você não acha que seria bom viver em um mundo sem doenças?

— De uma forma ou de outra, esse lugar não é mais o mesmo!

— Do que vocês estão falando? Vocês acreditam na lenda das Terras Proibidas? — perguntou Wander, surpreso. Os pais se entreolharam.

— A história é real, filho. Você nunca acreditou? Dizem que Lorde Emon é descendente de um dos xamãs da história, e que ele possui a Espada Ancestral como herança.

— Ninguém nunca viu essa espada, pai. Como podem dizer que é a mesma? Vocês são um dos poucos do vilarejo que creem nessa lenda.

A mãe de Wander aproveitou para mudar de assunto.

— Eu ouvi dizer que Lorde Emon recebeu uma mensagem dos deuses ontem e não saiu do santuário desde esse momento. Espero que hoje ele nos diga o que foi passado.

— Lorde Emon sempre foi um homem muito devoto, ele deve nos contar quando for a hora certa.

A conversa pouco se estendeu até o fim do almoço, e então Wander voltou à sua prática com arco e flecha do perto do bosque, treinando até o anoitecer. Após acabar o treino, montou em Agro e entrou no bosque para encontrar Mono.

Wander esperou por um tempo, mas Mono não apareceu. Então ele resolveu procurá-la pelo bosque, porém não obteve sucesso. O jovem cavalgou até a casa da garota para ver se ela estava lá.

Enquanto ia se aproximando da casa, Wander conseguia ouvir um som de choro se intensificando. Ao bater na porta, a mãe de Mono apareceu com os olhos cheios d’água.

— Com licença, a Mono está? — perguntou preocupado.

A mulher fez um olhar de ódio e angústia, e fechou a porta logo depois. Wander conseguiu ouvi-la voltando a chorar.

Sem entender, voltou a montar em Agro e correu para casa, onde encontrou seus pais entristecidos.

— Mãe, pai, vocês sabem o que houve com a mãe da Mono?

Os dois ficaram em silêncio por um tempo, o que trouxe um ar de melancolia.

— Wander... Lorde Emon fez uma convocação hoje à tarde... — disse seu pai.

— Ele disse que Mono possuía um destino amaldiçoado... Ela teve que ser sacrificada... Sinto muito... — disse sua mãe, com grande pesar em sua voz.

Wander ficou paralisado com a notícia, não conseguia acreditar. Nunca mais veria Mono.

— Onde está Lorde Emon? — perguntou com uma voz trêmula.

— Ele está em um exílio por alguns dias. Faz parte do sacrifício. Enquanto isso Mono deve continuar no altar do templo.

— Eu quero vê-la.

— Não pode, o santuário está trancado, ninguém pode entrar.

Wander foi em direção à porta de casa.

— Onde você está indo? — perguntou sua mãe.

— Eu quero vê-la. — respondeu Wander, rígido.


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Notas finais do capítulo

Art by domonovachan
http://www.zerochan.net/user/domonovachan



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