– você só esta preocupada com essa blusa? É isso mesmo?

– Claro! Você que é podre de rico, euzinha aqui sou pobre – Elena tentava secar um pouco a camisa que ela forçara o Miguel a molhar – irei matar aquele branco!

O elevador parou, e assustou os dois esse momento, pois nenhum dos dois sentira a porta fechar ou o elevador entrar em movimento.

– tenho que visitar umas pessoas, vem? – Léo estendeu a mão e Elena pensou um pouco, mas acabou aceitando o convite.

(...)

– Gabriel? – Miguel parou e olhou para trás – sabe quanto tempo não ouço esse nome?

– sim, eu sei de tudo – o professor de Miguel sorriu – mas agora só quero dizer uma coisa: vou te proteger!

E com isso ele simplesmente desapareceu.

– não vai! Já chega de brincadeiras – Miguel saiu correndo para o apartamento.

(...)

– Eles são tão fofinhos – Elena babava, literalmente, pelos bebes.

– Obrigada – Mariza ficou meio sem jeito – onde está o Miguel?

– Não sei – Leonardo falou, pegando o celular e discando o número de Miguel.

(...)

– Hm? – o telefone de Miguel começa a vibrar – Alô!

– Cadê você? – Leonardo parecia irritado ao telefone, mas Miguel continuou calmo.

– Estou chegando, é que eu encontrei um conhecido e resolvi botar o papo em dia, desculpe.

– O que? Miguel pedindo desculpas? Quem é você? – Leonardo acreditou na meia verdade de Miguel e começou a brincar com um dos gêmeos.

– Ah, palhaço – Miguel entrou no hospital – estou quase chegando.

E desligou o telefone, e começou a se locomover até o quarto.

(...)

– até que enfim – Leonardo, falou vendo Miguel aparecer no quarto – depois eu que sou irresponsável.

– foi mal, Elena preciso falar contigo! – Miguel, como sempre: prático.

– tudo bem – ela sorriu – agora vem babar as crianças.

Depois de alguns minutos discutindo, ou seja, Miguel e Léo conversando, e Elena tentando separar e Mariza rindo, eles saíram do hospital e começaram a ir para o estacionamento.

– Miguel! Posso falar contigo? – Elena puxou Miguel para um lugar mais calmo.

– claro que pode, aproveita me amarra e pede resgate – Miguel e sua ironia atacam novamente.

– palhaço – Elena estava séria demais – agora eu tenho uma pergunta.

– Faz logo – Miguel estava com sua paciência no limite.

– quem é o seu antigo professor?

Miguel se assustou.

– como ela sabe? É um blefe, só pode! Ou algum contou para ela, se foi isso os dias dele estão contados – Miguel pensou desesperado e sorriu.

– como assim? Tive vários professores – Miguel a observou bem.

– não se faça de bobo, sabe de quem estou falando – Elena sorriu – só quero lhe ajudar, façamos assim, quando você estiver pronto para me contar, me procure estarei por perto.

Ela saiu como se nada tivesse acontecido, mas Miguel...

– droga! Vou matar o desgraçado que fez isso, ela não saberia assim do nada, agora quem foi? Manoel? Não ela não conhece, então quem... – Miguel continuava com sua guerra psicológica para descobrir quem poderia ter contado a ela, mas fora interrompido por Léo buzinando.

– dava para você demorar mais, sabia? – Léo estava irritado, assim que Miguel entrou e sentou ele arrancou com o carro – Mit vai matar a gente.

Elena durante a viagem interia ficou olhando para o céu, Miguel ficou com sua guerra mental para descobrir quem poderia ser o fofoqueiro que contou sobre “assunto” para Elena e Léo, bem, dirigindo e cantando alguma musica junto do rádio.

– gente o dia está tão chato, né? – Elena falou assim que saiu do carro.

– é? Só se for pra você – Léo saiu do carro, mas Miguel continuava a pensar – o do mundo da Lua da para voltar para a Terra?

– hm – Miguel se assustou e olhou para Elena que estava com um sorriso no rosto – foi mal.

Quando eles entraram no apartamento.

– ONDE VOCÊS ESTAVAM?! – Mitsuki estava envolta em uma áurea assassina.

– No hospital – Léo falou com medo.

– ENTÃO ESTA NA HORA DE VOCÊS VOLTAREM PARA LÁ, SÓ QUE COMO PACIENTES – Mitsuki começou a andar em direção dos três, só que não tinha visto Miguel e Elena, pois os dois estavam do lado de fora ainda, mas quando ela viu a Elena, ela pulou encima dela e começou a falar – onde você estava? Você me deixou preocupada, que tipo de amiga você é? Passou fome? Caraca você molhou essa camisa com o quê?

– eu fiquei em uma pensão; desculpa, precisava pensar; não passei fome e molhei a camisa com refrigerante – Elena respondeu calmamente.

– Miguel? – Mitsuki estranhou vê-lo parado olhando para o nada.

– hm? – Miguel “acordou” – o que foi?

– está tudo bem amor? – Mitsuki o abraçou.

– sim, é que eu... Nada estou bem – e sorriu no final, não queria que ela soubesse.

– tem certeza? – Mitsuki insistiu.

– absoluta – Miguel a beijou e entrou.

– vou descobrir o que é esse ”nada”, mas por que ele não quer me contar? Ele me traiu? Não, ou será? Não Mitsuki, não seja boba! Ele? Te traindo? Nunca! Ele sabe o que espera se isso acontecer, mas eu vou descobrir, ah sim eu vou! – Mitsuki entrou na casa sorrindo.

A noite chega, todos estão sentados a mesa, se encarando, o apartamento completamente escuro, somente uma vela acesa iluminando os quatro que estavam sentados a mesa.

– bem... Por que você quer fazer isso mesmo? – Léo não entendeu o que acontecia e o porquê que acontecia.

– é só uma conversa – Elena sorriu.

– e precisa ser assim? – Léo olhou para Elena com intensidade.

– assim tem mais graça – ela sorriu de novo – bem, estamos aqui por que eu quero contar para vocês o porquê que eu saí assim do nada – Elena falou em voz alta.

– que bom! Por que eu achei uma palhaçada, uma coisa muito infantil de sua parte – Léo cruzou os braços.

– da pra ser! Quero dormir – Miguel falou coçando os olhos.

– é! Hoje foi cansativo! – Mitsuki falou pondo os braços em cima da mesa e pondo a cabeça por cima deles.

– eu saí daqui por que eu não posso mais aguentar o Léo se esfregando com a Luna. Pronto falei! – Elena foi direta.

– Como?

– é isso Léo, você era meu namorado e ficou se esfregando para aquela loira aguada!

– não fiquei! – Léo alterou o tom de voz

– ficou sim, aquela loira aguada fica dando em cima do meu namorado, correção ex-namorado, e ele aceita e nem se quer lembra que tinha uma namorada – Elena levantou.

Miguel e Mitsuki se olharam e suspiraram.

– olha aqui, eu só estava sendo legal com a pessoa que nos ajudaria – Léo se levanta também.

– gente, para – Mitsuki tenta apartar a briga, mas não consegue nem a atenção dos dois.

– seu traidor

– sua mimada

– Miguel... me ajuda – Mitsuki pede com aquele jeito.

– ah droga, não queria me meter nisso – Miguel se levanta, da um selinho em Mitsuki, se aproxima dos dois brigões e aplica um movimento de imobilização em Léo e empurra gentilmente a Elena para longe – da para parar?

– foi ela/ele que começou – falou Léo e Elena, respectivamente.

– não importa, parem – Miguel soltou o Léo e sentou novamente.

– hm, e a outra coisa que tenho que falar – Elena começa a falar – temos que sair daqui, acho que tem gente atrás de nós.

– como assim Elena? – Miguel se interessa pelo assunto.

– é que há alguns dias, percebi que tem duas pessoas me seguindo.

– que seriam? – Mitsuki, agora, esta interessada também.

– um casal, os dois loiros.

– tem certeza? – Léo se pronunciou.

– tenho, não sou você – Elena sorriu cínica.

E a briga entre os dois começou, Miguel e Mitsuki se despediram e foram dormir, e os dois “amigos” discutiram a noite toda.

(...)

Nasce mais dia na bela cidade de Londres, os raios ensolarados começam a se fazer presente e aos poucos o movimento começa nas ruas, e no apartamento parecia ser um deserto: calmo e silencioso, Todos estavam dormindo, o apartamento estaria praticamente deserto, se não fosse pelo corpo que se movimentava lentamente pelos os aposentos.

– mais um dia... – e Miguel se levanta e vai fazer sua higiene matinal.

Pouco tempo depois Mitsuki levanta, faz a higiene matinal, penteia os cabelos, e vai para a cozinha.

– bom dia – Mitsuki praticamente se joga em Miguel – quero dormir!

– dorme... – Miguel sorriu e a abraçou.

– não dá

– por quê?

– você não ta lá.

Miguel sorriu e a colocou no banco enquanto terminava de preparar o café.

– o Léo ronca! - Mitsuki falou com a voz rouca de sono, e depois teve outro ronco – e muito.

Miguel sorriu e outro ronco, depois de Miguel e Mitsuki tomarem o café.

– quem o acorda? – Miguel se virou para Mitsuki.

– Jókempô? – Mitsuki sorriu.

– um

– dois

– Três

E Miguel ganha, papel sobre pedra, Mitsuki suspira e avança para a missão que ganhara, ou perdera.

– Léo? – Mitsuki cutucou o ombro do irmão.

Ele só se mexeu.

– Maninho... – ela cutucou de novo, e ele só se mexeu.

– tentei agora é você – Mitsuki começou a se afastar.

– nada disso, você perdeu você acorda ele – Miguel começou a seguir para o quarto.

– chato – e Mitsuki foi para sua missão.

Miguel abriu a porta do quarto, onde Elena estava dormindo.

– ela dorme... – Miguel entrou -... tão quieta.

Miguel entrou chegou perto da janela e sorriu maleficamente.

– BOM DIA – ele gritou abrindo a janela e o sol indo na cara dela.

Ela pulou chutando o ar, Miguel só ria, depois ela levantou desesperada e bateu de cara na parede.

– você... você... – Miguel ria muito, nem conseguia respirar.

– vou matar você – Elena levantou com sede de sangue e Miguel para salvar seus filhos correu.

Eles corriam, e Miguel ainda ria, passaram pela sala e Mitsuki não tinha conseguido acordar o Léo e vendo a cena desistiu e começou a rir.

– hm, o que ta acontecendo? – Léo levantou mal humorado.

– socorro - Miguel passou por cima de Léo e Elena pelo lado.

– parem com isso – Léo se levantou, mas foi derrubado pela almofada que Elena tacou.

– PARA – Léo começou a pegar fogo, literalmente.

– Léo você vai por fogo na casa – Mitsuki andou para trás apavorada.

– o que? – Léo começou a se aproximar de Mitsuki.

– Léo para... – Miguel vendo o que iria acontecer tentou

– parar com o que Miguel? – Léo esticou as mãos e chegava mais perto de Mitsuki.

– droga – Miguel começou a sentir medo pelo poderia acontecer e começou a sentir uma pequena pressão atrás da cabeça, perto da nuca.

– agora você vai sentir o gosto do fogo – Léo estava completamente fora de si, quase encostando as mãos em chamas na Mitsuki.

– Para – Miguel gritou, e assim que a voz sumiu um forte vento gélido passou pelo local, fazendo com que todos tremessem de frio, menos Miguel que estava no centro da sala de olhos fechados e envolta de si começava a nevar.

– a folder glacies? – Léo começou a “apagar” e caiu desmaiado no chão, Mitsuki olhava aterrorizada e Elena sorria.

– bom dia! ... – Luna entra na sala e vê a cena: Léo chamuscado, Miguel parado flutuando envolto por uma massa de ar gelada, Elena sorrindo e Mitsuki parada em estado de choque.

– vou ter que começar e rápido, senão teremos perdas – nisso Miguel caí desmaiado no chão perto de Léo – droga.

CONTINUA