Love Is Always Good escrita por thisistherealryanross


Capítulo 12
'Cause you're all I want, you're all I need.


Notas iniciais do capítulo

Olá. A música é essa: http://www.youtube.com/watch?v=6dgcIaYyd2Q&feature=fvst
Eu amo muito essa música, ela é uma das minhas favoritas. É estranho porque eu me identifico demais com ela, expressa tudo o que eu sinto. Eu sempre canto ela quando eu tô triste.
Também queria saber se ainda tem algum leitor? IKASHDKASDNDB



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Cause you're all I want

Pois você é tudo que eu quero

You're all I need

Você é tudo que eu preciso

You're everything, everything

Você é tudo, tudo

You're all I want

Você é tudo que eu quero

You're all I need

Você é tudo que eu preciso

You're everything, everything

Você é tudo, tudo

You're all I want

Você é tudo que eu quero

You're all I need

Você é tudo que eu preciso

You're everything, everything

Você é tudo, tudo

You're all I want

Você é tudo que eu quero

You're all I need

Você é tudo que eu preciso

Everything, everything

Tudo, tudo


Lifehouse - Everything


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Eu havia me safado por pouco. Mas eu confesso que estava sentindo algo por ele. Talvez no fundo eu quisesse que aquilo acontecesse.

Depois de ele quase me beijar, seria estranho e constrangedor ficar perto dele, por isso decidi me afastar.

No intervalo, Brendon foi até mim.


– Oi, Ry.

– Oi, Brenny.

– Eu soube do que aconteceu - riu. - As notícias correm rápido.

– Oh, droga. Foi o Dallon, não foi?

– Foi - riu de novo. - O Dan contou pra ele e ele contou pra nós.

– Tinha que ser.

– Como você está se sentindo?

– Minha cabeça está doendo.

Brendon riu alto e eu sorri.

– Você gosta dele, não gosta?

– Não, de jeito nenhum.

– Ah tá. Conta outra, Ryan.

– É sério.

– Vou fingir que acredito.

– Mas é verdade.

– Tá, e eu sou um fantasma.

– Tudo bem... é verdade, eu gosto dele.

– Então por que fugiu?

– Não eram a hora nem o lugar apropriados. Fora isso, a diretora estava atrás de nós.

– Bem, nisso eu tenho que concordar. Mas quando isso acontecer, eu quero que você me conte todos os detalhes.

– Idiota! - dei um leve tapa na cabeça de Brendon, que riu.


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Mais um mês havia se passado. Por vezes, eu ia falar com meus amigos, mas sempre evitando o olhar de Dan. Quando caminhava pelos corredores, sentia alguém me observando. Pela sexta maldita vez que isso aconteceu, consegui perceber quem era. Claro. Como eu era estúpido! Era ele, obviamente. Certamente você descobriu primeiro que eu de quem se tratava, o que prova, mais uma vez, que eu sou um perfeito idiota.

Durante um certo tempo fiquei com uma dúvida na cabeça: o que exatamente ele queria? Provavelmente estaria esperando a oportunidade certa para me atacar e fazer com que eu batesse minha cabeça no armário novamente.

Ok, talvez eu estivesse um pouco paranoico com isso. Eu sentia medo o tempo inteiro. Sempre tentava correr para perto de Hayley e Z, ou até de algum desconhecido.


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Numa tarde de quinta-feira, escutei passos vindos em direção ao meu quarto. Brendon e Jon já estavam lá antes. Acompanhados por Spencer, levaram Dan até meu quarto. Quando me cumprimentaram, dei oi e olhei para eles, mas sem observá-los. Quando me dei conta de que Dan também estava ali, olhei mais uma vez. Pude notar os sorrisos nos rostos de Jon, Brendon e Spencer.

– Eu o convidei - disse Spencer, deixando o quarto acompanhado pelos outros dois.

– Oi.

– O-oi.

– Me desculpe por... você sabe - sorriu tímido. - Eu estava fora de mim.

– Nah, tudo bem - mas na verdade não estava. Eu queria sair correndo dali.

– O que está fazendo?

– Trabalho. Você já o fez?

– Já.

– Legal.

O assunto havia terminado e, como consequência, o quarto ficou tomado pelo silêncio. Subi em cima da cama para pegar uma tesoura e Dan foi atrás.

– Ryan.

– Sim?

– Tem uma coisa que eu preciso de contar.

Eu podia imaginar perfeitamente o que era.

– F-fala.

– É que... tem uma coisa na sua boca - riu nervosamente. - Tudo bem, agora eu vou contar realmente o que é. Bem, acho que talvez você já saiba por conta de alguns... sinais. Ou o Dallon. Mas eu quero que você ouça de mim dessa vez: eu gosto de você, Ryan.

Pela minha cara de não-surpresa, percebi que Dan concluiu que eu realmente já sabia. Eu teria que pensar rápido no que fazer.

– Eu também gosto de você, Dan. E também acho que você já sabe graças a um tagarela chamado Brendon Urie.

– É.

– Então estamos resolvidos?

– Estamos.

– Ótimo - sorri.

Desci da cama e voltei a sentar no chão, onde estava meu trabalho, quase finalizado. Novamente, o louro foi atrás de mim. Ficou me observando enquanto eu fazia o trabalho. Depois, quando o terminei, me levantei para guardar os materiais. Dan tocou em meu ombro. Virei para ver o que meu amigo queria e ele me beijou.


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Eu estava namorando ele. Estávamos todos na Starbucks(da qual eu já havia acertado minha demissão havia algum longo tempo): eu, Brendon, Jon, Spencer, Dan, Ian, Z e Hayley.

Já havia se passado uma hora. Dallon e Z deixaram o local. Jon e Ian foram logo depois.

Nós quatro, que havíamos sobrado, estávamos deixando o local aproximadamente quarenta minutos depois. Era tardezinha. Dezenove horas, eu diria.

Estávamos quase chegando em casa; poucas ruas faltavam. Paramos em frente a uma delas, em frente a uma faixa de segurança.

– Brendon, não - alertei. - Espera, Brendon, não atravesse, você pode ser atropelado. Brendon, volta aqui.

Mas ele teimou. Por pouco não foi pêgo por um carro. Deu meia-volta e parou no meio da rua.

– Viu? Ainda estou aqui.

Mas não demorou muito. Foi uma questão de segundos até um carro derrubar seu corpo magro.

– Brendooooon! - gritei. - Não! Não, Brendon, não!

Meu coração apertou e lágrimas escorreram rapidamente por meu rosto. Tentei correr em direção a ele, mas Dan me segurou com força. Sentei no chão, chorando desesperadamente, enquanto o louro ainda me segurava.

O motorista do carro que atropelara Brendon saiu dele, desesperado, e ligou para a ambulância.

Os pais de Brendon não estavam na cidade. Spencer, nervoso, ligou para eles.

Logo a ambulância chegou e colocou o corpo de Brendon na maca.

– Escute-me, Ryan, você precisa ficar calmo, está bem? O Brendon vai ficar ótimo e logo vamos estar conversando. O Spencer vai com ele para o hospital e nós vamos daqui a pouco.


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Já no hospital, avistamos o médico.

– Como ele está?

– Não sabemos ainda.

– Eu quero vê-lo.

– Sinto muito, mas no momento, nem o senhor e nem ninguém pode entrar no quarto.

– Eu preciso vê-lo.

– O senhor não pode.

– Não me importa se eu posso ou não! Ele é meu amigo! - gritei e cheguei mais perto do médico.

– Ryan, se acalma - disse Spencer, fazendo eu sentar novamente.

– Me acalmar o caramba!

– Ele vai ficar bem, relaxa.

Após algum tempo - uma hora e meia, eu diria -, o médico chegou.

– Agora ele pode receber visitas.

– Por favor, deixem eu ir primeiro.

– Podem ir dois de uma vez só - disse o doutor.

– Eu quero ir sozinho.

Todos assentiram e o médico me levou até a sala onde meu amigo estava. Quando cheguei lá, ele já estava acordado.

– Oi - ele disse baixinho.

– Oi. A culpa disso é sua. Eu mandei você não atravessar a rua.

– Eu sei, me desculpa.

– Agora o estrago já está feito. Olhe só para você. Seu rosto... se eu não soubesse que é você, eu pensaria que é outra pessoa.

Brendon riu pelo nariz.

– Eu vou ficar bem. Eu prometo.

Segurei sua mão.

– Obrigado, Ryan, por tudo. Eu tenho muita sorte de ter um amigo como você.

– Sério? Mas eu sou chato. Eu já deixei você plantado por horas.

– Isso é passado. Eu te amo, Ryan, você sempre vai ser meu melhor amigo. Eu espero que você seja muito feliz. Você merece.

Sorri. Antes que pudesse falar alguma coisa, ouvi um barulho. Levantei da cadeira e sacudi Brendon. Gritei por alguém e logo o médico e a enfermeira chegaram. Tentei me aproximar de Brendon mas a enfermeira se pôs na minha frente e disse algo sobre eu sair da sala. Não prestei atenção. Logo, me colocaram para fora da sala.

Sentei-me do lado de fora, quando uma mulher veio e me levou de volta à sala de espera.

– Ryan! - Hayley gritou.

– Ryan. O que houve? - Dan encostou sua testa na minha e colocou sua mão na minha bochecha.

– Ele está morto.


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Todos estávamos lá. Os pais dele choravam como se não houvesse amanhã. Não podia culpá-los, afinal eu já havia passado por isso com meus pais. É, eu já havia. E agora estava acontecendo de novo.

Era num campo o lugar no qual estávamos enterrando ele. Havia uma floresta perto. Fiquei sentado na grama, apoiando as costas em um tronco de árvore, longe de todos, que olhavam para o corpo dele, chorando.

Anos de amizade cobertos por terra.

– Ryan, nós vamos embora. Você vem?

– Não, eu vou ficar.

– Tudo bem. Se controle.

Logo, só sobraram eu, Grace e Boyd Urie.

– Obrigada, Ryan. Obrigada por sempre estar com ele e o apoiar.

– É para isso que servem os amigos, não é o que dizem?

– Ele gostava tanto de você. Chegava em casa falando como ele tinha orgulho de ter um amigo como você. Forte, fazendo os outros felizes mesmo quando estava desabando. Não fiquei surpresa, já que você sempre pensa nos outros antes de você mesmo. Sempre foi assim.

Eu ainda choro todas as vezes que lembro disso.

Enquanto falava, Grace chorava, relembrando de quando ele ainda era vivo.

– Somos pais horríveis. Estávamos viajando enquanto ele estava na cama de um hospital.

– Não. Vocês não tinham como saber.

– Você estava com ele. Quais foram suas últimas palavras?

– Ele... disse que eu sempre serei seu melhor amigo e que quer que eu seja muito feliz.

Fez que sim com a cabeça. - Nós vamos indo. Fique bem.

Quando os dois saíram, caminhei até o túmulo. Naquele momento, eu sentia raiva.

– Você me prometeu.

Enquanto falava, jogava pequeninas pedras no túmulo.

– Eu mandei você não atravessar a merda daquela rua. E o que você fez? Ah, é, atravessou. Parabéns. Agora você está aí deitado, descansando, enquanto as pessoas estão sofrendo por sua causa. Você é muito egoísta, sabia disso? Isso tudo é culpa sua. Espero que esteja feliz agora, seu idiota.

Find me here

And speak to me

I want to feel you

I need to hear you

You are the light

That's leading me to the place

Where I find peace.. again


Não consegui me segurar.


– Por que você tinha que morrer? Já não bastava eu ter que aguentar a morte das duas pessoas que eu mais amava no mundo todo, agora você. Uma dessas pessoas quase me matou, e eu a amava. Eu sei que é errado, mas eu amava. Eu não posso lidar com mais uma morte. Não mais. Então aqui eu estou, pra morrer do seu lado.


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Notas finais do capítulo

Obrigada.



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