Love Is Always Good escrita por thisistherealryanross


Capítulo 11
Can you hear my heartbeat?


Notas iniciais do capítulo

Gente, de agora em diante não vai mais ter dia exato pra postar porque eu sou uma idiota que não cumpre o que fala.
Apreciem o som da voz da gata linda e maravilhosa que é a Z Berg: http://www.youtube.com/watch?v=b0okSCBqw18



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Can you hear my heartbeat?

Você pode ouvir meu coração?

Please don't stand so close to me

Por favor, não fique tão perto de mim

Can you hear my heartbeat still beating strong?

Você pode ouvir meu coração ainda batendo forte?

JJAMZ - Heartbeat

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- Ryan, entre.

- Oi, Dan...

- Entra.

- Ryan, querido, como vai você?

- Bem, obrigado.

- Dan não parou de falar de você a semana toda, então resolvi chamá-lo para jantar aqui.

- Mãe! – Dan falou baixo.

- O que foi? Só estou contando para o Ryan.

Dan coçou o pescoço e sorriu timidamente para mim.

- Obrigado por me convidar.

- Você estava mesmo precisando de uma folga, não acha?

- Claro...

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- O jantar estava realmente maravilhoso, mas eu preciso ir. Obrigado pelo convite.

- Durma aqui esta noite – a mãe de Dan disse.

- Aprecio o convite, mas eu não posso.

- Está muito tarde para você ir embora.

- Mas eu não tenho roupas.

- O Dan empresta para você.

- Ahn... tudo bem então, eu só tenho que ligar para a senhora Smith.

- Sem problemas. Pode ir no quarto do Dan para falar melhor com ela.

- Ok.

Fui para o quarto de Dan e liguei para a mãe de Spencer, torcendo para que ela não deixasse. Mas ela deixou, concordando com a mãe de Dan que estava muito tarde para eu voltar para casa.

De costas, senti alguém se aproximando silenciosamente. Virei a cabeça para saber quem era e, quando vi, levei um susto e meu celular voou de minhas mãos. Dan riu ao ver o objeto caindo no chão.

- Você parece nervoso. Aconteceu alguma coisa?

- Não, é impressão sua.

- Ela deixou?

- Deixou – falei tentando parecer animado.

- Ótimo. Eu vou tomar um banho, fica aí fazendo qualquer coisa.

- Ok.

Fiquei sentado na cama, apoiado na cabeceira, escutando música e cantando, os olhos fechados e a cabeça balançando animadamente.

Quando abri meus olhos, vi Dan com uma toalha na cintura, me encarando com um sorriso.

- Há quanto tempo você está aí?

- O suficiente para assistir seu show – riu.

Corei levemente e abaixei a cabeça. Quando a levantei, vi a boca de Dan se mexendo, mas não prestei atenção em suas palavras. Minha atenção estava voltada para outra coisa.

- Ryan? Ryan!

- Sim?

- Se importa de olhar para o lado? Eu preciso me vestir.

- Ah, sim.

Virei minha cabeça enquanto Dan se vestia. Depois, deitei no colchão que estava no chão e Dan apagou as luzes.

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Era terça-feira. Eu estava sozinho e, como sempre, sentado na grama à sombra de uma árvore. Ouvi alguns de meus amigos conversando.

- Quando é que você vai contar que gosta dele?

- Logo.

- Logo quando?

- Hoje.

- Promete?

- Prometo.

- Ótimo.

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Dallon’s POV:

Dan escrevia num papel pequeno, arrancado de uma folha.

- Por bilhete? – perguntei, desacreditado. Os outros também olhavam para ele.

- Quê? – questionou Ian com descrença.

- Qual é, Dan, você não acha que ele merece coisa melhor?

- O que vocês querem que eu faça? Eu não tenho coragem de falar se ele estiver me olhando.

Todos olhamos impacientes, até que ele dobrou o pequeno papel e pediu para um de nossos colegas passar adiante, até chegar na pessoa certa.

- Daniel, o que é isso?

- Hã... nada.

- Me dê o bilhete. Agora.

Dan entregou o papel e todos nós mostramos decepção pelas expressões faciais.

- A diretora vai gostar muito de ver isso – disse a professora.

Maldita. Acabou com tudo.

Dallon’s POV Off.

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- Ei, Ryan!

- Sim?

- Me desculpe por pedir isso, mas... você pode ir até a diretora comigo? Sabe, aquele bilhete contém coisas muito pessoais e eu não gostaria que a diretora lesse.

- Sim, eu vou.

- Obrigado.

Chegando lá, vimos que não havia ninguém. Por sorte, Dan achou o bilhete em cima da mesa, pronto para ser aberto. Escutamos um barulho de salto batendo no chão, vindo na direção da sala. Dan e eu nos entreolhamos.

- Vamos entrar ali – apontou para o armário.

Imediatamente o abrimos e entramos. Ouvimos uma voz vinda de fora e, logo após, essa voz sumiu. Ficamos ali por um tempo até termos certeza de que era seguro sair.

- Melhor sairmos do armário.

Dan riu e eu permaneci sério, com um pouco de nervosismo.

- Não foi isso que eu quis dizer.

- Vamos dar o fora daqui de uma vez, antes que aquela mulher volte.

- Você pegou o que queria?

- Peguei.

- Ótimo.

Sentei na grama como sempre, e Z e sua amiga vieram em nossa direção.

- Quanto tempo.

- É.

- Você nunca mais foi nos procurar.

- Me desculpe, eu...

- Ei, relaxa. Eu não estou brava ou algo do tipo – sorriu.

- Tudo bem. Podem ficar comigo e com os outros se quiserem.

- Claro, obrigada. E por que você não está com eles?

- Eu tenho meus motivos.

- Ok. Vem, Hay, vamos deixar ele sozinho.

Dallon’s POV:

- Parabéns, Dan. Parabéns mesmo. Você merece um prêmio por idiotice fora do normal.

- Não foi minha culpa, Dallon.

- Você poderia ter sido mais discreto.

- Eu fui discreto. O que você queria que eu fizesse? Brigasse com a professora e tomasse o bilhete da mão dela?

- Você podia.

- Olha, Dallon, ele está aqui, ok? Eu peguei ele de volta.

- Não é o suficiente.

- Eu não vou me arriscar a mandar isso de novo pra ele. Esquece.

- Então que tal contar na frente dele? Crie coragem, vença seus medos!

- Não, Dallon, já chega. Isso tudo é culpa sua.

- Culpa minha? Eu só quero que as coisas deem certo pra você!

- Dar certo? A diretora quase pôs as mãos em uma coisa que eu não conto nem para os meus pais! Você chama isso de “dar certo”?

- Então acho que você devia contar para eles. Pare de ser medroso, Dan. O que eles podem fazer?

- O que você acha que sabe sobre a minha vida?

- Se você não contar, eu conto.

- Toma, Dallon – entregou-me o bilhete -, pode ficar.

E assim, saiu.

Dallon’s POV Off.

- Oi.

- Oi...

- Por que você não vai mais lá conosco?

- Não sei...

- Você sabe sim. O que está acontecendo, Ryan?

- Nada, Dan.

- Você sabe que pode confiar em mim, não sabe?

- Sim.

- Então confie.

- Você não vai querer saber.

- Se eu estou perguntando é porque eu quero.

- Magoaria você, e também pode ser coisa da minha cabeça. Você sabe, ela não funciona muito bem – ri pelo nariz.

- Não vai me magoar.

- Eu sei que vai. Deixa isso pra lá, ok?

- Tudo bem. Com uma condição.

- Qual?

- Você parar de se isolar e voltar a ficar conosco.

- Dan...

- É isso ou nada feito.

- Ok...

- Ótimo.

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Era quinta-feira, dia de prova de geografia. Pessoalmente, eu odiava essa matéria, e digamos que meu professor mal sabia explicar o conteúdo. Se você quisesse ir bem, teria que aprender por conta própria.

Eu já estava ficando louco de estudar para todas essas provas. Mas, como eu já disse inúmeras vezes, teria que dar o melhor de mim – e talvez nem isso fosse suficiente – para entrar em uma boa faculdade.

Eu estava em frente a meu armário, colocando meus livros nele e pegando outros.

- Bú!

- Droga, Dan, que susto.

- Essa foi a intenção.

O sinal tocou e rapidamente. Os alunos foram sumindo dos corredores. Fechei meu armário e me preparei para ir, quando Dan me interrompeu:

- Espera aí, aonde você vai?

- Para a aula?

Dan negou com a cabeça.

- Dan, nós temos que ir.

Mas ele não me deu ouvidos; ao invés disso, chegou mais perto, fazendo com que eu batesse com força no armário.

- Dan, o que você está fazendo?

Ele me olhava nos olhos, com um sorriso gentil, mas que me assustava um pouco.

Quando finalmente percebi o que ele iria fazer, meu coração acelerou e minha respiração falhou. Eu queria sair dali, mas estava espremido no armário e não havia nada que eu pudesse fazer.

- Daniel?

Uma voz feminina chamou. Era a diretora. Graças a Deus, pensei.

- Parece que temos que ir. Tchau.

Saí correndo e entrei na sala.


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Notas finais do capítulo

Obrigada.



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