E Se For Amor? escrita por crazydreeams


Capítulo 4
Obrigada, Styles.


Notas iniciais do capítulo

OI GATAS.



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“Ela te ama, yeah, yeah, yeah.”

She Loves You – The Beatles

         [Harry]

         – COMO HARRY?! COMO?!

         – Mãe... PARA DE REPETIR ISSO!

         – HARRY EDWARD STYLES, EU ESTOU DECEPCIONADA COM VOCÊ!

         – MÃE!

         – COMO TIRA 1 EM UMA PROVA?!

         – O PROFESSOR É UMA MERDA, A MATÉRIA É UMA MERDA, EU ODEIO MATEMÁTICA!

         – HARRY, COMO ESCONDE ISSO DE NÓS?! – meu padrasto entra na discussão.

         – CALA A BOCA, VOCÊ NÃO É MEU PAI! – grito apontando o dedo pra ele e os dois me olham incrédulos. Gemma fica sem reação.

         – HARRY! – minha mãe grita.

         – VIDA DE MERDA! – grito arrancando minha mochila - que ela fuçou – da mão dela e saio bufando até a porta.

         – HARRY, VOLTA AQUI!

         A ignoro, bato a porta com força e já vejo o ônibus. Ouço ela me gritando, mas entro rápido e o ônibus arranca. Vou andando e me atiro em um assento qualquer. Abaixo a cabeça e fico ali amassando meus cachos até ouvir uma voz doce.

         – Bom dia? – essa voz pergunta.

         Levanto a cabeça e encaro. A menina mais linda do mundo na minha frente. Cara, ontem ela tava tão legal... Será que tudo não passou de um sonho?
         Sem ânimo e brevemente, respondo:

         – Ah, oi, Charlotte.

         Abaixo a cabeça novamente e começo a pensar. Mais um problema na minha vida. Ela. Por que justo ela?! Tipo, a maioria das meninas morreriam recebendo um ‘oi’ meu, e eu gosto justo da Charlotte! A menina que me odeia e que tem uma personalidade bipolar do caramba.

         – Ham... Tudo bem?

         ‘Tudo bem’. Hum. Tudo bem.

         ...

         Tudo bem?

         TUDO BEM?!

         Espera. Calma. Raciocina. Rebobina. Volta no tempo. Harry Edward Styles, Charlotte Payne te deu ‘bom dia’ e AGORA PERGUNTOU SE VOCÊ TÁ BEM!

         Levanto a cabeça novamente e olhos castanhos curiosos procuram os meus.

         – É-É você mesmo? – palmas pro gênio em palavras, Harry Styles. Não Harry, ela é um alien. Um alien lindo por sinal e isso não vem ao caso.

         Ela solta uma risada confusa.

         – O quê?! – pergunta divertida.

         – Não, quero dizer, tipo, ham, me cumprimentando. – e o gênio ataca novamente.

         – Arh... Eu pensei que depois de ontem nós ham... Estávamos... Tipo... Bem... – ela coça a cabeça um pouco sem graça.

         NÃO ME ACORDA DESPERTADOR.

         Um pesadelo que minha mãe viu minha prova de matemática se tornou em um sonho que a Charlotte diz que estamos bem um com o outro?!

         Abro um sorriso ‘rasgante’, minhas covinhas até doem.

         – Sério?

         – É... Ou não... Você que sabe.

         Eu rio. Ela tava nervosa?  

         – Estamos bem sim. – continuo sorrindo. Ela deve pensar que eu sou um palhaço de circo.

         – Então tá! – agora ela sorri, iluminando tudo de repente e eu tô muito gay ultimamente – Mas você tá bem? – pergunta meio sem graça.

         – Arh... – lembro da discussão e fecho o sorriso – Tô bem sim, e você? – abro um sorriso fraco e ela silencia me encarando.

         – O que aconteceu? – pergunta séria.

         Nossa, eu disfarço tão bem, devia ganhar um oscar.

         – Você importa? – tento mudar de assunto.

         – Lá vem você! – ela fala meio impaciente e bate as mãos em sua mochila.

         – Bom, ontem, nesse mesmo horário, você me disse ‘eu te odeio, Harry’. – ela silencia – Gosta de mim agora? – pergunto sorrindo e ela continua calada parecendo pensar.

         – Se eu não me importasse, não te perguntaria. – fala séria. Ela ignorou o que eu falei? Muito legal! Deixar mais uma pergunta sem resposta na minha cabeça. Já basta as de matemática, eu hein.

         – Então... Você se importa comigo! Né?

         – O que aconteceu? – continua séria.

         – Ham... Eu amo barrinhas de chocolate.

         Suas sobrancelhas se encontram.

         – O quê?!
         – Tô ignorando suas perguntas igual fez comigo. – falo rindo de leve e ela me encara.

         – Harry!

         – Nada, Charlotte! Não aconteceu nada.

         Ela fica calada por um instante, mas logo se pronuncia tão meiga como aquelas princesas da Disney:

         – Fala... Talvez eu possa te ajudar...

         – Não vai poder, princesa.

         E o anta deixou seus pensamentos invadirem sua fala. Palmas. Agora sim, me chame de pimenta.

         – Princesa? – ela muda de expressão completamente. Tô falando que ela é bipolar.

         – Princesa o quê?

         Bota um ovo na minha cara, minhas bochechas fritam pra você.

         – Vo-Você me chamou de princesa...

         – Chamei? Quando? – idiota.

         – Agora! Você disse que... Ah... E-Esquece. – agora ela tava vermelha – Devo estar ouvindo coisa... – fala sem graça e solta uma tossida nervosa.

         – Mas... Você é uma princesa, Charlotte. – falo dando um sorriso de canto e ela não esconde o seu.

         – Obrigada, Harry. – fala firme e afirma com a cabeça – Enfim, me conta o que aconteceu?

         – Nada. Mas obrigado por se preocupar.

         – Por favor, Harry! – ô menina insistente!

         – Tá. Na escola eu te conto, ok?

         – Mas... Arh, tá. – dá-se por vencida e vira pra frente colocando seus fones.

         Acabou? Já? O sonho?

         Olho pra ela – já estava olhando, mas ok – e vejo seus olhos fechados fazendo um sinal que ela curtia a música. Sorrio involuntariamente. Não queria atrapalhá-la, mas queria tanto conversar com ela... Puxo um de seus fones. Ela olha pra mim assustada e eu me mato mentalmente. Eu estraguei tudo, não foi? Por que eu puxei o fone? Qual o meu problema? PQP.

         Só que aí... Sem nenhum xingamento, nenhuma patada, nenhum tapa, nenhuma cara feia, sério, eu ganhei um sorriso sincero:

         – Se quisesse ouvir era só pedir, Harry! – ela fala rindo, tira o fone da minha mão, alisa um dos meu cachos que tampava minha orelha, põe o fone na mesma e volta o cabelo ao normal. Tocava The Beatles! Eu amo Beatles.

         Espera, eu falando de Beatles quando a Charlotte foi fofa comigo quando eu puxei descaradamente seu fone?

         – Ham... O-Obrigado, Charl. – ainda estava meio arrepiado com seu contato físico ao meu cabelo.

         – De nada. – continua sorrindo. Tá né. O que colocaram no cereal dela hoje?

         – Você tá bem, Charl?

         Ela olha pra mim.

         – Por quê?

         – Eu não sei... Nunca vou me acostumar você me tratando bem.

         – O que eu fiz pra te tratar bem? – ela pergunta erguendo a sobrancelha.

         – Me deu ‘bom dia’. – ela me olha tipo, ‘e?’ – Bom, se importou se eu estava bem... – continuou com a mesma cara – Me.Emprestou.O.Fone! – falo como se ela fosse cega e não visse a coisa mais óbvia do mundo.

         – Ham... Harry, isso é ser uma pessoa... – ela fala fazendo gestos, como se estivesse explicando pra uma criança de sete anos.

         – Mas você não é assim comigo!

         – Só porque eu tô sorrindo pra você significa que não sou a mesma pessoa?

         – É!

         Ela me encara, balança a cabeça e vira pra frente aumentando a música como se eu fosse um retardado. Ah, Harry! Pra quê você tá reclamando mesmo?

         Fico ali quieto ouvindo All My Loving e olho pra ela o tempo todo. Seus olhos fechados, sua cabeça balançando ao ritmo da música, seu perfume indo até minhas narinas e eu provavelmente com uma cara de sonhador. Como ela é linda. De repente... Muda a música. Começa She Loves You. ‘She loves you, yeah, yeah, yeah’. Isso foi uma indireta pra mim? Que ela me ama, yeah, yeah, yeah?! Rio com meu próprio pensamento, eu sou um idiota.

         [...]

         – Vai, me conta. – Charlotte diz assim que nos sentamos em nossas carteiras. A sala estava completamente vazia. Faltavam ainda uns 15 minutos pros alunos entrarem e começar a aula.

         – Bom... – respiro fundo – Sabe aquela prova de matemática que Joseph entregou semana passada? – ela assente – Eu tirei 1 nela, – ela arregala os olhos – minha mãe viu, começou um escândalo, eu gritei com ela também, fiz um show com direito a alegar o Robin que ele não é meu pai, – ela abriu um pouco os lábios – e saí batendo a porta. – dou um sorriso falso e ela continua parada me encarando – Feliz?

         – H-Harry...

         – Pois é...

         – Mas como tirou 1 na prova? Eu fechei aquela prova!

            – Sério?! – agora eu confirmo que ela é um alien lindo.

         – Sério! – continua – Meu Deus, Harry, você não devia ter gritado com sua mãe! Ela é um amor de pessoa, ela é tão fofa, só queria seu bem e...

         – Charlie, você não tá me ajudando! – corto-a já começando uma voz de choro e ela faz uma expressão triste.

         – D-Desculpa...

         – Eu sou um idiota! – falo abaixando a cabeça em meus ombros deitados na mesa – E burro! Burro! Não sei nem fazer contas de matemática! Sou um débil mental! Só falo merda, EU sou um merda, tenho uma porra de vida, sou uma porra também! Minha mãe cheia de problema e eu ainda tiro nota baixa em uma prova?! Eu me odeio! – resmungo entre lágrimas e um silêncio instala naquela sala.

         – Harry... O-Olha pra mim...

         Não ia olhar mesmo! Ela não ia me ver chorando. Mexo negativamente a cabeça e ouço um suspiro. Passa um tempinho e sinto uma mão em minhas costas deslizando a mesma. Ouço uma cadeira sendo arrastada e um braço me envolvendo. Enquanto isso, eu estava arrepiando até o último folículo de pelo do meu nariz. [/que.nojo\]

         – Você não é burro... – fala uma voz calma uma mão sobe pros meus cabelos – Cada um tem sua dificuldade... Eu tenho dificuldade em biologia, e você em matemática! Não é que você seja burro, é que você acaba se confundindo às vezes... E sua vida é uma porra? Harry, eu nasci em um orfanato. Eu fui encontrada enrolada em um jornal. No orfanato ninguém me dava atenção direito, eu não tinha nenhum amigo, não tinha companhia... Eu tinha uma vida de merda... E hoje, eu tenho minha família, entre aspas, normal... – deito a cabeça de lado pra encará-la e ela abre um sorriso, mas vejo suas lágrimas descendo – Pelo menos pra você, só Robin não é de sangue. E eu? Ninguém da minha família, tios, tias, pai, mãe, irmãos, avós, primos... Eu sou a estranha! Eu sou a abandonada. E tem gente na minha família que gosta de jogar na minha cara que não pertenço a eles. Minha avó, por exemplo. Liam sempre foi o netinho preferido dela... Quando me adotaram eu tinha sete anos, ou seja, ela já havia passado muita coisa com ele. Ela me trata como um cachorro, Harry... Uma vez eu a chamei de ‘vovó’, e ela gritou comigo, falando que não era minha avó e nunca seria, – eu arregalei os olhos – e aí? Todo mundo tem um problema, entende? Se ficar remoendo isso... Só piora. – levanto a cabeça agora e limpo suas lágrimas com o dedão, eu também chorava – Desculpa, eu sei que não tem nada a ver com sua prova, mas você falou da sua vida e eu sei que você tem problemas com ela também, então só queria te mostrar que existem situações pio...

         A interrompo encostando os lábios bem, mas bem próximo dos dela. Não foi um beijo. Não foi nem um selinho! Eu considerei como um consolo. Eu não tava pensando em segundas intenções, eu só queria que a gente esquecesse o assunto, porque vê-la chorando me fazia mal.

         – Você é perfeita. – sussurro limpando suas lágrimas de novo – Tudo que já passou e continua com um sorriso no rosto sem perder uma piada pra caçoar de mim. – ela deu uma risada fraca e eu sorri – E mais uma coisa! Eu sou sua avó a partir de hoje! – agora ela ri alto – E você é meu maior orgulho, netinha! – falo com a voz afetada ‘de vó’ apertando suas bochechas e ela ri mais ainda – Eu te amo. – continuo com a voz, mas no fundo da brincadeira, existia uma verdade.

         Ela apenas sorri e me abraça. Quase cai por estar na cadeira, mas nenhum de nós dois ligávamos praquilo. A sensação do abraço perfeito volta e eu viajo em seu perfume. É. Eu gosto muito dela, mesmo. Ficamos abraçados por 3 minutos. Sério. Acho que nós dois viajamos no abraço. Ficaríamos mais tempo se não fossemos interrompidos pelo sinal marcando que faltavam 5 minutos pra aula. Ficamos meio sem graça nos encarando, mas sorriamos.

         – Bom, falando da prova... – ela diz depois de um tempo – Eu sou boa em matemática e posso te dar umas aulas gratuitas, Harry.

         – Seria ótimo, Charlie, mas não vão ser gratuitas.

         – Vão sim! Não quero dinheiro!

         – Quem disse que é dinheiro?

         – Arh... É o quê então?

         – Cada dia vai ser uma coisa. – falo sorrindo, tinha uma ideia em mente.

         – Como assim?

         – Pode ser?
         – Ham... Tá. – deu-se por vencida – Que dias?

         – Os dias que forem melhor pra você, oras.

         – Pode ser toda quarta e sexta?

         – Ótimo.

         – Então beleza.

         Sorrio.

         – Obrigado. – beijo sua bochecha demoradamente e vejo ela corar de leve enquanto sorri.

         – Ahn... Harry... Você acha que vai ficar de castigo?

         Ixi. Problemas.

         – Isso é provável... – falo fechando o sorriso.

         – Eu vou dar um jeito. – ela fala sorrindo e bate o sino final.

         A cambada começa a entrar e eu e Charlotte trocamos alguns olhares.

         [...]

         – Hoje vamos reunir na minha casa. – diz Charlotte assim que bate o sinal.

         – Não sei... Minha mãe vai dar uma crise, Charl.

         – Eu diz que vou resolver isso, não disse? – pergunta sorrindo e eu afirmo com a cabeça – Pois bem, me empresta seu celular.

         Faço o que ela pede, ela mexe algumas coisas, pega o celular dela, disca um número, me entrega o meu celular e vai andando fazendo um sinal pra segui-la. Não entendo o que ela faz, mas a ouço dizendo ‘Anne’. Ela ligou pra minha mãe?!

         Vamos andando, entramos no ônibus onde ela cai de novo e eu a seguro, ela sempre cai, nos sentamos e ela diz:

         – Espera um minuto, rapidinho. – ela abaixa o telefone. Vejo ela pegar algo em sua bolsa até perceber que são seus fones. Ela os conecta no celular, me dá um e faz um sinal pra eu fazer silêncio – Pronto, voltei.

         – Pode falar, querida.

         – Então, eu sei que hoje o Harry saiu estressado de casa, mas foi por causa da prova e tudo, ele não queria te contar pra não ter problemas maiores pra você, porque ele sabe das dificuldades da sua família e tudo mais. Ele ficou bem triste por ter discutido com você, entende? Eu não sei se ele vai ter coragem de te falar, então eu estou ligando. Por favor, não brigue com ele, ou o ponha de castigo. Eu sei, ele se arrepende! E também, Harry tem dificuldade em matemática e se sente burro, discutir com ele não será a melhor opção. E em questão do Robin, ele me contou o que falou, mas foi na hora da raiva, Harry realmente gosta do Robin, Robin o trata como um pai e o ama da mesma forma, posso ver isso nos olhos dele.

         – Charlotte, muito obrigada. Obrigada por ser tão amiga assim do meu filho! Ele estava precisando de uma pessoa assim em sua vida. Eu não vou deixá-lo de castigo, nem nada. Eu nem sabia que Harry tinha dificuldade em matemática! Ele nunca me mostrou as provas... E na verdade ás vezes nem tenho tempo pra ele. Mas obrigada por me avisar! Vou passar a ter mais atenção. Enquanto a nota... O que me sugere?

         Ela é um anjo ou o quê?!

         Vejo ela sorrindo, ela vira pra mim e pisca. Sorrio de volta.

         – Bom, eu posso me oferecer pra dar umas aulas pro Harry, gratuitas! Eu tenho facilidade em matemática e adoraria ajudar.

         – Gratuitas?! Não, não, não! Vou te pagar sim!

         – Não precisa, é por pura boa vontade. Por favor, Anne.

         – Olha, tudo bem. Mas qualquer coisa na padaria, vai ser por conta da casa, hein?

         Charlotte ri.

         – Tudo bem então. E a propósito! Preciso mais daquele bolo do meu aniversário!

         Minha mãe ri.

         – Obrigada, Charlotte.

         – De nada. Ah! Temos que terminar o trabalho de geografia hoje. Harry pode ir na minha casa?

         – Pode, pode sim! Casa do Liam, certo?

         – Isso.

         – Ótimo, te vejo mais tarde então pra te dar um abraço. – Charl ri – Obrigada, beijos.

         – Beijo, tchau.

         – Tchau!

         E ela desligou.

         – De nada? – pergunta tirando o fone dos nossos ouvidos.

         – Você.É.Incrível! – falo realmente encantado.

         – Obrigada, Styles. Me devendo uma!

         [...]

         Elogio pela 31859023819038419034819048139481493489899ª vez a comida da Charlotte. PQP, ela é toda perfeita!

         – Sério, já pode se casar. – falo de boca cheia.

         Ela ri.

         – Só falta pretendente, né? – diz colocando mais suco em meu copo.

         – Você tem! – falo depois de engolir e pego o copo.

         – Quem? Os menininhos da 6ª série não contam! – ela fala rindo de leve.

         – Não né, Charl. – a encaro – Você que não percebe olhos te encarando... O tempo todo.

         – Hm... São ‘olhos’ bonitos? – pergunta dando um sorriso malicioso.

         – Safada.

         – Ó! – ela me bate – Respeito, menino. – eu rio.

         – Posso fazer umas perguntas pra você?
         – Perguntas?

         – É! Jogo rápido, pergunto e você responde. Depois você faz comigo.

         – Beleza.

         – Seu nome?

         – Charlotte. Dã.

         Eu rio.

         – Idade?

         – 16 anos.

         – 16?

         – Ah é! 17! Eu esqueço que faço aniversário. – fala rindo e eu rio junto.

         – Ok. Ham... Primeiro namorado?
         – Nunca tive namorado.

         – Não?

         – Não... Namoro sério não. Tipo, eu sou nova, Harry.

         – Hm. Tá. Primeiro beijo foi com quantos anos?

         – Promete não contar pro Liam? – ela pergunta e eu rio alto.

         – Prometo.

         – Foi com 13.

         – Hmmmm... Como foi?
         – Estranho, vergonhoso, mas muito bom...

         – Com quem?! – pergunto erguendo a sobrancelha.

         – Não vou te contar! – ela fala séria.

         – Ah qual é, Charl, conta!

         – Não. Você vai contar pro Liam.

         – Não vou! Por que contaria?
         – Promete, Harry?

         – Prometo Charlotte, vai, fala. – falo e depois bebo um pouco de suco.

         – Foi com o Niall. – ela fala corando e eu cuspo tudo pra fora.

         ATÉ O IRLÂNDES JÁ BEIJOU ELA E EU NÃO?!

         – Meu Deus, você tá bem?! – ela pergunta se levantando rapidamente e eu começo a tossir.

         – Tô! – falo em meio das tosses e consigo respirar.

         – Ai que susto! – ela fala colocando a mão no coração e depois começa a rir.

         – Desculpa, Charl. – falo sem graça olhando pro chão com suco.

         – Tudo bem, foi engraçado. – ela fala ainda rindo.

         – Hm. Para de rir, Charlotte!

         – Harry... – ela deu uma gargalhada – A...cara... que você fez!

         – Não tem graça.

         – Tem sim!

         – Quer rir mesmo? Beleza.

         Vou pra cima dela e começo a fazer cócegas. Ela começa a rir e me bater, mas eu sou mais forte.

         – PARA! – ela grita rindo e eu rio mais alto.

         – Agora vai rir! – falo rindo também e ela acaba caindo no sofá me fazendo parar.

         – Harry... Tempo... – fala respirando ofegante e eu rio.

         – Não! – dito isso, continuo as cócegas e ela ri a cada vez mais alto.

         Quando vou tentar fazer cócegas em sua cintura, desequilibro, bato o pé no sofá e acabo caindo... Em cima dela.

         Ela para de rir e nós dois nos encaramos. Nossos olhares se encontram, nossos narizes tocam um no outro rapidamente e eu sinto sua respiração ainda ofegante mais perto de mim. Nunca estive tão perto de sua face. Observo e anoto mentalmente cada traço que antes não havia percebido. Sem dizer ao mínimo uma palavra, me aproximo mais dela. Meus lábios estavam com sede dos dela. Era só encostar. Só isso. Mas... E se fosse errado?

         Ela alisou minha bochecha com seu dedo e abriu um meio sorriso. Entendi como um sinal. Eu estava certo da minha vontade e ela também parecia estar. Mas quando fui selar nossas bocas, a Charlotte... [PRÓXIMO CAPITULO]

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Notas finais do capítulo

Hehehehehehehehehehehehehehehehehehe, I'm bad. Ok. Vou falar o que eu falei na minha outra fic. Então, como devem estar sabendo, o Nyah vai tirar TODAS as fics de banda/cantores no dia 31/12. Ou seja... 'Amando Uma Estrela' e minha outra fic 'E Se For Amor?', estão no meio. Muitas pessoas estão recorrendo colocar nas 'originais' e pá, mas mesmo assim, eu li e não podemos colocar os mesmos nomes ou parecidos, deixam de ser originais e os parecidos são paródias. Primeiro, eu acho um absurdo. O site se chama FANfiction. Ou seja. Ficção de fã. E eu tenho certeza que a maioria das fics aqui são das bandas/cantores, ou seja, a maioria são FÃS de bandas/cantores, sem bandas/cantores, não tem os fãs, concordam?! Tipo, eu não sou fã de Restart (isso é um exemplo, mas não sou fã e nada contra quem é fã, acho o Pe Lanza um gato), por que leria uma fic de Restart? .-., entendem? Eu achei muito paia, mas okay, coisa do site. Bom, a única coisa que eu vou fazer, é terminar as fics antes de acabar o prazo! E SE não acabar e houver muitos pedidos, crio um blog e posto. Mas por enquanto, falta muuuuito tempo ainda, não desesperem! Outra coisa: OBRIGADA PELA 3ª REVIEW! EU AMEI! LINDA! OBRIGADA! :333, outra coisa: AMANHÃ É MEU ANIVERSÁRIO! YAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAY, tá. Rs. Então. Quem não lê minha outra fic, leia, 'Amando Uma Estrela'. E! Twitter: @justapotato_1D, É ISSO! Beijo com swag! xx Rafinha