Our Dark Paradise escrita por tory m


Capítulo 9
Taking care of the ones that I love


Notas iniciais do capítulo

Não! Sem paus e pedra na minha direção!
Vcs já devem estar sabendo do que vão fazer com as fics de bamdas e tals ne? Então, eles proibiriam também que outros autores postassem histórias novas, mas que os que já tinha fics não teriam problemas.
Bem, eu tive. Simplesmente tentei de todas as maneiras postar esse cap desde domingo passado e o cap não aparecia disponível. Tentei até no colégio mas tbm não deu.
Como eu sou killjoy eu não desisto nunca! (?) kkk Dai eu consegui postar só agora ç.ç #chatiada
Mas enfim, eu consegui e acabei com a seção de caps atrasados. ~alívio~
LEIAM AS NOTAS FINAIS PARA SABER A DATA DO PROXIMO CAPÍTULO!!!
Boa leitura a todas :D
ENJOY KILLJOYS!
Its time to do it now, and do it loud



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GERARD

(…)

– Hell? Haha, que lindo o apelidinho que você deu a ela!

Eu não estava em mim, e literalmente cego de raiva eu cuspi todas aquelas palavras furiosas na direção de Frank. Os orbes amendoados estavam a um passo de tornarem-se líquidos e bem lá no fundo eu confessei que fiquei com pena dele. Mesmo assim,meu orgulho sempre falaria mais e mais alto. Eu não deixaria que a ceninha barata que eu vi ao chegar fosse apagada como um rasto de areia em meio a ventania, não mesmo.

– Já chega ouviu?  Eu não estava fazendo nada! – Ele quebro o silencio e como numa reação em cadeia, ao mesmo passo que Frank disse aquilo, uma de minhas sobrancelhas se arqueou, deixando claro que eu não seria tão facilmente convencido por ele. – Se não reparou, ela caiu, ou sei lá o que, e rasgou a testa! E eu ‘tava só ajudando! Porra Gerard! O que você acha que eu ia fazer? Beijar ela? – bufei pesadamente. Era ótimo ver ele estregar as próprias ambições. Irritado com a indiferença com a qual eu o tratava, ele tomou fôlego e num átimo gritou a todos pulmões – EU NUNCA IA FAZER ISSO! E SEI QUE VOCÊ TAMBÉM NÃO! SABE POR QUÊ GERARD? PORQUE EU CONFIO EM NÓS DOIS! EU TE AMO CARALHO!

Os gritos ecoaram pela minha mente como se meus ouvidos fossem daqueles precipícios que ecoam continuamente tudo que neles é falado. Ele atirou aquelas palavras em minha direção e eu só pode ficar ali, imóvel e estupefato, feito alguém que recebera o maior dos golpes. E incrivelmente, Frank havia me acertado em cheio, bem no fundo do meu eu. No fundo da minha alma.

– Fr-Frankie...

Era impossível não estar surpreso.

Em todo aquele tempo em que nós passamos juntos nunca havíamos confessado o que havia em nossos corações. Havia uma espécie de barreira ali, sempre houve, e nunca nós dois tivemos a coragem ou a prepotência de quebrá-la. Frank poucas vezes se deixava levar e nada além de um “Você é muito especial para mim, Gee” ou um sorrisinho de canto antes de um beijo, tinha escapado por seus lábios como forma de carinho ou confissão de seus sentimentos. Não era vergonha, era medo, eu sabia. Era medo de se deixar levar por algo tão errado para todos, mas que seu coração clamava em dizer que era certo. Era difícil ir de encontro aquela maré de desejos.

– FICOU SURPRESO QUERIDINHO? É SIM GERARD, EU TE AMO NÃO PERCEBEU!? – Ele deu três passos a frente, trazendo seu rosto para bem perto do meu e tentando-me a secar as lágrimas que deliberadamente eram derramadas.

Eu nunca havia visto Frank chorar.

– E AGORA VOCÊ VAI FICAR COM ESSA CARA DE VACA DESNUTRIDA, VAI? – Ele disse sério, por incrível que pareça. – DÁ PROXIMA, PENSE DIREITO NO QUE FALAR, ANTES QUE VOCÊ MAGOE AINDA MAIS A ÚNICA PESSOA QUE TE AMA DE VERDADE, PORRA! – Ele estava ainda mais perto de mim, com os orbes cor de mel borbulhando de raiva.

Ele me pareceu querer dizer mais alguma coisa, mas se conteve, sugando uma boa quantidade de ar e aparentemente se acalmando. Desajeitado, ele passou as mãos pequenas pelo rosto rosado secando as lágrimas e logo voltou a me encarar com seus olhos piedosos, mas terrivelmente ressentidos também. Caminhando rápido, Frank não fez cerimônias antes de dar um esbarrão caprichado em meu ombro ao passar por mim, indo em direção as escadas para os quartos. Ainda pude ouvi-lo sussurrar que me amava apesar de tudo.

– Frankie... eu... – Era tarde, eu sabia. Quando me virei, só pude ver caindo da porta de seu quarto o pôster que eu havia feito para ele com as grandes letras escrito 'Black Flag' e com alguns símbolos e desenhos meus em volta. Ele pareceu não se preocupar em pega-lo.

Deus, por que tinha que ser sempre assim?

Por mais alguns segundos eu encarei a porta dele tristemente. “Tsc, você sabe que eu sou cabeça dura, Frankie...” Mordi meu lábio inferior por saber que nem em sonhos eu poderia ir até o quarto dele para tentar conversar agora, ao menos que quiser sair de lá com alguns machucados feitos pela Pansy, a guitarra maldita, que só servia para me bater em momentos assim.

Suspirei, expirando a maior quantidade de ar que eu conseguia e passando profeticamente a mão por meus cabelos, tentando acalmar meus ânimos. Em seguida, olhei para o sofá onde só estava Helena – meio desmaiada, diga-se de passagem. Provavelmente Ray e Mikey foram para a cozinha quando a discussão começou, e largaram a garota desacorda no sofá.

Parei por instantes e observei-a imóvel sobre o couro preto do sofá de Frank. Os cabelos negros esparramados se perdiam pelo tecido e cobriam seu rosto até acima de seus olhos, que ainda estavam fechados assim como a expressão contraída que ela guardava. Suas feições me pareciam mostrar que algo a preocupava ou irritava e ridiculamente eu quis saber o que era.

Mais receoso do que nunca, eu me aproximei a passos cálidos do corpo imóvel e magro da garota. Sua respiração estava descompassada e conclui rapidamente que ela devia ter tomado alguma coisa antes de vir para cá, sendo isso a única razão para ela ter quase caído e agora estar desacordada. Anos de experiência me permitiram concluir tal feito. Me ajoelhei mais perto dela e passei a observar o ferimento aberto em seu supercílio. O sangue ligeiramente seco ainda não havia sido limpo por completo e percebi a caixinha de primeiros socorros ali do lado.

"Ok Gerard, faça a sua boa ação do dia..."

Calmamente abri a maleta e tratei logo de pegar o que seria necessário, além do vidrinho de água oxigenada e das gases que tinham sido largadas no sofá por Frank há minutos atrás. Tentei me posicionar certo para que conseguisse fazer meu trabalho, mas a posição na qual ela estava, provavelmente por ter sido largada por Ray de qualquer jeito, tornava complicado tudo aquilo. Antes que eu desistisse, senti os ombros delicados dela por baixo do casaco grosso que usava quando a segurei, e tentei senta-la do melhor modo possível. A recostei no encosto do móvel e vendo sua cabeça tombar levemente para trás, me levantei e fiquei em pé atrás dela e do sofá.

Afastei as mechas de seu cabelo pesado e com a gaze esparramei um pouco do líquido no ferimento. A efervescência do produto claramente a causou algum incômodo, refletindo a sensação em seu semblante, agora, contraído. Em segundos, eu vi meu pequeno inferninho particular voltar a toa, simplesmente pelo fato de vê-la abrir os olhos.

- Way? - Confusa, ela tentou arquear a sobrancelha, mas a dor do machucado não permitiu. - Ai, ai, ai... - Ela tentou levar a mão à cabeça, mas eu segurei seu pulso. “Parabéns Gee, se jogou nesse mar turbulento de novo...”

- Shii, espera. Eu 'tô cuidando disso. - Tentei ser firme. Apenas tentei. - O que você tomou para acontecer isso?

- Eu...? Eu, não tomei na...

- Não minta para mim, Luver. Eu sei muito bem o que você anda fazendo. - Me atentei aos olhos levemente perdidos dela. - Alprazolam ou  paroxetina?

- Os dois. - Fizemos silencio por sete segundos. Eu conhecia muito bem aqueles dois anti-depressivos, muito os havia tomado.

- Tsc, o que você tem na cabeça?

- O mesmo que você, que conhece tão bem eles... - Ela tinha razão, e assim, me calei. Ela suspirou e eu voltei a limpar o machucado, vendo-a contorcer os lábios antes de falar novamente. - Eu... Eu ouvi você e o Frank brigando... Antes de apagar... - Eu apenas fiz silêncio - Vocês namoram, não é? Eu... Ouvi ele dizendo que te ama. - Vi seus orbes azuis, antes perdidos em um canto qualquer da sala, se virarem para mim em um tom de cuidado, me surpreendendo. - Sabe... Ele parecia estar sendo sincero. - Vendo que eu ainda estava parado, ela estalou a língua no céu da boca, provavelmente em um tique nervoso de irritação. Helena elevou  o tom de sua voz. - Eu sei que tá bem claro que eu não fui com a sua cara, e... pelo que eu sei, você também não sente alguma coisa construtiva por mim, mas... eu quero o bem de vocês, por mais estranho que pareça.

“É o que sinto realmente não é algo construtivo. O amor nunca é assim.”

- Fique quieta garota, eu não consigo fazer isso com você falando.


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Notas finais do capítulo

É, isso não tá lindamente editado, mas eu ajeito depois ok?
O PROXIMO CAP SAI DOMIGOOOO! O/
Quero reviews de vcs, OMG Gee se entregando!!!!
KKKKK
Beijos para todas e todos ♥