Our Dark Paradise escrita por tory m


Capítulo 10
Joining on their war


Notas iniciais do capítulo

Yeh, falei que ia postar ontem e postei hoje T.T Mals ai... ksaopkspakso
Então povo, não sumam mais daqui. Por causa desse problema com o Nyah eu fiquei um tempo sem postar e uma pá de gente me abandonou aqui. Como assim, meu loves? Sobre atualizações, eu vou postar todo domingo, a hora que der, mas provavelmente vai ser a noite. :)
Não é dos maiores, mas eu estava em semana de prova então tá complicado. Elas acabaram e dá pra caprichar melhor no próximo.
Boa leitura a todas(os) :D
ENJOY KILLJOYS!
Its time to do it now, and do it loud



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HELENA



Fazia quinze minutos que eu havia chegado na casa dos Iero e um tornado de acontecimentos já havia vindo de encontro a mim, me deixando mais confusa do que já estava com todos aqueles malditos remédios. Eu cheguei, Frank cuidou de mim, Gerard e Mikey chegaram. Frank brigou com Gerard. Frank se trancou no quarto e agora eu estou me sentido assediada por um certo Way. Sim, isso mesmo.




Podia ser coisa da minha cabeça, mas eu podia jurar que ao levemente abrir minhas pálpebras pesadas eu vi aquele par de olhos caírem sobre mim atentamente. Gerard me olhava dos pés a cabeça com a expressão tão vazia que eu podia jurar que havia algo escondido ali, em meio os brilho intenso dos verdes a minha frente - os quais emanavam um brilho tão fascinante quanto o das mais límpidas esmeraldas,ou até mesmo qualquer outra pedra tão preciosa quanto seus orbes. Pela pequena fresta que meus olhos estavam abertos, eu o vi se aproximar de mim, enquanto eu rezava para que ele não percebesse o fato de já estar desperta, até que senti o toque lento dos dedos pequenos dele sobre minha franja. Sua mão estava quente e provocou-me um comedido arrepio ao passo que a ponta de seus dedos deslizaram sobre minha testa. "Mas que vergonha Helena, ele só está tirando o cabelo da sua cara e você se derrete toda?"





– Tsc, o que eu faço hein? - Mais uma vez ouvi ele suspirar e fechei os olhos devido a tamanha aproximação. Ouvi bem perto de mim o barulho dos materiais da caixa de primeiros socorros e conclui que ele mesmo limparia meu rosto. Senti meu intimo levemente abalado e uma certa agonia subiu até meu estômago, me deixando mais inquieta do que já estava ao tê-lo perto de mim. "Droga, garota! Mas que diabos você viu nesse idiota de cabelo escorrido?"







Meu coração bombeava o sangue mais e mais forte a cada movimento de Gerard perto de mim e eu já não me agüentava quieta. Ele já havia me sentado no sofá, e ia deslizado delicadamente o tecido da gase por meu machucado sem que nem sequer sentisse dor com seu ato. A incômoda ardência do remédio em minha testa foi o álibi perfeito para eu acabar com aquela tortura e matar saudades dos verdes felinos tão encantadores dos olhos dele.







– Way? - Tentei parecer o mais confusa e surpreendida ao vê-lo, e pela expressão dele ao me ver abrir os olhos, conclui que parecia ter sido convincente. Tentou arquear a sobrancelha, mas a dor do machucado não me permitiu. - Ai, ai, ai... - Como automático levei a mão à cabeça, e ele segurou meu pulso. "Mas que droga Way!"





– Shii, espera. Eu 'tô cuidando disso. Mas, e ai... o que você tomou para acontecer isso?





– Eu...? Eu, não tomei na... - Eu tentei persuadi-lo, mas sabia que não funcionaria tão bem daquela vez.






– Não minta para mim, Luver. Eu sei muito bem o que você anda fazendo. - Mas o que? - Alprazolam ou paroxetina? - Acabei por suspirar, me dando por vencida.






– Os dois. - Fizemos silencio por alguns segundos.





– Tsc, o que você tem na cabeça? - Ele também conhecia eles... interessante.






– O mesmo que você, que conhece tão bem eles... - Resolvi alfinetá-lo, mas parece que na minha posição eu não poderia pertubá-lo muito. Irritado com o que eu falei, ele deixou a mão pesar mais um pouco e contorci meu rosto com a fina dor que em atingiu. Resolvi mudar de assunto, e acabei por lembrar da discussão. - Er... Eu ouvi você e o Frank brigando... Antes de apagar... Vocês namoram, não é? Eu... Ouvi ele dizendo que te ama. - Meus olhos se viraram para os dele, mas Gerard tratou de desviá-los dos meus. - Sabe... Ele parecia estar sendo sincero. - Ele não reagiu, e acabou de fazer o curativo, prendendo o esparadrapo com o algodão em minha testa. - Eu sei que tá bem claro que eu não fui com a sua cara, e... pelo que eu sei, você também não sente alguma coisa construtiva por mim, mas... eu quero o bem de vocês, por mais estranho que pareça.






– Fique quieta garota, eu não consigo fazer isso com você falando. - Ele se irritou após pensar por alguns segundos. A cada segundo que passava e que eu tentava descobrir mais sobre ele, menos eu me via capaz de entendê-lo.






– É serio, Way! Ache o que quiser de mim, mas... mas.. Eu sinto que tenho que ajudar você. De... de alguma forma... - Meu tom de voz estava bem mais baixo, e assim que ele tirou suas mãos de meu rosto e sentou-se ao meu lado no sofá ele enfim se posicionou perante minhas palavras.






– Você é louca, isso sim.



– CARAMBA! Será que eu não posso querer ajudar ninguém?




Era incrível como ao lado dele eu ia do céu ao inferno em três segundos



– Ninguém quer você se metendo na nossa vida. - Aquilo doeu, me machucou bem lá no fundo, mas mal ele sabia o quanto calejada eu já estava pela vida.






– Eu não me importo. - Devolvi no mesmo tom, e ele olhou atônito para mim, numa dança quase perfeita entre seus cabelos pretos e o brilhos dos olhos esverdeados quando ele se virou para mim.






– O que?






– Me xingue, me chame de idiota, mas eu sei o que ele está sentindo. Eu quero ajudar vocês... só isso.




– Do que você está falando, Luver?




– Não importa, eu preciso ajudar vocês.





– Tsc, não sei porque ainda estou prestando atenção em você. Esses remédios já estão de deixando louca.







– Cala a boca, idiota! - Eu praticamente rosnei para ele, que se levantou também e ficou em pé a minha frente, olhando desdenhosamente para baixo, devido a nossa considerável diferença de altura.






– E como você vai ajudar a gente menininha maluca? Vai dar uns remedinhos para ele também? - Minha mão coçava para que eu esbofeteasse aquele nariz arrebitado e fininho dele.






– Eu vou fazer o que VOCÊ devia ter feito. Quem você pensa que é? Acha que é melhor que ele e que pode duvidar do que ele sente? - Ele se calou, e deu dois passos para trás, acatando o que eu havia dito. - E você, quantas vezes já falou que ama ele? O que você arriscou para ficar com ele?







– Você fala como se conhecesse ele há anos, e se ele fosse perfeito.






– Cale a boca, Way. Você não sabe com quem está falando, só depois não venha me agradecer pelo que eu vou fazer por vocês!






Me chamem de louca, mas eu seria o pior cupido que esse Way já teve. E a razão de tudo isso? Simplesmente a minha cegueira e a busca para encontrar a cura para a pior das drogas as quais eu tinha me viciado. Ele mesmo, Gerard Way.


Eu os uniria para não sofrer e não me apegar de vez aquele garoto idiota e cabeça dura, o qual eu tinha repulsa por nutrir um certo sentimento de quatro letrinhas.








(...)





FRANK



– Maldito Way! Maldito! – E lá se foi mais um cd do Black Flag. Agora tinha sido a vez de My War ir de encontro a parede em mais um ataque nervoso meu. Sentiria falta dele, mas aquilo não faria diferença naquele momento, em que um outro vazio me ocupava praticamente por inteiro. "Filho da mãe, quem ele era para duvidar do meu amor?"





Por hora, eu não estava me importando se eu faria ou não barulho com meu estardalhaço repentino enquanto arremessava tudo o que podia pelo quarto, mas eu podia ter certeza que todos na casa já sabiam que não estava tudo ‘em paz’ no meu quarto. Pouco me importava, era até bom mesmo que soubessem com quem eles estavam convivendo.




Fix Me estava tocando no ultimo volume e me fazia ensurdecer divinamente em meio os solos de guitarras e os gritos do vocalista. Black me fazia esquecer dos problemas com uma facilidade extrema e aquele rock pesado sempre era capaz de se embrenhar em meus ouvidos e me fazer por os pés no chão novamente, me fazer esquecer um pouco aquele falso e ridículo conto de fadas que eu imaginava ser o meu relacionamento com Gerard.





Não, eu não estou dizendo que tudo havia sido uma droga e nada havia valido a pena, mas a pancada que eu recebi hoje tinha me feito cair da nuvem mais alta e acordar daquele maldito sonho. Eram constantes as vezes em que Gerard ficava com ciúmes de mim, mas era apenas por um garoto ou garota ir além de uma cantada ou um olhar, e não para chegar ao ponto de hesitar com a minha palavra. Ele havia ido baixo demais ao duvidar do meu amor. "Idiota"






– FRANK! FRANK!!! EI! VOCÊ TÁ LEGAL? - Fui interrompido por alguém que começava a bater enlouquecidamente na porta do meu quarto, mas pouco me importei. - EI! FRANK!!!





"Deve ser aquele infeliz de novo", deduzi que fosse Gerard, já que mal pude ouvir a voz da pessoa com o inicio do solo de No More.





– VAI EMBORA IDIOTA! - Sentei-me na cama, passando a mão por meus cabelos. Mesmo assim, ele continuou a bater incessantemente na madeira. "Hn, que quebre logo todos os dedos então."





– FRANK, ABRE SOU EU! - Alguns tapas começaram a ser alternados entre as batidas e estranhei isso vindo de Gerard. Gargalhei com uma pontinha de desdém na voz, achando que eu devia mesmo ter irritado ele. - ABRE ESSA PORCARIA!!





– EU VOU TE IGNORAR SEU BABACA! NÃO ADIANTA! - Eu parecia uma criança ali. Sentado com o corpo torto na cama, eu gritava com uma porta me mantendo firme em dizer que não o deixaria entrar.





– CARALHO FRANK, É A HELENA! A HELL! ME DEIXA ENTRAR AGORA SEU IDIOTA, OU PARTO ESSA SUA CARA DE ANÃO EM TRÊS!





Dei uma leve pausa e estranhei o timbre mais fino que eu escutava agora.




Se alguém pudesse me vez naquele instante até acharia graça da expressão surpresa que eu fiz, como assim a Helena? Mesmo ainda estivesse bastante surpreendido, fui até o rádio me arrastando e diminui consideravelmente o volume da música, caminhando em seguida para a porta, destrancando a mesma e dando de cara com uma baixinha enfurecida na soleira.






– Hn, que foi, garota? - Sim, eu estava fazendo 'manha' quando abri a porta. Helena sacudiu a cabeça negativamente e reparei que havia um curativo - até que bem feito - no lugar do ferimento.





– Só entra e cala a boca. Deixa que a idiota aqui fala. - Ela me empurrou quarto a dentro e meu corpo estava consideravelmente arrepiado com seu tom de voz, medo quem sabe...




Sendo guiado pelas mãos frias dela em minhas costas, senti Helena praticamente me arremessar contra minha cama antes de ir até a porta e trancá-la novamente.






Ela, ainda de pé, se virou para mim e colocou as mãos na cintura arqueando uma das sobrancelhas. A única coisa que eu consegui pensar antes que ela fizesse ou falasse qualquer coisa foi que eu nunca havia visto os olhos dela daquele jeito.






"O que diabos essa menina ia fazer comigo, meu Deus?"




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Notas finais do capítulo

Eita, Hell ta louca, e eu tbm... AOSKPASKAO
Cap ta confuso, e se não entenderem, perguntem nos reviews! :D Tentei fazer o melhor que eu pude! -.-
As musicas e o cd citados são da banda Black Flag, a favorita do nosso Frank na vida real e que eu adoro o som tbm! Super recomendo!
Qualquer erro, me avisem! >.O
Beijo e até domingo que vem! :)