Our Dark Paradise escrita por tory m


Capítulo 7
Another truth behind our lies


Notas iniciais do capítulo

Bom dia/tarde/noite para vocês minhas lindas e lindos!
Posso dizer que enlouqueci com a lindeza do reviews de vocês no ultimo cap? Pois então, eu enlouqueci!
Muito obrigada a todos vocês! Deram-me muita, mais muita força!
Bem, lembrando que amanhã a noite tem mais cap para compensar a demora! Massó se vc deixarem reviews? OK?
Boa leitura a todas :D
ENJOY KILLJOYS!
Its time to do it now, and do it loud



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“A little last night on these sheets

So how come when I reach out my fingers

It seems like more than distance between us”

~ Rihanna


GERARD




– Mikey seu lerdo! Desce logo! – Fazia mais de vinte minutos que eu estava sentado no terceiro degrau da escada, berrando para que meu irmão descesse e largasse de vez aquela porcaria de chapinha. – Acredite, a sua franjinha nunca será como a minha!







– Cala boca, seu infeliz, eu já acabei... e não usei chapinha nenhuma. – Ele enfim apareceu, de cara amarrada, no alto da escada com aquela mesma camiseta de sua banda preferida – que de preta, estava quase cinza, e acho que ela já devia quase fazer parte do corpo de Mikey, de tanto que ele usava ela.







– Não precisa ficar tão ansioso para ver o seu namoradinho! – Ele sussurrou já do meu lado me fazendo quase pular no seu pescoço magricelo.







– Shiii, eu já falei para não falar nada sobre o Frank aqui em casa! – Nossos rostos estavam próximos e acho que era possível ver sair de meus olhos raios lasers tal como nos desenhos animados. – Se a mamãe escuta você falando o nome dele, simplesmente eu morro e ele também! – Levantei do degrau ainda murmurando mais algumas ameaças de morte a Mikey quando minha mãe saiu da cozinha em direção a sala onde estávamos.






– Mama! Bom dia! – Meloso, safado, sem graça. Logo assim que a mulher loira e não muito alta caminhou a passinhos rápidos até nos, aquele esquisito fez questão de se agarrar nela dando-lhe um beijo estalado no rosto como se não tivesse escutado nada do que eu disse.






– Bom dia queridos! Ah, já estão saindo, Gee? – Eu ajeitei melhor a mochila em minhas costas pondo parte da franja para trás da orelha sorrindo para ela.






– Já sim, mãe. Vamos para a casa do Ray, trabalho de química...






– Até você Mikes? – Ela fez um beicinho infantil olhando piedosamente na direção do meu irmão. Ele não estudava conosco e por tanto não estava no grupo, mas o ótimo irmão dele o levaria para tirar de seus ombros a obrigação de arrumar a garagem hoje. – Mas vocês não vão comer nada, meus amores?




Ah não, mãe. O Ray disse que a gente pode tomar café por lá. – Me virei indo em direção a porta, mas ela insistiu.






– Só uma maçã, não se pode sair de casa em jejum. Esperem. – Donna correu casa a dentro e buscou uma maçã para cada um, dando um beijo em nossas testas, como sempre fez desde meus sete anos de idade.






Depois de todo esse momento ‘mamãe nos ama’ enfim saímos de casae seguimos por aquele caminho que eu tão bem conhecia, cercado pelas acácias carregadas de flores e tão encantadoras e delicadas quanto o dono da casa para onde iámos.... “Hn, ele me odiaria se soubesse que o chamei de delicado”






– Nem preciso perguntar o porque desse sorrisinho no seu rosto não é? Eu já percebi que nós não estamos indo para a casa do Ray e sim para a do meu ‘cunhadinho’ não é?







Ele estava certo, por minha sorte, ambas as casas de Ray e Frank ficavam no mesmo bairro e por isso iriamos pelo mesmo caminho, sem dar pretextos para que Donna se preocupasse ou pegasse no meu pépor algum motivo.







Era incrível estar ali de novo, depois de quase seis meses, tendo as narinas invadidas pelo cheiro de terra molhada como se ali sempre estivesse garoando, fazendo tudo dali muito mais bucólico, pacífico e perfeito – ao menos para mim. Ainda me lembrava perfeitamente das pedras na entrada do condomínio onde Frank morava, e também dos vários lírios que ladrilhavam a entrada, os quais por diversas vezes foram desaforadamente arrancados do lugar por Frank – que os dava sempre para mim, pedindo que eu guardasse como lembrança dele e dos momentos que passávamos juntos, mesmo que parecêssemos dois idiotas por acreditarmos naquela ínfima palavrinha de quatro letras.








–Tsc. – Depois de minutos em silencio eu encarei meu irmão. Os lábios tortos e contrariados faziam um adorno inigualável á seu rosto juntos das sobrancelhas franzidas e uma falsa cara de chateação. – Mikey... é sério. Desamarra essa cara feia! Eu não estou mentindo para a mama por coisas banais. Eu não podia ficar sem ver o Frank, e você sabe que ela nunca deixaria eu passar perto dele de novo. – Ele murmurou alguma coisa aparentemente inaudível para mim. – Ir para a casa do Ray não foi uma mentira, só uma desculpinha melhor. Mas você já entendeu não, é? Mamãe não pode nem sonhar em saber disso.








Estranhei o fato de continuar a me dirigir a ele e simplesmente receber de volta nada mais que desatenção de sua parte. Ao encarar meu irmão vi apenas que ele tinha os olhos semi-cerrados – como se tentasse ver além das lentes grossas e embaçadas de seu óculos – e focava algo mais afrente de nós dois,







– Er... Gee... acho que vc também poderia nem sonhar em ver...aquilo...






E em três, dois, um, meu mundo simplesmente ruiu.








De novo eles. De novo aqueles olhos. Os mesmos orbes azulados que agora roubavam a atenção não só de mim, mas também da ultima pessoa que devia roubar.












FRANK




Já vai, Ray! Espera!!!– Deviei de um vidro de shampoo no chão do banheiro e de uma ou outra quinquilharia do meu caminho, berrando pelos cômodos e usufruindo – um pouco que fosse – da liberdade de não ter os pais em casa.






Outro fato a se mencionar é que eu havia acabado de sair do banho e entre os fios de meu cabelo ainda haviam uma ou outra bolha do shampoo, combinando perfeitamente com a toada de flores – da minha mãe – na qual eu estava enrolado. É impressionante com isso sempre acontece comigo. Toda vez que eu estou para receber visitas em casa, é surpreendente que eles sempre chegam na pior hora possível.





– Oi... ai... nossa... caralho Ray! Precisava…. Chegar agora? – Reconhecidamente ofegante eu abri a porta para que Ray entrasse e no segundo seguinte fechá-la de novo.





– Oh, menininho travesso. Eu sei que você é louco por mim, mas não mexa com o meu fetiche de me atenderem na porta de toalha ok? – Simplesmente se eu tivesse algum outro objeto em minhas mãos a não ser a toalha eu jogaria o mesmo na direção de Ray.





– Engraçadinho... – Ri em muxoxo e subindo as escadas decidir dar alguma satisfação a ele, afinal, amigos, por pior que sejam, são amigos – Eu vou por uma roupa lá em cima. Se o Gee ou a Helena chegar é só abrir.





– A Helena? Ela vem mesmo?




– Não sei direito Ray. – Ergui e abaixei os ombros, pensando mesmo se havia sido uma boa ideia tê-la convidado para o trabalho, já que mal  bom dia  ela dava para mais alguém além de mim. – A ultima vez que eu falei sobre o trabalho ela só disse um “Não sei se vou” então... – Dei por encerrado o assunto entortando os lábios e seguindo para o quarto.







Minutos depois, enquanto eu terminava de por a camiseta eu ouvi o soar grave da campainha e Ray disse alguma coisa. Ignorei, devia ser mesmo o Gerard e mais uma vez nosso amigo de cachos rebeldes soltou mais uma gracinha. Sem muita pressa eu sai do quarto quase ao mesmo tempo que ouvi Ray me gritar.









– FRANK!!! CORRE AQUI! RÀPIDO!






Nota mental: A exuberante cena da minha digníssima pessoa descendo as escadas correndo foi simplesmente deplorável e digna de um "Troféu Abacaxi”... Malditas pernas curtas...





Assim que alcancei a sala me surpreendi com uma Helena estranhamente abatida sendo escorada na porta por Ray. Ela tinha uma das mãos na cabeça e os olhos comprimidos logo me fizeram entender que algo estava errado com ela.






– Helena? Você tá bem? – Me aproximei de ambos, tocando de leve o braço da garota para tira-lo se frente a seus olhos e me espantei quando vi um considerável corte no supercílio dela. – Deus! O que houve? – Cheguei mais perto e com a mão ergui o rosto dela, um pouco mais baixa que eu. Helena me olhou apreensiva e eu simplesmente não me fiz de rogado e não parei de encara-la. – Ray, corre no quarto da minha mãe, tem uma maleta de primeiros socorros no banheiro dela. – Ele prontamente deixou a garota a meus cuidados e subiu.






Convidei-a para entrar mas ela preferiu ficar ali.






– Me deixa vai... Eu, eu volto outra hora. Vou para... – Interrompi seus movimentos segurando sua mão, assim que ela virou de costas. De leve, a puxei e senti entre meus dedos o sangue do corte dela.






– Claro que não! Ficou louca? Olha o seu rosto, entra que eu cuido disso, vai…






– Não, está... Ai. – Seu corpo deu um pequeno saltito com a dor que sentira. – Droga... – Ela voltou a por a mão no corte e enfim se virou para mim. – Tsc, ok... mas eu posso sentar um pouco aqui? – Ela apontou para os degraus da porta e eu simplesmente assenti, olhando atentamente para ela e seus olhos ainda com um tom de confusão.





– Ok, mas, o que houve? Você bateu a cabeça... Caiu... O que? – Ela suspirou. – Vamos Helena, fale! – Seus lábios se contraíram a medida que ela escondeu e revelos os olhos, e confesso por instantes eu me perdi naquele simples gesto.






– Não foi nada... Eu... Só cai… – Notei pela voz que ela estava a um passo de ficar grogue.







– Menina? Você bebeu?






– Não idiota… Er… digo.. Frank.






– E o que foi então?






– Só o efeito dos remédios, já já passa! – Ela tentou sorrir mais não o fez por completo ao sentir seu corte arder. Eu teria ralhado com ela e perguntado que diabos de remédios deixaram ela assim, mas logo Ray chegou com os curativos.





– Hn, esquece... Deixa eu vez isso... – Disse me referindo a ela, já abrindo a caixa e tirando de lá o vidro de agua oxigenada para limpar o ferimento. Voltei a olhar para Helena que continuava me encarando, estática. – Vamos, deixa eu ver. – Aproximei o algodão do seu rosto e vendo ela recuar mais um pouco. – Hell... – Vi ela confusa, provavelmente com o apelido, e acabei por me surpreender com o que ela disse depois.






– Não... Frank... Vai doer... – Eu quase gargalhei com sua voz infantil, mas preferi me manter em silencio, deixando transparecer só um carranca contrariada.





– Não, Hell, não vai... Confia em mim, ok?




– Eu não vou confiar em que me chama de Hell, e eu mal te conheço... – Ela fez um biquinho engraçado e pela primeira vez a vi sorrir e fazer graça para mim, pouco me importando se aquilo também fosse efeito dos ‘remédios’ que ela dizia ter tomado.





– Ah, Helena! É serio, não vai doer. – Seguirei seu braço sorrindo para ela que se curvou mais ainda, sentada do meu lado ali. Eu só ouvia Ray rindo das caretas que Helena fazia, e era mesmo engraçado ver a garota durona se derretendo de medo. – Posso? – Perguntei se podia continuar e ela timidamente confirmou. Os azuis estavam piedosamente voltados para mim quando eu encostei o algodão sobre o corte.





– Seja forte mulher! – Ray riu, agachado atrás de nós e senti Helena relaxar um pouco.






– Só mais um pouco, o corte não foi tão feio. Só sangrou um pouco demais. – Continuei a sorrir para ela que se afastava gradativamente de mim, feito uma criança que fugia de um injeção. Contendo seus movimentos, eu acabei por aproximar nossos rostos, não muito, só o suficiente para que visse bem o que eu estava fazendo.





Pelo que eu acredito terem sido dez segundos eu parei o que estava fazendo e me deixei pular nos oceanos a minha frente. Os orbes grandes e literalmente esculpidos por linhas de deliniador estavam presos nos meus e acreditei ser capaz de conseguir ler tudo o que se passava ali, nas turbulentas aguas de seus olhos, direito do ínfimo da alma de Helena.





Sem pensar, como sempre fiz, eu disse o que passava em minha mente naqueles instantes.





– Seus olhos são tão bonitos, sabia? Me lembram os do G...




– Bom dia RAY!





Não, por favor alguém em acorde ou me diga simplesmente que eu não ouvi a voz de Gerard três tons acima da irritação? Ouvi?




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Notas finais do capítulo

QUERO MEUS REVIEWS HEIN???
kkk
Se não, sem cap amanhã! >.< #ChatagemBarata