Our Dark Paradise escrita por tory m


Capítulo 3
Like sand and sea


Notas iniciais do capítulo

Nhá! Obrigada a quem leu o ultimo cap! :3
Tenho 3 leitoras o/ ~morde elas~
Volto a pedir aos meus DEAD!readers para aparecerem, ok?
Espero que gostem do meu Fronks. A linguagem da fic vai mudar um pouquinho tbm, a Helena que é um pouco formal de mais ~por enquanto~ mas os personagens, como o Frank, não.
O cap é mais leve e mais coisas acontecem também.
ENJOY KILLJOYS!
Its time to do it now, and do it loud



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“They told him don't you ever come around here

Don't wanna see your face, you better disappear

The fire's in their eyes and their words are really clear”

~Fall Out Boy (MJ cover)


FRANK



Pela quinta vez eu olhei para o relógio, inconformado com tamanha a demora que aquelas velhas levaram para assinar os papéis da minha matrícula. Minha mãe exigia saber de todos os mínimos detalhes e eu realmente estava cheio de tanta burocracia e falação. Oras, eu havia sido ‘convidado a me retirar’ do colégio, a pouco mais de 5 meses, bem no inicio do semestre anterior, e eles precisavam tanto assim de informações? “Saco, sempre odiei essas regrinhas daqui...”




– Frank, querido. Terminei! – Linda veio para perto de mim, abrindo os braços aliviada, como se tivesse se livrado de mim. – Só prometa uma coisa para a mamãe... – “Não te xingar mentalmente quando me tratar como criança de novo?”– Não vá se misturar com aquele Way de novo, certo? – Ahrg, eu estava de saco cheio daquilo!





– Mãe! Vê se entende de uma vez por todas! – Elevei meu tom e os olhos de minha mãe pareceram implorar baixinho para que diminuísse a voz.– Não tem nada de errado comigo e o Gerard! Não é anormal a-





– Filho! Não diga essas coisas!





Suspirei, de contei até cinco para não gritar mais alto – ou fazer algo pior – com a minha mãe. Estava no limite da minha paciência para falar nesse assunto novamente. Tive sorte quando ouvi o sinal para que a segunda aula começasse e sai quase correndo dali. Finalmente poderia entrar e reencontrar os meninos, e Gerard também.





Não, não perca tempo se perguntando o que diabos aconteceu entre nós. Eu respondo.





(...)





Desde os 7 anos eu conheço ele e seu irmão Mikey, um pouco mais novo que nós. Estudamos juntos por todos esses anos e tudo transcorreu na maior ‘paz’ até que eu fui passar as ultimas férias de verão na casa de praia dos Way. A viagem foi longa, iriamos até a Gold Coast. Tudo estava mesmo prometido que seria mágico, inesquecível, mas nem eu nos mais altos sonhos poderia pensar que na última noite que passamos aquilo aconteceria.





Estávamos sentados no telhado, vendo as ondas irem e voltarem sobre a areia. Eu estava encantado com aquele toque tão suave entre eles, até que Gerard, vendo meu fascínio por tal coisa, simplesmente disse que era como se o mar beijasse a areia, sem nem se importar com tudo ali a volta. De pronto achei estranho todo aquele papo dele, já que eu – com 14 anos – nunca havia beijado alguém e muito menos sabia a sensação de tal. Perguntei então para ele como era ser beijado e ele não me respondeu. Olhei para o lado e o vi de olhos fechados, pensando. O chamei por mais três vezes sem sucesso, até me sentir com a areia daquela praia, sendo beijado por seus lábios tão gelados quanto a água do mar.





Eu não sabia o que estava sentindo, nem mesmo o porque de estar sentindo tudo aquilo. Mas era bom... Era bom estar perto dele, sentindo o receio na ponta dos dedos dele ao tocarem levemente minha mão e meu braço durante aquele simples tocar de lábios. Era bom sentir a franja comprida dele fazer cócegas no meu nariz e também ver seus olhos arregalados e fixos nos meus também abertos, enquanto um linha fina nos ligava.






A magia e o paraíso se foram apenas quando nós voltamos das férias e fomos para o colégio, ainda guardando o nosso pequeno segredo. Era torturante estar tão perto dele mas ainda assim ter de agir como antes. Queria poder fazer com ele o mesmo que fizemos por aqueles últimos três dias de viagem, quando não dormíamos e ficávamos apenas sentados lado a lado, fingindo sermos o mar e a areia.





Era horrível sentir-se tão subjugado a esse mundo sem liberdade que vivíamos.




Antes de uma das aulas de Educação Física, depois que todos já haviam se trocado e saído do vestiário, senti Gerard um pouco mais arisco me chamar com a voz risonha, enquanto eu guardava meu uniforme em um dos armários. Me virei e apenas senti seu corpo maior que o meu empurrar-me até o armário, me roubando um longo beijo – como a muito não fazíamos. Seus lábios estavam mais pesados e nós – animados demais, eu diria – esbarramos com força em um dos armários das pontas, que prontamente foi o chão. Bastaram 4 segundos e o professor e alguns alunos estavam lá, nos encarando estupefatos. Nossos lábios ligeiramente inchados e as respirações ofegantes nós denunciaram, e eu acabei por assumir a culpa, recebendo um olhar recriminador de Gerard, que cismou em dizer que a culpa também era dele.





O resultado vocês acabaram de conhecer, eu fui convidado a sair do colégio. (Eles não colocariam o nome da instituição em jogo dizendo que me expulsaram por ter beijado outro homem). Por meses minha mãe tentou me trazer de volta para cá – já que, do alto de seus dois salários mínimos não poderia pagar outra escola e dizia que em uma pública eu não estudaria.





Agora, ela havia conseguido e fui aceito novamente, prometendo que não faria ‘aquilo’ de novo – como eles faziam questão de dizer.



(...)




– Filho! Filhooo! – Meio perdido enquanto ia para a sala ouvi Linda me chamar. Parei e ela se aproximou. – A inspetora pediu que você entregue isso para uma menina da sua classe. – Olhei bem o papel e era algo como um documento, provavelmente para entregar para os pais. “Hum... Aluna nova...” analizei o papelViu como os olhos dela são lindos? – Ela apontou para a foto presa com um clip, mas eu não olhei.




– Ok, ok... Eu entrego. – Com o papel em minhas mãos, me virei e segui para as escadas que me levariam até a sala sem paciência.





Fui lendo a ficha dela, com a maior ‘cara-de-pau’. Só ai reparei na foto, e vi os olhos azuis e tristes dela, em contraste com os cabelos negros e escorridos pelas lateral do rosto. A tal Helena Luver não me parecia ser das mais felizes garotinhas do colégio e me espantei com a quantidade transferências que ela tinha. “Ok, então a senhorita Hell é a garota problema?” – pensei. Ri um pouco do apelido idiota – mas que fazia sentido – e encarei curiosamente a data de nascimento dela. 31 de outubro. Estranhamente tive uma imensa vontade de saber mais sobre Helena.





– FROOONKS!! – Um búfalo caiu em cima de mim, mãe... Me salve.





– Pelo amor de Deus, Ray! O que você tem por debaixo dessa moita na sua cabeça? – Resmunguei devolvendo o ‘abraço’ dele ainda prensado na parede ao lado da porta da sala.





– Não reclame ok? Sei que estava morrendo se saudades de mim!





– Eu passei 5 meses numa outra escola Ray, não em outro mundo...





– Mas nós mal nos vimos! E para de resmungar, está igualzinho a sua mãe...





– São os genes, meu caro... são os genes... – respondi sem muito ânimo Ray esticando o pescoço para dentro da sala, procurando...





– Procurando o Gee? – Apenas acenei empurrando levemente o corpo dele eentrando na sala. Os alunos estavam amontoados em seus grupinhos na sala, mas mesmo com toda aquela confusão a minha volta e todo aquele falatório eu só enxerguei aqueles olhinhos pequeno e discretos sorrirem – literalmente – para mim.





Ele sentava em uma das cadeiras do fundo e eu desviei o mais rápido que pude dos corpos que nos separavam. Ele estava desenhando alguma coisa em sua cadeira, mas parou de pronto assim que me viu.





– Frank! – Ele se levantou e me abraçou, sendo logo retribuído. Por mais que eu tenha passado um tempo longe dele e dos outros, eu me lembrava perfeitamente do cheirinho que ele tinha, principalmente por não conseguir abraçar ele direito. – Você não cresceu nada não é baixinho? – Emburrei. Ele ria só porque eu estava na ponta dos pés?





– E você não ficou mais engraçado não é? – Ri em muxoxo deixando claro que não tinha gostado muito da piadinha. Que culpa eu tinha se as pessoas é que cresciam rápido demais? – E para a sua informação, estou muito bem satisfeito com minha altura... – Desfiz o abraço sentindo um ventinho frio entre nós. Doía toda aquela distancia imposta entre a gente.





– Eu sei, eu sei... tem gente que se contenta com pouco...





– CALADO!! – Dei um tapinha em seu peito e ele segurou meu pulso, puxando lentamente até que ele pudesse falar bem baixo em meu ouvido.





– Vem calar... – “Ele adorava brincar com fogo não é?” Ele me soltou com um sorriso de canto e eu gargalhei pondo minhas coisas na cadeira atrás da de Gerard. Seria um longo dia...





CONTINUA



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Notas finais do capítulo

Ok, eu ia postar mais cedo, mas não consegui entrar na minha antes ç.ç
Mas está ai, e espero que tenham gostado!!
Achei o iniciozinho do Frarad fofo, e vcs?? *----*
Se tiver algum erro, me falem! õ/
Mereço reviews? *-*
So long, Destroya³¹