Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por Jullys13


Capítulo 6
Capítulo 6




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Os dias depois disso se passaram nesta deliciosa rotina.

Rose parecia me esperar ansiosa, e sempre que eu voltava ela parecia se iluminar.

Ela agora vestia as roupas que eu mandava, usando
os vestidos agora. Ficávamos deitados juntos na cama, um nos braços do outro, nos tocando nos beijando, nos perdemos na maravilha do corpo um do outro, as vezes com pouquíssima roupa, mas sem nunca transar.

Eu não podia fazer isso ainda. Sim eu a queria, eu a desejava, e eu sentia que ela queria muito isso e eu usava como moeda de troca, para que ela aceitasse ser despertada.

Ela era linda e incrivelmente sexy. Era realmente difícil me controlar com isso, mas era preciso. Eu queria que ela escolhesse, eu queria que ela quisesse estar comigo.

Ficávamos assim por longos períodos, horas, e ela se entregava para mim, deixando que eu a mordesse e isso já era puro êxtase.

“Me deixe ver o seu pescoço,” eu disse um dia. Ela usava um vestido azul marinho e estava de costas para mim, eu com o braço ao redor de sua cintura.

“Já?” ela perguntou.

Normalmente eu a mordia somente no fim de nossas
visitas, para que pudéssemos conversar sem ela estar drogada. Eu sempre amei conversar com Rose. Ela me entendia. Conversávamos sobre brigas que estivemos ou a vida que eu imaginava para nós quando ela fosse um Strigoi.

Ela esperou pela mordida, mas em vez disso, tirei do bolso um colar, de ouro branco e tinha três safiras azuis do tamanho de uma moeda de 25 centavos.

Eu estava dando ela muitas joias essa semana, mas essa chamou sua atenção.

Ela olhou encantada com a beleza do colar, e o jeito que as pedras azuis brilhavam na luz. Eu coloquei o colar contra sua pele e prendi atrás do seu pescoço, passando meus dedos pelas beiradas do colar, acenei em aprovação. “Lindo.”

Meus dedos foram para uma das alças do vestido, deslizando minha mão por dentro enviando excitação pela pele dela. “Combina.”

Ela sorriu. Antigamente, eu quase nunca podia lhe dar presentes, por causa da nossa situação de aluna professor.

“Onde você conseguiu?” ela perguntou.

“Eu tenho minhas fontes.”

Ela ficou pensativa observando o colar. “Você é como Abe.”

“Quem?”

“Um cara que conheci. Abe Mazur. Ele é algum tipo
de chefe da máfia... ele ficava me seguindo.”

Eu endureci. “Abe Mazur estava te seguindo?”

“É. E daí?”

“Porque? O que ele queria com você?”

“Eu não sei. Ele ficava querendo saber porque eu estava na Rússia mas finalmente desistiu e queria que eu fosse embora. Eu acho que alguém de casa o contratou para me encontrar.”

“Eu não quero você perto de Abe Mazur. Ele é perigoso.” Eu estava zangado, Abe Mazur era um Moroi perigoso, com muitos contatos, de ambos os lado. Ela também era um galanteador, sempre flertando.

O que ele queria com Rose? Porque estava interessado nela? Eu não gostava disso.

Olhando para Rose, suavizei minha feição e passei os dedos em seu braço empurrando ainda mais a alça de seu vestido.

“Claro, pessoas como essas não serão um problema quando você despertar.”

“O você esteve fazendo hoje?” ela perguntou mudando de assunto.

“Errantes para Galina. Jantar.”

Ela franziu as sobrancelhas. “Você bebeu deles...por diversão?”

Eu dei um meio sorriso com sua observação. Ela estava
com ciúmes. Corri os lábios ao longo de seu pescoço, roçando as presas em sua pele. Ela queria ser mordida. “Não, Roza. Eles eram comida; isso é tudo. Acabou rápido. Você é a única com quem eu tenho prazer nisso.”

Ela pareceu gostar da resposta e então tocou meu rosto, passando a mãos nos meus cabelos. “Você continua esperando para me despertar... mas nós não seremos capazes de fazer mais isso. Strigoi não bebem um dos outros, não é?”

“Não,” eu concordei. “Mas isso valerá a pena. Nós poderemos fazer muito  mais...” Eu deixei o “muito mais” para sua imaginação, e ela se arrepiou.

Eu a provocava frequentemente com caricias, tocando suas coxas e esterno e outros lugares perigosos. Eu a lembrava como tinha sido naquela única vez, o quão incrível
tinha sido, como os nossos corpos se sentiram. Eu não poderia ir além das provocações com ela. Eu não conseguiria manter o controle com ela, era perigoso demais. Ela precisaria despertar.

Era estranho também, que mesmo com as provocações
e a endorfina das mordidas, ela ainda não tinha consentido em se tornar uma Strigoi. Eu não entendia, era claro que ela me queria, ela se entregava a mim, mas ainda não havia concordado em despertar.

“Aqui vamos nós,” ela disse me tirando de meus pensamentos. “Os lances do vendedor. Vida eterna. Invencibilidade. Nada ficará em nosso caminho.”

“Isso não é uma piada,” eu disse agarrando seus pulsos. “Nós não podemos ficar assim para sempre. Nós não podemos ficar aqui para sempre.”

Quando eu a soltei, ela entrelaçou os braços ao redor do meu pescoço na tentativa de me beijar “Nós não podemos falar sobre isso depois?”

Nossos lábios se encontraram, fogo aflorando entre nós fluindo urgentemente pelo seu corpo e então eu me afastei. “Venha,” vamos lá.” Eu levantei da cama.

“Onde nós estamos indo?”

“Para fora.”

Ela sentou na cama confusa. “Fora... lá fora? Mas... isso não é permitido. Não podemos.”

“Nós podemos fazer qualquer coisa que eu quiser,” eu rebati, estendendo a mão para ajuda-la a levantar. Seguimos até a porta, a levando para fora, guiando pelo braço até o corredor.

Ela pareceu surpresa com o que via, o corredor elegante e bem decorado.

Fomos interrompidos por uma voz. 
        “O que você esta fazendo?” O som áspero da voz de
Nathan, que estava encostado contra a parede de frente a nós.

Eu fiquei rígido e na defensiva. “Estou levando ela para uma caminhada.”

“Isso é contra as regras,” disse Nathan. “Já é ruim o suficiente que você ainda a mantenha aqui. Galina deu ordens para você mantê-la confinada. Nós não precisamos de uma dhampir selvagem correndo por ai.”

Eu apontei na direção de Rose. “Ela parece como uma ameaça?”

Os olhos de Nathan voaram para ela, com um sorrisinho
em seus lábios, que desapareceu quando ele se voltou para mim. “Não, mas eu fui ordenado a cuidar dessa porta, e eu não vou entrar em problemas para você ter um passeio no campo.”

“Eu irei lidar com Galina. Eu irei dizer a ela que dominei você.” Eu disse em um sorriso mostrando minhas presas. “Isso não seria muito difícil de ela acreditar.”

Nathan me deu um olhar irritado. “Você é tão cheio de si. Eu não te despertei para que você agisse como se estivesse no comando por aqui. Eu fiz isso para que nós pudéssemos usar sua força e conhecimento interno. Você deveria responder a mim.”

Eu dei de ombros, pegando a mão de Rose. “Não é minha culpa se você não é forte o suficiente para me mandar fazer isso.”

Com essa observação Nathan se jogou em mim e eu
respondi rapidamente, soltando a mão de Rose para segura-lo e jogá-lo contra a parede.

Nathan levantou imediatamente, mas estava pronto e acertei um murro no nariz dele, uma, duas vezes, três vezes. Ele caiu, com sangue no rosto. O chutei forte no estômago e parei em cima dele. “Não tente, você irá perder.” Limpei o sangue dele da minha mão, enlaçando meus dedos aos de Rose novamente. “Eu te disse, eu lidarei isso com Galina. Mas obrigado pela preocupação.”

Seguimos pelo corredor com a voz de Nathan ecoando atrás de nós. “Você não está seguro! Nenhum dos dois está. Ela é almoço, Belikov. Almoço.”

Eu apertei a mão de Rose e continuamos andar. “Nathan me assusta,” ela disse.

“Ele não vai tocar em você,” eu falei duramente.
“Você não tem nada para se preocupar.”

Alcançamos um lance de escadas, e Rose parecia fraca, então a peguei em meus braços e a carreguei para baixo sem esforço, colocando-a gentilmente no chão quando alcançamos o fim da escada.

A postura do Strigoi na porta endureceu conforme nos aproximávamos. Era Gorki, que havia sido torturado por Rose, para que eu fosse até ela.

“Rose Hathaway,” ele disse olhando para ela “Eu
lembrei do seu nome – como você me disse.”

Ela apertou a minha mão, enquanto passávamos. Os
olhos de Gorki nela até que saímos e a porta se fechou atrás de nós.

“Ele quer me matar,” ela disse assustada.

“Todos os Strigois querem matar você,” eu respondi.

“Ele realmente quer... eu torturei ele.” Ela estava realmente assustada.

Era noite e Rose observava tudo atentamente enquanto andávamos em silêncio por um tempo, até que ela parou e suspirou. “Estou cansada,”.

Então parei e a fiz sentar na grama. Ela se deitou e eu me juntei a ela.

“Isso é incrível,” ela disse, olhando para o céu. “Como é para você?”

“Hmm?” Eu não entendi a pergunta a principio...

"Tem luz o bastante para que eu conseguir ver claramente, mas ainda está escuro comparado ao dia. Seus olhos são melhores que os meus. O que você vê?” ela explicou.

“Para mim, tudo é tão claro quanto o dia.” Quando ela não respondeu, eu acrescentei. “Poderia ser assim para você também.”

Ela estudou pensativa. “Eu não sei. Eu meio que gosto da escuridão.”

“Só porque você não conhece nada melhor.”

Ela suspirou. “É o que você me diz.”

Me virei na direção dela, tirando seu cabelo do
rosto. “Rose, isso está me deixando louco. Estou cansado de esperar. Eu quero que fiquemos juntos. Você não gosta disso? O que temos? Poderia ser ainda melhor.”

“Porque?” ela perguntou.

“Porque o que?” eu falei intrigado.

“Porque você me quer?”

“Porque eu não iria querer você?”

E parecia esperar uma resposta diferente. Mas algo chamou nossa atenção. Nos sentamos quase ao mesmo tempo.

Uma forma negra se aproximou de nós, apagando as
estrelas. Era Galina, então eu me levantei enquanto ela me perguntava, em russo, o que eu estava fazendo ali.

“Estou apenas dando uma volta”, respondi firme, como se não houvesse nenhum problema nisso. Nathan a havia alertado. Então eu me abaixei ajudando Rose a se levantar. “Rose, essa é Galina. Foi ela quem foi gentil o bastante para deixar você ficar.”

“Spasibo,” Rose disse meio sem graça, agradecendo.

Galina não fez nenhum gesto e se voltou para mim novamente, perguntando porque ela ainda não havia sido despertada ou morta.

Pedi mais alguns dias e Galina me deu dois dias e partiu sem se despedir.

Ficamos ali parados por alguns instantes até que eu me virei para Rose. “Anda, devemos voltar.”

Passamos de volta pelo labirinto, quando Rose perguntou. “O que ela disse?”

“Ela não gosta que você ainda esteja aqui. Ela quer que eu acorde ou mate você.”

“Oh. E o que você vai fazer?”

Eu fiquei em silêncio por alguns segundos. “Vou esperar mais um pouco e então... vou fazer a escolha por você.”

“Quanto tempo?”

“Não muito, Roza. Você precisa escolher. E fazer a escolha certa.”

“Que é?”

Eu ergui as mãos. Como ela ainda não entendia. “Tudo isso. Uma vida juntos.”

Ela franziu a sobrancelha estudando o horizonte e então se voltou para mim.

“E então o que? Então vou trabalhar para Galina também?”

“Por um tempo.”

“Por quanto tempo?”

Paramos do lado de fora da casa e eu a olhei nos olhos. “Até matarmos ela, Rose. Até matarmos ela e pegarmos tudo isso para nós”.

Levei ela de volta para dentro e subimos para sua suíte sem dizer mais nada.

Quando entramos no quarto, passei por traz de Rose e a puxei para perto de mim. Ela se aconchegou no meu peito enquanto minhas mãos a acariciavam até que a beijei furiosamente. Ela envolveu os dedos ao redor do meu cabelo, tentando me levar mais para perto. Enquanto isso, meus dedos passavam contra sua perna nua, puxando sua saia até quase o quadril.

Suas mãos se moveram para a minha camisa desabotoando os botões para que pudesse tocar meu peito. O toque dela parecia fogo contra minha pele gelada. Eu movi meus lábios até seu pescoço e ombros, puxando a alça do vestido para baixo enquanto cobria sua pele com beijos famintos. Minha mão ainda na lateral do seu quadril nu, e ela tentava freneticamente tirar minha camisa.

Então eu parei bruscamente, me afastei e a empurrei.

Ela me olhou incrédula, ela queria aquilo, ainda mais do que eu.

“Não,” eu disse com a voz dura. “Ainda não. Não até você despertar.”

“Porque?” ela perguntou desesperada. “O que importa? Tem... motivo pelo qual não podemos?”

Eu me inclinei em sua direção, colocando meus lábios
perto da sua orelha. “Não, mas vai ser muito melhor se você estiver desperta. Me deixe fazer isso... me deixe fazer, e então poderemos fazer o que quisermos...”

Eu estava usando isso para fazer ela desejar ser despertada. Mas eu a queria.

“Não,” ela choramingou “Eu... eu tenho medo...”

E a encarei incrédulo. “Rose, você acha que eu
faria qualquer coisa para te machucar?”

“A mordida... a transformação vai doer...”

“Eu te disse: Vai ser exatamente como o que já fizemos. Você vai gostar. Não vai doer, eu juro.”

Ela desviou o olhar. “Eu não sei”.

Eu a soltei e sentei, frustrado. O tempo estava abando. “A paciência de Galina está acabando. A minha também.”

“Você disse que ainda temos tempo... eu só preciso pensar mais...”

“Eu preciso ir, “ eu disse duramente. “Eu preciso lidar com algumas coisas.”

“Desculpe,” ela disse, confusa e com medo.

Eu não disse nada e sem qualquer aviso, me abaixei e a mordi. Ela estremeceu e eu a segurei, envolvendo-a nos braços firmemente, mantendo-a em pé e então me afastei, lambendo os lábios enquanto continuava a segura-la. Ela sorriu para mim, já entorpecida e tentou me abraçar enquanto eu a levava para o sofá.

“Te vejo mais tarde.” Falei já saindo do quarto. “Lembre-se, eu quero você – e nunca vou deixar nada ruim acontecer com você. Eu vou te proteger. Mas... não posso esperar muito mais tempo.”


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Notas finais do capítulo

Gente.
Peço desculpas por não ter demorado, mas eu estava insegura.
De qualquer forma, aqui está.
Espero que gostem.



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