Blood Promise Por Dimitri Belikov escrita por Jullys13


Capítulo 5
Capítulo 5




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Um turbilhão de emoções e sentimentos tomavam conta de mim. Eu não via mais beleza ou amor, mas mesmo assim eu queria Rose, eu a desejava, eu ainda a achava muito, muito bela. Eu ainda sentia a necessidade de protegê-la também.
Ela ainda mexia com meu controle, com meu humor. Ainda mais agora que seu cheiro era inebriante. Seu gosto deveria ser magnifico.
Senti-la tão perto e sem impedimentos era magnifico, não precisaríamos mais nos esconder, mentir, fingir. Ela poderia ser minha enfim. Mas por hora eu precisava cuidar de outros assuntos. Precisava falar com Galina e exigir que ela me deixasse transformar Rose no seu tempo.
Galina tinha outros planos para Rose. Como Nathan, ela achava que Rose era valiosa, ela poderia nos levar até a princesa Lissa, a ultima Drgaomir.
Mas eu não me importava com estes planos, eu só a queria perto de mim para toda a eternidade.
Pedi para que Inna ficasse de olho em Rose e providenciasse algumas roupas a ela, lhe dizendo o que eu gostaria que ela usasse. Imaginar isso fez um meio sorriso surgir em meu rosto, mas eu logo o afastei e segui para o escritório de Galina.
Quando voltei ao quarto de Rose ela estava dormindo e eu fiquei observando por alguns minutos.
As roupas que eu enviei a ela estavam no chão e ela continuava usando seus jeans e camisetas. Mesmo assim ela era deslumbrante. Ao que indicava, ela tinha se alimentado, já que a bandeja havia sido retirada.
Me sentei no sofá de costas para ela, e peguei um livro. Velhos hábitos nunca mudam.
  “O que você está fazendo aqui?” ela perguntou ao acordar, saindo da cama ainda sonolenta.
“Esperando você acordar,” eu respondi sem me virar para ela.
“Parece meio chato.” Ela disse no caminho da sala, mas o mais longe possível de mim, cruzando os braços acima da cintura.
“Não tão chato. Eu tinha companhia.” Falei segurando o livro de faroeste que estava lendo.
Ela me estudou por alguns momentos.
“Você dormiu por muito tempo,” adicionei. “E você comeu.”
“Sim, bem, eu sou louca por peperoni. O que você quer?”
Coloquei um marcador no livro e o pousei na mesa. “Ver você.”
“Realmente? Eu pensei que a sua única meta era me fazer um dos mortos vivos.”
Eu fingi não ouvir essa provocação. “Você não está cansada de sempre ficar em pé?”
“Eu acabei de acordar. Além disso, se eu consigo passar uma hora jogando móveis
por ai, ficar um pouco em pé não é grande coisa.”
“Sentar também não é uma grande coisa,” eu respondi. “Eu já te disse, não vou machucar você.”
“Machucar é meio que um termo subjetivo.” Ela zombou se sentando na poltrona na minha frente. “Feliz agora?”
Inclinei a cabeça, fazendo alguns fios de cabelo escaparem da onde eu o tinha prendido em um rabo de cavalo. “Você ainda continua bonita, mesmo depois de dormir e lutar. Você não gostou de nenhuma delas?” Eu falei apontando para as roupas no chão.
“Eu não estou aqui para brincar de me vestir com você. Roupas de marca não vão de repente conseguir me convencer a entrar no grupo de Strigoi.”
Eu a encarei longamente “Porque você não confia em mim?”
Ela me encarou de volta, com olhar de descrença. “Como você pode perguntar isso? Você me raptou. Você mata pessoas inocentes para sobreviver. Você não é o mesmo.”
“Eu sou melhor, eu te disse. E os inocentes...” eu dei de ombros. “Ninguém é realmente inocente. Além disso, o mundo é feito de predadores e presa. Aqueles que são fortes conquistam aqueles que são fracos. Isso é parte da ordem natural. Você costumava estar por dentro disso, se eu me lembro corretamente.”
Ela desviou o olhar. “Isso é diferente,” ela disse.
“Mas não do jeito que você pensa. Porque beber sangue seria tão estranho para
você? Você viu Morois fazerem isso. Você deixou um Moroi fazer isso.”
Ela vacilou, tentando desviar o assunto que a deixava desconfortável. “Eles não matam.”
“Eles estão perdendo. É incrível,” eu respirei, fechando os olhos por um momento. “Beber sangue de outro... assistir a vida deles enfraquecendo e sentir ela se derramar dentro de você... é a melhor experiência no mundo.”
Ela pareceu enjoada “Isso é doentio e errado.”
Pulei até ela e a agarrei puxando-a para mim, esparramando no sofá. Com meu braço ao redor dela, me posicionei ficando metade ao seu lado e metade em cima dela.
Ela congelou.
“Não, não é. E isso é onde você tem que confiar em mim. Você amaria isso. Eu quero estar com você, Rose. Realmente estar com você. Nós estamos livres das regras que os outros colocam sobre nós. Nós podemos ficar juntos agora – os mais fortes dos fortes, conseguindo tudo que nós quisermos. Nós podemos eventualmente ser tão fortes quanto Galina. Nós podemos ter um lugar assim como esse, todo nosso.”
Ela me estudou assustada “Eu não quero nada disso.”
“Você não me quer?” eu perguntei com um sorriso travesso. “Você me quis uma vez.”
“Não,” ela disse, mentindo.
“Então o que você quer? Votar para a Academia? Servir os Moroi que irão te colocar em perigo sem pensar duas vezes? Se você queria esse tipo de vida, porque você veio aqui?”
“Eu vim para libertar você.”
“Eu sou livre,” respondi. “E se você realmente tinha intenção de me matar, você teria feito.” Falei, descansando meu rosto perto do seu pescoço. “Você não conseguiu.”
“Eu falhei. Isso não vai acontecer de novo.”
“Suponha que fosse verdade. Suponha que você fosse capaz de me matar.
Suponha que você fosse até capaz de fugir. Então o que? Você vai voltar para casa? Você retornará para Lissa e a deixará continuar empurrando a escuridão do Espírito dentro de você?”
“Eu não sei,” ela respondeu duramente.
“Isso irá te consumir, você sabe. Enquanto ela continuar a usar magia, não importa
o quão longe você vá, você sempre irá sentir os efeitos colaterais. Pelo menos enquanto ela viver.”
Ela endureceu em meus braços e moveu o rosto para longe. “O que isso significa? Você vai se juntar a Nathan e caçá-la?”
“O que acontece com ela não é preocupação minha,” eu disse. “Você é. Se você fosse despertada, Lissa não seria mais uma ameaça a você. Você seria fria. A ligação quebraria.”
“E o que aconteceria com ela? Ela seria deixada sozinha.”
“Como eu disse, esta não é uma preocupação para mim. Estar com você é.”
“É? Bem, eu não quero estar com você.”
Eu virei seu rosto para mim, assim nós estávamos olhando um para o outro de novo. Mais uma vez, ela estremeceu.
Eu estreitei os olhos. “Eu não acredito em você.”
“Acredite no que quiser. Eu não quero mais você.”
Os meus lábios se curvaram em um sorriso malicioso. “Você está mentindo. Eu sei. Eu sempre fui capaz de saber.”
“É verdade. Eu queria você antes. Eu não quero você agora.” Ela falou tentando acreditar nas suas próprias palavras.
Eu me movi para mais perto dela, quase tocando seu lábios. “Meu exterior...meu poder, sim, esses estão diferentes. Melhores. Mas de outra forma, eu sou o mesmo, Roza. Minha essência não mudou. A conexão entre nós não mudou. Você apenas não consegue ver isso ainda.”
“Tudo está mudado.” Ela falou visivelmente nervosa com nossa proximidade.
“Se eu estou tão diferente, então porque eu não forço você a despertar? Porque eu estou dando a você uma chance?”
Ela pensou por alguns instantes mas não respondeu nada.
“E se eu sou tão diferente, então porque você me beijou de volta mais cedo?”
Ela continuou calada e isso fez meu sorriso crescer. “Nenhuma resposta. Você sabe que estou certo.” E eu a beijei novamente.
Ela protestou, tentando em vão escapar do meu braço. Mas eu era forte e ela logo pareceu querer aquele beijo tanto quanto eu.
Continuamos a nos beijar, sentindo o corpo dela contra o meu, segurando seus cabelos. A outra mão deslizou para dentro da sua, contra a sua pele quente.
Ela se empurrou para mais perto de mim e senti a pressão do beijo aumentar enquanto o próprio desejo dela a apanhava. Então, no meio disso tudo, sua língua levemente passou contra a ponta afiada de uma de minhas presas.
Isso fez com que ela gelasse e reunindo todas as suas forças, ela se afastou. Sua respiração estava pesada, seu corpo inteiro ainda me querendo. Eu podia sentir o desejo dela.
“Não,” ela murmurei implorante. “Não. Nós não podemos fazer isso.”
“Você tem certeza?” eu perguntei. Minha mão ainda estava no seu cabelo, e forçadamente virei sua cabeça para que ela me encarasse. “Você não parecia se importar. Tudo pode ser assim como era antes... como foi na cabana...você certamente queria isso então...”
“Não,” ela repetiu. “Eu não quero aquilo.”
Eu pressionei meus lábios contra a bochecha dela e então fiz um caminho surpreendente gentil de beijos até seu pescoço. De novo,  pude sentir seu corpo ansiando por mim. “E isso?” perguntei em um suspiro. “Você quer isso?”
 Ela não teve tempo de responder. Eu cravei minha presas em seu pescoço e senti ela relaxar.
 A mordida de um vampiro, seja ele Moroi ou Strigoi libera endorfinas, o que faz com que se sinta um grande prazer, como uma droga. Mas a mordida dos Strigois era muito mais forte do que a dos Morois.
Quando eu terminei, passei a mão nos meu lábios, limpando o sangue que escorria, e Rose parecia em êxtase, absolutamente feliz.
“Porque... o que...” ela disse um pouco desorientada. “Você disse que seria minha escolha...”
“Ainda é,” eu disse com a respiração pesada. Eu estava tão afetado quanto ela por provar seu sangue. Aquilo era tão bom pra mim quanto era para ela, e não apenas pela sangue, mas ser o sangue de Rose. Ela tinha um sabor especial.
“Eu não estou fazendo isso para te despertar, Roza. Uma mordida como essa não irá transformar você. Isso... bem, isso é apenas diversão...” Então, minha boca se moveu novamente para seu pescoço para beber de novo, e perdemos noção do mundo.


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