Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 9
Capítulo 9 - O Chamado?! Mas é Bruce Lee!


Notas iniciais do capítulo

Olaaaaa
Como está a semana de vocês? Eu não sei como está a minha... Hoje fui alisada por um garoto da minha sala e não sei se eu gostei ou se não gostei - -' (meus sentimentos são tão complexos e confusos que nem eu mesma os entendendo).
Enfim,
Quero dar as boas-vindas a Caele!
E agradecer a presença de Enzaaa, Piscicottica e mayyy, neste último capítulo!
Bejos,
M.c. - Miss Trublion.



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Capítulo Nove - O Chamado?! Mas é Bruce Lee!

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Agora eu entendi o porquê que Clarice somente falava sobre Luc e nada mais. Quando se está tão encantada e fascinada com alguma coisa, você só quer pensar e falar nela. Você deve estar se perguntando: mas Jarred é um homem! Você não odiava os homens?! Sim, eu ainda os odeio. Mas Jarred é um homemde verdade.

Do tipo que não precisa arrumar briga para mostrar que é machão. Do tipo que não precisa discutir comigo e tentar mandar em mim para dizer o como ele é capaz de controlar "a sua mulher". Do tipo que é tão homem que nem precisa provar isso a ninguém! Sem contar que ele é alguém tão calmo e seguro... Que talvez ele seja o que eu preciso no momento.

Sou alguém estressada; ele é alguém calmo... Os opostos se atraem, não é?!

É uma pena que Hyde não concordasse comigo.

Nesse momento eu quis cortar minha língua fora.

Eu havia dispensado-o no estacionamento e contado tudo à Clarice (e ela ficou tão feliz quanto eu!), mas quinta-feira eu acabei soltando a verdade para Hyde. Ele escutou tudo como se não tivesse nem aí, mas, quando eu acabei, ele caiu na gargalhada como se eu houvesse contado uma piada épica.

- Ah, por favor, Chihu. Esse cara é o maior fresco que eu já conheci na minha vida - Hyde disse.

Pode parecer uma ironia da vida, mas ele e Luc também eram da Sigma Pi. E ele convivia, de vez em quando, com Jarred. Ou pelo menos sabia de uma fofoca.

- Ouvi dizer que os garotos acham que ele é gay e que se ele não for a uma festa acompanhado de uma garota, ele seria expulso do Sigma Pi. É óbvio que ele está te usando para mostrar que é macho para todo mundo - ele disse da cozinha.

Fiquei surpreso ao ver o como o apartamento de Hyde e Luc era bem decorado. Do tipo que era "organizado" aos olhos de quem entra na casa. Era um estilo bem simples, mas que continua todo o suficiente. O tipo de decoração que eu faria na minha casa, uma vez que odiasse “frescuragem” que poderiam acabar quebrando (como vasos e decorações).

- Qual é o seu problema? Você não acredita que um homem é capaz de me convidar para uma festa sem ser motivado por algo? - perguntei irritada. - Mas que merda, Hyde! Você sempre estraga tudo! Não sei nem porque tentamos ser amigos!

Ele apareceu do arco que tinha da cozinha para a sala de estar com duas tigelas de pipocas enormes.

- É fácil: você tenta ser minha amiga porque no fundo você sabe que eu sempre tenho razão - ele respondeu andando até o sofá, onde eu estava. - E só não aceita porque você não suporta perder para mim.

- Ou talvez você seja tão gostoso esexyque eu não consiga ficar longe por muito tempo - respondi com sarcasmo e com um falso sorriso malicioso.

Ele estreitou os olhos como se percebendo que eu estava tirando com ele.

Hyde, então, passou-me uma tigela de pipoca e se sentou ao meu lado.

- Tudo bem. Diga que eu estou errado, então. Mas depois, não diga que não avisei. É como dizem: "quem avisa, amigo é"- ele disse fechando a gaveta do DVD.

- E também dizem "em briga de marido e mulher, não se deve meter a colher” - Revirei os olhos. - E, eu não sei se você já percebeu, mas eu já disse que você está errado - Dei língua. - E ainda estou me perguntando se quero você ou não como o meu amigo.

- Bem, certamente você não está a ponto de verBruce Leecom um estranho - ele respondeu revirando os olhos.

Concordei com a cabeça.

A verdade era que Hyde nem havia precisado ir me buscar em casa, Clarice foi quem me levou porque Luc estava sem carro e ela (assim como eu) não gostava de motos. No entanto, seu motivo era mais frívolo do que o meu: ela não gostava do vento embaraçando os seus cabelos.

- Cala a boca e dá logo um play nisso, Hyde! - mandei.

Ele apenas riu e deu play. No entanto, quando ele apertou o botão do controle remoto, tudo apagou.

Todo o apartamento de Hyde e Luc ficou no escuro total. Poderia haver muitas explicações: esqueceu-se de pagar a conta de luz; faltou luz no prédio... No entanto eu estava quase certa de que era um serial Killer. Ou pior: um fantasma com espírito de vingança!

- UAHHHHHHHHHHHH! Mas que merda Hyde! Que tipo de controle remoto desastroso você usa?! - gritei, pondo-me de pé. - Nunca vi algo assim acontecer.

Ele não respondeu. Pareceu tão surpreso quanto eu, mas estava calmo. Bem, eu sabia que eu não estava calma. Para começar, eu estava chateada e decepcionada por faltar luz justo agora, e eu estava começando a sentir um frio na espinha... Eu sei que é infantil, mas vocês não tiveram os meus irmãos! Foram aqueles moleques que me traumatizaram quando a luz falta! Essa é uma história tão humilhante que prefiro deixar para outra ocasião.

- Fique aqui. Vou ver o que está acontecendo – ele mandou.

- O quê?! Você vai me deixar aqui sozinha?! – briguei.

- Você não está com medo, está? - perguntou ele parecendo surpreso.

- Eu?! - perguntei em um tom cínico. - Está querendo morrer, garoto?!

Eu acho que o ouço rir (nada muito espalhafatoso, na verdade, é bem discreto), e ele está pedindo para que eu o mate ali. No entanto, o celular dele tocou e eu fiquei contente por estar escuro. Eu dei um pulo de susto.

- Alô? - ele atendeu com um tom divertido. - Alô?... Alô?... Ellie, pare de brincadeira... Ellie?... Alô?

Pensei que ele deveria estar querendo meter medo em mim, mas percebi (quando ele checou se realmente estavam ligando para ele no visor) que havia um vinco entre suas sobrancelhas. Não aguentei mais e tirei o celular da sua mão.

- Porra Ellie! - Seja lá quem ela for. - Pare de brincadeira! A porra tá séria aqui! - gritei com raiva.

Senti que o olhar de raiva de Hyde me queimava. Ele deveria estar com raiva por eu ter pego o seu celular e gritado para a tal de Ellie, provavelmente era uma de suas "namoradas" (como a pobre Quinn).

No entanto, ninguém respondeu. Mas eu ouvia perfeitamente uma respiração pesada do outro lado da linha.

Darth Vaider?!

Penso em desligar o celular, temerosa, mas, de repente, uma voz fina e distante diz:

-... Sete dias.

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Atiro o celular com força contra a parede e tapo meus ouvidos.

Eu não ouvi aquilo!

Isso foi inconsciente, foi o susto, mas Hyde ficou puto e gritou comigo.

- SUA MALUCA! Esse celular é meu e custou muito! EU VOU TE MATAR! - ameaçou ele, agarrando-me pelos ombros.

Como ele os encontrou nesse escuro, eu não saberia dizer.

- Tudo bem, você pode me matar agora, porque eu vou morrer em sete dias - respondi em choque.

- Do quê você está falando? - perguntou querendo rir.

- No seu celular... Era a... Samara! E disse... que eu tenho... Só sete dias!

Tudo bem. Eu admito: não suporto filmes de terror e acredito em tudo o que eu vejo. Eu não iria chorar agora... Mas tinha que me preparar o meu testamento.

No entanto, Hyde suspirou.

- Espera aí, que eu já volto.

- O quê?! Não! Espera! Não me deixa aqui na sala sozinha! - pedi. – Você não vê filmes de terror?!

- O que foi? Está com medo da garota de "O Chamado" é? - provocou-me ele.

“Não se deve brincar com coisa séria!” quis gritar.

- Relaxa, você não vai morrer - disse-me ele, com raiva contida. - Vem. Vou te mostrar uma coisa.

Olhei para a sua sombra alta e ele pegou a minha mão. Não pude deixar de reparar o como ela estava quente (ou seria eu que estava fria?) e o como ela era tão maior do que a minha. Frederick, quando estudou desenho, disse que as mãos são proporcionais ao tamanho, e que assim era a minha. Como eu era pequena, minha mão era considerada "pequena"; como ele era alto, provavelmente sua mão era considerada "grande".

Só sei que era muito diferente da minha no tamanho.

Ele me guiou até a cozinha, mexeu em uma gaveta e me passou uma lanterna que ele acendeu.

- Segure para mim - mandou ele.

Obedeci, não porque eu realmente o quisesse, mas porque já não adiantava mais brigar por conta disso. Iluminei uma parede para ele. Percebi que ele abriu uma porta metálica, revelando um painel cheio de interruptores. "Apartamento", "Cozinho", "Quartos", "Banheiros", "Água"... Olhei para ele confusa.

Bastou ligar o interruptor escrito "apartamento" para que todas as luzes se acendessem. Quase me cegando.

- Viu? - ele riu pegando a lanterna e a desligando. Deu um passo para trás para ver se havia mais algum interruptor desligado. - Era só ligar o interruptor.

- Tudo bem... Mas quem foi que o desligou? - Voltei-me para ele.

Foi quando eu vi um pequeno vulto atrás dele.

- AHHHHHH!!!! Ela veio me pegar antes do tempo! - Gritei usando-o como escudo.

Quem estava ali era a Samara!

Com seus cabelos negros caindo sobre o rosto pálido...

Fiquei surpresa ao ver que Hyde estava calmo, com um brilho divertido direcionado para mim. Provavelmente se divertindo a me ver medrosa daquele jeito. E a Samara começou a rir de mim.

Peraí! Ela tá rindo de mim?

- Está feliz agora, Ellie? - perguntou irritado, mas divertido.

- Meu Deus! Ela é tão medrosa! - exclamou... Ellie(?) rindo.

Espere... Ela era a Ellie que ligou para ele?

Senti uma raiva nascer em mim quando vi a garota retirar a peruca de cabelos negros e bagunçados. Revelando os cabelos loiros avermelhados e deixando-me ver os olhos esverdeados. Tinha um sorriso matreiro nos lábios, e um brilho de satisfação nos olhos claros. Deveria ter uns oito anos.

Grrr...

- Vou matar essa peste! - rosnei ameaçando avançar.

Ela nem se mexeu, e eu não pulei em cima dela porque Hyde me segurou.

- O que você está fazendo aqui, Ellie? - perguntou ele, bravo.

- Lá em casa estava um téeeeedio - ela respondeu cruzando os braços e fazendo um beicinho adorável. - Então eu resolvi te mostrar a minha fantasia de Halloween!

Hyde revirou os olhos.

- Sendo que o Halloween é daqui há um mês... Por acaso, desligar a luz de casa e ligar para o meu celular sem haver uma emergência fazia parte do pacote? - perguntou sarcástico.

O sorriso reluzente deu espaço à uma expressão diabolicamente debochada.

- Tudo bem. Eu quis assustá-la... Mas você queria o quê? Eu sou a sua namorada! Você deveria estar assistindo filmes comigo!

Peraí... Ela disse "namorada"?

- Peraí... Você é a namorada dele? - eu perguntei. Ela assentiu com a cabeça e eu gargalhei. - Meu Deus! Hyde seu pedófilo!

Ele arregalou os olhos e ficou vermelho.

- Eu não sou pedófilo! - ele disse. - Ela não é minha namorada.

- Bem... E quem é ela então? - perguntei.

Ele suspirou.

- Ela é Ellie Johnson, filha da minha vizinha. Sempre que sua mãe sai, eu e Luc deixamos meu número para caso de alguma emergência - explicou. - Ela mora aí no apartamento ao lado.

- Hyde é minha babá! - Ela me deu língua.

Vi que Hyde ficou sem graça. Seu rosto ficou vermelho e os olhos reviraram.

- Não consigo te imaginar cuidando de alguém - confesso, querendo rir.

Ele fingiu que não ouviu.

- Vá para casa, Ellie - mandou.

- Mas eu quero ver filme com você - ela pediu segurando as pernas dele, fazendo uma expressão de desolação.

Vi que aquilo o pegou.

Ele teve dificuldade em dispensá-la.

- Ellie...

- Hyde, por que você não a deixa ficar? Por mim não tem problema nenhum. - Eu digo. - Eu só quero ver esse maldito filme... E acho que não correremos o risco de ter a luz cortada se ela tiver onde possamos vê-la.

Ele pareceu surpreso e ela me deu língua.

- Ninguém te perguntou! - disse malcriada.

Mas Hyde não ligou e me olhou surpreso.

- Sério? - perguntou.

- Sério - respondi dando de ombros.

Eu podia ser estourada e sem paciência, mas gostava de crianças (dã! Eu vou ser pediatra por um motivo!). Gostava da inocência delas... E de saber que elas faziam as coisas sem pedir nada em troca.

De repente, a lembrança da humilhação que sofri em Utah, voltou... E me senti melancólica.


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