Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 6
Capítulo 6 - A Teoria do Espelho?!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por não ter postado antes (ontem) como eu pretendia, mas eu tive que resolver uns assuntos com uma amiga e não tinha internet - -' (e quando ela ligou, fiquei com preguiça).
Enfim, fiquei feliz com os reviews. Muito, muito feliz. E, imitando muito a minha amiga, devo agradecer especialmente às pessoas que estão me dando motivos para felicidade: Mayyy; Lara Leal; Isabella Pinheiro; enzaaa.
Obrigada e esse capítulo - mesmo que um tanto chato e monótono - é especialmente para vocês!
Beijos,
M.C. - Miss Trublion.



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Capítulo Seis - A Teoria do Espelho?!

 .

No dia seguinte, domingo, acordei mais cedo que Clarice e fiz o meu café da manhã: cereal de chocolate com leite de soja. Eu sabia fazer um bom café americano, mas eu não queria. Minha cabeça latejava por eu ter ido dormir mais tarde do que estou habituada, e também porque eu estava pê da vida com aquele tal de Hyde.

Segui minha rotina de todo domingo: pulei corda na espaçosa sala (porque havia sido uma ordem minha que ela não ficasse entulhada com coisas desnecessárias), calcei as luvas e coloquei o saco de box. Era totalmente relaxante bater naquilo. Principalmente quando imaginava que era todos aqueles que causavam problemas.

O som pulsante deFighter- deSS501- era entusiasmante. E não parei até estar com os braços tão doloridos e pesados que já não aguentassem mais dar um soco. Ah, como eu desejava que aquilo fosse aqueles idiotas irritantes que insistiam em implicar comigo!

Então eu me lembrei de Hyde:"nunca consegui me divertir tanto com uma garota que eu queria saber se você era uma garota de verdade"ah, por favor, que raios de desculpas é aquela?! Seria melhor ele ter dito somente"desculpe por ter te beijado".

Voltei a bater no saco por mais meia hora.

Acabado minha sessão"loose", como meus irmãos chamavam, fui tomar banho, pois estava suada.

Quando saí do banheiro, enrolada na toalha, encontrei Clarice muito animada na minha cama. Na verdade, ela estava tão animada que pulava na minha cama. Percebi que seria uma longa sessão de fofoca!

-> Dia Seguinte.

Luc. Luc. Luc. Luc e, ah, Luc!

Eu havia me esquecido de o quanto era irritante conviver com uma Clarice apaixonadinha. Domingo ela não soube falar de outra coisa. Eu não sei o que ela pensava quando falava em Luc. Talvez ela devesse pensar em seus olhos azuis claros e no rosto e corpo excessivamente másculos... Mas eu só pensava na boa que ele armou para mim!

Pensando bem, eles bem que se combinavam: Clarice era sensual até quando não queria, e bem feminina. Enquanto ele parecia ser grandão o suficiente para protegê-la. Tornando-me desnecessária. Essa ideia me deu um aperto no peito...

- Oh, Luc! - exclamou Clarice ao vê-lo no meio do corredor.

Revirei os olhos e lhe disse que seguiria para a minha primeira aula sozinha.

Era aula de Fisiologia, e eu tinha essa aula sozinha. Sem ninguém conhecido ou que eu tive o trabalho de conhecer e puxar assunto. Só sei que havia um garoto que se sentava do meu lado e de vez em quando ele me pedia uma caneta, ou um lápis ou uma borracha.

- Oi, Ferry - ele me cumprimentou.

- Oi - respondi indiferente, sentando-me no meu lugar.

Eu não sabia nem o nome ou o sobrenome dele, por isso não disse mais nada.

- Você pode me emprestar uma caneta, por favor? - pediu ele.

Olhei para ele perguntando-me o porquê eu já esperava que ele me pedisse isso. Será que as canetas fogem dele ou será que ele nunca pensou em comprar uma? No entanto, ao olhar para ele, percebi que ele tinha um Notebook e não tinha o que fazer com a minha caneta.

- Você vai usar a minha caneta no seu notebook? - perguntei com sarcasmo.

Ele olhou para o computador e riu.

- Você me pegou. Não esperava que você fosse notá-lo somente agora. Estou a meio ano tentando quebrar o gelo - ele comentou rindo envergonhado.

Achei que o modo com que suas maçãs ficaram vermelhas lhe deu um aspecto muito saudável. Dando um pouco de cor na sua figura. Ele era um garoto meio apagado, de cabelos loiros, pele quase albina e olhos cinzentos.

- Você já pensou em se apresentar? - perguntei com um tom de que era óbvio.

- Você sempre pareceu muito copenetrada para isso - ele respondeu. - Mas já que me deu um minuto de sua preciosa atenção... - Ele estendeu a mão. - Meu nome é Jarred Thompson.

- Madelaine Ferry, mas algo me diz que você já sabe disso - brinquei.

Ele riu, sem graça outra vez.

- Se você está nessa aula eu vou supor que você está fazendo medicina. Então posso perguntar para que especialização? - perguntou.

Pensei um pouco e disse:

- Pediatria. E você, o que vai fazer?

- Imunologia - ele respondeu com um sorriso encantador.

Ele ia me fazer outra pergunta quando o professor entrou na sala e voltei a minha atenção para ele. Odiava passar uma aula conversando com alguém, porque eu não aprendia nada. Se eu estava pagando uma universidade, era por algum motivo!

Quando a aula acabou me despedi de Jarred e saí da sala de aula. Seguindo com a minha vida.

Na hora do intervalo fui para o refeitório onde, depois de me servir de uma comida que pareceu relativamente boa (somente se compararmos com a comida dos meus irmãos), sentei-me com Clarice e percebi que ela havia se sentado com Luc. Isso não era algo bom, uma vez que isso indicava que logo Hyde se sentaria ali também.

- Olá, Madelaine.

Bem, é como dizem:é só falar no diabo que aparece o rabo.

Ergui o olhar e fitei o garoto irritante que se sentava à minha frente.

- Oi - cumprimentei-o com indiferença.

Tentando saber que comida misteriosa era aquela que havia sido servida no refeitório, mas que tinha um gosto bom.

- Você não me perdoou? - perguntou ele, parecendo incrédulo.

- Seu pedido não foi honesto - eu respondi. - Afinal, Clarice teve que pedir para que você o fizesse.

Ele pareceu indignado por eu não ter aceitado o seu pedido de desculpas deplorável.

- Você realmente esperou que eu aceitasse seu pedido de desculpas?! Aquilo não foi um pedido de desculpas! Foi algo depreciativo! Algo do tipo"desculpe, mas você não age feito uma mulher normal, tive que te beijar para ter certeza que era". Que tipo de desculpas é essa?! Quer saber de uma coisa: fo-da-se! - explodi.

Caramba, nem todo o box do mundo daria um jeito em mim!

- Como você pôde falar isso?! - Clarice pareceu surpresa. - Você é insensível!

- Ele nunca foi bom em pedir desculpas - comentou Luc negando com a cabeça.

- Desculpem por ser honesto! Mas ela não é uma mulher normal. Negou o meu beijo! - ele respondeu.

- Ah, tá. E, para provar que eu sou uma mulher normal, eu tenho que me render aos seus encantos, é? Bem, lamento por não te achar tão gostosão assim, Casanova! - Eu me levantei da mesa e peguei o meu prato. - Quer saber de uma coisa: você é impossível! É insensível, "sincero" de mais e se acha o dono do mundo. Você me irrita profundamente!

- Ótimo, somos dois! - ele disse de volta, não querendo perder.

Disse à Clarice que a esperaria no carro no fim das aulas porque aquela peste havia impregnado o ar do refeitório e fui embora para a biblioteca. Aproveitando o meu novo "tempo livre" para estudar um pouco mais. Porém, encontrei Jarred lá. É... Ele tem cara de quem énerd. Mesmo não sendo muito feio.

- Ei... Você por aqui? - ele pareceu surpreso.

- É... Eu sempre almoço com Clarice nesse horário, mas não consigo ficar muito tempo com o amigo do "paquera" dela - respondi. - Posso me sentar com você?

Ele tirou sua pasta da cadeira ao lado e eu agradeci, ocupando-a.

Ficamos quase o horário todo estudando juntos. Ele tinha dificuldade em anatomia, uma das minhas matérias preferidas, e eu o ajudei com isso. Conversamos um pouco, soube que ele era da Califórnia e que ele era filho único e não tinha pai.

A vida que eu sempre quis: ser filha única e não ter pai... No entanto, eu também não iria querer a minha mãe. Quem sabe eu pudesse morar com alguma avó ou algo do tipo? Seria maravilhoso.

Depois que nos conhecemos, fomos nos tornando amigos. Como eu não queria mais saber de Hyde por um tempo, eu acabei sempre indo para a biblioteca a fim de evitar "o gostosão". O que me fez virar amiga e “tutora” de Jarred. Eu passei a lhe dar aulas particulares.

Mas a coisa que mais me deixou fula, é ele não admitir que fez algo de errado. Ele é infantil, e se acha o dono da verdade. E daí que ele seja incapaz de me ver como mulher? Quem disse que eu quero que ele veja que eu sou uma garota? Há muitos por aí que nunca hesitaram em me chamar para sair.

Como eu disse: se eu estou sozinha, é escolha minha.

- E o que foi que te tirou tanto do sério? - ele perguntou. - Você estava com uma atmosfera sombria há uma semana e continua com ela. É assustador.

Eu dei um riso.

- Hyde é um idiota - eu respondi. - É alguém que eu não suporto desde que vi. Meu santo não bateu com o dele. Ele é muito respondão. Grosseiro. Irônico. Machão. Metido a gostosão. Egocêntrico. E se acha o dono do mundo! Quer mandar em todo mundo e não suporta ser mandado!

Jarred ouviu tudo aquilo. E depois soltou uma risada que foi recriminada pela bibliotecária. Ele teve que se conter.

- Qual é a graça? - perguntei.

- É a teoria do espelho - ele respondeu rindo baixinho.

- O que é isso? - quis saber.

- Bem... Digamos que você e ele têm gênios fortes e gostam de mandar muito nas pessoas, logo, nem um de vocês gostam de ser mandado. O resultado é que vocês sejam muito parecidos, mas que vocês critiquem um no outro aquilo que vocês mesmos fazem - ele tentou explicar. - Se você critica ele ser respondão, machão, grosseiro, irônico e se acha o dono do mundo... É porque você faz isso também.

Eu acho que entendi um pouco que ele disse, mas achei ridículo.

Nem de longe eu seria como Hyde!

Podemos compartilhar o gosto, mas eu jamais seria tão insuportável assim!


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