Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 12
Capítulo 12 - Meu Inferno!


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa
Vim para postar um novo capítulo! *w*
Não, e para quem está ansiosa pela festa, ainda não é o capítulo da festa (este será o próximo e será razoavelmente mais longo do que qualquer outro que eu já tenha escrito - eu acho).
Mas espero que este capítulo agrade.
Agradeço aos reviews de: enzaaa; NairAlves; Caele; Piscicottica; Rê Lovegood; mayyy; Lara Leal
Beijos,
M.C. - Miss Trublion.



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Capítulo Doze – Meu Inferno.

Eu fiquei pálida. Eu senti a cor fugir do meu rosto, comecei a suar frio. Era como se o diabo em pessoa houvesse aparecido ali naquele provador. E, sinceramente, eu não via muita diferença. Tudo o que eu via eram os cabelos loiros dourados, os olhos escuros e o rosto que seduzira tantas garotas como Quinn. E o que me deixava chocada não era o fato de ele aparecer de repente, era o meio sorriso maldoso que se esgueirava em seu rosto.

Antes que eu pudesse fazer um movimento ele me deu uma chave de pescoço e começou a bagunçar meus cabelos.

- Fala aê pirralha! É assim que você cumprimenta o seu irmão mais velho?! - ele brigou em um tom divertido.

- Me... Me solta, Fred! - gritei me debatendo. - Você sabe muito bem que eu posso te jogar no chão sem dificuldades!

Isso não era um blefe. Mesmo que Fred fosse quase quarenta centímetros mais alto do que eu, eu sabia que podia facilmente pegá-lo pela da camiseta de botões impecável para jogá-lo no chão.

- Essa eu quero ver, baixinha! Essa vida da faculdade já deve ter te amolecido! - ele desdenhou.

Suspirei e fiz o primeiro movimento para jogá-lo no chão. Não me perguntem como, mas ele se mexeu e quem acabou no chão fui eu! Talvez minha queda tenha sido tão feia que até mesmo Hyde ficou preocupado e me ajudou a levantar.

Acho que Hyde ficou... Com raiva?

Eu não soube dizer, mas sei que eu fiquei furiosa. Não só por ele ter me derrubado - e estar gargalhando agora - como que por ele ter me derrubado na frentede Hyde. O cara que eu estava querendo intimidar!

- Merda, Fred! O que você quer aqui sua cria do capeta?! - briguei me levantando do chão.

Ele fez uma expressão cínica de ofendido.

- Isso é jeito de receber o seu irmão mais velho, Lyne? – ele brigou. – Pensei que nunca mais te veria depois que você saiu de casa para vir aqui.

Revirei os olhos.

Dã! Eu havia saído de casa por algum motivo! Sinceramente, Fred era uma ótima pessoa por celular, e eu sabia que, de um modo louco, ele tinha mais afinidade comigo do que com os outros de nossos irmãos. Mas, pessoalmente, ele era tão chato quanto eles.

- O que você quer aqui? – perguntei.

- Quem é ele? – perguntou Fred, lançando um olhar afiado para Hyde. Acho que ele ficou com ciúmes. – Você sabe o que eu acho de caras com piercings.

Hyde ergueu uma sobrancelha e eu revirei os olhos.

- Fred, esse é Hyde... Um amigo – Isso soou estranho. – Hyde, esse é o meu irmão mais velho, Frederick Ferry.

Os dois ficaram se estranhando até soltarei cumprimentos ariscos e cruzarem os braços. Hyde deveria estar estranhando as roupas de caimento perfeito e bem arrumadas de Fred, assim como meu irmão deveria estar estranhando o estilo de “rebelde sem causa” de Hyde.

- Por que você não vai trocar de roupa, Lyne? Quero conversar com você e esse vestido está me deixando constrangido – Fred disse.

Será que ele estava sendo sarcástico?

De repente, eu me senti ridícula de novo! Malditos homens!

- Então... É esse? – perguntei à Hyde por saber que ele ao menos seria sincero o bastante para jogar na minha cara se estivesse ridículo.

Ele revirou os olhos.

- E ainda tem dúvidas? – perguntou irritado. – Seu ataque de “sou gostosa” de agora pouco não foi o suficiente.

Revirei os olhos, mas dessa vez não foi com o costumeiro “ai que ridículo”, mas sim com um sorriso divertido brincando nos meus lábios. Ele somente riu, mesmo que um pouco mais comedido porque ele estava intimidado com a presença de Fred naquele provador. Fuzilando e nos analisando com o seu olhar crítico.

Na verdade, Fred estava mais encarando Hyde e decidindo se gostava ou não do que estava vendo. Bem, um dos motivos pelo qual eu nunca namorei antes, foi porque Fred arruinava minhas relações com quaisquer garotos que se aproximasse comigo.

Quando Hyde percebeu o olhar dele, encarou-o de volta. Não querendo perder.

O silêncio entre os dois era constrangedor, mas quando eu entrei no provador, ouvi suas vozes baixas e conspiradoras. Isso me desagradou profundamente, porque eu não conseguia ouvir o que Fred estava dizendo para Hyde.

Mas, quando eu voltei, o clima estava o mesmo.

Hyde se aproximou de mim.

- Já que o seu irmão está aqui, acho melhor eu ir – ele disse. – Vocês devem ter muito que conversar.

Olhei para ele com curiosidade e depois olhei feio para Fred.

- O que foi que ele disse? – perguntei com raiva.

- Nada além de um formal e rebuscado: “vaza moleque” – Ele riu. – Tudo bem. Ele está de carro e vai te levar até o seu apartamento, sã e salva. Além disso, tenho um compromisso com Angelina agora... Então nos na festa!

Dito isso ele passou o braço pelo meu pescoço e bagunçou meus cabelos.

- Te vejo amanhã, Chihuahua! – provocou-me.

- Ora sua peste... Eu já disse que se você continuar assim vai ter que mudar seu nome para Harriet! – briguei.

Ele somente riu de minha ameaça e andou em direção à loja.

Fuzilei-o com o olhar durante seu percurso e depois eu me virei para o meu problema número 2, que fitava Hyde mesmo depois de ter ido embora. Assim que ele se tocou que eu o observava, voltou seus olhos escuros para mim e pegou o vestido da minha mão.

- Deixa que eu pago para você – ofereceu-se.

- Hein?! – fiquei surpresa.

- Você tem um encontro e não esfregou isso na minha cara? – ele me provocou. – Por favor, deixe-me fazer parte nesse milagre. Minha garotinha está crescendo e eu quero emoldurar esse vestido e pendurá-lo na parede para me lembrar disto!

Revirei os olhos e seguimos para o caixa.

Não questionei. Fred quase nunca pagava as coisas para os outros, mesmo sendo o único na família que possuía emprego fixo ou que era endinheirado (porque ele sempre foi o queridinho da vovó e, quando ela morreu, deixou tudo só que tinha para ele). James estava estudando em uma faculdade nem Utah mesmo, junto com Will, e ambos ainda não trabalhavam, moravam com o papai e recebiam mesada dele.

Minha mesada era somente de uma única pessoa: Fred.

Papai se recusava a comprar coisas para mim, e Fred sempre achou isso ridículo porque eu era a mais esforçada dos filhos dele. Por isso, eu só pedia dinheiro para ele. Papai acha que eu só compro futilidades – o que é mentira!

Sim. No fundo ele é uma pessoa legal... Mesmo que devasso.

- Então... O que o traz por aqui? – perguntei como quem não quer nada.

Ele estava com o cartão na mão e se virou para mim.

- O que foi? Não acha que um irmão mais velho pode sentir saudades e querer ver a sua irmã caçula? – perguntou com cinismo.

Estranhei o modo como ele frisou aquelas palavras. Até que eu percebi que ele estava olhando para a bela mulher do caixa, que ouvia nossa conversa, e deu uma piscadela para ela. Ela entrou em estado líquido bem na minha frente.

- Ô minha filha, isso é para ontem! – estalei o dedo na frente dela.

Ela apressou um pouco a compra e passou o cartão dele.

- Então, deixe-me, por favor, reformular a pergunta: “O que o traz aqui, que não seja sua extrema saudade de minha pessoa”?

Ele pegou a sacola e lançou o seu sorriso de dentes brancos e perfeitos para a mulher. Ela suspirou. Deveria ser um crime um homem tratar uma mulher assim e uma mulher se render à ele com tanta facilidade. E eu sabia que dentro da sacola do meu vestido, teria um número de tal de Sarah, ou Monica.

Fred passou o braço por meus ombros.

- Bem, Nova York fica apenas à duas horas daqui... Mas vim atrás de você, Lyne, porque eu fui demitido da Victoria’s Secret – ele respondeu.

A-há! Sabia que não ia durar muito! Deve ter cantado a chefe ou uma das várias modelos... Ou quem sabe até mesmo passado uma “mão suspeita” nelas? Não, Fred gostava demais da “arte da conquista”. Quanto mais dura a mulher for, mais ele se diverte e demora a descartar.

- E o que eu tenho haver com isso? – perguntei tomando a sacola com o meu vestido premiado de suas mãos.

- Bem... Eu cheguei a conclusão que está na hora de eu começar a minha própria marca – ele disse calmamente. – Veja só: “Frederick Ferry” já é um nome forte e elegante para uma grife... Na verdade, eu vim atrás de você somente para falar com Clarice. Quero que ela seja a minha modelo.

Revirei os olhos. Claro que a baixinha aqui seria jogada para escanteio.

- Bem, e... ? Como você me encontrou afinal?!

Ele me mostrou o seu iPhone novinho e disse:

- Aplicativo de localização. Eu instalei no seu celular que eu te dei de natal. Sei que é raro você usá-lo, porque você prefere aquele tijolo grosseiro que só liga e recebe mensagens... – Ele fez uma careta. - Mas também sei que você quase nunca o tira da bolsa.

Revirei os olhos. Maldita tecnologia! Cada dia mais vou ficando sem privacidade!

- Mas estou pretendendo começar com uma loja por aqui, o que você acha? – ele tagarelava.

- Acho que vou te enfiar em um canhão e te forçar a refazer o seu trajeto de volta à Nova York – respondi revirando os olhos. – Confesse que você só veio se meter na minha vida. Como você sempre faz!

Ele riu.

- Tudo bem. Quer a verdade? Eu quero passar um tempo na sua casa. Você sabe que eu não gosto de alugar um apartamento sem ter um emprego fixo, porque eu não gosto de depender da herança da vovó Honey... Gostaria de ficar com você e Clarice até que minha lojinha dê muito certo!

Sim, ele nem era abusado ou otimista... (Isso foi sarcasmo).

Estreitei meus olhos.

- Você não está inventando desculpas só para dar em cima de Clarice, está? – perguntei. – Saiba que ela é uma garota comprometida agora. Está namorando e eu não vou permitir que você se meta na vida dela como faz com a minha.

Ele revirou os olhos.

- Meu Deus, Lyne. Como você tem pouca confiança em mim! Eu tenho dois anos a mais que vocês...

- Na minha conta deram seis...

- Dois anos! – ele mentiu. Vish, já está tendo crise tento somente vinte e cinco anos de vida? – Bem, de todo e qualquer modo, ela é muito novinha para mim... Gosto de mulheres maduras.

Revirei os olhos.

Ele dizia isso agora, mas eu duvidava que continuasse a dizer isso assim que se encontrasse com Clarice. E eu tinha medo do que Luc poderia fazer ao meu mulherengo irmão. Será que ele respeitaria a lei que diz que “irmão não pode namorar a melhor amiga da irmãzinha”?

- Bem... Se você diz... Acho que você pode dormir na sala. Tem um sofá cama muito bom lá – eu comentei.

Ele sorriu malignamente para mim.

- Bem, se você acha tão bom assim, espero que você goste de dormir nele! – respondeu-me. – Eu não aceito nada menor que o seu quarto.

Meu queixo caiu e ele deu a conversa por encerrada. Seguiu para o seu carro esperando que eu o seguisse.

Olhei para o céu e pensei:

“Ô meu Deus, mandar somente o Hyde não bastava? Tinha que me mandar suportar dois demônios agora?”.


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