Sr. Arrogante E O Chihuahua. escrita por Miss Trublion


Capítulo 11
Capítulo 11 - Vamos às Compras!


Notas iniciais do capítulo

Oiiii
Como é que vocês estão?! Felizes? Bem??? Eu também!
Espero que vocês gostem deste capítulo porque eu coloquei minha alma nele - brincadeira - mas eu me esforcei nele. Vou entrar em período de provas e não vou poder postar com tanta frequência, mas vou me esforçar!
Agradeço aos reviews das maravilhosas: -NairAlves -enzaaa -Piscicottica -Thatai -Miss Unknow -Caele -Rê Lovegood -mayyy.
Beijos,
M.C. - Miss Trublion



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Capítulo Onze - Vamos às compras!

 .

- Desculpe-me, Lyne, eu não vou poder e ao shopping com vocês - Clarice respondeu enquanto íamos para a universidade. - Eu e Luc já havíamos marcado de ir jogar baseball.

Olhei para aquilo que um dia foi minha amiga com indignação.

Desde que ela começou a sair com Luc, sinto-me muito abandonada. Claro que não é a primeira vez que isso acontecia, mas, quando acontece, é um saco. E ficar no shopping, sozinha com Hyde, era enervante! Principalmente agora que eu estou "revendo meus conceitos" sobre ele. E isso é algo que eu nunca faço.

Mas depois de noite passada, ele me convenceu que não podia ser tão mal assim.

- Não fique brava... - ela me pediu desolada.

Desvirei o rosto para olhar pela janela.

- Eu não acredito que estou perdendo minha melhor amiga para um cara que tem menos de quatro letras no primeiro nome - resmunguei.

Ouço Clarice rir ao meu lado.

- Então... Já que você está tão desolada, prometo que passaremos o sábado todo juntas. De manhã atéeee o seu encontro! Vamos à um salão de beleza e vamos fofocar o dia todo! - prometeu ela.

Fiz uma careta involuntária.

Eu não gostava de me "embelezar". Gostava de me sentir bonita, mas não gostava de gastar meu tempo com isso. Para começar, cuidar do cabelo em um ambiente como o salão de beleza, me dava sono. Depois, eu achava que era um desperdício fazer as unhas, pois homem nenhum nota qual é a cor da moda! E por último... Depilação, que era doloroso.

Quando eu discutia com Clarice, ela revirava os olhos e dizia:

- Lyne, uma garota não se arruma somente para arrumar um namorado! Ela se arruma para causar inveja para as outras mulheres!

E eu sempre revirava os meus olhos. Que ridículo!

Acho que Luc estava esperando por Claire (como um cachorrinho que espera a dona voltar para casa, eu diria), pois ele estava encostado confortavelmente em sua moto no estacionamento. E, ao lado dele - ouvindo reclamações de uma inconformada -, estava Hyde. Parecendo muito chateado.

- Por que você não me ligou ontem? Te liguei a tarde e a noite toda! - ela gritava irritada.

Hyde só revirou os olhos.

Quando saí do carro, não pude deixar de admirá-la e sentir um pequeno complexo.

Seus cabelos eram loiros dourados (mas acho que ela havia pintado o que um dia foi castanho); com os olhos azuis claros. Suas roupas eram... Tudo bem, não podemos chamar aquilo de roupa: eram trapos. Era uma camiseta justa e curta rasgada e short jeans muito curto, com uma bota de cano curto. Mas acho que não tinha problema quando se tem um corpo tão voluptuoso e bonito quanto aquele.

Ela deveria ter colocado silicone... Só podia. Pois só mais um pouco e ela viria a se tornar a próxima Pâmela Anderson.

Encolhi-me involuntariamente ao perceber a diferença gritante.

- Parece que Quinn acordou com a matraca - resmungou Luc, segurando a cintura de Clarice. - Qualquer uma já teria percebido que foi jogada para escanteio... E o pior é que Hyde odeia escândalos.

Dei de ombros, foi quando Hyde me notou.

- Caralho, garota! Vai se fuder! Você é um saco, Quinn! - ele respondeu irritado. - Eu não quero mais nada com você! Mas se você acha que eu te devo alguma explicação por não ter ligado... Chihuahua! Venha aqui!

Arregalei os olhos quando ele me chamou, mas fui. Tentando ficar calma.

- Explique para Quinn sobre o terrível acidente que aconteceu ontem com o meu celular - mandou, fuzilando-me com os olhos.

Ah, não me diga que elemeculpava por ouvir reclamações daquela louca?!

Me virei para ela e suspirei. Dei um sorriso maldoso e o agarrei pelo braço.

- Olha filha, foi o seguinte: Hyde e eu estávamos no meio de filme maravilhoooooso e suas ligações desesperadas estavam começando a me dar náuseas. Tomei o celular dele e o joguei contra a parede. Se você o perdeu? Tenha ao menos um pouco de dignidade e não fique correndo atrás de um cara que obviamente não quer nada a não ser transar com você - respondi fazendo uma voz que eu aprendi assistindo as "namoradas" de Fred.

Acho que eles me olharam assustados... Mas ela me olhou chocada.

Ela soltou um grunhido e se afastou batendo o pé.

- Espero que vocês tenham usado camisinha! Hyde é muito jovem para ser pai e eu sou muito nova para ser madrasta! - gritei para as suas costas, vi-a estremecer.

Só a sensação de ter triunfado sobre aquela vadia me fez sorrir largamente.

- Pronto. Tenho certeza que ela entendeu que "acabou" entre vocês - eu disse largando o braço dele.

Ele me olhava assombrado enquanto Luc e Clarice se dobravam de rir.

- Onde você aprendeu a falar daquele jeito? - perguntou.

Dei de ombros.

- Tenho que ir para a minha aula. Que isso sirva de lição sobre brincar com os corações das mulheres: somos seres sentimentais e neuróticos - eu disse pegando as minhas coisas. - Vejo vocês na hora do almoço.

Fui para a minha aula de Bioética, onde me encontrei com Jarred e conversamos muito.

O dia passou voando - e tive que aturar aquela criatura roubando a minha comida de novo. Eu nunca tive tanta vontade de matar alguém quanto naquele momento! No entanto, forcei-me a lembrar de que Hyde não era tão chato e arrogante sempre. Só estava chateado por ele guardar o seu lado legal somente para a Samara.

Quer dizer, ele e ela assistindo os filmes... Pareciam dois irmãos! (claro que isso foi antes de ela cair no sono).

Mas fiz uma careta ao me lembrar de que era por culpa dela que naquele momento, depois da aula, Hyde me levou até o shopping em sua moto. Se ela não tivesse ligado para Hyde e ter brincado daquele jeito, o celular dele ainda estaria inteiro!

- Está satisfeito agora? Fiz a minha parte. Leve-me para casa agora - mandei irritada.

Hyde apenas deu um sorriso arrogante.

- Para que a pressa? O shopping é grande e dá para fazer muitas coisas - respondeu ele. - Vamos à praça de alimentação. Como você é uma boca nervosa, duvido que não esteja com fome.

Revirei os olhos e fomos para a escada rolante, para ir à praça de alimentação.

Ele começou a mexer no aparelho e colocou o chip de seu antigo celular (provavelmente foi a única coisa que se safou do meu ataque de pânico). Vi, como quem não quer nada, que a primeira coisa que ele fez foi apagar o número de Quinn. Fiquei feliz por isso. Não entendo o porque os garotos gostam tanto de vadias. Sério.

Se eles querem uma que não arrume problemas, que vão à esquina pegar as prostitutas!

Eles pagam, mas elas garantem satisfação.

- Sabe de uma coisa, Chihu? Eu odeio esses celulares novos,Smart phones. Eles quebram por qualquer coisinha - reclamou Hyde revirando os olhos violetas. Então completou com um sorriso maldoso: - Não que a sua força seja "qualquer coisinha"...

- Eu já pedi desculpas um bilhão de vezes! - respondi cruzando os braços.

- Pelo tapa ou pelo celular? - perguntou-me ele.

Fechei o rosto.

- Claro que é pelo celular! E que aquele tapa seja uma lição para você deixar de ser abusado! - respondi.

Hyde deu uma sonora risada e apertou a minha bochecha

- Oh, Lyne, tão fofinha e estressadinha! Admiro-me que não se formem rugas em seu belo rosto! - riu ele.

Dei um tapa no seu braço, que me soltou e dei-lhe as costas. Mas eu sabia que no fundo, só dei as costas para que ele não visse o vermelho que começava a se acumular no meu rosto. Ele invadiu a minha "área de conforto"! Que garoto chato!

Só tive que me conter para não sorrir ao perceber que foi a primeira vez que ele me chamou de Lyne.

Fomos para a praça de alimentação, que como outra qualquer era agradável e um amplo ambiente com plantas de plástico, iluminação artificial, grandes janelas para a rua e muitas mesas. Sentamo-nos em uma daquelas mesas e decidimos o que íamos comer.

Sentamos em uma mesa de dois lugares e ele se sentou no lugar à minha frente.

- Como eu paguei o seu celular, acho que mereço que você me pague um lanche, não? - eu tentei.

- Mas nem pensar! Você tinha a obrigação de me pagar o celular! - ele brigou comigo.

- Ah! Seu pão-duro! Você deve ser tão sovina que o dinheiro deve grudar na sua mão! - resmunguei.

Hyde suspirou e deu um meio sorriso. Era um sorriso condescendente. Dado quando ele "cedia".

- Tudo bem - ele concordou. - Só não pode escolher muita coisa, viu? Também não precisa abusar do escravo aqui.

Revirei os olhos. Como se eu fosse do tipo de pessoa que abusava dele!

Ele se levantou e foi comprar nossos lanches na McDonald's. Como eu não queria fazer com que ele pagasse uma montanha de comida para mim, pedi só um Big Mac e dei-me por satisfeita por isso. Ele me provocou muito, mesmo assim, parecia que tudo o que eu fazia era motivo de gozação para ele.

E quando ele resolveu mudar de assunto, não foi para um dos mais agradáveis.

- Você já tem uma roupa para o seu encontro?

Olhei para ele com raiva.

Percebi pelo seu tom de raiva que havia um desafio não explícito ali. O jeito que seus olhos violetas brilhavam, e suas sobrancelhas se arquearam, me deixando claro que ele estava zoando de mim. Ele acreditava que meu encontro com Jarred não ia dar certo. Ele esperava por isso.

- Bem, não. Mas eu me viro - respondi dando língua. - Deve ter alguma coisa no meu armário.

-... Mas nós estamos em um shopping - ele respondeu, parecia chocado - Por que você não procura uma roupa?

Revirei os olhos.

Eu não ia experimentar vestidos ou roupas na presença de Hyde!

Geralmente, quando eu morava com meus irmãos e meu pai, quando eu queria comprar alguma coisa para mim, eu ia sozinha. Nunca nenhum garoto me acompanhou, porque eles sempre deixavam claro que preferiam morrer a serem vistos fazendo compras com a irmãzinha.

- Hyde, eu não vou fazer compras com você comigo. Geralmente eu compro coisas, para mim, sozinha ou com Clarice - respondi revirando os olhos.

- Por que não? Sou seu amigo não sou? - perguntou com um sorriso divertido.

- É... Mas o que você sabe a respeito de moda? Você não vai ser de grande ajuda - respondi.

Ele riu.

- Aí é que você se engana, Chihuahua. Eu sou um homem. Você vai sair com o que você acha que é um homem. - Ele cruzou os braços de um modo aprumado e petulante. - Eu sei do que os homens gostam.

Revirei os olhos.

- Ah, claro. Esqueci-me que o gostosão aí é o dono da verdade - disse com sarcasmo.

Ele fingiu que não sentiu minha nota de ironia e deu um sorriso largo. Revelando duas fileiras brancas de dentes quase perfeitos. Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele me agarrou pelo pulso e me arrastou para uma loja boa.

Fiquei morrendo de vergonha ao ver que as atendentes e clientes olharam para ele imediatamente. Como se seus olhares fossem atraídos por um imã forte. Não era só porque ele era bonito, mas era porque ele estava impecavelmente vestido, enquanto eu estava normalzinha. No meu estilo “apagado” que eu uso na universidade. E ainda com os meus óculos de grau.

Foi humilhante revelar a ele o número que eu visto. Principalmente porque era muito pequeno.

Você vai vestir uma Barbie com uma roupa desse tamanho? - ele havia brincado e por pouco saiu de lá com vida.

Ele não entrou comigo no provador - e ai dele se ele tentasse! -, mas ficou esperando na sala de espera.

- Chihu, não se esqueça de sair para eu ver! - ele me provocou.

- Vai se foder Hyde! - gritei de volta, sem me importar com as garotas que praticamente o seguiram para dentro do lugar onde tinha os provadores.

Acho que o ouvi rir. Por que ele gostava de me provocar assim?

Infelizmente, experimentei muitas roupas na frente dele. Desde vestidos para festas até shorts jeans e camisetas. Ele era alguém muito chato e praticamente negou qualquer coisa que eu lhe mostrei. E os insultos foram os piores impossíveis.

Eu já estava na última roupa e era bom que ele aceitasse!

Quando eu saí do provador, ele me analisou durante um bom tempo.

Era um vestido com um decote e de um cumprimento que me perturbou um pouco, de um azul celeste com figuras em preto, de alças muito finas, mas acho que não tinha problemas uma vez que eu não tinha seios tão absurdos quanto os de "Quinn peituda". Acho que ele não gostou muito, porque ficou muito tempo quieto.

- Fala alguma coisa, cara! - pedi sentindo-me incrivelmente patética.

Vi que um sorriso divertido se esgueirou pelo canto do seu rosto.

- O quevocêachou? - perguntou-me.

- Achei que estou pronta para ir rodar bolsinha na esquina - respondi irritada, com sarcasmo.

Do jeito que ele me olhava, eu me sentia muito ridícula. E era por isso que eu não o queria ali.

- Chihuahua, você parece muitas coisas: uma fadinha pixie, uma garota doce e meiga - o que nós dois sabemos que você não é -, mas a última coisa que eu diria é que você está parecendo uma puta - ele respondeu. Quando ele tirou a mão da boca, percebi que sorria com satisfação. - Vai por mim, se aquilo ali for homem, ele vai gostar.

Fuzilei-o com o olhar. Hyde insistia que Jarred era gay.

Mas que implicância!

- E como é que você sabe que ele vai gostar? - perguntei. - Eu estou parecendo uma prostituta!

Agora foi ele quem me fuzilou com o olhar.

- Chihuahua, vai por mim: você está muito longe de parecer com uma prostituta - ele disse compassadamente.

Demorei um tempo para pensar se Hyde teria coragem de me sabotar (ou me "embarangar" como diria Clarice) para que meu encontro com Jarred fosse péssimo. Mas percebi que não. Acho que ele realmente estava tentando se entender comigo.

- Bem, se você diz... Mas como é que você sabe que ele vai gostar? - questionei.

Hyde revirou o olhar e eu acho que quase vi uma cor constrangida aparecer em seu rosto.

Não me diga!

- A-há! Confesse! - gritei apontando para o seu rosto.

Ele me olhou assustado.

- Confessar o quê garota, tá doida?! - perguntou surpreso.

Dei um sorriso malicioso.

- Pode confessar, Hyde. Eu já saquei tudo! - disse novamente.

- Tudo o quê, sua maluca?! - questionou, parecendo entre o irritado e o constrangido. - Por acaso fazer compras afetou o seu cérebro?!

Eu sorri e me pus na sua frente. Não me deixando intimidar pelo seu tamanhão. Há uma diferença de pelo menos trinta centímetros entre um metro e meio e um metro e oitenta e tantos!

- Pode admitir... Que você está chateado por não ser mais a única gostosura do pedaço! - respondi dando uma volta. - Você está me achando, no mínimo, gostosa neste vestido! E admitir isso te deixa constrangido!

Ele revirou os olhos e riu divertido. De repente, parando somente para olhar para outra pessoa que adentrara na sala de espera do provador.

- Lyne... Em todos os meus vinte e cinco anos de vida, nunca pensei que chegaria no dia em que eu te ouviria falar deste jeito.


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Notas finais do capítulo

Tcharam!!!
Quem chuta e advinha quem é a pessoa que adentrou no provador?