Recolhendo Os Pedaços Do Coração. escrita por ScissorsandCoffee, BeckandJade FC


Capítulo 17
Seguindo Instintos.


Notas iniciais do capítulo

Hey minhas leitoras. Aqui estou eu com mais um capítulo grandinho para vocês!
Espero que se divirtam com ele, e para alegrar a todas, eu já estou terminando o capítulo seguinte!
Outra notícia é que a temporada 2 está acabando... Falta alguns dois ou três capítulos e sim, terá a 3 que será um pouco mais agitada e cheia de suspense. Estilo meio filme policial... com BADE! ♥

Boa Leitura!



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POV Jonas

Eu inclinei minha cabeça para trás quando esperei pela chamada no telefone. Tori havia acabado de se levantar para ir ao banheiro e eu aproveitaria e avisaria a Jade que estava voltando para casa mais cedo.

Eu realmente havia ficado intrigado com a maneira em que ela desligou o chat ontem à noite. E também estava achando muito estranho aqueles gritos. Eu acreditava que eles eram muito, muito familiares.  

- Olá... Jonas? – Ouvi a voz já cansada dela ressoando pelo outro lado da linha.

- Ei Jade. Como está você? Está melhor? – Eu perguntei.

- Sim estou. E me desculpe por ontem à noite... Sabe. Aconteceram algumas coisas... E eu só queria me desculpar pela maneira que eu desliguei o chat. – A ouvi lamentar. Eu não me importava muito...

- Ah... Certo então. – Fiquei alguns segundos em silêncio, pensando em algo para dizer. – Estou super ansioso para voltar ai e te fazer a mulher mais feliz do mundo, meu amor. Estou com tantas saudades de você e de minha Liz. – Menti. – Não acredito ainda que não deu para comemorar com ela ontem. Mas sabe de algo?

- Hm? – Ela perguntou.

- Eu estou indo para ai agora! – Exclamei com falsa felicidade. – Meu chefe, ao saber do aniversário da Lizzie, me liberou alguns dias mais cedo. Já embarquei no avião e faltam umas horas para chegar ai.

Ela ficou em um súbito silêncio. Sorri, pois a bobinha parecia estar muito surpresa.

- Ah... Sério Jonas? – Ela me perguntou, não pareceu muito animada. – Sério mesmo? – Deu um sorriso grande. – Estou feliz então! Que bom que está vindo... Finalmente. – Um suspiro êxtase. Essa viagem havia sido boa de mais... Afinal, consegui fazer até com que Jade sentisse saudades de mim e voltasse a ficar caidinha pelo meu ser. Ainda sem ter aquele trabalho todo de ainda me tornar um homem melhor e essas outras coisas estúpidas.

Conversamos mais um pouco sobre assuntos irrelevantes da festa da pequena Liz. Até que Tori voltou do banheiro e se sentou ao meu lado. Eu usei palavras certas para que ela não percebesse que eu era “pai” de família e logo dei um jeito de calar Jade. Despedi-me e desliguei o telefone. Olhei com um sorriso para minha morena.

- Fiquei com saudades. – Olhei para ela. Tori sorriu, abertamente.

- Mas não sai daqui nem por cinco minutos! – Ela exclamou ainda sorrindo. – Mas eu te amo e também senti saudades. – Se inclinou e me beijou.

Sim. Tori é a garota com quem eu gostaria de passar o resto da minha vida.

Ela é perfeita.

Flashback on.

- Acha que poderia fazer isso? – Eu me inclinei na cadeira, olhando fixamente para Adam.

- Provavelmente. – Ele suspirou, ignorando os risos de algumas garotas pagas, que estavam sentadas em um sofá vermelho no canto. – Você tem certeza disso? Quer mesmo tirar a vida de alguém só porque a sua já está tão famosa e na boca do povo?

Assenti, estava desesperado. – Completamente! Jade não pode descobrir isso.

Adam me fitou com certo rancor e então olhou para aquelas duas loiras no canto do sofá. Ele fez um gesto e elas suspiraram, era sinal para saírem do escritório.  

As duas andaram até a porta, gemendo chateadas e as fecharam atrás de si, fizeram todo o caminho rebolando, apenas para manter os nossos olhares a elas.

Assim que a porta se encontrava trancada, voltei a olhar para Adam.

- Eu não entendo esse seu desejo por ela... – Ele começou a divagar. -... Ela simplesmente não te dá sexo, é uma vadia mal humorada e, além disso, tem uma filha de outro. Você realmente acha que a ama? Por que mandar matar sua amante?

Eu não acredito que Adam estava falando sobre Jade de novo. – Ela é especial, minha carreira tem que estar ligada a dela de alguma forma, já ouviu Jade cantando? ... E Tori me contou sobre Jade por acaso, eram “amigas” por um tempo. Obviamente vão descobrir ela e eu não quero que saibam que eu a traio. Humilhação pública para os meus fãs, eu já nasci sendo um exemplo em Londres, a carreira só tornou esse caminho complicado. O que meus pais pensariam?

Adam riu. - Você não é muito jovem para mandar matar alguém não? 20 aninhos? Não é muito pouco...? Mesmo já sendo um canalha de família riquinha? E isto é apenas por sua carreira, Jonas! Pense só... Tanto Jade quanto Tori seriam um grande poço de dinheiro... Você sabe o que eu posso fazer com elas e você sabe o pessoal que está ao meu lado, querendo mulheres bonitas como companhia. Não é necessário matar alguém para sua fama continuar intacta.

- É isto o que eu quero. Eu conheço as duas e sei o que são capazes de fazer, iriam descobrir esta traição logo. E como meu destino final, seria destruído em manchetes, as vendas de drogas seriam descobertas, meus pais perderiam as empresas  e tudo iria acabar! É apenas um favor, não se lembra!? Você está me devendo... Alias não só isso, mas eu posso te pagar. Eu não amo a Tori, e pode fazer o que quiser com ela e com o corpo dela. Apenas a mate e a esconda. Lembre-se, se certifique de você mesmo fazer o trabalho. Não seremos presos por causa de um dos seus caras idiotas.

- Tudo bem. – Adam concordou. – Eu faço todo o trabalho sujo desta vez, minha ficha criminal não mente! – Ele riu. – Pra quando quer o serviço, poderoso chefão?

Ignorei o apelido e dei de ombros.  – Eu não sei, vou ver quando as coisas começarem a ficar feias para o meu lado. Vou passar um tempo com as duas, até que uma saiba que a outra está aqui.

- Mas você não me disse que Jade fugiu e ninguém sabe onde ela está? – Adam voltou ao antigo assunto, levantando uma sobrancelha.

- É, mas ela é famosa agora, lembra? E já que estão aqui, podem ver o rostinho lindo dela em qualquer outdoor pelas ruas, e eu não quero que a descubram, e nem ela descubra a Tori. – Fui frio.  

Adam suspirou e olhou para o cara a sua frente. – Tudo bem, eu faço. Eu acabo com a Tori Vega.

Flashback off.

Eu realmente não consegui acreditar que um dia desejei a morte de minha linda Tori. Isto não entrava em minha cabeça. Não entendia também o porquê que vi Jade mais importante e perfeita do que ela. Não é algo que faça sentido.

Felizmente tive esta viagem para descobrir isto : Tori é tudo. Ela é simples e com ela as coisas ficam mais fáceis. Tori é fácil de lidar, ela não briga muito e não se estressa facilmente – ainda sim é meio neurótica com algumas coisas. Mas isto não importa. Ela é como uma criança... Uma linda e crescida, mas ainda tem a mente de uma criança. E se ela se estressar tudo se resolve quando você a dá doces... Ou no caso : um buquê de flores e um “eu te amo”. Mesmo que os dois sejam falsos.

Eu só quero minha Tori, pois descobri que ela é como uma das vadias com quem eu saia no colegial. Elas eram fáceis e eu precisava de pessoas fáceis para me ajudar e não me atrapalhar com minha carreira em artes. Ter seus pais contra você, já é muito.

Com Jade... Tudo era diferente. Ela é uma vadia malvada – se quiser saber. Ela brigava por tudo que eu faço ou que eu deixo de fazer. Ela não se importa com nada e nem com os meus gostos. Ela só que saber de si mesma e ela só quer olhar para si mesma. E além disto tudo, tem a boca mais suja do mundo. Tudo bem... Isto a deixa mais gostosa. Mas eu não iria querer uma mãe assim para meus filhos. Certo que durante um tempo eu adorei todos os momentos bonitinhos e dóceis que tínhamos – ou quando ela sorria alguma vez, pelo menos -  e eu achava aquilo legal pois pensava que era o único que conseguia fazer isto. E controlar e mudar alguém como Jade... Era incrível. Mas tudo ficou chato. E com o tempo ela também parou de demonstrar este outro lado. Imaginei que sempre tudo foi por causa da gravidez.

Mas que seja. Ela não é nada para mim. A não ser um corpo bonito, uma voz encantadora e uma personalidade desagradável.

Eu havia falado com Adam de novo. Pedi que ele fizesse o contrário. Que matasse Jade. De primeira ele negou – disse que queria ganhar dinheiro com ela ou sei lá o que. Ou ainda, até mesmo usar ela como esposa/amante própria. Mas eu não deixei. A queria morta. Ela merecia morrer por todo o sofrimento que deu as pessoas por motivo algum. E eu até me senti bem – pois estava fazendo algo bom  para as pessoas que eu nem conhecia.

No final das contas, eu tive que dobrar a quantia em dinheiro que daria para Adam se ele matasse Tori. E ainda o liberei para fazer o que quisesse com Jade durante uma noite, apenas uma noite e nada mais. E que depois – sem dó nem piedade – acabasse com ela.

E ele aceitou.

- - -

Era outra manhã chuvosa em Londres. Lastimoso para acontecer em um dia de feriado. Mas felizmente, Beck não teria que ir ao set e hoje e Jade não queria escrever músicas em seu estúdio. Ambos ficaram na casa dela e de Jonas, com Liz.

A pequena Elizabeth, grande imploradora, conseguiu fazer seus pais – as pessoas mais cínicas do mundo: Beck Oliver e Jade West! – aceitarem desenhar e brincar com ela durante toda a manhã.

Jade desenhou um pântano frio e lamacento, com crocodilos e ogros. Nada muito colorido ou alegre. Liz fez uma cara feia quando viu e entregou outra folha em branco a Jade, junto com alguns lápis coloridos. Beck desenhou um dinossauro com patas minúsculas e engraçadas. Liz pintou os dentes afiados dele de rosa escuro e o batizou de “Fofinho”. E por fim, Liz havia feito em 30 minutos zilhões de desenhos e rabiscos em uma folha só – uma casa, uma ponte, um avião, uma estrela... Junto com uma garota de vestido azul com cabelo negro (Jade) e um garoto de camisa xadrez e cabelo castanho (Beck). E os três ficaram felizes e colocaram os desenhos na porta da geladeira. Pareciam até uma família normal.

- Sabe o que eu acho? – Beck perguntou, quando observou Jade procurar algumas roupas para vestir Elizabeth. Eles estavam sozinhos no quarto dela.  

- Hm? – Ela murmurou.

- Que deveríamos contar a Liz sobre nós. – Beck disse.

- Ué? – Jade se virou. – Ela só é uma criança. Pensa que Jonas é pai dela e que você é um grande amigo meu, você sabe. Não há necessidade de contar.

- Entendo. Mas você e Jonas vão se separar logo... E eu quero que ela já saiba que estamos juntos. Assim poderia ser um choque menor para ela.

- Ou não! – Ela cruzou os braços sobre o peito. – Ela pode até pensar que você é que me separou do pai dela, Beck.

- Então conte para ela que eu sou o pai dela! – Ele se levantou, percebendo a expressão confusa e irritada de Jade. – Tudo bem! – Beck suspirou, desistindo. – Não quero te obrigar a contar nada. Mas eu só queria o melhor para gente.

- Eu posso escolher o melhor para gente. – Jade debateu, irritada. – Também!

- Eu sei! – Ele se aproximou, aumentou a voz. – Mas eu penso que se ela saber que nos dois namoramos, será mais fácil ela esquecer Jonas quando ver que eu sou o pai verdadeiro dela!

Jade não queria que Liz já soubesse disso por vários motivos. Não queria que ela pensasse que Beck separou seus pais, não queria que ela pensasse que estavam largando Jonas para sempre – mesmo que era o que Jade queria. E também Liz poderia gostar muito mais de Jonas do que Jade imaginava. Como havia dito antes: eram muitos riscos.

- Beck... Não! – Ela também aumentou a voz. Liz estava no andar de baixo, ouvindo rock no iphone de Jade. – Você e nem eu iremos contar nada a Liz até o papel do divórcio estiver nas mãos de Jonas.

- E qual é o problema de contar agora? – Ele gritou. Não acreditava que Jade estava fazendo confusão para não contar algo que Liz saberia mais cedo ou mais tarde.

- Está vendo só? – Jade segurou a respiração com força. – Você... Você não entende um monte de coisas Beck! Eu só queria que isto não acontecesse... –Os olhos de Jade começaram a brilhar com lágrimas.

Mas diferente das outras vezes, ele apenas ficou mais furioso ainda por Jade estar dizendo algo assim e chorando por isto. – Será que você vai dar essa desculpa sempre que brigarmos? – Ele questionou, ainda gritando. – Será que fugir de Los Angeles para ter Liz foi apenas para não acontecer isto?  Jade você sabe que isto iria acontecer, de qualquer forma e com qualquer pessoa. Brigas existem.

- Eu sei! – Ela gritou. Atirando qualquer coisa por perto no chão, tentando exalar sua raiva. – Que merda, eu sei! – Uma respiração profunda. Ela queria continuar, mas não encontrou forças para a voz sair.

Aquilo fazia seu coração doer. Ela não queria se machucar de novo. Jade queria que tudo estivesse sempre bem e em paz. Sua cabeça estava bagunçada demais para ela conseguir voz para brigar.

- Olhe só essa confusão... – Ela tentou se recompor inutilmente, antes que as lágrimas escorram. – Eu não queria que isto acontecesse... E é complicado falar de Jonas e –

- Você ainda gosta dele? – Beck perguntou em voz alta e clara. Era um medo secreto. Ela não respondeu, só comprovando o temor dele. – Você ainda gosta dele, Jade?

Ele perguntou mais alto. Era certo que Beck não iria fazer uma confusão para contarem a Liz sobre eles, ou rejeitar alguma decisão de Jade... Mas ele estava realmente frustrado com todo aquele segredo que Jade estava escondendo de Beck: Por que ela queria aguentar todo o tempo possível perto de Jonas? Por que ela não afastava sua filha para longe dele? Por que ela queria esperar muito? Ela só poderia gostar dele.

- Eu não gosto dele. – Jade olhou para o namorado. – Você sabe disso, eu já lhe disse. Você sabe o que ele fez para mim dentro dessa casa, sabe como ele mentiu para todos quando saíamos. Você sabe que ele me machucou e sabe que eu não estou mais apaixonada por ele! Não confia mais em mim?

- É claro que eu confio em -Ele foi interrompido.

Os olhos dela brilharam mais fortes e Beck pode ver uma lágrima escorrendo por sua bochecha. Cortou seu coração. – Você não confia em mim.

Não era uma pergunta.

Jade afirmou aquilo com o maior desespero e tranquilidade em sua voz. Ela estava acreditando seriamente naquilo.

Beck não pode fazer nada quando a viu saindo do quarto. Jade murmurou mais uma vez: - Você não confia mais em mim.

- Jade! – A chamou. Ouviu seus passos pela escada. – Oh meu Deus, Jade! Jade! Volte aqui. Você vai para onde? Amor? Jade!

Ela não se virou para trás. Entrou na sala e viu Liz deitada no sofá, com fones de ouvido, enquanto jogava Angry Birds. Ela andou em direção a sua bolsa sem tirar os olhos da filha. Não falou nada e saiu de casa.

Beck desceu os restos dos degraus da escada rapidamente e correu pela sala de estar, saindo pela porta para avistar Jade entrando no carro. Ele a gritou mais uma vez. Estava sendo ridícula.

- Jade!

Mas ela não olhou para ele e apenas ligou o motor. Indo embora com um piscar de olhos.

Ele soube que precisava deixá-la um tempo sozinha, ela precisa pensar e ele também. Beck só pedia a Deus que protegesse sua amada.

Ele voltou para dentro de casa.

Era muito injusto isto. Esta briga. Ele só queria Jonas longe de sua Liz e de sua Jade. Pois Beck sabia dos hematomas que ele havia deixado no corpo de Jade, e ele sabia dos perigos que Jonas poderia dar as duas. E como pai de família, Beck tinha que protegê-la. Pensou em dar mais conforto a Liz, dizendo que ele e Jade estavam juntos e que ele seria o “novo pai” dela, então só era Jonas assinar o divórcio e pronto.

Não entendia o porquê de Jade ter que complicar tudo. Mas pensou novamente e se lembrou de que ele não a amaria se ela não fosse exatamente deste jeito.

Ele foi até o sofá onde Liz estava deitada.

- O que aconteceu? – A garota, que há poucas semanas começou a pronunciar as palavras de maneira melhor, perguntou, tirando os fones de ouvido.

- Mamãe saiu. – Beck deu de ombros.

- Mamãe estava chorando? – Liz perguntou, curiosa como uma criança.

- Não.

Os dois ficaram em silêncio, se fitando.

- Ela volta logo? Eu quero ir para a escola. – Liz se queixou. O certo seria “creche”, mas Elizabeth era uma garota precoce e já queria estar na escola, de modo que agora a creche havia virado uma escola.

- Eu te levo desta vez, querida. – Ele se inclinou pelo sofá e a pegou no colo. Liz riu e gritou, animadamente. E rindo também, Beck a levou para se arrumar.

Já dentro do carro, Liz percebeu que Beck estava realmente calado e pensativo. Ela pensou que seria o melhor momento para tirar algumas dúvidas de sua mente infantil.  

- Mamãe vai voltar logo? – Ela perguntou do nada.

Beck demorou a responder. Sua voz estava diferente, Liz pensou. – Não sei. – Houve uma pausa. – Você quer que ela demore muito?

- Não.

- Nem eu.

- Eu também não queria que papai demorasse muito. – Liz levantou os braços no ar, bocejando. Aquilo fez o coração de Beck gelar.

- Você gosta muito do seu pai? – Ele perguntou sutilmente. Talvez fosse aquela sensação amarga que Jade também sentia no peito, assim como ele agora, que a fazia querer negar dizer a Liz a verdade.

- Sim, gosto muito! – A garota respondeu animada.

- Muito mesmo?

- Sim. – Ela vagueou em seus pensamentos. – Mas ele fica muito longe de mim e da mamãe. E quando ele tá em casa mamãe fica estranha. Já viu ela estranha? Mamãe não fica estranha quando você está em casa, Beck.

- Já vi mamãe estranha sim. – Ele deu de ombros. – Você gostaria de ter outro pai?

- Talvez. Se fosse um papai como você.

Aquilo alegrou o coração de Beck em maneiras infinitas. Ele sorriu e os dois ficaram um tempo em silêncio. Liz voltou a perguntar, curiosa.

- Quando você e mamãe se conheceram?

- Há muito tempo. – Ele respondeu. – Você nem havia nascido ainda. E nem tínhamos completado o colegial.

Liz sorriu. – É uma creche? E você é o que da mamãe? Amigo?

- Não, colegial é diferente. É como uma escola, só que para o pessoal mais velho que ainda está pensando o que vai ser no futuro. – Ele pensou. – E Sim. Mais ou menos... Na verdade, eu e sua mãe somos namorados.

O sorriso de Liz se alargou. – Namorados?

- É, namorados.

- Mas espera... Mamãe é namorada do papai, não é?

- Não. Mamãe e papai só estão juntos. Mas eu e sua mãe somos namorados. Tipo, alma gêmea. Conhece? – Beck nunca se imaginou falando isto na vida, não era uma dessas pessoas que acreditavam nessas coisas. Mas com ele e Jade, era diferente. Principalmente para explicar isto a pequena Liz.

- Não. O que é?

- É quando duas pessoas se amam muito, e tanto... Que desde outra vida já são destinadas a ficar juntas. Mas é complexo. Você é nova para entender, Lizzie.

- Ah... E eu tenho uma?

Beck sorriu. – Deve ter. Assim como a sua mamãe tem.

Liz também sorriu. – Quero que minha alma gêmea seja como você.

Beck riu alto. – Por quê? – Neste momento ele estacionou perto da entrada da creche.

- Por que sim. – Ela deu de ombros. Descendo do carro primeiro do que Beck. – Eu gosto de você. E mamãe parece gostar também.

Beck desceu do carro e o trancou, dando a mão para Liz e a levando junto consigo. Impressionado com a personalidade já formada dela... Isto deveria ser as centenas de filmes que Jade colocava Liz para assistir.

- Só parece?

- Não só parece. – Os dois entraram juntos pela porta-rolante. Beck sorriu. Liz continuou. – Mamãe deve amar você.

Beck sorriu mais ainda.

- Gostei do que disse.

Beck deixou Liz na creche. E já sabia o que fazer logo em seguida.

Ele foi a uma joalheria. 


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Notas finais do capítulo

O que pensam sobre isto?
Espero que tenham gostado!

UMA NOTÍCIA : Recentemente o Dan (criador de nossas séries) postou no twitter para um fã que Sam & Cat teria uma surpresa sim, para os fãs bade, que seria um episódio citando algo como a relação ou o casamento deles. E como já é bem provável que Liz esteja ainda no elenco, pode ser que teremos vários episódios que há alguma citação sobre Bade. Já que o Avan não está mais na nick... E isto é melhor do que nada, não é? Digam-me o que acham disto aí nos reviews, certo?

Até mais ♥