Recolhendo Os Pedaços Do Coração. escrita por ScissorsandCoffee, BeckandJade FC


Capítulo 16
Feliz Aniversário!


Notas iniciais do capítulo

Como vão cheirosas?
Omg, eu sinto muiiito pela demora. Mas para recompensar, eu trouxe um capítulo bem grande (+de 4.000 palavras) e ele é bastante bonito. E com um pequeno hot no final, haheheauheua - leiam de olhos fechados.

Mas estão é isto. Prometo trabalhar no próximo capítulo mais rápido e traze-lo a vocês depois da minha semana de provas (sim, de novo! x-x).

E para quem acompanha minha outra fanfic "Amor, Las Vegas e a Adorável Máfia", saibam que ela logo estará sendo atualizada por mim. Não percam.



Boa Leitura! o/ o/ ♥



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Jade odiava festas de aniversários. Ela odiava preparar, participar ou fazer qualquer coisa referente a isto. Por essa razão eu me perguntava se realmente era certo organizar uma festa para a nossa filha.

Faltavam duas semanas para o terceiro aniversário de Lizzie. E era incrível como ela crescia tão rápido. Eu já havia falado com Chris, que havia dito a Jade o que eu pretendia fazer. Era certo que eu não teria coragem de começar esta conversa com ela.

- Chris me disse que você estava planejando fazer uma festa para Liz. – Jade anunciou em voz alta quando chegou em casa. Eu estava no sofá depois de um dia cansativo no set. Ela foi até a cozinha do apartamento sem olhar para mim. Jade abriu a geladeira e tirou de lá uma garrafa d’água. Dividíamos-nos nosso tempo livre entre ficar aqui e na casa dela e de Jonas.

- Sim, eu estou. Só não sei se você aceitaria isto. – Tentei ser sincero. Ela revirou os olhos e mudou o peso de seu corpo para o outro pé.

- É claro que aceitaria Beck. É o aniversário da Lizzie. – Ela tomou um gole de água e me fitou. – O que me irrita foi o fato de você ter falado isto primeiro com Chris! – Seu tom foi frio.

- Mas eu estava com medo de sua reação! – Tentei me defender. – Você odeia qualquer aniversário e tudo que é referente a festas.

- Sim, é claro que eu odeio. – Jade andou até o sofá e sentou ao meu lado. – Mas é o primeiro aniversário da Liz em que vamos fazer juntos. Eu não odiaria isto. É para ser especial. – Eu senti um sorriso em meu rosto e estava certo que Jade poderia ainda ser dócil. Principalmente quando ela tentou se mostrar nem um pouco interessada. – Não acredito que estava apenas com medo da minha reação e foi decidir isto primeiro com Chris!

Jade era a pessoa mais doce que eu conhecia. Pode ter certeza. – Aw, você realmente se importa com isto. – Sorri novamente e ela me deu um murro no braço. – Mas eu não decidi nada com ela, eu estou esperando você escolher.

Ela cruzou os braços sobre o peito, parecia satisfeita e eu me senti bem por isto.

- O que eu teria que escolher? – Ela levantou uma sobrancelha.

- Tudo. – Disse e peguei o meu celular, abrindo em uma página que tinha lugares para serem alugados para festa. Jade começou a procurar por um. E também decidimos que não seria uma festa normal. Alugaríamos um lugar grande para muitos convidados, com coisas que Liz gostasse como uma piscina e um grande campo para correr... Combinamos também de colocar a decoração por conta de Chris e de Cat, que aceitaram alegremente.

Eu queria convidar vários amigos do tempo em Hollywood, e nossos pais, e outras diversas pessoas que havíamos conhecido no decorrer de nossas carreiras. Mas quando chegou as oito da noite – depois de várias horas decidindo sobre coisas e ligando para pessoas - , Jade havia ficado estressada e disse que não queria gente estúpida (do tipo que eu convidaria) na festa e que iria tomar um banho. Me ofereci para tomar banho junto com ela. E ela apenas me olhou estranhamente.

- A água do mundo está acabando, vamos gastar menos. – Sorri numa falida tentativa.

POV Jade

Hoje era o dia do aniversário da minha Lizzie. E eu estava tão feliz! Era claro que não iria demonstrar isto, - já que quem me conhece sabe que eu não suporto festas. – Mas além de ser a festa de três aninhos da minha filha, vai ser a primeira vez que Beck estará presente.

É claro que não só isto, mas como várias outras situações, são e serão a primeira vez que Beck presenciará. E eu ainda me sinto mais do que culpada por ter ido embora, mesmo sabendo que não teria outra forma de eu ter feito isto. A questão é: Eu queria muito ter ficado com ele durante minha gravidez, que fizéssemos os exames juntos e que ele assistisse o parto, que comprássemos roupas e fraldas juntos, e que contássemos moedas. Eu queria ter passado tudo ao lado dele, do pai de minha filha e o amor de minha vida; a primeira festa, palavra e tantas outras coisas. Eu queria muito tudo isto, sempre foi meu sonho. Mas sabendo das minhas escolhas e a volta que a minha vida dá, não seria possível. Acho que até se eu pudesse fazer tudo de novo, ainda sim – desesperada – iria correr de novo para Londres. Pois eu ainda tenho medo. Eu ainda tenho medo de algo que eu quero.

Estou me recuperando aos poucos do que aconteceu, junto com Beck. Estou fazendo o melhor para ficarmos felizes neste tempo. Eu quero mostrar a ele todas as coisas que eu aprendi, e eu quero sorrir para ele cada vez que Liz pronuncia algo. Eu quero mostrar todos os desenhos dela e dizer – de co e salteado – cada dia e momento em que ela fez aquilo. Sei que é clichê, mas é o meu amor de mãe. Eu quero o ver sorrindo a me ver tirar do armário a primeira roupa que Liz usou. Eu quero beijá-lo em seus lábios sorridentes, quando vir minha pequena Lizzie suja de sorvete de baunilha. Eu sei que é duro ter ido, e também é duro ele ter voltado. Mas eu quero apenas aproveitar o que está acontecendo agora.

Minha cabeça está uma bagunça, e eu sinto que não sou mais a West de sempre. Mas tudo isto some quando eu estou com eles. Eu só quero mostrar ao Beck e falar sobre tudo a ele. E eu só quero cuidar de Liz e dar todo o meu amor a ela. E nada mais é tão importante assim.

Perdi muitas coisas, embora ganhei muitas outras em troca. Vamos dizer que é muito bom sairmos de carro juntos e jogarmos “10 perguntas”, que é um jogo que eu e Beck criamos e praticamos desde que voltamos – consta em eu perguntar a ele sobre o que ele fez nestes três últimos anos, sobre o que sentiu quando voltou comigo, sobre as namoradas que teve... E ele tem que responder detalhadamente tudo. Vice-versa. Entre outras coisas também, como ensiná-lo que Liz não come de qualquer forma algum tipo de legume – ainda. E que ela é alérgica a goiaba.

Olhei-me no espelho pela décima vez hoje. E sorri.

Liz estava com Cat, Chris e minha mãe no quarto ao lado. O quarto estava uma bagunça e todas elas estavam se arrumando, eu decidi me arrumar o mais rápido o possível para fugir daquele fundo de posso. E é claro, dei um beijo de reconforto a Liz. Eu sei que não é legal assistir três mulheres loucas correndo atrás de cílios postiços e se queimando com a chapinha. E eu ainda estou zangada por não poder tirá-la de lá, já que minha pequena ainda está com pijama e Cat está enrolando para vesti-la. Só sei que poderei ver minha própria filha na festa.

Como o salão era grande e tinha um segundo andar, com alguns quartos decorados – deu para eu conseguir fugir e me esconder em um. Eu precisava me acalmar de algo que eu não fazia ideia do que era. Só queria um tempo para mim. A luz estava apagada e apenas a claridade do sol se filtrava pela janela e iluminava meu reflexo. Estava tudo tranquilo e tudo estava bem. Jonas parecia ter sumido de minha vida e eu também não queria saber de mais nada sobre ele. Minha mãe estava noiva do carinha que ela conheceu no trabalho e voltou bem de viagem, eu até devo admitir que estava feliz por eles. E Beck... Sempre sendo meu único amor.

Mas ainda não acredito que eu, Jade West, posso admitir algo assim.

Beck estava em qualquer canto do salão, pensava. Até que ouvi alguns passos familiares e senti duas mãos bronzeadas que eu conhecia muito bem serpenteando por minha cintura. Senti a respiração quente dele em meu pescoço e sorri quase que automaticamente.

- Alguém já disse que você é a mulher mais linda do mundo? – Ele sussurrou. E eu sorri, só que tentei esconder.

- Sim. Beck Oliver, o Apaixonado; diz isto todos os dias. – Brinquei.

E ele riu. – Eu te amo, muito. Muito, West.

- Eu também te amo, muito. Oliver. – Segurei em seus braços e me virei para enfrentá-lo, sem animo. – Vamos, este aniversário já vai começar. E eu preciso cumprimentar as pessoas.

- Você não precisa ter pressa. – Ele me girou de volta para frente do espelho, me surpreendi por sua agilidade, ele realmente me controlava (em todos os sentidos). – Os convidados de até 10 anos de idade estão brincando por todos os lugares, os maiores estão sentados e conversando. Seus amigos da gravadora estão bebendo vinho e há alguns colegas de Hollywood Arts que eu já cumprimentei, conversando animadamente sobre suas carreiras. Eles querem te ver de novo, Jade. – Ele pareceu reconfortante. Mas parei para pensar, pois Beck sempre foi reconfortante para mim.

- Certo. – Eu murmurei. – Creio que está tudo organizado, Sr. Oliver. – Inclinei minha cabeça para um lado, com um tom sério. – Nada nesta festa teria dado certo sem sua ajuda espetacular. – Dei ênfase no “nada” já que Beck era a pessoa que menos tinha feito coisa durante esses dias. Ele sorriu.

- Eu sei que você me ama, garota. – Ele beijou meu pescoço. Repremi um desejo e uma fraqueza nas pernas.

Sorri. – É claro. Como acha que eu aguentaria você esse tempo todo?

- Não me aguentaria mesmo. – Ele riu, me fitando curiosamente pelo espelho. – Estamos juntos a um tempão.

- Só tivemos uma pausa de três anos. Mas isto não faz alguma diferença, faz? – Perguntei por precaução, ainda usando meu tom frio.

Sua resposta foi com a voz séria.

- Não. Pois meu amor por você continua o mesmo. – Olhei para os seus olhos pela imagem do espelho. Surpresa por novamente ter enxergado tanta determinação e paixão em um único olhar.

- Pare de ser uma seiva, Oliver! – Brinquei, olhando para os meus pés. Pois eu sorria como uma bocó e tinha vontade de chorar. Queria ver minhas lágrimas de alegria e juraria que nunca seriam tão doloridas quanto às de tristeza. Pois eram lágrimas que valiam a pena por cada dor que eu passei, por cada paixão. Eram lágrimas de sentimentos de verdade. E eu estava feliz, pois estes sentimentos viam do Beck, e isto me fazia lembrar que era tudo por ele.

Eu estava tão grata.

Nada poderia ser melhor do que isto.

Havia balões coloridos por toda a parte, até mesmo na grama verde que eu havia adorado. Tinha convidados em cada minúsculo canto de chão e tudo era um barulho.

Eu havia acabado de fazer um pequeno discurso de última hora, agradecendo a presença de todo mundo e falando algumas coisas sobre Liz e como eu e Beck estávamos. A única coisa que eu realmente gostei foi que não haviam convidados que me conheciam com Jonas – todos que estavam aqui nem sabiam da existência do seu ser. Devo fazer uma nota mental para agradecer ao Beck por ter planejado isto por mim.

Disse como estava feliz por minha carreira, pelas coisas que estávamos vivendo e por Lizzie ser uma criança saudável e mais outras coisas, Beck continuou falando sobre nossas vidas (e com minha permissão e com nossos íntimos cientes, mentiu e disse que estávamos juntos a um tempão. Nunca houve minha fuga, nunca houve reencontro). Então depois de uma salva de palmas veio o típico “Parabéns para você” e flashes de todos os lugares.

Me surpreendi pelo fato que este foi o primeiro aniversário em que Liz não chorou quando os convidados começaram a cantar para ela. Mas deveria ser porque ela estava sendo segurada por Beck e por mim, ao mesmo tempo. Eu fiquei feliz ao ver um sorriso dela, e percebi que minha filha estava crescendo. Olhei para Beck e ele também estava sorrindo.

Depois disso a primeira que veio em nosso encontro foi minha mãe. Ela pegou Liz no colo e deu um beijo em minha testa e no rosto de Beck. Ela nos parabenizou pela neta linda e mais uma vez disse que estava feliz por estamos juntos novamente – parecia que minha mãe havia se esquecido de que Jonas existiu alguma vez. Foi outro momento que eu me senti feliz. Ela deve ter sempre achado que foi um relacionamento/caso que não duraria muito. Ela estava certa. Mães sempre estão certas, e isto vindo de Jade West é algo muito importante. Mesmo que eu seja suspeita, pois sou também uma mãe agora...

Depois fomos cumprimentados por vários outros convidados e Cat. Que  pegou Liz do colo de minha mãe e foi com ela na direção de meia dúzia de crianças para brincar. Eu revirei os olhos e ao mesmo tempo Beck me ofereceu alguma bebida em um copo colorido de arco-íris (esta é a última vez que eu deixaria Cat decorar alguma festa, mesmo que de criança).

Eu sorri para ele e ao mesmo tempo ele se inclinou e me deu um selinho, juntando nossas mãos. Fomos andando até nossa mesa que consistia em minha mãe e o namorado dela, meu pai (é, ele estava aqui), meu irmão mais novo (mas ele estava com a namorada dele – se pegando em algum canto escondido. Eu me lembro de quando eu e Beck tínhamos 14 anos fazíamos a mesma coisa). Ele e meu pai, a pedido da minha mãe, aceitaram vim. Mas meu irmão aceitaria de boa sair de LA por um tempo, o problema era o meu pai. Ele nunca aceitou minha carreira, minha mudança, a gravidez e muito menos Beck. Mas até agora ele parecia meio que feliz e ainda parecia aturar muito bem eu, a festa e minha mãe e o namorado dela. Chris e Michael também estavam com a gente, mas eles estavam muito ocupados trocando conversas entre si ou com outra pessoa aleatória que vinha os parabenizar pelo noivado.

A mesa era grande e além dos lugares vagos do meu irmão e da namorada dele, tinha os lugares de Cat, Robbie e André também. Mas como já disse : Cat está com Liz enquanto as duas correm pelo gramado atrás de meninos que brincam de pique-pega com elas. Vale ressaltar que o rabo de cavalo da ruiva está solto e que os saltos dela estão balançando em sua mão, ela está seguindo Liz que parece correr mais rápido. Eu sorri e revirei os olhos. André está conversando com um garoto de uns 16 anos no máximo (reconheci como o sobrinho – único parente próximo- do Michael, e ele veio junto com Chris também) eles estão perto do teclado e parece que André está dando umas dicas de música para ele. Eu imaginei isto, pois sabia que esse garoto queria ser artista : já havia encontrado com ele no estúdio. Conversaria com ele depois, parecia ter potencial. E já Robbie estava encostado na parede, segurando a bolsa de Cat e o laço do cabelo de Liz, ele estava olhando para elas correndo.

Vários minutos se passaram e eu devo admitir que havia ficado surpresa – até demais!- com o sabor do bolo e de outras coisas que eu estava comendo e que eu sabia que me deixaria gorda. O pior de tudo era Beck colocando em minha boca qualquer coisa que ele achava gostoso e que queria que eu experimentasse também.

Logo Liz chegou até mim e ficou me fitando. Eu e Beck olhamos para ela.

Minha pequena, minha cara pequena Liz. A quem eu demorei tanto para banhar e arrumar o cabelo (coisa que Cat não conseguiu fazer quando foi arrumá-la) estava neste exato momento descalça, com o vestido roxo amassado e sujo de terra em alguns cantos, com o cabelo despenteado e esvoaçado. Parecendo uma grande juba. Ela ofegava e sorria para mim como a pequena monstrinha que era.

Arregalei meus olhos e fitei com desespero Beck. Ele sorriu amplamente e deu de ombros, como se adorasse o estado em que Liz estava. Mas logo senti sua mão reconfortante em meu ombro – um sinal para eu não levantar e gritar com minha filha. - Suspirei fundo e tentei a calma. Nesta altura eu sabia que todo mundo na mesa me observava, inclusive meu pai.

- Liz... – Respirei fundo, ela ainda sorria como se não soubesse das coisas. Mas minha filha era muito inteligente. – Pode explicar para a sua mamãe... – Limpei a garganta. – Porque está assim?

O sorriso dela aumentou e ela olhou para os pés, falando com seu sotaque e voz fina nas palavras pronunciadas erradas. – Meus sapatos estão com tio Robbie.

- E o que mais?

Ela deu de ombro e me fitou inocentemente, sabendo que estava errada. – Eu estou com sede.

Beck empurrou sua cadeira para um lado, arrastando no piso brilhante e fez um sinal para Liz vim. Eu observei como ela andou sorrateiramente ao redor de minha cadeira e subiu no colo dele. Beck deu para ela algum copo com algum refrigerante e do jeito que ele a mima, eu sabia que era do sabor favorito dela.

Mordi os lábios, já sem paciência e me virei para os dois. Primeiramente dando um olhar diabólico para Beck. Ele não poderia fazer isto. Liz não poderia ganhar recompensas sendo que fez algo errado!

Ele deu de ombros e ainda pediu outra rodada de doce para ela. E neste momento Liz estava se divertindo com os meus salgadinhos. Eu revirei os olhos.

- Já viu como está seu cabelo no espelho, mocinha? – Levantei uma sobrancelha e me inclinei, ficando na altura dela.

Ela negou quieta. Suspirei.

- Jade... – Minha mãe fez uma voz manhosa. Olhei por cima da mesa e percebi que eles ainda estavam me fitando. – Deixe para lá. É assim mesmo. Com você era a mesma coisa querida... E Liz ainda está impecável para uma mocinha que saiu correndo pela grama. Já viu como Cat está? – Minha mãe riu e o namorado dela passou um braço por seu ombro. Eu novamente revirei os olhos e coloquei minha mão no rosto.

Beck me beijou na bochecha, com Liz ainda no seu colo. – Calma bebê, eu troco a roupa dela e arrumo o cabelo dela desta vez. – Ele tentou me reconfortar.

- Não, Beck. Você não pode vesti-la como uma árvore de natal e fazer cinco penteados diferentes de uma vez só no cabelo dela. – Murmurei para ele, o fazendo se lembrar da última vez que fez isto. Beck sorriu.

- Eu posso melhorar, eu juro! – Ele implorou brincando e eu balancei negativamente a cabeça. E desistindo de tudo mais, me levantei e fui à procura de Robbie.

O achei conversando com a Cat, que realmente estava uma bagunça (pés sujos, vestido desarrumado e o cabelo inchado) ela estava sorrindo e eu puxei da mão de Robbie o laço do cabelo e os sapatos de Liz. Murmurando um obrigado frio e voltando para a mesa.

- Vamos lá para cima trocar de roupa, Elizabeth. – Me apoiei com uma mão na mesa e fitei minha filha cautelosamente. Tentando não fazer uma cena no meio de uma festa.

- Não há necessidade Jade. – Beck tentou impedir quando a viu descendo de seu colo com a cabeça baixa. Ugh, quem ele pensa que é para protegê-la assim? Eu sou a mãe e decido o que fazer, não é?

- Há sim, Beck. – Murmurei. – Venha com nós também.

Ele me olhou estranhamente e depois assentiu. Pediu licença para o pessoal e pegou Liz pelos braços, a erguendo e balançando no ar. E Liz apenas ria e remexia as pernas.

Será que tudo para esses dois seria brincadeira?

Entramos no quarto que estava uma bagunça pelos feitos de minha mãe, Cat e Chris. Haviam roupas jogadas no chão, sapatos por todos os cantos, uma toalha em cima da cama, vários acessórios e coisas para o cabelo por todos os lugares que imaginar. Beck colocou Liz em cima da cama e olhou para mim.

- Passou um terremoto por aqui?

- Não. Passou três mulheres que você conhece muito bem. – Fui fria, abrindo uma bolsa e pegando outra roupa de Liz. Eu meio que sabia que trocas de roupas seriam necessárias. Era um vestido vermelho bastante solto com um laço preto, combinaria com seus sapatos.

Troquei a roupa dela enquanto pedi para Beck procurar coisas minhas pela bagunça do quarto. (Até agora ele havia achado um colar, um par de sapatos que eu choraria se perdesse, e uma blusa preta) Por fim, prendi o cabelo de Liz com uma trança e amarrei o laço para segurar.

- Prometa para mamãe que você não vai mais correr, nem se sujar. E sim ficar quieta na mesa. Certo? – Me levantei da cama a fitando. Beck juntou todas as minhas coisas nos braços e se virou para mim.

Ela assentiu e balançou as pernas. Sorri. – Muito bem, certo.

Então inclinou a cabeça para um lado e me perguntou. – Está zangada comigo mamãe?

Fiquei em silencio e Beck se aproximou. – É claro que sua mãe não está zangada com você, Lizzie.

- É claro que não filha. Só um pouco... – Beck me interrompeu, com um olhar sério. Eu bufei e assenti.

- Vamos agora.

Ele novamente a pegou no colo e com um beijo em sua bochecha a levou de volta para a festa. Devo admitir que estava começando a ficar com ciúmes...

Chegamos em casa e eram nove e meia. Meio tarde para voltar de uma festa de criança, não era? O problema foi que a festa havia acabado e todos os convidados já haviam ido embora por volta das seis horas. Só que o nosso grupinho de pessoal decidiu ficar mais um pouco e beber. Enquanto Cat, Chris e minha mãe choravam no quarto para se organizarem e não deixar nada para trás.

Estávamos dessa vez na casa de Jonas. Já que era mais perto do apartamento de minha mãe e nós nos comprometemos de deixá-la lá com o namorado. Liz estava dormindo nos meus braços. Decidi a colocar na cama logo.

Estava exausta mesmo. Mas ainda queria conversar com Beck.

O encontrei no corredor, sem camisa e com o cabelo bagunçado.

- Aonde vai?

- Tomar banho. – Ele respondeu dando de ombros.

- Comigo. - Respondi simplesmente e assisti um olhar feliz e um sorriso malicioso surgindo no rosto dele.

Beck me jogou na cama e ficou em cima de mim. Eu estava com uma toalha e meu cabelo ainda estava encharcado, junto com todo o corpo. Ele também estava, mas isto não fazia diferença alguma.

Nós continuamos nos beijando e eu já tinha esquecido o mundo quando ele começou a puxar para baixo minha toalha. Eu nem me sentia mais exausta desde que entramos no banheiro.

Ouvimos então um apito de mensagem incessante que eu reconheci como uma chamada de vídeo, vindo de meu notebook. Gemi enquanto forcei Beck se levantar de cima de mim, ele choramingou algo sobre ignorar e voltar para onde estávamos. Olhei ao redor do meu quarto a procura do meu computador. O achei fechado no canto da cama. Inclinei-me até conseguir pegá-lo. Abri a tela e vi que era de uma chamada de vídeo do Jonas.

Ugh, seria bom mesmo ter ignorado.

Aceitei a chamada e fiz um sinal para Beck se esconder. Mas ele não entendeu de primeira e quando ouviu a voz de Jonas dizendo “Oi Jadey” se deitou na cama de modo que a câmera do notebook não o captasse.

Respondi sorrindo. – Oi Jonas...

- Uh... – Ele fez uma careta. – Estava no banho?

Assenti, fechando os olhos. – É estava.

- E como foi o aniversário de minha Liz? Onde ela está? Dormindo já? – Ele perguntou, pareceu indiferente.

- Sim, dormindo. Foi bem legal na verdade, pena que sua irmãzinha estava no acampamento de verão e não pode vim.

- É. Alice estava se queixando para mim sobre isto hoje. – Ele deu de ombros. – Eu também queria ter vindo, sabe? Seria legal aparecer neste aniversário de meu bebê. Iríamos poder fazer o que quiséssemos nos quartos vagos, lembra? – Ele riu e eu gelei. – Lembra-se do aniversário de dois anos dela? Eu me lembro de que eu consegui tirar seu vestido tão rápido que-

O interrompi quando vi Beck ficando tenso ao meu lado. Eu olhei de soslaio para ele e pelos seus olhos, sabia que Beck queria se vingar. Engoli a seco.

- Jonas, não fala disso. Ok? – Eu dei de ombros quando ele perguntou o “por que?” não respondi ao ver Beck se virando na cama e ficando em cima de minha pernas. Não sabia o que ele queria fazer, então tentei não demonstrar surpresa. Levantei um pouco mais o laptop e sentei na cama, me encostando na cabeceira e tentando acabar logo esta conversa com Jonas ou tirar Beck de cima de minhas pernas.

Mas nenhuma dessas coisas se realizou. Eu senti as mãos de Beck abrindo minhas coxas e - Meu Deus!

Fechei meus olhos com força quando senti sua respiração quente em minha pele.

- Jade... Jade? Jade está tudo bem? – Jonas parou e eu só queria gritar. Beck tinha que parar com aquilo, mas era tão bom. Oh meu Deus.

Mordi meus lábios e tentei não gemer, e nem fazer cara de atriz pornô. Eu queria que Beck parasse com isto ao mesmo tempo que queria que ele continuasse para sempre.

Como que eu posso me meter em uma situação dessas?

- Jonas... Hey, Jonas... – Eu estava tentando desligar o chat e me despedir dele. Só que cada vez que eu abria a boca para falar algo, Beck conseguia deixar seu trabalho lá embaixo cada vez melhor.

- Jade. Você está bem? Tem alguém ai? Você está sentido algum tipo de dor? – Jonas não tinha ideia do que estava acontecendo. E eu me vi tão irritada e feliz com Beck que parecia impossível.

- Jonaaas! – Gritei quando Beck me mordeu suavemente. Mas meu grito no nome dele só fez meu Beck (oh meu querido Beck!) se irritar mais e me fazer sofrer novamente. Mordi meu lábio inferior com tanta força para não gemer que comecei a sentir o gosto leve de sangue em minha boca. – E-Eu volto mais t-tarde.

E com um esforço maior, desliguei o chat e fechei meu laptop. Neste instante Beck me puxou pelas pernas e me fez deitar na cama. Joguei meu notebook do outro lado da cama e não me importei se ele poderia cair e quebrar.

E quando eu finalmente pude começar a gritar, Beck parou e me fitou, antes mesmo de eu ter chegado ao meu limite. – Não, não, não, não... Por favor, continua! – Implorei pateticamente e ele sorriu para mim. Nunca vi algo tão sexy assim.

- Eu vou te ensinar qual nome você deve gritar, West.


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Notas finais do capítulo

Hahaha, o que acham disto?
Beck... Você é um cara mal.



Então me mandem reviews e continuem acompanhando, suas graciosas o/ ♥

Viram KCA? Victorious foi ganhador do show favorito e ainda houve alguns momentos elavan ♥ ♥

Até mais.