Always At Your Side - Season 2 escrita por Ágatha Geum


Capítulo 8
Reecontro - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...
Boa leitura...
Obrigada pelos comentários...



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As semanas se passaram muito rápido e Elena nem notara. O calendário marcava a véspera de Natal, o dia mais aguardado entre seus amigos. Dentro do carro, a jovem anotava novos itens à lista de compras que Bonnie lhe dera e que deveria estar na casa da amiga antes do anoitecer. A morena passaria aquela data totalmente fora do convívio familiar. Era a primeira vez e seria algo novo. Por mais que desejasse ficar com os tios se entupirem de besteiras e abrir os presentes perto da lareira na maior tranquilidade, preferiu fazer companhia a Damon, pois ele não tinha nenhum outro plano graças à falta de contato com os pais. Embora Meredith tivesse insistido para que ela ficasse na casa dos Gilbert, a jovem optou pelo namorado e pela melhor amiga. Sem dúvidas, ela pensou, seria diversão garantida.

Como era de costume, ela ficou responsável pela organização do que Bonnie gostava de chamar de evento. Estava com o carro estacionado na frente da casa da qual Damon compartilhava com os amigos, aguardando Stefan. Ao consultar o relógio, não se surpreendeu ao notar que ele estava atrasado. Ele se incumbiu em ajudá-la com aquela tarefa já que Tyler estaria trabalhando e Bonnie estaria concentrada em deixar sua casa muito bem ajeitada na companhia de Jeremy. A morena gostou da ideia de tê-lo como companhia, pois nunca teve nenhum tipo de contato com o rapaz. Elena viu uma oportunidade para deixar seus preconceitos juvenis com relação a ele para trás, dando chance a uma boa conversa durante o percurso. Ela estaria disposta a isso. Além do mais, alguém forte precisava carregar as sacolas e nada mais certo do que ser o melhor amigo do namorado.

Enquanto conferia a lista mais uma vez, sua atenção foi atraída por vozes que vinham do lado de fora. Conseguiu ver o namorado de relance ao lado de Stefan e, juntos, caminharam até onde ela estava. Elena abaixou o vidro, largando o papel que segurava no banco de trás junto com a bolsa, permitindo que o ar frio dominasse o automóvel. Com a chegada do namorado, ignorou o fato de Stefan ter entrado no carro apressadamente para fugir da ventania.

– Você estará segura com ele. Já lhe dei instruções como não chegar muito perto, nem usar as mãos para tocá-la, e outras coisas... - disse Damon em um tom brincalhão, fazendo-a sorrir.

– Ah! Damon! Que frescura! - Stefan esfregava as mãos uma na outra a fim de aquecê-las. - Eu sei que sua namorada é linda, mas se rolar um clima não irei me controlar.

Damon fechou a cara fazendo Elena e Stefan segurar uma risada.

– Isso não teve graça. - Damon ergueu o dedo indicador e apontou na direção do amigo que agora ria.

– Você deveria parar de encher o saco isso sim - disse Stefan ainda rindo. - Até parece que Elena vai querer meu corpo. Só se ela estiver muito bêbada, algo que é proibido de acontecer para não machucar meu afilhado.

– E quem disse que você será padrinho do meu filho? - perguntou Damon alteando uma sobrancelha.

Foi à vez de Stefan fechar a cara e erguer o dedo indicador na direção de Damon.

– Isso também não teve graça. - Stefan abriu um sorriso de canto e dera dois toques leves no joelho de Elena. - Vamos bonita, temos muito que fazer. Não vamos dar brecha para Bonnie ligar de segundo em segundo perguntando se compramos isso ou aquilo.

– Vocês dois são umas figuras - comentou Elena, afastando os cabelos castanhos que o vento insistia e colocá-los em seu rosto. - Dam, tome seus medicamentos e espere por Tyler. Qualquer coisa que acontecer não hesite em me ligar, ok?

Damon se esgueirou pela janela do carro e beijou Elena. A jovem correspondeu, acariciando seu rosto, sentindo seu corpo ficar aquecido.

– Hmm... Hmm... Então né...

O casal parou de se beijar. Stefan havia limpado a garganta para atrair a atenção dos dois, que sorriam para ele como se nada tivesse acontecido.

– Isso é embaraçoso - disse ele revirando os olhos.

– Quando você engolia a Katherine na minha frente era supernormal, né? - questionou Damon.

– Eu sou Stefan, um cara sem pudor. - Stefan levou uma das mãos ao tórax cheio de orgulho. - E você é um homem de família, portanto, contenha-se.

Damon deu um selinho na namorada e se despediu. Elena esperou até que ele voltasse para dentro de casa e deu partida no carro.

– Tudo isso é frio? - comentou Elena lançando um olhar de esguela para Stefan. Não tinha notado como ele estava todo encapotado, com capuz e luvas grossas. A ponta do seu nariz estava vermelha e isso foi o suficiente para fazê-la conter um riso.

– Sim - respondeu ele, ligando o aquecedor do carro, sem pedir licença. - Mas não espalhe ao mundo que sou friorento. Isso é coisa de mulher.

Elena deixou o riso esvair de seus lábios. A jovem vinha convivendo com ele desde que começara a trabalhar para Davis e, para grande surpresa, até que se davam bem. Os dois passavam boa parte do tempo juntos ao lado de Andie, cuidando das relações públicas da empresa. Ela tinha também como tarefa cuidar dos trâmites relacionados à publicidade da marca que identificava o nome do negócio financeiro do tio dele. Davis só era elogios a ela e sempre repetia inúmeras vezes que deveria tê-la contratado há muito tempo.

Ela estava gostando da oportunidade. As pessoas eram muito diferentes se comparado ao seu trabalho anterior, e havia muito mais dinamismo. Elena detestava ficar parada, fazendo a mesma coisa todos os dias, e Davis lhe dera uma grande chance para provar que não estava estagnada. Aquele trabalho ajudaria muito o seu currículo quando resolvesse atuar na sua futura área de formação. Era incrível voltar a fazer algo e diminuir a sensação de inutilidade.

Damon também não reclamava do que fazia, pois estava se dando bem com os trabalhos que lhe foram incumbidos. Passando mais tempo fora do hospital, apenas indo ao local para fazer os exames de rotina duas vezes por semana, ele reconhecia que recebera uma nova chance para voltar a acreditar em si. Isso até proporcionou uma melhora notável no seu estado de saúde. Ele deixou de passar mal, tomava os medicamentos na hora certa e conseguia ficar acordado por um bom tempo para executar suas tarefas. Por ter a fama de trabalhar mais do que o corpo e a mente lhe permitiam, Elena colocou regras para que o namorado não se sobrecarregasse. Ela ficou feliz em perceber que o namorado levou em conta sua palavra e não fez nenhuma afronta.

– Coisa de mulher? E você acha que isso vai destruir sua credibilidade com as garotas? Elas podem querer te aquecer, sabe... - zombou Elena ainda com o mesmo sorriso nos lábios.

– Até que sua ideia é brilhante - concordou Stefan falsamente pensativo. - Vou começar a ranger os dentes para conquistar novas gatas. O que acha?

– Stefan, você precisa sair desse período de negação. - Elena freou o carro por causa do farol vermelho e virou-se para ele. - Ficar com muitas garotas não irá suprir a falta que uma faz.

Stefan se moveu desconfortavelmente no banco sem olhar para Elena. Ele não admitia para ninguém, nem ao menos para Tyler e Damon, sobre como sentia falta de Katherine em certos momentos. Por mais que o casamento tivesse sido repentino e aparentemente se gostassem, eles eram muito jovens. A relação imatura fez com que o casal não se respeitasse, surtindo em traição da parte dele. Ele tinha um gênio indomável e libertino, incapaz de assumir qualquer tipo de responsabilidade, principalmente naquela época. A morena até sabia o quanto ele tinha causado dor a uma de suas amigas, mas tinha plena consciência de que não era íntima o bastante para jogá-lo na parede e dizer umas boas verdades.

– Você está falando bobagens. Eu não quero relacionamentos, Elena. Você sabe que eu não nasci para isso - explicou Stefan dando um longo suspiro. Falar de relacionamentos era realmente complicado para ele.

– Você apenas diz que não nasceu para isso, mas não é verdade. Você não é tão ruim assim, Stefan.

Stefan deixou um sorriso escapar de seus lábios. Ficou meio surpreso com o que Elena acabara de dizer.

– Não sou? - perguntou ele, encarando o vidro embaçado. Notou que não tinha muitos carros na rua.

– Não, não é - repetiu Elena voltando a dirigir. - Olhe, você arrumou um emprego e gosta dele. Eu posso dizer isso porque trabalhamos juntos. Você mudou bastante com relação ao que era, está mais centrado. Por mais que você diga que fica com muitas garotas por aí, duvido muito que isso aconteça. Não estou te desmerecendo, nem nada, mas uma hora você vai explodir Stefan, acredite.

Stefan ficou em silêncio absorvendo as palavras de Elena. Falar sobre seus sentimentos era algo complexo demais, pois tinha certeza de que ninguém o entenderia. O mais engraçado é que se sentia confortável com a abordagem vinda da pessoa que jamais imaginou.

– Só pense nisso, okey? Você não deve nada para mim e eu não vou te obrigar a contar seus segredos. Você tem Damon para isso. E, acho que você deveria desabafar com ele.

– Ele não precisa dos meus problemas emocionais, Elena - disse Stefan pausadamente.

– Damon está mais disposto a qualquer coisa do que você imagina Stefan. - Elena virou-se para ele mais uma vez. - Apenas tente!

Stefan deu um aceno em concordância com a cabeça e se entregou a um pensamento reflexivo. Assim como falar dos seus sentimentos, falar sobre seus erros também não era uma tarefa muito fácil. Só Damon sabia o quanto ele tinha que ser ameaçado para abrir a boca e contar a verdade sobre algum assunto.

– Como foram os exames do meu afilhado? Está tudo bem com ele? - Stefan mudou de assunto atraindo de volta a atenção de Elena. Ela tomava todo cuidado ao dirigir, pois a pista estava muito escorregadia por causa da neve.

– O seu afilhado, que ainda não é seu afilhado, está crescendo muito bem - respondeu Elena com uma voz melosa. Ela viu Stefan fazer uma careta e riu baixo.

– Omeuafilhado está com quantos meses? - insistiu ele com um sorriso malicioso nos lábios. - E não adianta fazer essa cara porque o padrinho sou eu.

Elena meneou a cabeça negativamente entre risos.

– Tudo bem, tudo bem. Não vamos começar uma briga. - Elena endireitou o corpo mais para frente. A visão da pista estava uma porcaria e ela queria garantir que os pneus do carro sobrevivessem até sua chegada à casa de Bonnie. - Completei três meses e uma semana. Prestes a virada do ano o bebê terá quatro.

– Ele está se mexendo? - perguntou Stefan, curioso.

– Claro que não, Stefan - Elena respondeu como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Ele ainda está em formação. O bebê só vai se mexer, mais ou menos, a partir do quarto mês.

– Sou lerdo nessas coisas, desculpe. - Stefan bufou, divertido.

– Não se sinta inferiorizado. Damon fez a mesma pergunta dias atrás.

Stefan gargalhou acompanhado de Elena, mas logo voltaram a se entregar ao silêncio.

Elena deixou sua mente viajar até o dia dos seus primeiros exames. Ela se lembrou do choque da mãe de Josh quando viu que a paciente recém-grávida era ela. Embora adorasse a Sra. Smith, teve que enfrentar um grande questionário enquanto ela fazia seu ultrassom. A morena não via a hora da consulta terminar, mesmo sabendo que Kate se colocou de prontidão para cuidar da gravidez dela durante todo o ciclo.

– Enfim... - ela retomou a conversa, de repente. - Eu só estou com um problema de peso. Vou ter que fazer uma dieta básica.

– Dieta para quê? Você parece um palito! - Stefan a observou. Mesmo com toda aquela quantidade de roupas que a cobriam, bastava olhá-la e ver que ainda era dona de alguns traços cadavéricos.

– Obrigada pela parte que me toca - brincou Elena dando outra freada. Podia ver as luzes natalinas que iluminavam o centro de NY. - Agora minha próxima consulta é só em Janeiro. Os médicos ficarão um tempo de férias, nada mais justo, claro. Quero muito passar um tempo com Tyler. Sinto saudades dele.

– Vou ficar com ciúmes desse jeito. - Stefan enrugou a testa com um sorriso maroto nos lábios.

– Não precisa! Eu nunca gostei de você mesmo - afirmou Elena dando de ombros. - Sempre odiei mais você a Damon.

– Calúnia!

Stefan levou à mão a boca com falso horror. Elena o fitou pelo canto de olho e deixou um riso ecoar dentro do automóvel.

– Brincadeira... Mas você, com todo esse charme de mulherengo, me irritavam.

– Ainda deve irritar, pois não mudei tanta coisa.

– Stefan, cantar todas as mulheres daquele escritório é o mínimo que você fazia na escola. - Elena freou mais uma vez. Estava à procura de uma vaga no meio-fio para estacionar. - Quantas já visitaram sua cama desde que começou a trabalhar?

– Hmm...

Stefan fez uma pausa. Falar de mulher era com ele mesmo. Seus amigos sempre se questionavam quando ele iria sossegar, mas já que Katherine não conseguira segurá-lo por muito tempo, todos abraçaram a crença de que ele seria que nem Davis, solteiro e galanteador para sempre. Mal sabia o quanto ele desejava firmar raízes com alguém que realmente gostava e, talvez, seguir os passos de Damon. Sentia-se cansado de procurar válvulas de escape e fingir que tudo estava muito bem.

– Nem precisa responder. O jeito como a secretária do Davis te olha já dá para saber que ela te visitou inúmeras vezes.

– Qual é o nome dela mesmo?

Stefan e Elena caíram na risada mais uma vez. Ela parou no mesmo instante ao sentir um pequeno mal-estar.

– Enjoo, relaxe - respondeu ela automaticamente assim que viu Stefan assumir uma expressão preocupada. - Seu perfume é muito forte.

– Não vomite aqui, por favor, e não culpe meu perfume - pediu ele com um tom de voz alarmante. - Meu estômago é sensível e eu não quero justificar ao Damon porque você vomita toda vez que me vê.

Elena dera um tapa amigável no ombro dele fazendo-o se encolher. Com todo cuidado, ela estacionou na frente do mercado e desligou o motor. Livrou-se do cinto de segurança e dera uma olhada na calçada. Não estava apinhada de gente como ela imaginou.

– Você não viu o noticiário? - perguntou Stefan, observando-a. Percebeu que ela estava com a testa enrugada, provavelmente se perguntando onde todo mundo tinha se metido. - Está previsto uma nevasca.

– Você está brincando? - indagou Elena boquiaberta. NY já teve invernos piores e as pessoas nunca foram impedidas de ir às compras. Agora, tudo estava mais claro. - Isso quer dizer que todos estão em casa e nós estamos aqui brincando com o perigo?

– Basicamente isso!

Elena tamborilou os dedos no volante.

– Sensacional!

Ambos saíram do carro e sentiram os dentes rangerem. Estava muito frio e só um bando de loucos estaria fora de casa àquela hora, longe do calor de uma lareira.

– Vamos sair daqui antes que viremos um boneco de neve. - Stefan disse com dificuldade em abrir a boca. Toda aquela quantidade de roupas não adiantou de nada, pensou ele.

Elena passou um braço pelo o de Stefan e se aprumou para mais perto dele. Eles correram para dentro do mercado como se fugissem de uma tempestade. Ao estarem seguros, Elena alinhou as vestes e os cabelos enquanto o rapaz a deixou para ir à procura de um carrinho.

– Pronto! O que temos que comprar? - perguntou Stefan, parando ao lado da morena com o carrinho.

A jovem tirou a lista da bolsa e pegou uma caneta. Arrancou a tampa com a boca e enrugou a testa ao ler os itens que Bonnie praticamente exigira.

– Não me surpreende em nada ter quase vinte barras de chocolate anotadas aqui - comentou Elena colocando a tampa de volta na caneta, fazendo Stefan rir. - Só Bonnie mesmo!

Os dois caminharam por entre os corredores, enchendo o carrinho com tudo o que Bonnie queria. Stefan aproveitou a oportunidade para pegar algumas bebidas sob o olhar inquisidor de Elena, alegando que não sobreviveriam as festas de final de ano se não ficasse supostamente mais feliz. A morena aproveitou a oportunidade para comprar algumas coisas para sua dieta e para incrementar alimentos mais saudáveis na dispensa do namorado.

– Damon e você casarão quando? - perguntou Stefan cheio de inocência ao observá-la colocar alguns sucos dentro do carrinho.

A abordagem sobre o possível casamento de Damon e Elena ganhou mais força depois que ela assumiu a gravidez. Bonnie, Jeremy e até mesmo Meredith, perguntavam se ele já tinha feito o pedido. A jovem desejava que a ideia de matrimônio não passasse pela mente do namorado, pois ambos ainda possuíam outras prioridades. Prioridades que ainda custavam muito caro. Eles teriam que continuar à caçada em busca de uma casa para morarem e, em breve, a morena sabia que os gastos com o bebê seriam altíssimos. Esses dois fatores funcionavam como empecilhos para um possível casório, ela pensava.

– Não iremos nos casar, Stefan - respondeu Elena puxando o carrinho pela ponta, contornando para o próximo corredor.

– Como você pode me dar uma resposta dessas? - Stefan revirou os olhos. - Damon com certeza vai casar com você.

Elena pegou duas caixas de cereal e passou a ler o rótulo de cada uma delas. Era viciada naquilo e poderia comprar a prateleira inteira sem pensar duas vezes. Sua mente aproveitou o momento e se entregou a um devaneio, a umflashde memória que fez seu corpo sacudir. Lembrou-se das palavras de Josh sobre um futuro casório: apenas dizersimcaso Damon fizesse o pedido.

– Stefan, essa não é nossa prioridade, acredite em mim. - Elena respondeu, optando pelas duas caixas de cereal e colocando-as no carrinho. - Mas isso não quer dizer que não possa ser uma possibilidade, mas muito remota.

– Meu tio disse que você negou oflat. Por que, Elena? - perguntou Stefan incisivo.

A morena deu um suspiro e apoiou as duas mãos no carrinho.

– Porque é muito grande.

– Elena, pare de colocar empecilhos em tudo.

Ela ergueu o olhar para encarar Stefan. Seus olhos acinzentados brilhavam com intensidade. Poderia jurar que fosse de raiva, mas seu rosto estava pacífico. Mesmo assim, encará-lo a fez tremer na base.

– Não são empecilhos, Stefan. É pensar antes de fazer - se defendeu ela. - Meus tios e os pais dele ainda não sabem da minha situação. Estamos preparando o território para contar a eles depois das festas. Meus tios ficarão chocados e tudo mais. Vão fazer inúmeras perguntas, inclusive essa do casamento, mas tudo vai ficar bem. Com relação aos pais de Damon, eles vão achar que estou a fim de dar o golpe da barriga.

Stefan abriu a boca para falar, mas parou no mesmo instante em que vira a sombra de Elisabeth e Stevan Salvatore. Ambos caminhavam até o caixa e ele se surpreendeu ao vê-los ir às compras. Isso raramente acontecia. Parecia que a mãe de Damon tinha notado o olhar do rapaz e encarou os dois com certa suspeita. Era como se ela estivesse fazendo um reconhecimento, principalmente ao deixar os olhos penderem sobre Elena que nem a havia notado. Como era de se esperar, Elisabeth esgueirou o olhar para além do corredor, como se procurasse mais alguém, como se procurasse por Damon.

– Elena, eu não queria estragar sua animação com as caixas de cereal, mas os pais de Damon estão aqui. - Stefan indicou os dois com um aceno de cabeça atraindo o olhar de Elena para eles. - E respondendo a sua questão, eu também não duvido nada que eles achem que você está tentando abocanhar a herança do Damon.

– Isso se ele ainda tiver uma, pois ele foi teoricamente deserdado por minha causa. - Elena cerrou os dentes ao responder. Seus olhos beiravam no casal que se aproximava de onde eles estavam. - Vamos sair daqui!

– Você não vai fugir. - Stefan segurou o carrinho quando Elena fez menção de mudar o trajeto. - Você precisa colocá-los no lugar. E, sabe o que é melhor? Você está do lado da pessoa certa para fazer isso.

Stefan largou Elena para trás e foi até Elisabeth. A abraçou e lhe dera um beijo na bochecha, daquele jeitoStefan de ser, que a morena conhecia muito bem. Eles estavam a poucos centímetros de distância, mas foi o suficiente para que a jovem sentisse uma onda de fúria sufocá-la.

– Compras de Natal?

Stefan não disse nada e foi de encontro a Elena. Ele a cutucou na coluna fazendo-a sentir um choque percorrer sua coluna.

– Sim. - foi à única palavra que ela conseguiu pronunciar. Automaticamente, ela pousou a mão sobre a barriga para acalmar o bebê que ainda não se mexia. Ela sentiu o instinto materno possuí-la como se Elisabeth Salvatore pudesse feri-los a qualquer instante. - Digo, estamos.

Continua...


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Notas finais do capítulo

xoxo